Leão e Águia classificados para a final sub-20

Nas semifinais do campeonato paraense sub-20, realizadas na tarde desta quarta-feira, a Tuna derrotou o Paissandu, no estádio da Curuzu, por 2 a 0. Na outra partida, realizada no campo da Desportiva, o Remo venceu a anfitriã por 2 a 1. A decisão entre azulinos e tunantes acontece no dia 23, às 15h30, no Mangueirão. O campeão garante vaga na Copa São Paulo 2018. A final do sub-17, entre Paissandu e Desportiva, será realizada no dia 22, também no Mangueirão, às 15h30.

Dez países, 23 times, Botafogo no topo: a movimentada carreira de Loco Abreu

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Na semana passada, o Bangu acertou a contratação do atacante Loco Abreu para a disputa do Campeonato Carioca de 2017. Será o 23º time diferente na carreira do uruguaio, que já jogou em 10 países e viveu de tudo um pouco no mundo da bola.

Atualmente com 40 anos, o centroavante começou a carreira no Defensor, de seu país natal, em 1994, aos 18. Em 1996, destacou-se com seis gols na Copa Libertadores, chamando a atenção do San Lorenzo, da Argentina, que o contrataria no mesmo ano, em meio a forte concorrência de outros time.

Após dois anos em Boedo, com direito à conquista de um título do Campeonato Argentino, ele se transferiu para o Deportivo La Coruña, da Espanha, em uma época em que o clube era um dos mais poderosos de La Liga, sendo conhecido como Super Depor e tendo em suas fileiras astros como Bebeto, Rivaldo e Mauro Silva.

Loco, porém, jamais se firmou no time galego, e iniciou daí em diante sua carreira de “trota-mundos”, com diversos empréstimos para equipes de vários países. Até o fim de seu vínculo com o La Coruña, que foi até 2004, ele foi cedido ao Grêmio, Tecos-MEX, Cruz Azul-MEX e duas vezes ao Nacional-URU, seu time de coração, além de um rápido retorno ao San Lorenzo.

Após deixar o Depor, ele acerta em definitivo com o Nacional e retorna ao Uruguai, mas sua passagem dura pouco, já que em 2005 ele vai para o Dorados de Sinaloa, iniciando uma longa passagem pelo México, que ainda incluiu transferências para Monterrey, San Luís e Tigres em terras aztecas.

Em 2008, enquanto jogador do Tigres, Abreu acertou ida por empréstimo ao River Plate-ARG, clube no qual faria muito sucesso sendo comandado pelo técnico Diego Simeone, ganhando um Argentino e anotando muitos gols na Libertadores.

Quando a equipe de Buenos Aires se mobilizava para adquirir seus direitos em definitivo, o uruguaio aceitou proposta do Beitar Jerusalem e se mandou para mais uma aventura em outro continente. Sua passagem por Israel, porém, foi rápida, e ele retornou ao River ainda em 2008.

Loco, todavia, parecia não gostar de ficar parado, e, após disputar a Copa Sul-Americana, topou proposta da Real Sociedad e se mandou para jogar a 2ª divisão espanhola. Por lá, seguiu mostrando seu fato goleador e terminou como artilheiro do time no ano, mesmo tendo jogado apenas meia temporada. As boas atuações chamaram a atenção do Aris Salônica, da Grécia, que o contratou ainda em 2009.

Sua passagem pelo futebol grego durou um ano, até que, em 2010, o Botafogo movimentou-se de maneira ousada no mercado e trouxe o uruguaio como reforço de peso. Com seu gols, estilo desbocado e a camisa 13, mesmo número de Zagallo, às costas, ele rapidamente conquistou a torcida e virou ídolo alvinegro.

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No Rio, Abreu ajudou a acabar com a supremacia do Flamengo no Campeonato Carioca e foi decisivo para o clube da Estrela Solitária conquistar o Estadual em 2010, batendo pênalti de “cavadinha”, sua marca registrada, na decisão por pênaltis contra o próprio Fla. O resultado resgatou o orgulho dos torcedores alvinegros, que vinha abalado pelos insucessos consecutivos contra o rival.

Procurado por outras equipes sul-americanas, o matador renovou com o Bota até 2012, mas viu o peso da idade chegar e não conseguiu manter o mesmo nível de suas temporadas iniciais. Foi para o banco de reservas e, em 2012, passou por rápido empréstimo no Figueirense antes se ser recontratado pelo Nacional-URU em 2013 para mais uma passagem pela equipe de coração, pela qual já havia sido bicampeão uruguaio.

Apesar de ser recebido como ídolo no estádio Parque Central e ter marcado logo na estreia, contra o Barcelona-EQU, na Libertadores, o Loco foi aos poucos perdendo espaço e acabou emprestado ao Rosario Central-ARG, na época em que o clube havia sido rebaixado para a segunda divisão.

Na Argentina, ele consegue bons números e ajuda o time Canalla a retornar à elite do futebol argentino. Após retornar ao Nacional, é novamente cedido por empréstimo, desta vez ao Aucas-EQU.

Em 2015, disputa sua última temporada pelo Nacional e na sequência, transfere-se para o Sol de América-PAR, em 2016. A passagem é rápida, com uma ida para o Santa Tecla-ESA, clube de número 22 em sua carreira, com passagens por 10 países diferentes. Foi sua última equipe antes de acertar sua ida para o Bangu.

Entre os títulos individuais que conquistou em sua longa carreira, destacam-se o de artilheiro do Campeonato Uruguaio e o de Jogador Uruguaio do Ano, ambos em 2001. Ao todo, realizou 651 jogos por clubes e anotou 341, média de 0,52 gol/jogo.

Pela seleção do Uruguai, Abreu ganhou a Copa América, em 2011, e fez parte do grupo que ficou em 4º lugar na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Seu maior momento foi o pênalti de “cavadinha” que bateu no histórico jogo contra Gana, nas quartas.

Em 2014, Abreu foi comentarista dos canais ESPN durante a Copa do Mundo. (Da ESPN) 

Vídeo celebra o jornalismo de balcão

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Seria apenas ridículo se não fosse trágico. O vídeo está no YouTube (veja acima), viralizou nas redes sociais e é um dos mais bem acabados exemplos de sabujice explícita que jornalistas poderiam dar. A bajulação e os rapapés ao presidente golpista constituem o mais desastroso retrato do jornalismo brasileiro atual.

Temer ficou tão à vontade diante de entrevistadores de perfil chapa-branca, cuidadosos a ponto de evitar perguntar “coisas inconvenientes” (ocupação de 200 escolas e faculdades contra a PEC 55 e a propina de R$ 23 milhões paga ao chanceler José Serra), que até agradeceu “a mais esta propaganda”.

O teatrinho travestido de jornalismo foi levada ao ar no programa Roda Vida, da TV Cultura de São Paulo, que no passado era um espaço dedicado à excelência jornalística. Augusto Nunes, Ricardo Noblat e Eliane Cantanhede capricharam tanto nos rapapés a Temer que ao final acreditaram na própria capacidade interpretativa e ainda tiveram forças para comemorar a “performance” no programa, como mostra o vídeo.

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Filho morto pelo pai mostra como o Brasil está doente

POR EUGÊNIO ARAGÃO, no Jornal GGN
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Quando se lê, ao acordar, que em Goiânia, pertinho de nós, um pai matou seu filho único, estudante de matemática na UFG, porque participara do movimento de ocupação de escolas e, depois do crime, suicidou-se, há algo de muito errado acontecendo conosco. Há quem dirá que a culpa é dos “comunistas” que incitaram à ocupação de escolas. Argumento fácil para adoçar neurônios intoxicados de ódio disseminado por todos os meios de comunicação. Não percebem, porém, esses dedos apontados, que são eles tão vítimas quanto o infeliz pai.
Fatos como este não acontecem por acaso. Não podem mais ser qualificados de marginais. Eles fazem cada vez mais parte de nosso doentio cotidiano. Estamos assistindo entorpecidos ao alastramento dessa psicose coletiva, adredemente inoculada na sociedade, para tornar-nos incapazes de reagir ao desmonte de nosso estado, nossa economia, nossa cultura e nosso modo de ser e viver. Só não vê quem não quer ou quem já se deixou acometer por essa epidemia.
Há quem possa e deva ser responsabilizado por isso. O inimigo comum não é o outro que pensa diferente e faz escolhas outras que as minhas. O inimigo comum é quem alastra o ódio para tornar nossa terra um inferno em que se fica encapetando o próximo, longe da lição de homem de Nazaré que nos ensinou a amá-lo.
Quem dissemina bronca, raiva, indignação seletiva pode se considerar co-autor, participe dessa tragédia de Goiânia. Quem semeia o ódio na população civil, orientado por objetivos políticos indisfarçáveis, com a sistematicidade de uma campanha massiva de desinformação calculada, está praticando crime contra a humanidade.
É só ler o Art. 7° do Estatuto de Roma que disciplina o funcionamento do Tribunal Penal Internacional e lembrar-se do precedente do Tribunal de Ruanda sobre a Rádio Mille Collines.
Será que diante da recusa do ministério público e do judiciário, muitas vezes cúmplices, de por termo a essa onda de ódio, vamos ter que recorrer a instâncias internacionais? Reflitamos.
Eugênio Aragão é ex-ministro da Justiça

A frase do dia

“Dilma é uma guerreira, linda, honesta, e que teve um erro na vida dela, que foi querer ajudar o povo. Votaria nela de novo.”

Leão Lobo, apresentador de TV

Velha mídia preserva Temer e já arranjou outro culpado pela crise econômica

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“Destruição a Jato”, o filme

https://www.youtube.com/watch?v=o_c_-9uso4c&feature=youtu.be

A Lava Jato serve a que interesses? Documentário esclarecedor e instigante. Todos deveriam ver.

Rock na madrugada – Chico Science & Nação Zumbi, Da Lama ao Caos

https://www.youtube.com/watch?v=35FNubkuxwg

Recorde e liderança

POR GERSON NOGUEIRA

Apesar de alguns sustos – como o chute de Carrillo na trave, logo aos 7 minutos, e o cabeceio de Ramos, aos 26 minutos do 2º tempo –, a Seleção Brasileira conseguiu derrotar o Peru, ontem, em Lima, com gols de Gabriel Jesus e Renato Augusto. O resultado dá a Tite a mesma marca de João Saldanha na fase classificatória para a Copa de 70 e põe o Brasil na liderança isolada das Eliminatórias.

unnamed-3Como a noite não foi de atuação brilhante do selecionado, o talento dos atacantes brasileiros fez a diferença. Em noite de Neymar muito vigiado, Phillipe Coutinho e Gabriel Jesus resolveram a parada.

Aos 13 minutos do segundo tempo, depois de uma sequência de fintas de Coutinho, a zaga cortou para o meio e Gabriel recebeu livre. O chute saiu cruzado, pelo alto, no contrapé do goleiro Gallese. O Peru, que até então exercia meia pressão no campo de defesa do Brasil, ficou ainda mais desnorteado, cedendo espaço para os contragolpes puxados por Coutinho e Neymar.

Depois de um primeiro tempo pobre em inspiração, mas de muita disputa pela bola no meio-campo, a partida ficou bem mais franca e emocionante na etapa final, quando começou a se acentuar o desgaste físico dos principais jogadores peruanos, como Cueva, Yotún e Guerrero.

Neymar, o dono do jogo contra a Argentina de Messi em Belo Horizonte, sentiu os efeitos da dura marcação. Viu-se obrigado, em vários momentos, a recuar até a linha do meio-campo para escapar ao cerco (e aos pontapés) dos peruanos. Em compensação, Phillipe Coutinho e Gabriel Jesus

A registrar os dribles desconcertantes que Coutinho aplicou sobre os marcadores peruanos, sempre em busca do gol. A excelente atuação deixa claro que a boa fase no Liverpool começa a se refletir também no escrete canarinho. Tite tem o mérito de ter apostado em seu talento para compor o tridente com Gabriel e Neymar.

Depois de abrir o placar, Gabriel acabou tendo participação decisiva no lance do segundo gol, dando passe caprichado para Renato Augusto, que chegava à grande área. O volante chutou rasteiro, no canto direito de Gallese.

A vitória representa a consolidação do sistema implantado por Tite e expõe, com clareza, o tempo perdido sob a era Dunga. E o mais interessante é que o time parece com fôlego para continuar evoluindo. Os aplausos da civilizada torcida peruana atestam a qualidade do jogo desenvolvido pelo Brasil hoje.

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Fim de ciclo no comando técnico do Papão

Dado Cavalcanti acertou ontem sua saída do Papão após receber (e recusar) uma oferta de redução salarial. A proposta teve apenas caráter protocolar, pois a mensagem foi clara: o Papão não tinha mais interesse em sua permanência. Pelo bom relacionamento com os dirigentes, o técnico não se opôs a continuar dirigindo o time nos dois jogos que restam pela Série B.

A saída estava mais ou menos desenhada, pois Dado enfrentou questionamentos sérios ao longo de toda a segunda passagem pelo clube no Brasileiro.

Por outro lado, o Papão não corre mais riscos e é louvável a preocupação em acertar as coisas com Dado, mas fica a impressão de que o Papão poderia retardar um pouco a definição pelo simples fato de que o campeonato ainda não terminou. Tudo ao seu tempo.

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Antigos vícios e novos erros no calendário de 2017

A adaptação do calendário brasileiro para 2017, imposta pela mudança determinada pela Conmebol na Libertadores, acabou desagradando quase todas as partes interessadas. No anúncio feito anteontem, a CBF perpetuou alguns dos problemas mais visíveis da agenda do futebol e ainda conseguiu agravar ainda mais determinadas situações.

Como a Libertadores teve uma redução de jogos, esperava-se que o calendário brasileiro fosse melhor planejado, com ganhos no aspecto técnico. Ao contrário, a CBF manteve as 18 datas dos campeonatos regionais e esticou a duração até o início de maio, antes ia até abril.

Com isso, o Brasileiro só começa quase ao final de maio, tendo duração de seis meses e meio e perdendo uma semana em relação a 2016.

A Copa do Brasil não sofreu grandes mudanças e segue sendo disputada praticamente o ano todo. O problema é que haverá um intervalo entre as duas partidas finais, o que representa um claro prejuízo no aspecto técnico.

A exclusão da Primeira Liga do calendário não chega a ser algo tão sentida, mas a CBF desfaz o compromisso de torná-la oficial.

Sem dúvida, a partir da brecha dada pela Conmebol, a entidade brasileira desperdiça grande chance de ajustar seu calendário. Enfim, tudo como dantes.

(Coluna publicada no Bola desta quarta-feira, 16)