Caçada implacável

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O esforço de setores da Justiça e da velha mídia para tornar Lula inelegível beira o inacreditável. Depois do triplex que não era dele, do sítio de terceiros em Atibaia, dos pedalinhos, da Friboi e do Itaquerão, eis que a brava Folha de S. Paulo consegue superar a todos no quesito jornalismo-avestruz. Na fúria persecutória contra Luiz Inácio Lula da Silva, brande uma reportagem explosiva: a suspeita investigada pela Polícia Federal quanto a uma suposta reforma feita pela Odebrecht na piscina do Palácio Alvorada. Imagina-se que não deve haver pauta mais urgente a ser abordada no país hoje, nem mesmo o cheque nominal de R$ 1 milhão para Michel Temer, ou a farra de salários e cargos no Judiciário ou ainda a propina de R$ 23 milhões paga na Suíça ao chanceler Serra.

Um triunfo inesperado

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POR GERSON NOGUEIRA

Quando o Papão mais precisou de um resultado favorável fora de casa, a sorte e o rendimento técnico não permitiram. Refiro-me às rodadas finais do primeiro turno, quando ainda era possível impor uma guinada e redirecionar a caminhada na Série B. Mas, como é próprio do futebol, com seus muitos caprichos, um resultado inesperado acabou chegando quando não há mais qualquer chance de sonhar com acesso e nem de se preocupar com rebaixamento.

De toda sorte, vitórias são sempre importantes e merecem ser comemoradas. O triunfo do Papão dentro do estádio Rei Pelé, na sexta-feira à noite, inesperado pelas circunstâncias do jogo e pela própria atuação da equipe até o momento do gol, contribui para melhorar a campanha e dá um novo alento a Dado Cavalcanti, técnico que muitos já consideram descartado para a próxima temporada.

Sem levar perigo ao longo de toda a partida, nem mesmo nos disparos de Tiago Luiz e Raí, o Papão defendia-se dos ataques constantes do CRB e já se dava por satisfeito com o empate quando Cleyton acertou um disparo de longa distância, aproveitando rebote da zaga. A bola foi à meia altura, como um míssil, vencendo o goleiro alagoano.

crbxpaysanduBonito gol e lance mais interessante de todo o jogo. Produto do acaso? Não importa, futebol é basicamente isso: saber aproveitar as oportunidades. O Papão soube fazer isso e, em nome da objetividade, mereceu o resultado.

O CRB, que não vinha atuando bem, com muitos erros de passes e produção fraca dos homens de frente, desabou por completo depois do gol. Não acertou mais nenhuma saída ao ataque e ainda perdeu seu goleador.

Mazola Junior, que teve o inquestionável mérito de conduzir o time a uma posição de destaque na Série B, viu cair por terra a última chance de acesso – muito mais por deficiências de sua equipe do que por méritos do Papão.

No outro lado do ringue, Dado já fazia por merecer a alegria de uma vitória fora de casa. Os ventos eram tão favoráveis no Rei Pelé que até a habitual demora em mexer no time acabou conspirando a favor. Quando se imaginava que ele poderia substituir Cleyton ou Raí, até então pouco produtivos, veio o gol que selou a vitória. O imponderável acabou premiando, desta vez, a parcimônia do técnico em fazer as substituições.

Cabe observar que, com o resultado positivo, Dado finalmente alcança um triunfo longe de Belém. E, mesmo que a colocação final não seja a esperada pelo torcedor, é possível fazer ainda com que o Papão chegue a uma posição mais honrosa na tabela.

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Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda o programa, com a participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. O convidado da noite é Roger Aguilera, dirigente do Papão. O Bola na Torre começa logo depois do Pânico, na RBATV, por volta de 00h30.

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Leoninos tentam repetir a saga da torcida do Racing

A paixão da hincha do Racing argentino ficou imortalizada, em 1999, com dois eventos emocionantes em Buenos Aires. À beira da falência, o clube foi homenageado pelos torcedores de forma quase inacreditável: dois estádios abarrotados de gente não para ver um jogo, mas para exprimir seu amor incondicional pela tradicional agremiação.

Inspirados nesse exemplo histórico, torcedores do Remo se mobilizam para promover no dia 27 de novembro, no Mangueirão, uma festa denominada “Encontro de Leões”, destinada a festejar o amor pelo Leão Azul e a arrecadar recursos para ajudar na reconstrução do estádio Evandro Almeida, parcialmente demolido durante a gestão do ex-presidente Zeca Pirão.

O evento tem a organização do mesmo grupo que confeccionou o bandeirão azulino exposto no Mangueirão por ocasião do jogo com o América-RN, pela Série C. A pretensão é lotar o estádio, com ingressos a R$ 10,00. Pode dar certo.

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TRT propõe debate sobre o Direito Esportivo

Para discutir o intrincado tema do Direito Esportivo, razão de decisões polêmicas e raiz de debates acalorados entre torcedores, a Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região promove, de 18 a 21 de novembro, a 1

ª Jornada de Direito Esportivo. Dentre os convidados, os advogados Pedro Laignier e Maurício Figueiredo da Veiga; o presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, Rinaldo Martorelli; e o jornalista Mauro Cézar Pereira (ESPN).

As palestras e mesas-redondas estão previstas para o auditório do TRT, na travessa D. Pedro, com vagas limitadas. Inscrições podem ser feitas através do site oficial do tribunal. Ao lado de Guilherme Guerreiro e Carlos Castilhos, o colunista participará de um dos painéis de debates, no dia 18.

(Coluna publicada no Bola deste domingo, 13) 

Lula a Stone: “Temos uma guerra aqui no Brasil”

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POR FERNANDO MORAIS, do NOCAUTE

Em visita ao Brasil para o lançamento de seu filme “Snowden”, o cineasta norte-americano Oliver Stone, ganhador de três Oscar, visitou o ex-presidente Lula, com quem almoçou e a quem entrevistou com exclusividade para o Nocaute. Participaram da entrevista o diplomata venezuelano Maximilien Arvelaiz e a intérprete Gala Dahlet. Assista ao bloco 1 da entrevista.

Lula: Quando nós dois nos encontramos em Caracas, não, em Maracaibo, era um momento de muito otimismo na América Latina. Nós acreditávamos que estávamos construindo uma estrutura política mais prolongada. Mas aí veio a morte do Chávez, a morte do Kirchner, a minha saída da Presidência. E aí o trio que tentava organizar a América do Sul não existia mais. Foi uma pena. Uma pena. E eu sei que você tinha muita esperança, muita expectativa, mas precisamos começar tudo outra vez. Eu queria lhe dar os parabéns pelo novo filme, espero que tenha muito sucesso, como os outros. Bem vindo ao Brasil.

Oliver: Muito obrigado.

Lula: É uma pena que você veio muito mal acompanhado. (risos) O Max não é uma boa companhia.

Oliver: Ele me levou a restaurante muito barulhento ontem à noite. (risos) Eu gostaria muito de ver o senhor ser presidente novamente.

Lula: Olha, temos uma guerra aqui no Brasil. No Brasil aconteceu um processo de violência contra a democracia. Há todo um trabalho de construção de uma teoria mentirosa para justificar o afastamento da Dilma e a criminalização do PT. Eu fico pensando: não teria sentido eles darem o golpe parlamentar que deram e dois anos depois me devolverem a Presidência!

Eu acho que neste momento eles trabalham com a ideia de tentar evitar que eu tenha qualquer possibilidade de participar das eleições de 2018. E como eles não podem evitar a decisão do povo, eles estão tentando via Poder Judiciário. Há uma quantidade enorme de mentiras, as coisas mais absurdas, quem nem uma criança de parque infantil admitiria. E há uma combinação perfeita da imprensa, da Policia Federal e do Ministério Público que constroem, cada um a seu tempo, as mentiras. Só para você ter ideia, de março a agosto o principal canal de televisão aqui do Brasil, no seu principal jornal, teve 14 horas de matéria negativa contra mim. Em cinco meses.

Maximilien: Ele se refere à TV Globo.

Lula: E eu não sei como é que vai terminar, porque eu tenho desafiado eles a provar que algum empresário tenha me dado dinheiro. Eu vou até pedir ajuda pra CIA, para ver se conseguem descobrir uma conta minha no exterior. (risos) Agora, por falta de prova, eles dizem o seguinte: não peçam provas, porque o Lula criou um partido, esse partido é uma organização criminosa, o Lula indicou os ministros para roubar, portanto Lula é o chefe. Eu não tenho provas, eles dizem. Nós não temos provas, mas temos convicção. Então o que deixa eles preocupados é que quando eles fazem pesquisa de opinião pública eu apareço em primeiro lugar para 2018. Então eu não sei como é que vai ficar. Por enquanto, paciência.

Oliver: o senhor tem grandes parceiros com quem pode contar, que lhe deem apoio?

Lula: Nós entramos com um processo nas Nações Unidas, em Genebra, temos um movimento sindical internacional fazendo campanhas de denúncias, e vamos trabalhar agora os processos juridicamente.

Cabra bom. 

Dragão goleia e levanta o título da Série B

https://www.youtube.com/watch?v=de4QgVFJY0E

Avaí se garante no G4

https://www.youtube.com/watch?v=q-ByFdkLXOk