Coluna: O Remo e a década perdida

A capacidade de resignação e paciência do torcedor remista parece inesgotável. São três anos sem comemorações, nem mesmo de um simples turno de campeonato. A fase ruim não passa e o torcedor, angustiado, acompanha a decadência do time, rebaixado seguidamente até cair no limbo da ausência de divisão. Neste Parazão 2011, esperançosa, a torcida lotou as arquibancadas e não negou apoio, afinal não correspondido.
Com a eliminação, o Remo volta à rotina das últimas temporadas. Crise de gestão, ausência de calendário e aperreio financeiro. Perspectivas de problemas mais à frente para cumprir acordos assumidos com a Justiça do Trabalho. Além da queda, o coice: o torcedor é obrigado a conviver com incômoda comparação com o maior rival, que, mesmo generoso nas lambanças, contabiliza mais conquistas na década.
Nos anos 90, o quadro era completamente inverso. Só dava Remo. Foi a última grande safra de bons times formados no Baenão. Tempos de Artur, Belterra, Agnaldo, Bebeto, Luciano Viana, João Santos. Até veteranos, como Alberto e Biro-Biro, mostravam serviço. A supremacia se evidenciou no placar dos títulos: oito contra apenas dois do Paissandu.
A partir de 2001, veio a grande virada alviceleste. Foram seis títulos contra quatro do Remo. O Paissandu finalmente passava à frente na contagem geral. Tempos de Vandick, Sandro, Iarley, Róbson, Vélber. Não satisfeito em assumir a hegemonia doméstica, aproveitou o período para cravar os maiores feitos de sua história: bicampeonato da Série B (2001), Copa dos Campeões (2002) e participação inédita na Libertadores (2003).
Nem a gangorra que marca a história dos rivais se manifesta agora. Antes, sempre que um ia bem, o outro desabava. O problema, para o Remo, é que ultimamente os ventos insistem em soprar somente a favor do Paissandu. O inferno astral azulino prolonga-se, anabolizado por vexames como a tosca tentativa de paralisar o campeonato via tapetão. Duro é constatar que os erros acumulados no passado recente não geraram lições práticas.   
 
 
Neymar é o cara. Não, Obama não disse isso. Acontece que ninguém mais discute que o jovem craque é mesmo a grande estrela do futebol brasileiro no momento. Vem jogando o fino da bola e assumindo, sem medo, a condição de protagonista no Santos.
Com a ausência de Paulo Henrique Ganso, o regente da orquestra, Neymar virou arco e flecha. Ajuda na criação, marca, dribla e capricha também na pontaria. Entrega-se com a disposição própria dos jovens. É dele o maior quinhão de méritos pela classificação santista à final da Libertadores.
Para coroar a fase abençoada, marcou um golaço fora de campo ao apelar a Mano Menezes para disputar os amistosos contra Holanda e Romênia. Atitude meio insólita no futebol pragmático de hoje. No fundo, Neymar tem pressa em assumir o lugar de astro da companhia. Bom para ele, ótimo para a Seleção.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 3) 

29 comentários em “Coluna: O Remo e a década perdida

  1. kkkkkkkkkkkkkkkk. só dava remo é ???KKKkkkkkkkk só rindo mesmo .kkkkk o maior campeão é o paysandu e sempre será . aquilo foi zebra .kkkkkkkk

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    1. engraçado que os remistas dizem que os anos 90 foi a década de ouro do time, mas o remo só ganhou campeonatos paraenses no período, te dizer…

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  2. Se a FPF, a CBF e até a FIFA foram enganadas pelo jogador do Independente, como punir o clube do Tucuruí? Todos os órgãos competentes foram enganados pelo atleta, até a polícia, que emitiu duas identidades para ele. Vão punir a vítima, que é o Independente? Como, se foram tão ludibriados quanto ele? A fraude foi cometida anos atrás, quando o jogador era sub-20. Jogou taça SP, atuou pelo Palmeiras e muitos clubes mais, todos igualmente logrados pelo atleta. O crime (falsidade ideológica), foi cometido exclusivamente pelo jogador. Será muita cara de pau, convenhamos, aplicar qualquer punição ao clube…

    Se a intenção escusa do Remo é paralisar o campeonato, tanto pior: nesse caso, o Pará teria que ficar sem representante, como o Piauí, e que as vagas sejam dadas a quem mereça!

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  3. Caro Gérson, sou remista apaixonado, e não vejo nenhuma possibilidade de acontecer algo que mude esse panorama de tapetão, ficaria com vergonha se essa virada acontecesse, quem não foi competente nos gramados não se estabelece, vejo que mesmo que ganhe no tapetão no tapete do estádio vai ser outra porrada, me desculpe a expressão, porque o time será o mesmo, um bando de pernas de pau, tem alguns que se salvam é claro, então eu concluo que seria mais vexatório essa volta, peço aos comandantes azuis que se envergonhem disso e deixe o campeonato seguir sem essa besteira de tapetão, vão criar juízo e vergonha na cara seu INCOMPETENTES.
    Opinião.

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    1. Parabens Ricardo Von grapp,principalmente pela evidente coerência em suas declarações. Eu acho que deveria haver o mínimo de vergonha dos dirigentes que tiveram essa infeliz atitude,que só serve para mostrar o gráu de suas incompetências. Olha que vc se diz remista apaixonado.Há pessoas que costumam trocar a razão pela emoção.

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  4. Não concordo com o post. Aliás, concordo com a idéia geral, mas questiono as particularidades.
    Claro que a crise do Remo se arrasta num tempo antes impensável às tradições do clube. E, pior, cada nova “gestão” tem se mostrado mais incompetente e danosa do que a anterior.
    No entanto, não concordo com a idéia de que esta situação seja privilégio do Remo. Se pararmos para pensar, sem paixão babaca, veremos que a crise é do futebol paraense, ou seja, não vejo o principal rival em situação invejável como o texto mostra em certo momento. Eu diria que os 3 grandes da capital estão mergulhados na m… Sendo que a quantidade acima do Remo é maior do que nos outros.
    A crise na Tuna é infinitamente maior, mas como não existe uma cobrança de torcida e mídia, esta crise quase que não tem reflexos.
    O Paissandu há 5 anos tenta se livrar de uma série C; na Copa do Brasil não consegue passar da segunda fase e os títulos locais são vencidos em cima de emergentes.
    Temos que pensar, também, que entre os dois rivais o último título de relevância para o Pará foi vencido pelo Remo em 2005.
    Quanto a alternância de hegemonia, sempre defendi a tese de que entre Remo e Paissandu existe a mística de que cada agremiação reina por uma década, enquanto o rival entra em crise. Depois a coisa inverte. Isto é histórico e acontece desde a criação de ambos. Como ainda estamos no primeiro ano da década destinada ao Remo, eu ainda creio que esta mística possa prevalecer, até porque sou adepto daquele pensamento que afirma que as melhores soluções brotam das piores crises.
    Por fim, não sou nenhum batráquio em desejar que o Remo resolva sua crise e volte a brilhar e que o rival afunde em crise insolúvel (como já li alguns comentários aqui no blog, fruto obviamente de mentes infantis e fanáticas).
    Tal qual acontece no Paraná, Santa Catarina, etc, desejo os dois fortes, se revezando em conquistas que orgulhem a todos os paraenses.

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    1. Caro Sérgio,

      Seu post ia até bem…., mas quando você fala que o último título de relevância para o Pará foi do Remo em 2005, você caiu na vala comum, não acho que 3 divisão seja algo relevante é a minha opinião, tanto é que você se contradiz ao falar que o Papa-Títulos está há 5 anos na mesma série, já com relação a esse quesito concordo, pois já passou da hora de voltarmos a série B.

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      1. Hehehe… Cara, tu tens certeza que usou corretamente o termo “contradiz”?… Ora, se há 5 anos o bichola luta pra sair da Série C (não digo nem vencer), você vem dizer que não tem relevância?
        Pois eu te afirmo que no dia que isto acontecer haverá carnaval em Belém, como houve quando o Remo venceu.
        É suficiente?… certamente não, e os torcedores paraenses mereciam mais, mas foi o que nossos dirigentes conseguiram.
        Em tempo: A coisa que o tal papa-títulos mais tem feito é comemorar feitos de 20 anos atrás. É suficiente?… Também acho que não, mas é o que os ilude.

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      2. Caro,

        Então você deve ter algum problema de ordem matemática? Pois comemorar títulos de 20 anos atrás somente a Elza! Detalhe foi você mesmo que escreveu o post dizendo que série C é coisa que não se aproveita no qual concordo em gênero, número e grau.

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      3. Você é Professor de Português, ou da ABL ou APL? Além de torcer péssimo ainda está mal do LPC….que coisa..
        1ª) Com os prefixos AUTO, CONTRA e EXTRA, só devemos usar hífen se a palavra seguinte começar com “h”, “r”, “s” ou vogais:

        1) auto-adesivo, auto-análise, autobiografia, autoconfiança, autocontrole, autocrítica, autodestruição, autodidata, auto-escola, autógrafo, auto-hipnose, auto-idolatria, automedicação, automóvel, auto-observação, autopeça, autopiedade, autopromoção, auto-retrato, auto-serviço, auto-suficiente, auto-sustentável, autoterapia;

        2) contra-almirante, contra-ataque, contrabaixo, contraceptivo, contracheque, contradança, contradizer, contra-espião, contrafilé, contragolpe, contra-indicação, contramão, contra-ordem, contrapartida, contrapeso, contraponto, contraproposta, contraprova, contra-reforma, contra-

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      4. Caro,
        Desculpe mas não entendi bulhufas na sua tréplica. Em nenhum momento do post, aliás, eu nunca disse que a Série C era irrelevante. Acho que é, sim, um título nacional e precisa de muito trabalho e organização para ser conseguido. Os clubes paraenses não me desmentem.
        Sobre o negócio dos 20 anos, não precisa nervosismo e exigir registro em cartório… O exagero faz parte das discussões. Se bem que outro dia vocês fizeram uma baita festa pelo título de 91, não foi?
        Sobre o negócio do hífen… Não entendi nada, mas o Google está cheio dessas informações.

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    2. Bem, acho que fui bem claro, pois contradiz no sentido da palavra contradizer, e a mesma pelo novo acordo ortográfico não leva hífen….Agora com relação a você não entender bulhufas deve fazer parte hehehehehe para não continuar polemizando….perdeu meu caro.

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      1. Agora; Comparar o título de 91,da da 2ª divisão,do Papão,com o de 2005, 3ª divisão, remista. é demais. Os sem destino têm essa louca mania de toda vez que choram,pelo fracasso da carcaça de leoa,levar o papão com eles. Isso chama-se inveja,ciumes efofoquinhas.

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  5. Mudando um pouco de assunto,ao que aparece o futebol uruguaio está ressurgindo das cinzas.Depois da ótima e inacreditável campanha do Uruguai na Copa da Àfrica,o Penãrol chega a uma final de Libertadores depois de muitos anos.

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  6. O assunto provocado pelo Gerson dá caldo. Seria bom se discutissemos assuntos assim dando-lhes importancia, se ivermos condições para tanto. Não havendo essa propeidade, melhor ficarmos calados, evitando o ridiculo. Ninguem tem o monopolio da verdade considerando-se que a verdade é a propriedade da linguagem. Não é de hoje, cobro discussões maiores para os problemas , maiores também, entre muitos que conspiram contra a existencia dos nossos clubes,. Infelizmente ficamos (todos) nos dominios menores das informações ligeiras que agradam aos “perfumistas”. Há valores na cronica para o exercício dessa critica (analitica) que tanto peço e que poderão exerce-laq com propriedade, bastanto virar as costas para os que se sentirem “desagradados” com verdade.

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  7. Bom dia Gersom Nogueira e Amigos do Blog;
    Saindo um pouco da frustrada tentativa de virada de mesa do Parazão 2011, quero refletir com os amigos a respeito da derrocada do adversário, que comparo a um antigo chavão de programa humorístico de TV ” MAS LOGO AGORA QUE ELE IA TÃO BEM”; pois é meus amigos,considero que o adversário, caminhava razoavelmente bem, para calssificar-se entre os que disputariam o quadrangular final do segundo turno, mas, de repente, a substituição do comando técnico e daí, o que todos vivenciamos.
    É nesse momento, no entanto, que cabe a reflexão “o que levou a cartolagem azulina, a mudar o comando técnico, quando não mais havia tempo hábil para isso?” só posso elucubrar que, tentaram uma jogada de mestre e se deram mal, senão vejamos: no segundo turno, o Grande Bicolor Amazônico, claudicava e “especulava-se” era sabido por todos que o sérgio cosme cairía a qualquer momento, a gota dágua, em meu entendmento foram os duzentos e cinco pagantes na Curuzú, contra o S. Raimundo, todos também sabiam que o Giva seria finalmente, convidado/contratado para assumir o CT do Papão, pois o pinimbento aLOPrado, estava sem saída, encurralado; então, os adversários ao trazerem o GIVA, desarmariam o Grande Biciolor Amazônico e de quebra, teriam um CT, à altura de conduzir aquela agremiação à tão sonhada conquista da vaga à série D, o título do Parazão, seria consequência, viria por tabela, claro. Esqueceram-se, no entanto, de um pequeno detalhe: Eles, só dispunham de cinco dias, para tal mudança, que como ficou provado, não foi suficiente; deu no que deu, sete meses de férias, a inatividade e o regresso ao limbo.
    Apesar de torcedor Alvi-Celeste, reconheço qua a atual situação do adversário, não é boa para a nossa região, pois reduz a visibilidade do futebol da Amazônia, no cenário nacional, e isso é ruim, muito ruim mesmo, considerando-se a necessidade de afirmação do futebol amazônico, como produto, também econômico, desta região. Porém, confesso que, isso me traz alguma felicidade sim, pois essa situação me permite ver e ouvir os hoje humildes, outrora, arrogantes arautos da falida agremiação que proclamavam cacífe inexistente, estatísticas não realizadas, tampouco, comprovadas, vãs tentativas de transformar em gigante de aço, uma estátua de barro, por exemplo, refiro-me a um certo profissional da imprensa falada, setorista que cobre aquele time e que deve andar muitíssimo “xatiado”, com essa situação.
    O adágio popular que diz ” A mentira, tem pernas curtas” está muito bem aplicado para este momento do adversário, que o respeito pelo vitorioso passado, cujo, só é superado pela história do Grande Bicolor Amazônico, claro!!! mas, que nos sirva de lição, afinal, o sérgio cosme caiu, mas, o mal maior, continua lá, encastelado, refiro-me ao presidente LOP; todos sabemos que empresas, grupos e agremiações, gerenciados ao modêlo adotado pelo Sr. Luiz Omar Pinheiro, não tem a menor chance de subsistir, em horizinte próximo, muuuuito próximo.
    A contratação do Roberto Fernandes, que aqui lembrei, é um recuo do presidente LOP, na válida tentativa de reconquistar à Fiel Celeste Amazônica, que retornará sim aos jogos do PAPÃO DA AMAZÔNIA; no entanto, é uma trégua apenas!!!

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  8. Essa galera tem que entender que Paulo Caxiado é um profissional que faz o trabalho dele honestamente. Aqueles que acreditam nas bazófias (no melhor sentido) criadas pelos setoristas para enaltecer os clubes, francamente, estão boiando em seus sensos críticos.
    Eu também poderia usar de galhofa e tratar o profissional que cobre o pessoal do pijama de “CoitaDINHO Menezes”, já que desde que o mesmo assumiu o lugar do Paulo Fernando (também remista) o paissandu só fez afundar. Pior, há quem afirme que o referido é remista e o Paulo é que é bicolor. Vai ver, ambos devem dar boas risadas dos que se incomodam aqui fora… Te dizer.

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    1. Sérgio Soeiro;
      Meu camarada, não estou atribuindo culpas a ninguém, ou a alguém, penso que esse é o termo correto!!!
      SÓ ESTOU TIRANDO SARRO DO XATIADO, SÓ ISSO e esse direito, enquanto torcedor, eu o tenho, haja vista, que tenho de aturá-lo diariamente, ouvindo as chatices e bazófias desprovidas de nexo, que ele diariamente verborrage nos programas esportivos da Clube, agora que aguente; ele nem tanto, pois aqui não se manifesta, mais os simpatizantes; no entanto, não falto com respeito a quem quer que me dirija.
      É SARRO PURO!!!
      EM ALTO ESTILO!! Como diz o Paulo Fernando (BAD BOY).

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  9. A respeito desse texto, tem um paragrafo, que diz que, – o Remo, foi o campeão da decada de 90, é de fato foi, eu sou bicolor de coração, porém sei reconhecer quando perco. Mais, também diz que, – o Remo, possui um elenco, praticamente da base, diz que foi uma safra de bons jogadores e que o Remo montou no time, é na verdade nunca foi base nenhuma do Remo, pois jogadores como Arthur (Rio Branco – Acre), Luciano Viana ( Americano – RJ), João Santos ( era Paulista) Agnaldo ( veio de algum time do nordeste) Bebeto ( era paraense mesmo).
    Acho que o Remo, assim como o Paysandu, nunca conseguiram montar times em nosso estado, com à maioria de jogadores da própria base! Me recordo apenas, do meu Mengão e do Botafogo, como exemplos de timaços montados apenas, com jogadores das divisões de base…o resto e potoca de remista!!!!

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    1. E ainda tem mais caro André,

      Essa reconhecida superioridade azulina nos anos 90 não ultrapassou muito as fronteiras da nossa rivalidade secular e do nosso campeonato regional que, há época, era um campeonato “metropolitano” (que ao contrário de hoje, onde temos Cametá, Castanhal, Independente-Tucuruí, Águia de Marabá e São Raimundo de Santarém, pontificavam equipes como Pinheirense, Sport Belém, Tiradentes, Pedreira, Santa Rosa e Marituba) e, na minha visão, portanto menos difiícil de ser vencido como o é hoje. Além disso, quais os feitos azulinos a nível nacional no período (anos 90)? Um 8º lugar na Série A de 1993 (chamado na época apenas de 1ª Divisão), uma semifinal da Copa do Brasil de 1991 e um embate com o Corinthians na Copa do Brasil de 1996 que fez o “timão”, campeão no ano anterior e que contava com um elenco estelar, suar pela classificação vinda graças a um gol contra espírita do bom jogador Castor. No mais, o Remo foi rebaixado à 2ª Divisão em 1994 e de lá a sua derrocada até os dias atuais, com um leve suspiro apenas em 2005 quando da conquista da Série C. Por isso, em que pese o equilíbrio maior nos títulos regionais nos anos 2000 (de 2000 a 2009) com 6 conquistas bicolores e 4 azulinas, o Paysandu, mediante seus feitos de caráter até históricos, suplantou e muito os azulinos que caminharam em sentido inverso ao bicolor e que não fossem as trágicas administrações alvicelestes, talvez colocassem o Paysandu numa ponta radicalmente oposta e extrema ao Remo.
      Ademais, nos últimos 11 anos, o Remo ganhou apenas 4 regionais, ficando o Paysandu com os demais. E esta conta pode aumentar para 12 anos com 8 conquistas bicolores e 4 azulinas. Assim, e mediante as relativizações pontuadas sobre a supremacia azulina nos anos 90, será que a “mística” da alternância de décadas (uma azulina e uma bicolor) está sendo rompida? Ou melhor, será que ela sempre existiu? Não esteve o Remo passando por um processo de depreciação que remonta aos vitoriosos anos 90 e que, por serem justamente tempos de conquistas (mesmo que, em grande parte, no âmbito apenas regional), a decadência ali iniciada e em “marcha lenta” foi jogada pra baixo do tapete e que hoje cobra seu preço pela “varrida” mal dada? Não seria então o Paysandu o próximo a sofrer com as agruras de um destino similar ao azulino, pois incorre nos mesmos equívocos e, por estar um pouco melhor do que seu maior rival, descansa em berço esplêndido enquanto a cobrança por atos perdulários e irresponsáveis naõ bate à porta? As diferenças abissais nos últimos 7 anos entre as conquistas regionais do Paysandu para com o Remo indicam que o bicolor paraense está de fato em um melhor momento do que a agremiação azulina ou é a expressão clara e crsitalina do velho e surrado ditado de que “em terra de cego quem tem um olho é rei”?

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      1. Daniel Malcher,

        Eu estaria de acordo com o seu post em 100% não fossem as linhas iniciais do primeiro parágrafo, onde diz que o certame paraense dos idos 90 eram mais fáceis de se conquistar por dele fazerem parte times como: Pinheirense, Tiradentes……e Sport Belém. Eles eram fortes, mas Clube do Remo e Paysandu naquela época, não davam sopa pro azar, montavam times fortes, qualificados.

        Portanto, meu caro, as dificuldades até poderiam ser diferentes, mas não mais fáceis, o grau de empenho para vencer era o mesmo que o atual. Naquele contexto o que facilitava para as conquistas (ainda que regionais) era ou foi, a formação de bons elencos, ao passo que hoje, essa prática ficou em ultimo plano ou nem isso.

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    2. Não concordo,a não ser de um determinado tempo para cá. Voltando aos anos 60 ,havia timaços regionais.Um lembrete 1960,se não me foge a memória..Paisysandu . Asas ou Jorge Baleia,Odir,valtinho,Mauricio,Edilson,Mangaba,Quarenta, Pau Preto,Vila,C.Alberto,Ercio, Sem contar com Fiuza,J.Alves,Arlindo, Oliveira Coquinho,Neves, etc…

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    3. Não fiz referência a times montados pelas próprias bases dos clubes, André. Digo apenas que o Remo montou bons times, e isso é fato – coisa rara de ver hoje em dia no Baenão.

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  10. Bebi cerveja em um bar anexo ao CAMPO DO PAPÃO E CONVERSEI COM UM CARA LEGAL QUE SE APRESENTOU COMO JORNALISTA DA RADIO CLUBE.FOI RÁPIDO ,ELE PERGUNTOU SE EU ERA “GRINGO’RESPONDI QUE SOU NACIONALIZADO BRASILEIRO,UM CARA ALTO, QUASE DE MINHA ALTURA, “MOROCHO’ E AO PERGUNTAR PRA ELE SOBRE OS CLUBES DO Pará ele explanou a situação DOS CLUBES PARAENSES E SE DISSE TORCEDOR DO PAYSANDU.INCLUSIVE HAVIA UMA SENHORA PARENTE DELE PRÓXIMO QUE PEDIU PRA TIRAR FOTOS COMIGO …BRINCANDO COM ELE DISSE “QUE GRINGO LINDO…” . MODÉSTIA LONGE DE MIM RSRSRSKKKKKKK,ENTÃO O MORENO QUE SE APRESENTOU COMO PAULO ,EM PAUTA É BICOLOR.QUANTO AO TEXTO A ÚLTIMA PARTE SOBRE O JOGADOR SANTISTA É QUASE PERFEITA…G.N SÓ SE PERDE QUANDO TEM QUE FALAR DO re-mio…porque será?SE NÃO É apoiador do remio PORQUE INSISTE EM TECER ELOGIOS DUVIDOSOS SOBRE CONQUISTAS QUASE INEXPRESSIVAS?POIS É CARISSIMOS VOLTEI COMO SEMPRE,DEBATENDO E ACEITANDO A RÉPLICA ,SEM OFENSAS E PALAVRAS DE BAIXO CALÃO …PLEASE…
    JÁ HÁ ALGUMAS APELAÇÕES .VAMOS MANTER O NIVEL CAROS PARAENSES.EI CARO VALENTIM,ONDE ESTÁS HERMANO?

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    1. ONDE ESTÁS CARISSIMO VALENTIM? TRISTE PORQUE SEU re-mio VAI PARA O QUINTO DOS INFERNOS,DIGO DIVISÃO?PERDÃO PELAS BRINCADEIRAS AMIGO,UM ABRAÇO HERMANO E ARRUME OUTRO TIME PRA TORCER….KKKKK APROVEITE A BOA FASE DO COXA AÍ DE ‘CURIBA” …ABRAÇOS.

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