Avaí está de volta à Primeira Divisão

https://www.youtube.com/watch?v=xTtfaO28KSE

Náutico de Roni segue na briga por uma vaga

https://www.youtube.com/watch?v=lQiilCD09Os

Bahia garante retorno à Série A

https://www.youtube.com/watch?v=sJAS-qff8_0

Torquemada, o temível inquisidor

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POR RAINER SOUSA, via Facebook

Na Baixa Idade Média e no período Moderno, a Inquisição Católica foi um artifício utilizado pela Igreja para se contrapor às pessoas que ameaçavam a hegemonia católica. Por meio de processos, pessoas eram presas, interrogadas, punidas e, em casos extremos, lançadas à morte na fogueira. Do ponto de vista católico, a perseguição era fundamental para que as heresias, o judaísmo e a bruxaria não desarticulassem o cristianismo na Europa.
As torturas eram julgadas como uma forma necessária de confissão. A possessão de um demônio era a mais comum das justificativas para que o interrogado não admitisse a natureza dos crimes que cometia. Dessa forma, as torturas eram utilizadas como uma forma de se atestar a culpa ou a inocência do acusado. As torturas inquisitoriais poderiam acabar sendo um instrumento de intimidação, mas não podem ser interpretadas como tendo este único fim.
Um dos mais temíveis representantes da Inquisição foi Tomás de Torquemada, um frade dominicano espanhol. Nomeado como inquisidor pelo papa Inocêncio VIII e prestigiado pela rainha Isabel de Castela, este clérigo promoveu uma feroz caçada contra bígamos, agiotas, judeus, homossexuais, bruxas e hereges. A sua ferrenha atuação acabou fazendo com que a sua fama percorresse os quatro cantos da Espanha e chegasse até aos ouvidos do próprio Vaticano.
Geralmente, baseado em denúncias de fraca sustentação, os investigados eram presos e submetidos a interrogatório nos calabouços da Inquisição. Enquanto os açoitamentos e torturas eram deflagrados, Torquemada passava o tempo sussurrando as suas preces. Segundo alguns documentos, os interrogados tinham as unhas arrancadas, a pele marcada com ferro em brasa e os dedos perfurados. Mulheres acusadas de bruxaria eram despidas para que fossem encontradas tatuagens de símbolos diabólicos.
Ao longo de uma vida toda dedicada a esse tipo de atividade, Torquemada acabou sendo visto com desconfiança pelos próprios dirigentes religiosos da época. Segundo estimativas, através de seus métodos de investigação, cerca de 10 mil pessoas teriam sido condenadas à fogueira. Após ignorar os pedidos de moderação da Igreja, acabou sendo afastado de suas funções. Quatro anos depois, em 1494, morreu na clausura de um convento na região de Ávila.

Qualquer semelhança com um certo juiz de primeira instância pode ser só coincidência…

Vasco perde e volta a correr risco de não subir

https://www.youtube.com/watch?v=SjNp8TLaIAk

Papão arranca empate diante do Vila Nova

https://www.youtube.com/watch?v=fgB1kPDPFtw

Vila Nova x PSC – comentários on-line

Campeonato Brasileiro da Série B 2016 – 37ª rodada

Vila Nova-GO x Paissandu  – estádio OBA, em Goiânia, às 16h30

Rádio Clube _ IBOPE _  Sábado e Domingo _ Tablóide

Na Rádio Clube, Jorge Anderson narra; Rui Guimarães comenta – participação de Karen Sena (Unama FM). Reportagens – Paulo Sérgio Pinto e Dinho Menezes. Banco de Informações – Fábio Scerni. 

Peixe cai na rede da Lava Jato

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DO BLOG DO JUCA

Segundo fonte de Curitiba, o nome do senador Romário Faria (PSB-RJ) aparecerá  no acordo de leniência da Odebrecht. Ele estaria como um dos beneficiados pelo caixa 2 da empreiteira, segundo a delação premiada de Marcelo Odebrecht.

Em junho passado, o repórter Felipe Coutinho, da revista “Época”, já publicara a informação sobre o suposto dinheiro (R$ 100 mil) de caixa 2 para o senador que, por meio de sua assessoria, negou ter recebido qualquer quantia da empreiteira e acrescentou que jamais falou com Marcelo Odebrecht.

Segundo a reportagem de Coutinho, o intermediário seria um subordinado de Marcelo Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, que esteve preso pela Operação Lava Jato. O senador Romário Faria preside a CPI do Futebol, sobre a qual não se ouve mais falar.

O senador se manifestou nos termos que seguem.
📌 Só para esclarecer alguns fatos aqui.
🗣 Há alguns meses, noticiaram que eu havia sido incluído na Operação Lava Jato, após meu nome ter sido citado em uma troca de mensagens de uma pessoa ligada à Odebrecht. A informação é que teriam doado, a título de caixa 2, R$ 100 mil a minha campanha.
❌ Sem nenhuma novidade, foi novamente veiculada uma nota sobre o assunto hoje.
❗Então, eu vou atualizar as informações aqui para vocês.
‼️ Como não tenho nada a temer, já há um tempo, procurei espontaneamente a Polícia Federal para prestar esclarecimentos. Também entreguei meu sigilo bancário, para comprovar que não recebi nenhum um centavo de dinheiro ilegal durante a minha campanha, assim como meu sigilo telefônico.
👉🏿 Volto a afirmar que não conheço, nem nunca falei com Marcelo Odebrecht ou com seu subordinado Benedicto Barbosa da Silva Júnior.
✔ Todos esses documentos já estão em análise no Supremo Tribunal Federal (STF) e eu aguardo com tranquilidade o final das investigações. Certo de que todas essas tentativas de manchar minha reputação não prosperarão.

NOTA DO BLOG: Reiterada a versão do senador Romário Faria, duas observações:

1. a novidade que o esclarecimento do senador desconhece é  a confirmação das informações, publicadas em junho, no acordo de leniência da Odebrecht;

2. quanto à CPI do Futebol, silenciada, o senador Romário Faria não se manifestou.

Radicalismo nas redes sociais ganha espaço com erros da imprensa

POR CARLOS CASTILHO, no Observatório da Imprensa

A eleição de Donald Trump tornou evidente um paradoxo muito preocupante. Ao mesmo tempo em que vivemos a era da abundância informativa gerada pela internet, verificamos que a imprensa se enclausurou numa bolha informativa deixando o cidadão comum sem elementos para poder situar-se no mar de desinformação criado nas redes sociais.

djonaldj-trumpA vitória de Trump foi um choque de realidade para a maioria esmagadora dos leitores, ouvintes e telespectadores que verificaram de forma brutal como estavam condicionados por um tipo de informação produzida por uma imprensa enclausurada num sistema (establishment) composto pelas elites tomadoras de decisões no âmbito da política, econômica, justiça e administração pública.

Tanto nos Estados Unidos, como na Inglaterra, a imprensa recorreu ao eufemismo da surpresa para explicar seus erros de previsão de fatos políticos, como o desfecho de uma campanha presidencial e o voto pela saída da Comunidade Econômica Europeia (Brexit).

Desculpas como volatilidade eleitoral ou equívocos técnicos na verdade escondem algo mais profundo que é essencialmente político. A imprensa não percebeu uma mudança no contexto informativo com a massificação do uso das redes sociais, onde só o Facebook tem cerca de 1,7 bilhão de usuários no mundo inteiro.

O enclausuramento de imprensa na bolha do establishment levou-a a aferrar-se a uma agenda noticiosa determinada pelos grandes tomadores de decisões, afastando-se do cidadão comum que passou a encarar os jornais como parte de um sistema que pensa e age em função dos seus próprios interesses. O distanciamento em relação à imprensa, levou o cidadão desiludido e contaminado pela sensação de desamparo a buscar nas redes sociais o conforto de encontrar pessoas com as mesmas frustrações.

Acontece que as redes sociais tem dois grandes problemas: são ótimas para a disseminação de rumores e boatos e para a formação de guetos informativos. No boca a boca virtual, as pessoas dizem o que pensam, a maioria sem muita preocupação com causas e consequências do que publicam. As pessoas ainda não distinguem o que dizem numa rede social daquilo que proclamam num papo de botequim. Acontece que no bar, o dito fica restrito aos colegas de mesa, enquanto no Facebook se espalha por milhares de usuarios.

Os guetos da xenofobia política

Outra característica das redes sociais é a formação grupos de indivíduos com ideias, comportamentos ou interesses em comum, e sabemos que a tendência em guetos é a radicalização das crenças e posições do grupo , bem como a polarização quando confrontado com opiniões, ideias ou propostas diferentes.

Depois do que aconteceu na eleição de Trump e no desfecho do Brexit, ficou claro que as redes sociais são um fenômeno irreversível e que não podem ser execradas só porque apresentaram problemas resultantes do fato de que seus usuários ainda não assimilaram os comportamentos e valores da informação num boca a boca virtual. O que os fatos mostraram é que há necessidade de um contraponto à desinformação e de uma alfabetização digital para uma sociedade que recém está entrando numa nova era da comunicação.

A instituição mais indicada para exercer estas funções seria a imprensa, porque ao longo de sua existência, ela desenvolveu uma série de técnicas para evitar difamação, distorções, omissões, bem como buscar a exatidão, relevância e pertinência dos fatos, dados e eventos distribuídos a leitores, ouvintes e telespectadores. Mas o ferramental acabou ficando ocioso por conta da opção preferencial pelo establishment feita pelos donos e acionistas de empresas jornalísticas, mais preocupados com o lucro e dividendos do que com a prestação de um serviço público essencial, como é a informação.

A constatação inevitável é que estamos sendo empurrados para a orfandade informativa, Temos de um lado, uma imprensa que já não conta mais com a confiança e fidelidade dos segmentos sociais desiludidos com o establishment, e por outro, estamos dentro de redes sociais onde as pessoas agem por impulso porque ainda não aprenderam a usar a informação num ambiente em que ela se espalha viralmente e com consequências imprevisíveis.

É o preço que estamos tendo que pagar nesta transição de modelos informativos, de um controlado por um pequeno grupo de tomadores de decisões, para outro baseado no compartilhamento de opiniões e percepções.

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Carlos Castilho é jornalista e editor do site do Observatório da Imprensa