A escalação ficou pronta bem antes de domingo. Esperei o jogo decisivo apenas para não incorrer no mesmo erro da Fifa na Copa de 2002, quando precipitadamente premiou o goleiro alemão Oliver Kahn, que falhou bisonhamente na finalíssima contra o Brasil. Minha lista é a seguinte:
Alexandre Fávaro (PSC). A regularidade e o senso de colocação fazem do paraense Fávaro um goleiro diferenciado. Ajudou, em vários jogos, a reparar lambanças da pior zaga que o Paissandu teve nos últimos anos.
Sidny. Depois de um começo instável, consolidou-se como importante figura do atual elenco, saindo-se bem tanto na ala como atuando pelo meio.
Zagueiro central: Rafael Morisco. Do fiasco remista no torneio, principalmente pela incompetência nas semifinais, o zagueiro foi uma das exceções. Faz o estilo xerife, rebatedor e se destacou pela eficiência.
Adson. A linha de defesa do Independente só se aprumou quando Sinomar optou por Adson como titular. De bom porte físico, mostrou-se extremamente eficiente no jogo aéreo, chegando a marcar gols importantes.
Fábio Gaúcho. Dono de excelente chute, o lateral-esquerdo destacou-se na competição pela eficiência defensiva e a qualidade no apoio ao ataque.
Wilson Guerreiro. Entra na lista mais pelo primeiro turno exuberante, quando comandou o Cametá a partir do meio-campo. Forte na marcação, Wilson tem bom passe e habilidade para o drible.
Robinho. O meia-armador encheu os olhos de todo mundo com atuações primorosas pelo Cametá, como criador e definidor de jogadas. Despertou o imediato interesse do Paissandu e não se deixou afetar pela situação.
Gian. Aos 35 anos, provou que lançamentos e passes certeiros ainda não caíram de moda. Com empenho e regularidade, calou críticos chatos, como este escriba baionense. Na final, venceu a marcação individual e ainda deixou sua assinatura no passe para Joãozinho fazer o terceiro gol.
Marçal. Entra na seleção tanto pelo papel de organizador quanto o de meia-atacante. Ao lado de Gian, formou uma dupla afiadíssima de criação. Quando havia espaço, ainda surgia lá na frente para finalizar – como no primeiro gol do Independente no Mangueirão.
Rafael Oliveira. Ganhou a titularidade pela excelente primeira metade do campeonato, quando marcou um caminhão de gols importantes e levou o Paissandu à conquista do turno.
Leandro Cearense. Além de artilheiro isolado, Leandro teve atuações pelo Cametá que o credenciam como melhor jogador da competição. Seus predicados: boa técnica, capacidade de definição e facilidade para tabelinhas e inversão de jogadas.
Sinomar Naves. Montou o time campeão e só por isso já é digno de aplausos. Com dinheiro curto e elenco pobre, soube compensar desfalques com a perfeita utilização das peças disponíveis. É verdade que andou cometendo deslizes nos jogos decisivos, mas chega ao título histórico com todos os méritos.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 28)





