Profetas do pânico

Por Hiroshi Bogéa

Marchar em frente aos estádios, quebrar orelhões públicos e pichar veículos em concessionárias não tem nada a ver com lutar pela saúde e pela educação. Os estádios, que foram malhados como Judas e tratados como ícones do desperdício, geraram, até a Copa das Confederações ( 24,5 mil empregos diretos.

Alto lá quando alguém falar que isso não é importante. Será que o raciocínio contra os estádios vale também para a Praça da Apoteose e para todos os monumentos de Niemeyer? Vale para a estátua do Cristo Redentor? Vale para as igrejas de Ouro Preto e Mariana? Havia coisas mais importantes a serem feitas no Brasil, antes desses monumentos extraordinários. Mas o que não foi feito de importante deixou de ser feito porque construíram o bondinho do Pão-de-Açúcar?

Até mesmo para o futebol, o jogo e o estádio são, para dizer a verdade, um detalhe menos importante. No fundo, estádios e jogos são apenas formas para se juntar as pessoas. Isso sim é muito importante. Mais do que alguns imaginam.

O passado é uma parada…

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A Família Adams, seriado de grande sucesso no mundo inteiro. Elenco original, em 1966.

Brasil pode pegar Alemanha na final

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Do Blog do Menon

Para chegar à semifinal da Copa, o Brasil terá de vencer dois vizinhos da América do Sul. O primeiro é o Chile, velho freguês, derrotado na mesma situação em 2010 (3 a 0) e 98 (4 a 0) e na semi de 1962, por 4 a 2. O segundo, se passar o primeiro, virá do encontro entre Colômbia e Uruguai.

Um dos quatro estará na semifinal. Do outro lado da chave, a Argentina também sonha. O Equador deve ser eliminado hoje.

Ainda na chave do Brasil, muito provavelmente teremos Alemanha x Rússia e França x Nigéria.

O Chile é uma equipe ousada. Tem três zagueiros muito bons e dois laterais que apoiam. No meio, tem Aránguiz, muito bom e no ataque Vargas e Sanchez. É um time ousado, marca a saída de bola do adversário, mas me parece um time que acredita demais em seu futebol. Não tem bola para tanto. O zagueiro Gary Medel, que é muito bom, tem apenas 1m71. E falta um centroavante de ofício. Os atacantes jogam pelos lados e Aránguiz é que chega por ali.

Acho que o Brasil passa.

Depois, ou pega a ótima Colômbia, que ganhou seus três jogos, com nove gols marcados e dois sofridos. É a melhor geração de todos os tempos. Valderrama, Rincón, Asprilla e outros que se afundaram em uma certa arrogância e falta de comprometimento ficaram para trás. James Rodriguez joga muito.

O Uruguai é um time sem meio campo. Faz a ligação pelas laterais ou com chutões. Tem uma bola parada eficiente. Falando assim, é o mais fraco dos três. Mas é o time que nunca morre. Começou mal, perdeu para a Costa Rica e depois enfrentou dois times europeus. Não vencia um europeu desde 1970. E ganhou dos dois, dois campeões do mundo.

Se passar por tudo isso, teremos uma grande prova antes da final. Ou a França, que nos eliminou em 98 e 2006 ou a Alemanha, time que tem grandes craques na história e que joga futebol de primeira linha.

Ainda falta muito, mas vejamos apenas dois caminhos possíveis

1 – Chile, Uruguai, Alemanha e Argentina

2 – Chile, Colômbia, França e Holanda.

Copa é bom demais.