Paissandu anuncia pacote de reforços

Zagueiros:
Marcio Santos
Vagner
João Felipe
Rodrigo Salomão (argentino)

Laterais esquerdos:
Jean
Fábio Gaúcho

Volantes:
Charles Vagner
Rodrigo Pontes

Meias:
Juliano César
Robinho
Luciano Henrique

Atacantes:
Rodrigo Galvão
Valdo

Tribuna do torcedor (2)

Por Sérgio Gluck Paul (sergiogpaul@yahoo.com.br)

Amigo Gerson, acompanhando tristemente todos os comentários pós final do Paraense eu gostaria de acrescentar 2 aspectos que influenciaram diretamente na derrota bicolor. Sem entrar no mérito do campeonato como um todo, apenas focado no jogo de ontem. O primeiro fato inexplicável, pois Fernandes falou falou e falou mas nem tocou neste assunto ontem, foi a escalação desastrosa do time no primeiro tempo. Covarde e retranqueiro colocou o time pra se defender diante da torcida e levamos 3 gols. Trouxe o time do Independente pra dentro do nosso campo e deu no que deu. No segundo tempo desfez seu laboratório e o time foi outro. Conclusão óbvia de que ele foi o principal responsável pela derrota do time.
O segundo fator também interessante diz respeito ao árbitro. Este cidadão deu 4 minutos de acréscimo no primeiro tempo e apenas 2 minutos no segundo, sendo que terminou o jogo com 1’40” com forte pressão do Paysandu em campo. Basta dizer que o Independente fez o 3º gol no último segundo do primeiro tempo, ou seja, no 4º minuto de acréscimo dado pelo “senhor juiz”.  O segundo tempo teve muito mais paralisações do que o primeiro, não tem lógica o árbitro ter dado apenas 1’40” no segundo tempo. Se o Galo fez dois gols entre 44 e 49 do primeiro tempo então pq o Papão não faria também já que estava com a torcida enlouquecendo o time em campo? Mérito para o time do Galo e que essa derrota faça a diretoria se espertar para a série C mas o árbitro e o Fernandes contribuiram muito para o resultado de ontem, isso é fato. Abraços,
Sergio Gluck Paul.

A seleção final do campeonato

E vamos à seleção do Campeonato Estadual 2011. São quatro do Independente, três do Paissandu, três do Cametá e um do Remo:

Goleiro – Alexandre Fávaro (PSC)

Lateral-direito – Sidny (PSC)

Zagueiro central – Rafael Morisco (REMO)

Quarto-zagueiro – Adson (IND)

Lateral-esquerdo – Fábio Gaúcho (IND)

Volante – Wilson (CAM)

Meia-armador 1 – Robinho (CAM)

Meia-armador 2 – Gian (IND)

Atacante 1 – Marçal (IND)

Atacante 2 – Rafael Oliveira (PSC)

Atacante 3 – Leandro Cearense (CAM)

Craque do campeonato – Leandro Cearense

Melhor técnico – Sinomar Naves

(Foto: Everaldo Nascimento/Bola)

Tribuna do torcedor

Por Marcelo Gomes (marcelosigo.m@gmail.com)

O título do independente é histórico e foi merecido,já tem tempo que os time do interior batem na trave e não conseguem desbancar os grandes da capital.Mais antes que alguns comecem a formular teorias de que o titulo do galo elétrico é fruto da decadência de remo e paisandu e que os dois vão deixar de ser grandes no futebol paraense e ainda que a derrota do paisandu ontem foi a suprema humilhação.
É preciso deixar claro que o que aconteceu ontem no mangueirão somente coloca o futebol paraense dentro de uma realidade comum nos últimos anos no futebol brasileiro,time pequeno ser campeão regional é um fenômeno comum e que apenas demorou a chegar no nosso futebol. Em São Paulo os times do interior ou pequenos já levaram o paulista. Inter de limeira,bragantino e são caetano já  desbancaram os grandes do futebol paulista,esse ano o bahia de feira ganhou um titulo inédito na Bahia,em Goiás o Itumbiara foi campeão  goiano em 2008 e se não me falha a memória apenas no campeonato carioca é que nenhum pequeno foi campeão,mais já chegou na final nos últimos anos.
O fato é que era questão de tempo um time que não fosse a dupla RePa vencer o campeonato, principalmente depois que os times pequenos se profissionalizaram de verdade. Também para os afobados que já podem querer dizer que o independente já é novo grande do futebol paraense é preciso também ter cautela,não é com um titulo que um clube se transforma em grande é com história e o independente esta apenas começando a escrever a sua.

Coluna: Interior desbanca a capital

Seis gols, muita velocidade (até dos veteranos), reviravoltas no placar e até alguns lances de maior apuro. Sim, a partida final salvou o campeonato, cujas decisões de turno foram fraquíssimas. E mesmo não sendo um primor de técnica conseguiu prender a atenção de todo mundo nos 90 minutos. A decisão em penalidades acrescentou a dose de emoção que a final merecia.
Nesses momentos, é praxe referendar o título concedendo todos os méritos ao vencedor, embora isso nem sempre seja exatamente a verdade. No caso do Independente Tucuruí, porém, a conquista é indiscutível. A boa campanha ao longo da competição só teve abalos no desfecho do turno. O segundo turno foi impecável e a vitória de ontem carimbou o trabalho com a marca histórica do primeiro campeão interiorano.
A maturidade ficou evidente quando se lançou à frente depois de sofrer um gol aos 13 minutos. A partir daquele momento, o Independente ditou os rumos da partida, atacando com constância e alternando jogadas pelas duas pontas, ora com Marçal pela direita, ora com Fábio pela esquerda. Escondido no começo, Gian apareceu em campo e orquestrava as saídas de bola, levando a melhor sobre a dura marcação de Alexandre Carioca. As oportunidades começaram a aparecer e a zaga do Paissandu foi se desesperando – e apelando. Não por acaso, todos os zagueiros foram advertidos e os dois volantes também.
Aí veio o massacre em oito minutos. Em manobra que rondou toda a área, Fábio e Marçal trocaram passes e o meia finalizou com um chute de curva, sem defesa para Fávaro. Logo a seguir, Wegno marcou em falha coletiva da defesa do Paissandu. E Joãozinho fechou a fatura batendo de primeira após receber passe perfeito de Gian.
No segundo tempo, as coisas se inverteram. Saíram Alisson e Carioca e Roberto Fernandes foi para o tudo ou nada: repetiu a formação de três atacantes que salvou a lavoura em Tucuruí. Héliton caiu pelas extremas e Sandro entrou para fazer a ligação. E ambos fizeram os gols que levaram a decisão para os pênaltis. Fernandes podia ter sido mais ousado, lançando logo Marquinhos na vaga de Andrei, peça nula em campo. A mudança ocorreu tardiamente, a oito minutos do fim.
Cabe observar que a reação do Paissandu foi facilitada pela postura acovardada do Independente. Sinomar Naves trocou o atacante Wegno, cansado, pelo volante Moisés. No final, sob sufoco, resolveu tirar Gian para por Marraqueti e a defesa ficou ainda mais desprotegida. É justo dizer, porém, que antes disso houve um cabeceio na trave e Joãozinho perdeu um daqueles gols feitos que sempre costuma perder.
 
Nos pênaltis, esperava-se um Paissandu mais confiante, ainda no embalo da reação no tempo normal. Fernandes fez quase uma pregação ali no meio-campo, mas não funcionou. Três bons chutadores (Sidny, Rafael Oliveira e Mendes) isolaram as cobranças. O Independente fez o feijão-com-arroz e liquidou a fatura. Título em boas mãos. (Foto: Everaldo Nascimento/Bola)

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 27)