Arroz de pato com pequi. Criação do premiado chef Thiago Castanho.
Dia: 22 de junho, 2011
É de dar medo…
A frase do dia
“Aquele foi um lance realmente que to cicatrizado, mas não deixo de pensar de vez em quando. Isso é fato. O que aconteceu naquele lance foi uma bola que dois jogadores foram na mesma bola, o Felipe Melo não me ouviu, e naquele momento era difícil e tinha as vuvuzelas e um monte de coisa, e eu acabei errando a bola e dividi com ele no alto. Acontece. O que eu mais senti naquele momento foi que a minha equipe sentiu aquele gol. A equipe estava muito bem no jogo. Foi uma bola morta em que dois jogadores foram. Eu não gosto de apontar um culpado. Quando se perde, tem que encontrar sempre um culpado. (…) Naquela Copa, respeitando o Mano, que hoje é o treinador da seleção, o Dunga conseguiu montar uma seleção em que todas as cabeças pensavam da mesma maneira. Isso é importante dentro de um grupo. Acho que aquele grupo merecia viver o ambiente da final”.
Do goleiro Júlio César, bem mais humilde depois da lambança na Copa do Mundo 2010.
Perguntinha do dia
O clima de oba-oba envolvendo a torcida do Paissandu quanto à conquista do tricampeonato pode ser explorado pelo Independente Tucuruí na decisão de domingo?
A fúria esquartejadora
Da coluna de Guilherme Augusto, no DIÁRIO
Novo mapa
Não é só o Pará, não, que corre o risco de ser dividido. Há outros projetos separatistas que tramitam pelo Congresso Nacional.
O site Contas Abertas mostrou as possíveis alterações no mapa do Brasil: no Amapá, pode nascer o território do Oiapoque; no Amazonas, surgiria o estado do Alto Solimões, além dos territórios do Rio Negro e do Juruá; na Bahia, o estado do São Francisco; no Maranhão, o Maranhão do Sul; no Mato Grosso, que já foi desmembrado, o Mato Grosso do Norte e o estado do Araguaia; em partes do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Território do Pantanal; em Minas Gerais, o estado do Triângulo e, por último, no Piauí, o estado de Gurguéia.
Sonhos adormecidos
Se a moda pega, não demora começam a pipocar projetos de criação de novas Repúblicas no território brasileiro. Muita gente sonha com isso.
Capa do DIÁRIO, edição de quarta-feira, 22
Coluna: Orgulho paraense em campo
É uma final de Libertadores diferente, particularmente para os paraenses. Funcionará como um ensaio de alto nível para o que se espera daqui a três anos, na Copa do Mundo. Tudo porque Paulo Henrique Ganso, auto-proclamado embaixador do Pará, usando a mítica camisa 10 celebrizada pelo Rei Pelé, deve ser um dos protagonistas da decisão, ao lado de Neymar.
Fazia tempo que não se via um craque paraense em posição tão destacada no futebol brasileiro. O último foi o também meia Geovani, convocado para a Copa do Mundo de 1998 e vitimado pela fogueira de vaidades que consumia aquela Seleção, sob inspiração direta do próprio técnico Zagallo.
Craque como Geovani, que lhe abriu as portas da Vila Belmiro, Ganso tem como características marcantes a capacidade de abrir caminhos no meio-de-campo e o talento para fazer lançamentos. Até seu aparecimento, em 2010, o Brasil se ressentia da ausência de um meia-armador puro e cerebral, como Gerson, Didi ou Rivelino, ou até mesmo Sócrates e Rivaldo, cujas aptidões para a criação de jogadas se confundiam com a facilidade para fazer gols, como autênticos pontas-de-lança.
O paraense exibe um estilo singular de comandar as ações na meia cancha. Um maestro resoluto, sempre de cabeça erguida, toma posse daquele território estratégico com passes precisos, valendo-se de visão apurada e bom repertório de dribles. Sem exagero, quem o vê jogar tem a sensação de estar diante da reencarnação dos armadores clássicos do passado, com a velocidade que o futebol moderno exige.
O fato é que uma antiga especialidade brasileira, em desuso há um bom tempo, voltou a ser notada nos campos de futebol: o passe caprichado, milimétrico, sempre com endereço certo. Tudo isso pelos pés (e cabeça) de um menino do Pará, motivo de orgulho para torcedores órfãos de grandes alegrias. É hora, portanto, de torcer pelo título do Santos e a consagração de Ganso.
Sem um organizador de jogadas desde que Tiago Potiguar foi para a China, o Paissandu busca se garantir logo com dois para a Série C: Robinho e Fininho. Pela atuação ao longo do campeonato, o ex-meia do Cametá tem boas perspectivas de ganhar a camisa 10. Já Fininho, que apareceu bem na Tuna e afundou junto com o Remo, é apenas alternativa para compor elenco. Vale dizer que o ex-remista nem tem características de armador, preferindo jogar mais como meia-atacante.
Para a lateral-esquerda, porém, o acerto com Fábio Gaúcho (Independente) é a chamada mão na roda. Fábio é uma das gratas surpresas do campeonato que chega ao fim domingo e tem futebol para suprir uma velha deficiência do Paissandu ali no lado esquerdo da defesa. Excelente reforço.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 22)




