Fifa põe à venda 180 mil ingressos nesta quarta

Os fãs de futebol têm mais uma chance para acompanhar de perto a Copa do Mundo ao vivo nos 12 estádios das cidades-sedes. A partir da meia-noite de terça-feira, 3 de junho de 2014, para a manhã da quarta-feira, dia 4, cerca de 180 mil novos bilhetes serão postos à venda no Fifa.com/ingressos, além dos que já estão disponíveis. Haverá entradas para todos os 64 jogos. Com o objetivo de dar chances iguais a todos os torcedores interessados, independentemente do fato de viverem em uma das 12 sedes da Copa do Mundo, em outras cidades brasileiras ou no exterior, estes ingressos estarão disponíveis pelo Fifa.com/ingressos.

Assim como em qualquer dia até a final da Copa, na quarta-feira, dia 4 de junho, a partir das 9h, os torcedores também poderão comprar entradas em um dos 12 Centros de Ingressos da Fifa nas 12 sedes:

Belo Horizonte – Boulevard Shopping : Av. dos Andradas,3.000, Santa Efigênia
Brasília – Centro de Convenções Ulysses Guimarães: SDC Eixo Monumental – Lote 05
Cuiabá – Shopping Pantanal – Av. Historiador Rubens de Mendonça, 3300 – Jardim Aclimação
Curitiba – Patio Batel Shopping: Av. do Batel, 1.868 – Batel
Fortaleza – Centro de Eventos do Ceará: Av. Washington Soares nº 999, Portão E – Edson Queiroz
Manaus – Centro Cultural dos Povos da Amazônia: Praça Francisco Pereira da Silva, s/n°
Natal – Shopping Cidade Jardim: Av. Eng. Roberto Freire, 2920 – Capim Macio
Porto Alegre – Barra Shopping Sul: Av. Diário de Notícias, 300 – Cristal
Recife – Shopping Recife: R. Padre Carapuceiro, 777, Edifício Garagem B1, Boa Viagem
Rio de Janeiro – Casarão General Severiano: Av. Venceslau Brás, 72 – Botafogo
Salvador – Iguatemi Shopping: Av. Tancredo Neves, 148, Estacionamento I-1
São Paulo – Ginásio do Ibirapuera (Quadra Lateral=: R. Manoel da Nóbrega, 1361, Paraíso

Os locais adicionais de coleta de ingressos nos aeroportos e as instalações adicionais no Rio e em São Paulo funcionam apenas como pontos de coleta dos tíquetes já comprados pela internet. Não é possível comprar ingressos nestes locais. “Os torcedores não precisam fazer fila nos Centros de Ingressos da Fifa. Se quiserem entradas para as partidas que no momento estão temporariamente indisponíveis, eles precisam acessar o Fifa.com/ingressos no primeiro minuto de quarta-feira, dia 4 de junho. A comercialização deste novo lote começa à meia-noite de terça para quarta-feira, horário local em Brasília. As vendas ocorrerão por ordem de chegada”, explica o diretor de Marketing da Fifa, Thierry Weil. Este novo lote de ingressos vem da cota de contingência da Fifa em algumas arenas, possível após a entrega dos estádios.

MPE e Polícias tomam providências para as finais

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Crianças não poderão entrar com os jogadores de Remo e Paissandu no gramado do Mangueirão nas partidas decisivas do Campeonato Paraense. Outra medida definida na tarde desta segunda-feira, no Ministério Público do Estado, restringe o número de integrantes das comissões técnicas dos dois times. Estiveram representados na reunião o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Vigilância Sanitária, Secretaria Municipal de Economia (Secon), Federação Paraense de Futebol (FPF) e Secretaria de Estado de Esporte e Lazer. O MPE foi representado pela Promotoria de Direitos Constitucionais.

unnamed (95)As decisões têm a ver com o tumulto verificado na partida que decidiu o returno, na semana passada. Por isso, só poderão entrar em campo com os times os seus respectivos mascotes. O promotor dos Direitos Constitucionais, Domingos Sávio Alves Campos, destacou a necessidade de medidas preventivas. “Rio de Janeiro e São Paulo têm os shows da Madonna e dos Rolling Stones; nós temos o clássico Re-Pa. Temos de prover as melhores condições para que ele ocorra”, disse.

Uma outra providência acertada entre as duas diretorias foi reduzir ao máximo o número de dirigentes e convidados com direito a acesso ao campo. O coronel Roberto Campos, da Polícia Militar, pediu a colaboração da torcida para o êxito da operação Re-Pa. “O torcedor deve chegar cedo ao estádio. Não deve deixar para entrar faltando 30 minutos para o início do jogo”, recomendou. A venda de ingressos de estacionamento será restrita aos estádios dos clubes, Baenão e Curuzu. Não haverá venda no Mangueirão. Na quarta-feira (4), os portões do Mangueirão serão abertos ao público às 17h.  O Paissandu é o mandante do primeiro jogo, marcado para 20h30. No domingo (8), às 16h, haverá o segundo confronto entre os dois times. (Com informações da Assessoria da SEEL) 

CBF programa jogo em Goiás para ajudar “amigo”

622_e3fa91e9-69c1-3b84-9869-c168f5602271Ver a Seleção Brasileira em Goiás, como nesta terça-feira, em amistoso contra o Panamá, virou rotina, principalmente quando quem manda no Estado é o governador Marconi Perillo, do PSDB. Nehum outro político é tão próximo da CBF, desde os tempos de Ricardo Teixeira até a chegada de José Maria Marin. Prova disso é que durante os três mandados do tucano (dois entre 1999 e 2006 e o atual, que começou em 2011) nenhuma cidade hospedou tantos amistoso da seleção no Brasil como Goiânia. Foram quatro jogos festivos na cidade sob o comando de Perillo, incluindo o Superclássico das Américas contra a Argentina.

A cidade ainda abrigou, durante uma das gestões de Perillo, um jogo das eliminatórias sul-americanas, em 2005, contra o Peru, e foi palco da maior parte da preparação para a Copa das Confederações no ano passado. Agora, não terá só a vantagem de organizar outro amistoso. A Fifa exige que cada seleção que vai jogar a Copa do Mundo faça um treino aberto no Brasil.

E a CBF escolheu justamente Goiânia para fazer isso, quando tem a chance de aproximar a seleção do povo sem cobrança de ingressos caros. Nesta segunda-feira, no Serra Dourada, o time de Felipão vai treinar diante dos torcedores goianos, que no final do ano irão às urnas para uma nova eleição de governador, em que Perillo irá concorrer. A proximidade entre o governador tucano e a CBF é antiga. A confederação, inclusive, foi uma das que financiou a eleição dele ao Senado, em 2006, Na época, a entidade, então comandada por Ricardo Teixeira, doou R$ 50 mil à campanha de Perillo.

Ao levar o time para treina em Goiânia no ano passado e agora para o amistoso contra o Panamá, a CBF também conforta o amigo governador pelo fato da cidade ter sido preterida para ser uma das sedes do Mundial. (Da ESPN)

Tribuna do torcedor

Por Eduardo Silva de Morais (morais.eduardo18@gmail.com)

Sou torcedor do Clube do Remo, não faço parte de nenhuma torcida organizada e estive no mangueirão ontem à noite para acompanhar um primo, Cezar, 20 anos, que queria assistir o seu Paysandu enfrentar o Fortaleza, assim como ele às vezes me acompanha nos jogos do meu Leão Azul e nunca tivemos qualquer problema. Conosco estavam minha namorada, Fabiane, 24 anos, e um outro primo, Cleber, 21 anos. Não compramos ingressos antecipadamente, mas supus que o esquema de bilheteria móvel, que tanto deu certo no “RexPa” de quarta-feira, fosse se repetir e que não teríamos tanto problema para conseguir as entradas, visto que chegamos ao estádio às 19;50.
Me enganei. Violando as normas do Ministério Público Estadual, o Paysandu colocou ingressos à venda nas bilheterias do Estádio, misturando em uma mesma fila pessoas com ingresso e sem ingresso. Entramos na fila, imensa devido a incompetência da organização do evento que abriu apenas dois portões para a entrada dos torcedores. Uma desorganização total com a fila sendo constantemente “furada” e nossa PM não fazendo nada. Ao nos aproximarmos da bilheteria, um policial se “enfiou” com seu cavalo no meio do portão B2, assustando quem estava na fila e o próprio animal(o cavalo, não o policial), causando muita tensão pois o bicho a qualquer momento poderia acertar um coice em alguém.
À medida que a hora do jogo se aproximava, o “empurra-empurra” aumentava até que as grades, que deveriam organizar a entrada, começaram a ser atiradas ao chão e tudo se tornou um “salve-se quem puder” que nos obrigou a desistir de assistir ao jogo. Deixando completamente o clubismo de lado, nunca passei por essas situações em jogos do Clube do Remo pela simples atitude de disponibilizar os ingressos longe dos portões de entrada.
Queria pedir ao que senhor use a sua influência na mídia paraense para sensibilizar as pessoas responsáveis pela desorganização de ontem à noite, seja o clube, seja a polícia, seja a federação ou a administração do estádio, para que isso não se repita. Vi crianças na iminência de serem pisoteadas por um problema que é de fácil solução. Basta que disponibilizem os ingressos longe das entradas e que abram mais portões para a entrada. Torcedor é ser humano e deve ser tratado com respeito.

Obrigado pela atenção, um abraço.

Eduardo Silva de Morais, 23 anos, paraense, apaixonado por futebol e seu fã.

P.S: Ao conseguirmos nos livrar do tumulto, sentimos falta de dois aparelhos celulares, o meu e o do meu primo Cleber. Um prejuízo material pequeno, muito pouco perto da tragédia que poderia ter acontecido.

Sob o domínio dos insanos

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Por Gerson Nogueira

Muito pior que a derrota do Papão dentro de casa, no reencontro com sua torcida em Belém na Série C, foi a terrível exibição de baderna, desrespeito e violência proporcionada por uma notória gangue uniformizada nas arquibancadas do estádio Jornalista Edgar Proença.
Mesmo depois de banida dos estádios por sentença judicial há três anos, a tal gangue (juntamente com sua co-irmã do Remo) segue semeando violência impunemente nos estádios de Belém. No sábado à noite, o bom público (mais de 16 mil pagantes) presente ao Mangueirão se viu acuado e aterrorizado pela explosão de rojões nas arquibancadas,
Os vândalos – nome até suave para o tipo de delinquente a que me refiro – agiram com a audácia de sempre, sem sofrer qualquer tipo de repressão mais dura. O policiamento, que já havia falhado na triagem à entrada do estádio ao permitir que a gangue entrasse com rojões, custou a intervir.
Em função dos problemas, a arbitragem viu-se forçada a interromper a partida em três ocasiões, evidenciando a gravidade da situação. As lembranças recentes do trágico episódio do garoto boliviano alvejado por bandidos da gangue Gaviões da Fiel e da batalha entre brutucus no jogo Vasco x Atlético-PR, ambos no ano passado, ainda são muito fortes e os árbitros costumam se sensibilizar diante da menor possibilidade de uma nova tragédia.
Pelo menos ainda há quem se sensibilize, pois a repetição dessas cenas vem banalizando a baderna nos estádios de Belém. Foi, aliás, por uma confusão desse tipo na Série B 2013 que o Papão acabou penalizado com jogos de portões fechados no começo da atual Série C. O que as câmeras de TV captaram permitem supor que nova sanção vai acontecer.

Como os clubes e federações revelam-se impotentes para conter a truculência das torcidas e as próprias forças de segurança demonstram timidez excessiva, parece restar ao próprio torcedor – refiro-me ao aficionado de verdade – o enfrentamento a essa escalada criminosa.
É claro que não cabe ao torcedor se organizar para uma guerra, mas ele tem outros meios de combater os insanos. Aliás, no próprio jogo de sábado, a torcida já se manifestou vaiando e hostilizando os desordeiros. Se isso se transformar em ação permanente e consciente, poderemos alimentar finalmente esperança em uma solução definitiva. Até lá, pelo visto, resta rezar – e muito.

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Previsível, Papão perde em casa

A vitória do Fortaleza começou a se desenhar através das ações no meio-de-campo. Com marcação forte e bem distribuída, os visitantes conseguiram rapidamente impor o jogo que lhe interessava. Chegou ao gol logo cedo, aos 15 minutos, em falha da zaga paraense, o que permitiu se instalar em campo com mais tranquilidade.
O segundo gol, (e mais bonito) de Waldson, foi um contra-ataque perfeito, daqueles que o Papão está acostumado a aplicar nos adversários. A jogada começou ainda no campo de defesa, com Tiago Cametá, que passou a Marcelinho Paraíba. Este lançou Robert pela direita e daí o passe perfeito para o arremate cruzado, à meia altura, sem defesa para Paulo Rafael.

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Ruan diminuiu no fim do primeiro tempo, prenunciando um Papão mais aguerrido na etapa final. Ocorre que desta vez não aconteceram os lampejos individuais que muitas vezes socorrem a equipe. O Fortaleza voltou determinado e bem fechado, controlando o jogo e garantindo o triunfo que lhe permite ficar na liderança até o recomeço da competição.
Ao Papão resta o consolo de permanecer no G4, apesar de ver aumentar o fosso em relação ao líder Fortaleza. Por outro lado, é cada vez mais óbvio que as carências do elenco estão pesando na Série C. No Parazão ainda é possível disfarçar as limitações, mas no torneio nacional a coisa engrossa. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

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Adeus a um craque alvinegro

Marinho Chagas surgiu em momento especial do Botafogo. Era aquele período pós apogeu dos anos 60, quando a Estrela Solitária montava times que pareciam seleções nacionais. Era o período crepuscular de Jairzinho, Roberto Miranda, Paulo César.
O cabeludo de chute fortíssimo de direita parecia um sopro de renovação. E era. Substituiu no coração botafoguense o talento superior de mestre Nilton Santos. Fazia muitos gols, cobrava faltas como poucos. Foi assim que chegou à Seleção, entrando para a seleção do Mundial de 1974.
Desentendeu-se – teria sido agredido até – com o marrento Emerson Leão depois da derrota para o Carrossel Holandês. O goleiro não entendia que craques jogam sempre ofensivamente. Suprema vingança: aquela seleção sem brilho ficou na memória das pessoas pelas arrancadas de Marinho, e não pelas defesas de Leão.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 02)