Coluna: Como gente grande

Às voltas com o desalento pela não classificação à Série D do Campeonato Brasileiro, a torcida do Remo ainda teve que se submeter ao suspense gerado pelo factóide do presidente, dublê de político, do Independente Tucuruí em torno da participação ou não do clube interiorano na competição nacional.
Ontem, depois de dezenas de entrevistas a emissoras de rádio e TV, o mistério foi desfeito. O cartola confirmou o que sempre esteve mais do que decidido e sacramentado: o Independente vai mesmo disputar a Quarta Divisão na condição de segundo representante do Pará. Nem podia ser diferente, afinal o time conquistou em campo o direito à vaga e a população do município ainda festeja o feito.  
Além da exposição midiática, o presidente espertamente conseguiu motivar setores do empresariado de Tucuruí e região a colaborarem com o Independente. Patrocínios foram engatilhados e é possível que as despesas – estimadas em R$ 650 mil, só para a primeira fase da competição – sejam cobertas sem necessidade de ajuda dos governos municipal e estadual.
O papel representado pelo presidente do Independente pode até ser criticado pela natureza teatral, mas precisa ser entendido como recurso válido no processo de consolidação de um clube tão jovem e necessitado de sustança financeira.
Vencedor do returno, o Independente pela primeira vez em sua curta existência convive com realidade inteiramente auspiciosa. Até então, tinha sido mero coadjuvante nas disputas domésticas. Agora, além da briga pelo título estadual a partir de domingo, prepara-se para disputar seus primeiros torneios nacionais – Série D 2011 e Copa do Brasil 2010.
Tudo isso com uma folha salarial de R$ 90 mil, comissão técnica nativa e elenco que é um amontoado de desconhecidos e vários renegados pela dupla da capital. O súbito sucesso traz despesas e responsabilidades. E aí reside o novo desafio do Independente: provar que pode ser grande.  
 
 
A campanha surpreendente do Peñarol na Taça Libertadores permite que se volte a falar do futebol uruguaio, que andava praticamente esquecido por aqui, apesar da belíssima presença na recente Copa do Mundo. Além de confrontar duas tradicionais forças do continente, o clássico propicia reminiscências saborosas.
Até o ex-goleiro Rodolfo Rodriguez voltou a ser lembrado, com ênfase naquela defesa fenomenal pelo Santos contra o América de Rio Preto, com direito a seis defesas à queima-roupa.
Rodriguez exibe nos dedos quebrados as marcas (insígnias?) daquele lance histórico. Por detalhes assim a decisão entre Peñarol x Santos já cumpriu sua missão junto a velhos saudosistas como eu. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 15) 

13 comentários em “Coluna: Como gente grande

  1. Tudo bem que o Independente conseguiu tudo isso, com jogadores renegados pelo Remo, técnico regional,… . Agora é bom atentar que, o que serve para o Galo, não serve para o Remo e Paysandu. É só comparar a grandeza desses dois clubes. Que façam sucesso, mas que fiquem por lá e, esqueçam Remo e Paysandu. Sucesso pra eles.
    – Piada da noite de ontem: Um comentarista teve a audácia de dizer(pra fazer média),que o Fran Costa é o melhor técnico desse campeonato e, pior, disse, também, que o Remo deveria contratar o mesmo para fazer jogos amistosos com a base do Remo. Pode?
    – É aquilo que sempre falo, a incompetência, não está só nos dirigentes.Vai que um deles ouviu ele dizer isso ontem… . Pior ainda, é que seu filho faz parte da diretoria de Futebol do Leão. Agora me deu medo. Te dizer…

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  2. Caro amigo Cláudio. O momento vivido por Sinomar e a equipe do Independente prova que é fruto de um trabalho sério e bem executado, o que faz com que haja reconhecimento de todos para com todos. Não me agtadou a estada do treinador pelo maior do norte, mas no Remo saiu após uma série de jogos vitorioso e foi vitimado pela pressão após uma derrota para o rival. Pelo lado do São Raimundo, Charles foi infeliz ao deparar com a crise financeira do São Raimundo que fez seu trabalho no começo eficiente, não lograr êxito. Sem dúvida os técnicos caseiros deram uma banho nos importados este ano, mesmo levando em consideração as fraquezas que são Sérgio Cosme e Comelli, pois não devemos esquecer que estes dois últimos tiveram mais condições de trabalho apesar das interferências equinas dos dirigentes. Parabéns a Sinomar e ao Independente, pena que seu adversário na final é o Papão e com o Papão valendo título não tem pra ninguém. É o que penso.

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  3. isso só mostra o erro que foi o remo demitir o sinomar pra trazer o giboia apenas pq perdeu um rexpa.
    tinha classificado pra séria C gastando a metade do q gastou com o técnico midiático forasteiro. e sem desculpas esfarrapadas de travas de chuteira.
    mais uma mancada desses dirigentes incompetentes. diga-se Klautau.
    a mesma coisa que fizeram esse ano.
    mas me digam se não é muito amadorismo trazer um treinador que não conhece o time há 4 dias da final e achar que o cara vai fazer alguma coisa?

    o resultado não podia ser outro.

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  4. Por mérito o Independente conquistou o direito de disputar a série D. Torço pelo sucesso do Galo Eletrico esperando que a Prefeitura de Tucurui não leve “choque” caso venha a bancar as dspezas do seu representante adotado.

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    1. Amigo Tavernard, a torcida da região tocantinense é para que nosso bravo representante não entre em curto-circuito caso leve uma peia do Papão nas finais do Parazão.

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  5. Percebam, amigos CB e Carlos, que o Paysandu, por ter um técnico que era um pouco melhor que o Comeli e, por fazer o simples(primeiro anula as principais jogadas do adversário e depois, mata), conseguiu vencer o 1º turno. Tivesse ficado, alguém duvida que ele seria campeão Paraense? Percebam que eles só ganharam do Paysandu, quando os jogadores fizeram aquele protesto pela demissão de jogadores e, quando o Paysandu não tinha mais interesse no 2º turno(ne refiro a Cametá e Independente). Logo, como pensar que esses treinadores são bons para Remo e Paysandu?
    – Vale ressaltar, que Sinomar foi demitido, quando ao passar 08 meses trainando o Remo, não conseguiu vencer o 1º turno de um Paysandu que estava no inicio de uma preparação física, pois tinha se apresentado há 15 dias do Campeonato, aí não tinha como mais insistir com ele.
    – Fico sempre com as palavras ditas pelo excelente técnico Vagner Benazzi:
    ” Remo e Paysandu, querem ser grandes, com técnicos de 10, 15 mil reais. Nunca serão grandes. Concordo com ele. É a minha opinião.

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      1. Amigo Gerson, respeito sua opinião, mas bbb, não existe. Perceba que nesse bbb, eles estão chegando no fundo do poço. O Paysandu se salvou esse ano, por manter a boa base de 2010 e, ter contratado um técnico de médio porte de fora, não sei se teria essa sorte, se Giva estivesse no Remo, desde o inicio dos trabalhos. O Remo, como insistiu no bbb, está como está. É a minha opinião.

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  6. Sobre o Giba, antes dele treinar o remo, a imprensa e a torcida aprovaram a vinda dele. Tudo por causa da campanha de 2008. Infelizmente n’ao deu certo dessa vez.

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  7. Acho que técnico não ganha jogo, mais ajuda a ganhar, com motivação, psicologia, estratégias e outros requisitos mais, e que também ajuda a perder, principalmente com escolhas mal feitas de jogadores e, opções de táticas mal realizadas, mais o objeto principal para um time vencer em um projeto são os jogadores com um nível elevado. Se não tiver material humano com qualidade não se chega a lugar nenhum. Tomara que o Paysandu contrate jogadores de qualidade para a série C, e que os mesmos que vierem possam se dedicar e jogarem bem, pois ainda tem a questão de que em X lugar foi bem, mas chegou em Belém não obteve êxito.

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  8. Nessa concordo com o sr Gerson,não é a faixa salarial que vai medir a qualidade do treinador.Claro que depois que ele firmar seu nome ,seu salário será aumentado.Alguém duvida por exemplo que se Sinomar for campeão e levar o Independente a um titulo nacional seu salário será o mesmo ?

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