O craque paraense Paulo Henrique Ganso voltou a correr no campo no CT Rei Pelé, nesta sexta-feira. Animado com a possibilidade de voltar a tempo de jogar a decisão da Libertadores, o meia trabalha forte na sua recuperação para poder ficar à disposição do técnico Muricy Ramalho no jogo que valerá o tricampeonato do Santos na competição.
Ganso sofreu uma lesão no músculo da coxa direita na primeira partida das finais do Campeonato Paulista, no início de maio e, desde então, não atuou mais pelo Santos. O meia ainda não participou dos treinos com bola junto com seus companheiros de equipe, mas já está na fase final de recuperação da lesão e chegou a correr nos gramados nesta sexta.
A evolução do tratamento da lesão de Ganso deixou os médicos do Santos otimistas quanto à possibilidade de o meia voltar a atuar já nas próximas semanas, quando o Peixe disputa a decisão da Libertadores diante do Peñarol. A expectativa na Vila Belmiro é grande, mas o departamento médico prefere ter cautela antes de liberar o meia para o jogo. O prazo dado pelos especialistas quando confirmaram a lesão de Ganso foi de seis semanas e acaba entre as partidas decisivas da Copa das Américas. (Com informações da ESPN)
Dia: 3 de junho, 2011
IPTU: Prefeitura de Belém isenta dupla Re-Pa
Enfim, uma boa notícia para a dupla Re-Pa. A partir da próxima terça-feira, 7, Remo e Paissandu ficam isentos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). A isenção vale para as cobranças futuras e também para as dívidas que os clubes têm com a Prefeitura de Belém. A informação foi passada, via Twitter, pelo vereador Vandick Lima. Segundo ele, a isenção foi definida em um almoço com o prefeito Duciomar Costa. O decreto de remissão dos impostos será assinado na terça, às 16h.
PSDB teme o discurso pró-maconha de FHC
Por Daniela Lima, da Folha SP
O discurso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela descriminalização da maconha tornou-se uma preocupação eleitoral para alguns dos principais nomes de seu partido, o PSDB. A defesa da adoção de políticas alternativas para usuários de drogas ganhará mais destaque a partir de hoje com a estreia do documentário “Quebrando o Tabu”, que é estrelado por ele, nas maiores cidades do Brasil.
No filme, FHC conta experiências de países que adotaram medidas alternativas à punição dos usuários de drogas, ao lado de políticos como os ex-presidentes Bill Clinton (EUA) e Ernesto Zedillo (México). A bandeira contraria opinião majoritária da cúpula do PSDB. O ex-governador José Serra foi o primeiro a externar a interlocutores sua preocupação com o tema.
Então candidato à Presidência, Serra disse, em sabatina da Folha, no ano passado, ser contra a descriminalização das drogas. “Não sou a favor. Para nenhuma delas”. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, compartilha da opinião, mas relativiza o debate. “Embora minha posição seja contrária à legalização, entendo que o debate é positivo”, disse. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), também manifesta inquietação. “Preocupam-me determinadas circunstâncias dessa proposta. Mas acho que FHC tem autoridade política e moral para sustentar suas ideias’.
A ênfase às palavras “suas ideias” não é ocasional. O PSDB se empenhará para mostrar que a descriminalização é uma bandeira do ex-presidente, não do partido. “Todo fato de repercussão pode influir no ânimo do eleitor. Mas ainda é cedo para mensurar se esse impacto será positivo ou negativo. Eu sou contra. Mas isso nunca foi discutido no partido”, afirmou o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR). Procurado via assessoria, o senador Aécio Neves (MG) não respondeu. Em entrevista à coluna Mônica Bergamo no último domingo, FHC deu sinais de que conhece a contrariedade do partido. “Se você não tiver coragem de ficar sozinho, não é um líder”, disse.
Ô raça…
LOP sofre assalto na Gentil
Segundo o DOL, o presidente do Paissandu, Luiz Omar Pinheiro, foi assaltado por volta do meio-dia desta sexta-feira, na esquina da avenida Gentil Bittencourt com travessa Benjamim Constant. Ele estava no carro quando foi abordado por dois pivetes.
Tribuna do torcedor
Por Aldo Valente (saldovalente@gmail.com)
Gerson, saudações tocantinenses. Águas miraculosas que dão luz, fazem cego ver, deficiente sair correndo e bodes velhos saírem tinidos. Ha Ha Ha!!!
É vergonhosa a velha e desesperada atitude de um clube centenário e importante como o Remo que há 3 anos não ganha absolutamente nada ( a não ser de rainhas de carnaval) utilizar os mesmos argumentos no tapetão. Também são as mesmas figurinhas repetidas que endossam esta ridícula iniciativa (dirigentes, advogados e o resto da trupe). Pelos resultados nos tribunais (Casos Velber, Rogerinho, Leandrinho e Cicinho) será mais um fracasso que a nação azulina com certeza não merece.
Enquanto isso na Líbia, depois de intensos bombardeios da OTAN, protestos de xiitas, sunitas, maronitas e demais fundamentalistas o ditador Luiz Omar Kadafi demitiu seu general Sérgio Cosme. A argumentação da demissão foi absolutamente patética, como mais patética ainda, é sua pretensão de em 2014 chegar à Libertadores e à Câmara Federal. Só se for de navio, disto ele entende muito bem. E a câmara só se for de gás.
No mais, a legião bicolor espera que o ditador, no poder a quase 48 meses, é certo que saldou algumas dívidas, mas na hora de decidir competições de importância é um fracasso, dessa vez vingue. Esperemos que ele não atrapalhe o novo treinador, reconhecidamente competente.
No Cametá, uma peixada para afugentar a crise
O Cametá decidiu aparar todas as arestas antes do jogo decisivo de domingo contra o Independente Tucuruí. Jogadores, comissão técnica e dirigentes estarão reunidos em torno de uma peixada, nesta sexta-feira à noite, a fim de confraternizarem pela boa campanha e demonstrar publicamente o clima de paz no clube. Isso depois das críticas disparadas pelo artilheiro Leandro Cearense, logo depois da vitória sobre o São Raimundo, no último sábado.
Auxiliares de Givanildo continuam no Baenão
Para espanto de muita gente, os auxiliares de Givanildo Oliveira continuam a trabalhar normalmente no Baenão. Exercícios físicos são administrados por Wellington Vero e o auxiliar Claudinho. A justificativa é a remota chance de uma reviravolta no Parazão, que permitiria ao Remo voltar a campo para disputar o returno. A possibilidade jurídica – envolvendo suposta fraude na documentação do jogador Edilson, do Independente – é a última esperança dos azulinos e o elenco está de sobreaviso. Givanildo já deixou claro que deixou o cargo, mas Vero admite que tudo pode mudar se o clube voltar a ter chances na competição. “Como houve uma chance de voltar, eles ligaram avisando e a gente estava no hotel e achamos melhor, pelo próprio profissionalismo, voltar. Aí falamos para o Giva – pode ficar que nós iremos. Ele não voltou por uma questão nossa, até porque não tem nada decidido em relação a nós. Não estamos aqui para o ano que vem”, explica. Mas Vero admite que, caso haja interesse em trabalho a longo prazo, o próprio Givanildo estaria disposto a analisar a ideia. (Com informações do Bola)
Peñarol vai decidir Libertadores com o Santos
Foi um autêntico clássico de Libertadores: raça, marcação, pênalti perdido, suor e lágrimas. Um jogaço.
A frase do dia
“Esta DiogoMainardização da imprensa e da pequena burguesia brasileira tem um nome na minha terra: má educação. Esta recusa ao pensamento humanista que ressurgiu após a leva de ditaduras que caiu como um dominó a partir dos anos 80 tem outro nome: neofascismo. É legal ser de direita? Tá bacana desprezar os movimentos sociais, aplaudir a repressão contra eles? Eu não acho. Apesar de considerar o termo “politicamente correto”, do começo dos anos 90, a coisa mais fora de moda que existe, afirmo diante do que vejo e leio: eu, aleijado com tendências esquerdizantes, não era, mas agora sou TOTALMENTE politicamente correto”.
De Marcelo Rubens Paiva, escritor (autor de “Feliz Ano Velho”), de saco cheio da direitização dos costumes no Brasil.
Capa do Bola, edição de sexta-feira, 3
Coluna: O Remo e a década perdida
A capacidade de resignação e paciência do torcedor remista parece inesgotável. São três anos sem comemorações, nem mesmo de um simples turno de campeonato. A fase ruim não passa e o torcedor, angustiado, acompanha a decadência do time, rebaixado seguidamente até cair no limbo da ausência de divisão. Neste Parazão 2011, esperançosa, a torcida lotou as arquibancadas e não negou apoio, afinal não correspondido.
Com a eliminação, o Remo volta à rotina das últimas temporadas. Crise de gestão, ausência de calendário e aperreio financeiro. Perspectivas de problemas mais à frente para cumprir acordos assumidos com a Justiça do Trabalho. Além da queda, o coice: o torcedor é obrigado a conviver com incômoda comparação com o maior rival, que, mesmo generoso nas lambanças, contabiliza mais conquistas na década.
Nos anos 90, o quadro era completamente inverso. Só dava Remo. Foi a última grande safra de bons times formados no Baenão. Tempos de Artur, Belterra, Agnaldo, Bebeto, Luciano Viana, João Santos. Até veteranos, como Alberto e Biro-Biro, mostravam serviço. A supremacia se evidenciou no placar dos títulos: oito contra apenas dois do Paissandu.
A partir de 2001, veio a grande virada alviceleste. Foram seis títulos contra quatro do Remo. O Paissandu finalmente passava à frente na contagem geral. Tempos de Vandick, Sandro, Iarley, Róbson, Vélber. Não satisfeito em assumir a hegemonia doméstica, aproveitou o período para cravar os maiores feitos de sua história: bicampeonato da Série B (2001), Copa dos Campeões (2002) e participação inédita na Libertadores (2003).
Nem a gangorra que marca a história dos rivais se manifesta agora. Antes, sempre que um ia bem, o outro desabava. O problema, para o Remo, é que ultimamente os ventos insistem em soprar somente a favor do Paissandu. O inferno astral azulino prolonga-se, anabolizado por vexames como a tosca tentativa de paralisar o campeonato via tapetão. Duro é constatar que os erros acumulados no passado recente não geraram lições práticas.
Neymar é o cara. Não, Obama não disse isso. Acontece que ninguém mais discute que o jovem craque é mesmo a grande estrela do futebol brasileiro no momento. Vem jogando o fino da bola e assumindo, sem medo, a condição de protagonista no Santos.
Com a ausência de Paulo Henrique Ganso, o regente da orquestra, Neymar virou arco e flecha. Ajuda na criação, marca, dribla e capricha também na pontaria. Entrega-se com a disposição própria dos jovens. É dele o maior quinhão de méritos pela classificação santista à final da Libertadores.
Para coroar a fase abençoada, marcou um golaço fora de campo ao apelar a Mano Menezes para disputar os amistosos contra Holanda e Romênia. Atitude meio insólita no futebol pragmático de hoje. No fundo, Neymar tem pressa em assumir o lugar de astro da companhia. Bom para ele, ótimo para a Seleção.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 3)

