Por Aderson Santos de Vasconcelos (ad_remista@ibest.com.br)
Gerson, acho que o Remo deve sossegar e, novamente usar o resto para tentar se reerguer. Agora, deixando de lado o debate sobre a questão se o Remo tem ou não o direito de entrar no tapetão, gostaria de dizer o seguinte. Você sempre critica os times que entram no famoso tapetão para tentar reverter uma situação sobre supostas irregularidades. Tudo bem, mas se há uma irregularidade e o time perdedor não entrar na Justiça nesse caso não seria legitimar a falcatrua, a desonestidade, a desonra, e por que não dizer – a incompetência do time vencedor que estaria sendo protegida? Não pela lei, mas por uma mania de achar que futebol só se ganha dentro de campo?
Nos campeonatos oficiais, temos futebol profissional e por isso precisa-se de toda a documentação correta. Já imaginou a Fifa dizendo “Coloquem seus times nos campeonatos oficiais e não se preocupem com as documentações, pois se o seu time perder ninguém dará importância. Mas, se o seu time vencer e o perdedor entrar no tapetão, não se preocupem pois a imprensa dirá que é feio entrar na Justiça, uma vez que não venceu em campo. Nessa situação, todos estaremos premiando a falcatrua para não exaltar a incompetência dentro de campo. Futebol profissional precisa de documento legal.
Aderson, não se trata de advogar a falcatrua ou a ilegalidade. No caso específico do recurso que o Remo move para tentar paralisar o campeonato, o alvo da ação é um atleta, e não seu clube. Com isso, são mínimas as chances de sucesso da iniciativa remista. Por uma questão de princípios, sou normalmente avesso a recursos no tapetão. Ainda prefiro as vitórias obtidas às claras, conforme as regras do jogo. Acho realmente feio, embora entenda que os clubes têm todo o direito de recorrerem aos tribunais quando se sentem lesados.



