Em grande estilo, Botafogo apresenta Renato

Renato passou sete anos na Espanha, fazendo história como o estrangeiro que mais atuou pelo Sevilla (331 jogos, com 42 gols). Depois de tanto tempo, a volta ao Brasil tinha que ser comemorada em grande estilo. Entre troféus do Botafogo e fotos dos ídolos Garrincha e Nilton Santos, que abriam o salão nobre da sede de General Severiano, o volante de 32 anos foi anunciado oficialmente pelo presidente Maurício Assumpção e pelo vice de futebol André Silva como jogador do clube por três temporadas na tarde desta terça-feira.

– Espero estar à altura de vestir essa camisa 8. Com certeza, vou fazer tudo que for possível para, junto com meus companheiros, voltar a fazer o time disputar títulos – afirmou Renato.

O clube fez questão de fazer uma grande festa para dar as boas-vindas ao volante. O ídolo Gérson foi o responsável por presentear Renato com a camisa “oito de ouro”, já à venda, em edição limitada, na loja oficial. Um telão também foi colocado na sede alvinegra para que os cerca de 250 torcedores que estavam no local pudessem assistir à entrevista coletiva do jogador e o vídeo com seus gols e os de Gérson, que quase levou o ex-jogador às lágrimas.

–  Eu contei uma história ao Renato. Disse que o meu mestre, Didi, me falou uma coisa: ‘Assim que você encontrar um número 8 que jogue como você, entrega essa camisa’. Por isso vim aqui hoje. Espero que ele seja tão feliz quanto eu e Didi fomos no Glorioso – disse o “canhotinha”. (Do G1)

Dupla Re-Pa no “É Gool!”

Números atualizados do projeto É Gool! da Caixa Seguros: o Paissandu vendeu até agora 5.104 títulos de capitalização; o Remo vendeu 5.005 títulos. Os grandes do Pará são 10º e 11º do Brasil, respectivamente.

Alguns minutos de sabedoria

Eduardo Galeano, brilhante cronista e escritor uruguaio, fala em plena praça Catalunya, em Barcelona, sobre manifestações populares verdadeiras, o verdadeiro sentido da palavra “entusiasmo” e a fusão entre sentimento e pensamento. Vale a pena ouvir o mestre.

Tempestade sobre Belém

Nuvens negras no céu, cenário de pintura impressionista. Esta é Belém na foto de Diego Ribera. A imagem é das 16h30, quando se armava o pé d’água que caiu logo em seguida.

Águia faz as contas para disputar a Série C

Sem qualquer ajuda da CBF, o Águia de Marabá já faz as contas dos gastos da primeira fase do Brasileiro da Série, principalmente quanto aos jogos fora de casa. Segundo a diretoria, serão necessários R$ 86 mil para garantir os deslocamentos até Rio Branco (AC), Lucas do Rio Verde (MT), Araguaína (TO) e Belém. A CBF já havia confirmado a ajuda de custo, mas a desistência da TV Brasil quanto à transmissão dos jogos inviabiliza o repasse. O Águia conta com sete patrocinadores, que, juntos, asseguram renda mensal de R$ 117 mil. O problema é que a folha de pagamento do clube consome por mês cerca de R$ 200 mil, entre salários e bonificações aos jogadores, pagamento dos funcionários e pagamento de aluguéis. (Com informações de MARIUZA GIACOMIN; foto: MARCELO CAMPOS)

Só para não perder o costume…

O jornal norueguês Dagbladet divulgou nesta segunda-feira informações com imagens alegando que Ricardo Teixeira e Nicolás Leoz fizeram uma suposta negociação pela venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo de 2010. A reunião entre um representante norueguês interessado no negócio com os dirigentes teria acontecido no dia do sorteio dos grupos da Copa do Mundo, na Cidade do Cabo, no dia 4 de dezembro de 2009. Ao abordar o presidente da Conmebol, o intermediário diz que quer conversar com Leoz. O paraguaio responde: “Bilhetes?”, que, segundo o jornal norueguês, poderia significar tanto dinheiro quanto ingressos. O dirigente pega o telefone do intermediário, dizendo que o assistente ligará para ele.

Animal cobra dívida antiga de Luxemburgo

Por Rodrigo Mattos, da Folha SP

A Justiça do Rio de Janeiro estabeleceu que deve ser feita uma busca na casa do técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, para penhorar objetos para pagar dívida com o ex-jogador Edmundo. A decisão judicial tem como objetivo de pagar dívida de R$ 1,9 milhão do treinador com o ex-atleta. O processo se iniciou em 2006 pelo atualmente comentarista da Band, que cobra dois cheques não quitados pagos pelo técnico rubro-negro. O ex-jogador já ganhou os direitos de receber, mas não foram encontrados bens no nome de Luxemburgo suficientes para pagar o débito – alguns deles estavam já penhorados. Por isso, a Justiça agora determinou que podem ser procurados bens em sua cobertura no condomínio Barramares, na Barra da Tijuca. Não podem ser retiradas geladeiras ou uma televisão se for única. Mas a decisão diz que podem ser penhorados “veículos de transporte, objetos de artes ou adornos suntuosos”.

A Justiça baseia-se no artigo 659 do Código de Processo Civil, que prevê buscas em casas quando não for encontrado outra forma de quitar um débito. Um oficial de Justiça deve executar a ordem judicial e pode usar policiais militares e até arrombar a casa se o dono desta não estiver disponível. O assessor de imprensa do treinador, Luís Lombardi, disse que não conhecia o advogado que tratava deste caso para Luxemburgo, nem detalhes do processo. A Folha tentou contatar o advogado José Costa, que defende o técnico, sem sucesso. Ele pode agravar a decisão e tentar impedir a busca e apreensão.

Coluna: Crônica da morte anunciada

A pedra foi cantada. Era quase certo que a ação movida pelo Remo contra o Independente Tucuruí, reivindicando pontos do jogo do dia 29, não daria em nada – como, de fato, não deu. Despacho do presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, lavrado no último sábado e divulgado somente ontem, confirmou as previsões.
Por princípio, sou radicalmente contra esse tipo de manobra, que colide com o espírito puro do jogo e transporta a disputa esportiva para a seara do tapetão. Infelizmente, clubes e dirigentes costumam se agarrar ao expediente extremo sempre que deixam escapar a vitória dentro de campo.
Ainda atordoada com a perda do segundo turno, depois de atuação vexatória do time em Tucuruí, a direção remista saiu à procura de uma saída jurídica. Apostou suas fichas na suposta irregularidade envolvendo a documentação do jogador Edilson Belém.
Além de tentar voltar ao campeonato por via jurídica, o recurso ao TJD cumpriu a função de acalmar os ânimos da torcida, atenuando o desgaste da eliminação. Todo o impacto do prejuízo, porém, virá a partir de agora, em dose cavalar. Com o fim das últimas esperanças, a ficha vai cair e o torcedor apresentará a conta da confiança depositada nos dirigentes que prometeram recolocar o clube em lugar de destaque.      
Apesar das merecidas críticas aos caminhos adotados pela diretoria, principalmente na errática montagem do time para o Campeonato Paraense, não se pode aplaudir o coro de alguns corneteiros que pregam renúncia coletiva no clube.
Por óbvio, o curtíssimo período de gestão (cinco meses) não serve como parâmetro de avaliação do trabalho dos atuais dirigentes, principalmente em face da realidade deixada pela administração anterior.
De mais a mais, quem anda propondo o expurgo dos diretores não carrega a necessária envergadura moral para tanto. Aliás, grande parte dos atuais carbonários é composta de alegres defensores do desastrado projeto de desmanche do patrimônio remista, que quase levou à destruição do clube. Por tudo isso, é recomendável ir devagar com o andor, patuléia.
 
 
Ronaldo deixou os gramados há alguns meses, mas somente hoje se despede oficialmente da Seleção Brasileira. Quis o destino – e a agenda de negócios da CBF – que o adversário fosse a apagada Romênia, seleção européia de terceira linha. Não importa. O maior centroavante da história do futebol vale sozinho o espetáculo.
A festa é uma oportunidade primorosa para que os brasileiros reverenciem e agradeçam a carreira fulgurante de Ronaldo. Os 15 minutos destinados à sua apresentação deveriam ser de aplausos ininterruptos por tudo que ele nos deu em duas décadas de grande arte futebolística. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 7)