Perguntinha do dia

Dos seis times interioranos com os quais o Paissandu decidiu título estadual o Independente é o mais cascudo? (Os demais foram Izabelense, Castanhal, Ananindeua, São Raimundo e Águia)

Filho que Efeagá assumiu não é dele

Por Mônica Bergamo

Dois testes de DNA, feitos em São Paulo e em Nova York, revelaram que Tomás Dutra Schmidt, filho da jornalista Miriam Dutra, da TV Globo, não é filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 2009, FHC reconheceu Tomás como filho num cartório em Madri, na Espanha. O jovem, que hoje tem 18 anos, pode usar o documento a qualquer momento para colocar o nome do ex-presidente em sua certidão, segundo interlocutores de FHC. A informação sobre os testes foi publicada na coluna Radar, da revista “Veja”.

Depois que o documento já estava pronto, os três filhos do tucano com Ruth Cardoso – Paulo Henrique, Beatriz e Luciana – pediram ao pai que fizesse um exame que comprovasse que Tomás era mesmo filho dele. O ex-presidente concordou, imaginando com isso colocar fim a qualquer possibilidade de desentendimento entre os irmãos e Tomás.

O primeiro teste foi feito no fim do ano passado, em São Paulo. A saliva de FHC foi recolhida em São Paulo, e a de Tomás, em Washington, nos EUA, onde estuda, por meio do representante do escritório do advogado brasileiro Sergio Bermudes, que cuidou tanto do reconhecimento quanto dos testes feitos. O primeiro exame deu negativo. FHC decidiu então se encontrar com Tomás em Nova York para um novo teste, que também deu negativo.

Fernando Henrique Cardoso estava disposto a manter a história restrita a seus familiares. De acordo com interlocutores do ex-presidente, ele acha que o exame é uma mera negativa biológica, e não jurídica. Ele está disposto a manter o reconhecimento de Tomás. Seus herdeiros, no futuro, poderão questionar a paternidade com base nos testes de DNA. O ex-presidente não falará nada sobre o assunto, pois entende que diz respeito apenas à sua vida privada.

Efeagá, o Farol de Alexandria e genial timoneiro da direita nacional, é um gênio da raça. Te dizer… 

Sem choro, nem reza

A presença de líderes religiosos na concentração da Seleção Brasileira na Copa América foi proibida pelo técnico Mano Menezes. Na época em que Dunga era o treinador, os pastores tinham livre acesso aos bastidores do time. Na Copa de 2010, levado pelo auxiliar Jorginho, um pastor frequentava diariamente o hotel da seleção para dar “ajuda espiritual” aos atletas. Antes de começar a Copa América, a CBF também vai alertar os jogadores para evitar comemorações com mensagens religiosas nos jogos. A Fifa já censurou a entidade por causa das manifestações religiosas dos atletas dentro de campo. Depois da conquista da Copa das Confederações de 2009, a confederação pediu moderação na atitude dos atletas mais engajados. (Com informações da Folha SP)

Fica, moicano!

Por Renato Maurício Prado

É, menino moicano, já estás na Argentina mas os ecos de tua conquista no Pacaembu ainda são ouvidos pelos quatro cantos do país e do continente. O mundo dos esportes está aos teus pés. Teus retratos estampam as páginas de todos os cadernos esportivos do planeta e as inevitáveis comparações com o Rei Pelé evidenciam o assombro e a admiração com que te olham.
Sim, eu sei, o próprio Rei te aconselha a partir. Acha que deves ir logo, rumo a um dos melhores e mais ricos times do universo: o galáctico Real Madrid — um dos quatro clubes que, segundo as
palavras do presidente do Santos, no curto espaço de ontem pra hoje, já se mostraram, oficialmente, dispostos a pagar até o último centavo do valor da tua milionária multa rescisória. Aí é que mora o perigo. E por isso cometo a ousadia de te escrever. Sim, eu sei. Os gringos virão com caminhões de dinheiro. E se quitarem o que está estipulado no teu contrato, os cartolas nada poderão fazer. A decisão estará toda em tuas mãos. Mas ainda podes dizer não! Por que? Pensemos juntos. Já está mesmo na hora de deixar o Brasil e o Santos? Logo agora que se tornou palpável a possibilidade de um espetacular confronto com o Barcelona, pelo título mundial interclubes (possibilidade, sim, pois não devemos nos esquecer dos “mazembes” da vida…). Imagina em quanto valorizará o teu passe se, sob a tua batuta, o Santos derrotar o esquadrão de Messi e Cia.? Difícil, é claro. Mas vais me dizer que não adoras um desafio destes? Pois é…
E a Copa no Brasil? Daqui até 2014, quantos milhões podes faturar no nosso mercado publicitário? Será que indo para o exterior, realmente, ganharias mais? Até onde sei, já recebes (graças à última renovação, quando do interesse do Chelsea, no ano passado) um salário no nível dos grandes craques europeus. E agora, após o título da Libertadores, a tendência é que os patrocínios aumentem exponencialmente…
Levando ainda em consideração que, se cumprires o teu contrato com o Santos, até o final de 2015 (quando terás apenas 23 anos), os teus direitos econômicos e federativos te pertencerão integralmente (ou seja, poderás vendê-los por algo em torno de US$ 80 e 100 milhões), acho que a questão financeira, decididamente, não deve ser um grande fator motivador.
Claro, encontrarás quem diga que é mais seguro embolsar logo uma bolada — “vai que acontece uma contusão mais séria, uma perna quebrada”, grasnarão as eternas aves de mau agoro. Ah, moleque travesso, não tema nada! Encara esse momento de decisão com a coragem e o talento que sempre demonstrastes em campo. Pra cima deles! Driblando!
Ainda não é chegado o momento de comparar topetes com gente marrenta como o superastro Cristiano Ronaldo — que poderá te receber com um muxoxo e uma ponta de desprezo. Nem tampouco vale a pena correr o risco de, no primeiro tropeço, acabar colocado no banco pelo, igualmente mascarado, técnico José Mourinho — e ainda correr o risco de ser chamado de “cai-cai”. Fica, menino. Teu destino — que já começa a ser cumprido — é devolver ao nosso futebol a alegria perdida na evasão constante de nossos melhores jogadores, desde o início dos anos 80 até agora.
Fica, como símbolo de que podemos voltar a ser grandes e, realmente, merecedores não somente de sediar, mas também de vencer uma Copa por aqui, jogando um futebol vistoso e alegre, digno de gigantes que sempre fomos, não de anões, como nos portamos no último Mundial.
Fica e só vai para lá, se um dia quiseres, como protagonista absoluto, carregado numa liteira, como Pelé fez nos EUA e Zico, no Japão. Não vale a pena ir tão cedo para te expor, sem estar totalmente pronto, ameaçando a própria carreira — olha o que aconteceu com dois de teus antecessores, Diego e Robinho! No frescor de seus 19 anos, não te iludas, ainda terás altos e baixos (à medida que o tempo for passando, cada vez mais altos e menos baixos).
Fica onde tais oscilações jamais farão com se questione o valor do teu futebol — pois lá fora, na primeira má fase não faltarão críticos para te diminuir e te desvalorizar, pondo em dúvida o teu imenso talento. Eles morrem de inveja dele. Fica onde ninguém jamais te atirará uma banana.
Fica por aqui e dê uma banana aos milhões com que te acenam. Pelo menos até a Copa de 2014, ganharás muito mais no Brasil — em todos os sentidos. E nós, fãs incondicionais do teu futebol ganharemos também.
Fica, menino moicano! E, se puderes, convence também o Ganso…
IMAGINE… Já pensou se as duas últimas grandes gerações do Santos (a de Diego e Robinho e a de Neymar e Ganso) ainda estivessem juntas, na Vila? Com certeza, o Santos formaria um daqueles esquadrões para entrar na história do nosso futebol como dos maiores de todos os tempos. Timaço para se ombrear ao Santos de Pelé; o Botafogo de Mané; o Flamengo de Zico; o Cruzeiro de Tostão; o Inter de Falcão e uns poucos mais.