Rock na madrugada – The Rolling Stones, “Jumpin’ Jack Flash”

POR GERSON NOGUEIRA

Quando alguém desembarcar de uma galáxia distante e perguntar o que é esse tal de rock’n’roll, a resposta óbvia e ululante terá que ser “Jumpin’ Jack Flash”, mega sucesso e hino oficial do gênero desde os idos de 1960. Acima, o registro definitivo da música pelos Rolling Stones em filmagem dirigida por Michael Lindsay-Hogg, à época o queridinho dos roqueiros, requisitado só pelos maiorais, incluindo os Beatles.

Produzidos entre 1967 e 1968, os vídeos oficiais de “Jumpin’ Jack Flash” (um com maquiagem e outro sem) foram dirigidos por Lindsay-Hogg (The Rolling Stones Rock and Roll Circus, Let It Be) e filmados ao longo de um único dia no Olympic Studios, em Londres, na primavera de 1968. Anos depois, a tecnologia permitiu que fossem restaurados fielmente em resolução 4K.

Essência do rock arrasa quarteirão, com seu riff arrebatador e inconfundível, a canção foi toda trabalhada a partir de uma linha de guitarra desenvolvida por Keith Richards, com letra de Mick Jagger. Seria incluída no disco The Rolling Stones Child of the Moon, lançado em 24 de maio de 1968. À época, a banda ainda mantinha a estrutura básica de sua fundação: Charlie Watts, Bill Wyman, Keith Richards, Mick Jagger e o renegado Brian Jones.

A letra é demolidora, no melhor estilo pé na porta que os Stones tiveram a primazia de inaugurar no rock. Nenhuma banda da época se atreveu a cuspir versos tão fortes e pontiagudos.

Eu nasci em um furacão de fogo
E uivava para minha mãe no meio da chuva
Mas agora está tudo bem, na verdade, é o maior barato
Mas tudo bem, eu sou o Jumpin’ Jack Flash
E isto é o maior barato!

Eu fui criado por uma uma velha feia, banguela e barbuda
Fui ensinado levando chibatada no lombo

Eu me afoguei, fui arrastado e deixado para morrer
Eu caí aos meus pés e vi que eles sangravam
Eu desprezei as migalhas de casca de pão
Eu fui coroado com espinhos bem na minha cabeça
Mas agora está tudo bem, na verdade, é o maior barato

Reza a lenda que a composição nasceu na casa de campo do guitarrista Keith Richards, em Redlands (Sussex, Londres), em 1967, quando ele e Mick Jagger tentavam criar novas músicas. Tomaram todas e acabaram dormindo no sofá da sala. Foram acordados na manhã seguinte com o barulho das botas de Jack Dyer, jardineiro da residência de Keith.

“O que é isso?”, perguntou Jagger. “É só o Jack saltitando”, foi a resposta do guitarrista. Mick então completou, brincando: “É o ágil Jack!”. Naquela mesma manhã, o vocalista redigiu a letra, que não cita o jardineiro, mas tem refrão e nome baseados no papo inicial sobre “Jack Flash”.

Jagger nunca confirmou, mas teria se inspirado no poema “The Mental Traveller”, de William Blake, para desenvolver “Jumpin’ Jack Flash”. Com a música, os Stones alcançariam no dia 22 de junho de 1968 pela 7ª vez o topo das paradas na Inglaterra e a 3ª posição nos Estados Unidos. Um resultado animador para quem tinha amargado críticas pesadas com o disco anterior, “Their Satanic Majesties Request”, de 1967.

Desde então, a música-hino integra obrigatoriamente o setlist de shows da banda, junto com “Satisfaction”, “Start me Up”, “Sympathy For The Devil” e “Gimme Shelter”. Muito justo.

Leão vence Santa Rosa e se classifica para a semifinal do Parazão

O Remo derrotou o Santa Rosa por 2 a 0, na partida de volta das quartas de final, na tarde deste sábado, no Baenão. O resultado classificou o time azulino para as semifinais do Campeonato Paraense. No placar agregado, o Leão superou o Macaco Preto por 5 a 0 (3 a 0 no jogo de ida).

O primeiro gol ocorreu logo aos 7 minutos. O lateral Raimar cruzou para o meia Sillas, que entrou na área e bateu cruzado no canto esquerdo do gol de Claudio Vítor. O Remo pressionou em busca do segundo gol, mas esbarrou na boa marcação do Santa Rosa.

Na etapa final, o jogo perdeu muito em intensidade, mas os azulinos conseguiram ampliar o marcador através de Nathan, aos 24 minutos. Ele recebeu um passe de Ronald e chutou forte, sem chances para Claudio Vítor.

Foi a terceira vitória sob o comando do técnico paraguaio Gustavo Morínigo. Na quarta-feira, 20, o Remo enfrenta o Amazonas pela Copa do Brasil, no Baenão.

Rodada define semifinalistas

POR GERSON NOGUEIRA

O Campeonato Paraense conhece neste fim de semana os quatro times semifinalistas. PSC e Remo chegam aos jogos de volta praticamente classificados, pois venceram as partidas de ida por 3 a 0, contra Bragantino e Santa Rosa respectivamente. Tuna x São Francisco e Caeté x Águia são os confrontos que ainda precisam ser definidos.

Os tunantes, invictos até a primeira partida das quartas de final, tentam reverter a derrota por 1 a 0 para chegar à semifinal. O São Francisco, dirigido por Samuel Cândido, é a maior surpresa desta reta final do Parazão. Sem investimentos vultosos, o Leão santareno conseguiu sete pontos em três jogos e chegou às quartas.

Tem boas chances de se intrometer entre os favoritos nas semifinais. Para isso, só precisa empatar com a Lusa, treinada por Júlio César Nunes e dona da segunda melhor campanha na fase de classificação.

O Caeté, de Artur Oliveira, recebe o Águia de Marabá dentro do estádio Diogão, em Bragança. Um duelo de desfecho imprevisível, levando em conta a boa performance do Caeté em seus domínios e a fase vitoriosa do Águia na Copa do Brasil – obteve a vaga à 3ª fase na quinta-feira com vitória acachapante sobre o Capital-TO por 3 a 0.

Deve ser o embate mais interessante e emocionante da rodada decisiva. Na ida, deu Águia no estádio Zinho Oliveira, por 2 a 0. O placar é reconhecidamente um dos mais traiçoeiros do futebol. Ao vitorioso, passa a impressão de que tudo está sacramentado; ao derrotado, mantém abertas as portas da esperança.

Caso consiga superar o Águia, o Caeté chegará pela primeira vez à semifinal do Parazão. Para tanto, terá que vencer por três gols de diferença ou por dois – forçando, nesse caso, a disputa em penalidades.

Caso o Águia passe, vai reeditar a semifinal de 2023, quando eliminou o Papão de Márcio Fernandes, demitido após a partida no Mangueirão. A Tuna, se superar o São Francisco, terá novamente uma semifinal com o Remo. Já o Leão de Santarém, se classificado, terá a chance de repetir a proeza de 2016, quando chegou à final.

Os remistas terão contra o Santa Rosa a oportunidade de ver o time com a cara (ou quase isso) do técnico Gustavo Morínigo. Os bicolores esperam uma vitória categórica sobre o Bragantino, de preferência com o xodó Esli Garcia em ação.

Para uma competição pobre em técnica e emoção, o desfecho das quartas de final funciona como um pequeno ensaio para as fases decisivas, semifinais e finais do Estadual.

Atacante pé torto deixa torcedor bicolor desesperado

Em tempos de celulares sempre a postos para registrar qualquer coisa, os treinos dos times vivem sob a mira dos torcedores mais fanáticos. Uma movimentação dos jogadores do PSC, na sexta-feira, no CT do clube, ganhou as redes sociais por conta de seguidos erros em chutes disparados pelo atacante Leandro.

No primeiro lance, sozinho diante do goleiro Matheus Nogueira, ele bate à queima-roupa e o goleiro defende sem dificuldades. Logo a seguir, nova bola passada ao centroavante é novamente desperdiçada. Quase na linha da pequena área, ele ajeitou o corpo e mandou a bola pela linha de fundo.

A reação do torcedor é hilária: “Esse é o nosso atacante reserva. Estamos lascados”. Dois chutes tortos de fato deixam qualquer torcedor desanimado.

É a prova de que o torcedor muda de humor a cada semana. Antes do confronto com o Juventude, pela Copa do Brasil, o time alviceleste era enaltecido pela excelente campanha no Parazão. A derrota, normal levando em conta as diferenças entre os times, quebrou o encanto.

Bola na Torre

O programa terá o comando de Giuseppe Tommaso e participações de Valmir Rodrigues e deste escriba de Baião. Começa às 22h, na RBATV. Tudo sobre o fechamento das quartas de final do Campeonato Paraense. A edição é de Lourdes Cezar.

Futebol da Espanha revela um novo grande técnico

O espanhol Xabi Alonso, um volante técnico e aplicado no Real Madrid e no Liverpool, está encantando os alemães como técnico do Bayer Leverkusen, time de uma cidade fanática por futebol. Aos 42 anos, conquistou a admiração geral pelos métodos que utiliza para tornar o time um dos melhores do certame germânico, mesmo sem grandes estrelas.

Líder da Bundesliga, o Bayer de Xabi não dá chutão e despreza o expediente fácil das bolas longas. É bola de pé em pé, sempre. Posicionamento perfeito entre os setores, deslocamentos planejados. Tudo muito bem treinado. Nada é por impulso, há sempre a preocupação em controlar o jogo, mas o improviso é exercitado sempre.  

Eu sei, muitos técnicos europeus buscam exatamente isso em seus times, mas raros conseguem com tanto apuro. Xabi teve bons mestres. Trabalhou com José Mourinho, Carlo Ancelotti, Rafa Benitez e Pep Guardiola, talvez seu maior inspirador.

No Leverkusen, Xabi usa os alas Frimpong e Grimaldo para furar as linhas de marcação e garantir apoio ao quadrado de meio – Palácios, Wirtz, Xhaka e Hoffman. A dupla Frimpong e Grimaldo é responsável por 15 gols e nada menos que 13 assistências. Raramente fazem cruzamentos.

O centroavante Boniface costuma surgir nas costas das linhas inimigas para finalizar. Falsos pontas, Hoffman e Wirtz partem do meio para o ataque, confundindo a marcação com intensa troca de passes. A zaga sai com facilidade, dando o toque de qualidade inicial na movimentação do time.

Não por acaso, o Bayer tem uma campanha invicta na Bundesliga, atuando num 3-4-3 clássico, de ampla mobilidade entre as linhas. Até agora são 31 vitórias em 36 jogos. Difícil de marcar, o time faz sucesso, pontua muito e deixa todo mundo impressionado.

Por essas e outras, muitos consideram que Xabi Alonso tem tudo para ser o novo Pep Guardiola. Já é um dos cotados para assumir o Liverpool em 2025, substituindo Jürgen Klopp.

(Coluna publicada na edição do Bola deste sábado/domingo, 16/17)

Rock na madrugada – Pink Floyd, “Lost For Words”

POR GERSON NOGUEIRA

Execução rara de “Lost For Words” ao vivo, na turnê Pulse (1994), com David Gilmour solando de cabo a rabo no violão acústico, um verdadeiro show à parte. O fraseado de cordas torna a canção ainda mais expressiva quando apresentada no palco, símbolo de um período de transição do Pink Floyd, ainda de ressaca pela briga que levou à saída de Roger Waters.

Eu estava gastando meu tempo na crise
Eu fui pego em um caldeirão de ódio
Me senti perseguido e paralisado
Eu pensei que todo o resto iria apenas esperar
Enquanto você está perdendo seu tempo com seus inimigos
Envolvido em uma febre de despeito
Além da sua visão de túnel, a realidade desaparece
Como sombras na noite

Escrita por David e a esposa, Polly Samson, “Lost For Words” (Sem palavras) sempre foi subestimada dentro da rica obra do Pink Floyd, talvez por não ter sido um hit instantâneo. Com o tempo passou a ser vista pelo que de fato é: “apenas” uma belíssima canção reflexiva dentre as melhores já compostas pela banda.

É a penúltima faixa do 14º álbum de estúdio do grupo, The Division Bell, produzido por Bob Ezrin. Os versos são reflexões amargas e profundas, com metáforas sobre o perdão, revisitando a tensa relação entre David e o ex-colega Waters.

Uma curiosidade: é a única canção do Pink Floyd que contém um palavrão – “But they tell me to please go fuck myself/You know you just can’t win” (Mas eles me dizem para, por favor, ir me foder/Você sabe que simplesmente não pode vencer).

A turbulenta relação dentro da banda se acentuou nos anos 80, principalmente por razões financeiras e divergências quanto ao processo criativo. Roger Waters era o líder e a crise se acentuou com a frustração gerada pelo disco The Final Cut (1983). A separação definitiva viria dois anos depois, em meio a uma briga judicial pela propriedade do nome da banda.

Nos últimos anos, aconteceram momentos de reaproximação, mas de vez em quando o pau quebra de novo, apesar de Waters ter consolidado a carreira solo.

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A íntegra do discurso de Bolsonaro para anunciar o golpe

Bolsonaro tinha o discurso golpista pronto. Foto: reprodução

O ex-comandante do Exército Marco Antonio Freire Gomes confirmou, em depoimento tornado público pelo STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (15), a existência de um documento que estabeleceria o “Estado de Sítio” no Brasil. O texto teria sido encontrado com o tenente-coronel Mauro Cid, auxiliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Freire Gomes, o documento foi apresentado durante uma reunião em 7 de dezembro de 2022 e seria lido por Bolsonaro antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023.

“Jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o Estado de Sítio; e, como ato contínuo, decreto Operação de Garantia da Lei e da Ordem”, diz o final do discurso.

Leia na íntegra:

Ordem e Progresso: o lema de nossa bandeira requer nossa constante luta pela “segurança jurídica” e pela “liberdade” no Brasil, uma vez que não há ordem sem segurança jurídica, nem progresso sem liberdade.

Nossa Constituição Federal de 1988, a Constituição Cidadã, reúne normas gerais favoráveis à “segurança jurídica” e à liberdade da sociedade brasileira na medida em que direitos e garantias (como o direito à vida, a liberdade e a igualdade), princípios fundamentais (como o devido processo legal, o contraditório e a imparcialidade) e remédios constitucionais (como o Habeas Corpus ou o Habeas Data) foram criados pelo Constituinte em linha com os interesses de todos os membros da sociedade brasileira.

Sem dúvida, neste contexto, a ideia de justiça para o Direito do Estado presume que o Poder emana do povo e que a realização da justiça é um imperativo para a sociedade e os agentes público. É dizer numa perspectiva constitucional, a ideia de justiça para o Direito depende de leis justas e legítimas no Estado Democrático de Direito, assim como de decisões judiciais justas e legítimas. Para tanto, devemos considerar que a legalidade nem sempre é suficiente: por vezes a norma jurídica ou a decisão judicial são legais, mas ilegítimas por se revelarem injustas na prática. Isto ocorre, quase sempre, em razão da falta de constitucionalidade, notadamente pela ausência de zelo à moralidade institucional na conformação com o ato praticado.

Devemos lembrar que a Constituição Federal de 1988 inovou ao prever expressamente o “princípio da moralidade” no caput de seu artigo 37.

Este princípio constitucional (de inspiração humanista e iluminista) surgiu na jurisprudência do Conselho de Estado Francês há mais de 100 anos, como forma de controle para o desvio de finalidade na aplicação da lei. Para além de seu reconhecimento e aplicação na França, o Princípio da Moralidade também vem servindo de baliza para o exercício dos agentes públicos em outros países.

À evidência, de forma louvável e pautada por este precedente, a Constituição Federal de 1988 converteu a “moralidade” em fator de controle da “legalidade”, inclusive quanto à interpretação e aplicação do texto constitucional e de suas lacunas, justamente para conferir a justa e esperada “legitimidade” aos atos praticados pelos agentes públicos do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

Insta dizer que o Princípio da Moralidade Institucional” presume a probidade de todo e qualquer agente público, ou seja, sua honestidade e lisura. Ele proíbe o desvio de finalidade, enquanto arbitrariedade supralegal. Enfim, não permite que leis e/ou decisões injustas sejam legitimadas por atos autoritários e afastados do marco constitucional.

De modo geral, todo servidor público (seja ele um Ministro do Supremo Tribunal Federal ou um “gari” de uma cidadezinha do interior) deve atuar sempre de acordo com o “Princípio da Moralidade Institucional”: deve atuar de forma íntegra e legítima, sempre de acordo com a justa legalidade!

O “servidor público” no exercício da magistratura não pode aplicar a lei de forma injusta, ou seja, contra a Constituição, em especial de modo contrário ao Principio da Moralidade Institucional, isto porque, este mandado constitucional não pode ser afastado, nem ter o seu alcance mitigado: deve sempre ser considerado aplicado. Do contrário, teremos uma atuação ilegítima.

O juiz de direito (seja ele ministro do STE, ou não) nunca pode agir sem a devida esperada conformação de suas decisões à moralidade institucional.

Enquanto, os “guardiões da Constituição”, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, STE, também estão sujeitos ao “Princípio da Moralidade”, inclusive quando promovem o ativismo judicial.

Aliás, o desmedido “ativismo judicial” e a aparente “legalidade” (desprovidas de legitimidade; contrárias ao Princípio da Moralidade Institucional; e, assim injustas) não podem servir de pretextos para a desvirtuação da ordem constitucional pelos Tribunais Superiores, senão vejamos, entre outros, algumas situações recentes:

1) as normas legitimas autorizando a atuação de juízes suspeitos (nestas eleições, o Ministro Alexandre de Moraes nunca poderia ter presidido o TSE, uma vez que ele e Geraldo Alckimin possuem vínculos de longa data, como todos sabem);

2) as decisões legítimas permitindo a censura prévia (restringindo as prerrogativas profissionais da imprensa e de parlamentares, por exemplo);

4) as decisões afastando muitas “causas justas” da apreciação da Justiça (o TSE não apurou a denúncia relativa à falta de inserções de propaganda eleitoral);

3) as decisões limitando a transparência do processo eleitoral e impedindo o reconhecimento de sua legitimidade (impedindo o acesso do Ministério da Defesa ao “código fonte” das urnas, não apurando a denúncia do PL quanto às urnas velhas; e, ainda, impondo multa arbitrária e confiscatória para constranger o PL em razão de suposta litigância de má-fé – aliás, os dois primeiros dígitos da mula importa coincidem com o número do partido político em questão); e

4) as decisões abrindo a possibilidade de revisão do “trânsito em julgado” de importantes matérias já pacificadas pelo STF (notadamente, para prejudicar os
interesses de certos e determinados contribuintes)

É importante dizer que todas estas supostas normas e decisões são ilegítimas, ainda que sejam aparentemente legais e/ou supostamente constitucionais, isto porque, são verdadeiramente inconstitucionais na medida em que ferem o Principio da Moralidade Se Institucional: maculando a segurança jurídica e na prática se revelando manifestamente injustas.

Para além deste fundamento comum de verdadeira inconstitucionalidade, outros princípios, direitos e garantias também restam vulnerados de forma pontual. Enfim, são normas e decisões aparentemente constitucionais, mas inconstitucionais, em verdade) que colocam em evidência a necessidade de restauração da segurança jurídica e de defesa às liberdades em nosso pais.

Não à toa, encontramos ao longo da história algumas ideias convergentes ao apelo de nosso discurso. Na Antiguidade, “Dar a cada um o que é seu” já era uma ideia defendida por Aristóteles, como definição de justiça e principio de direito. No Iluminismo, a necessidade de “resistência às leis injustas” já era uma ideia defendida por Tomás de Aquino. Mais recentemente, após a Segunda Guerra Mundial, Otto Bachof defendeu na Alemanha a possibilidade de controle das normas constitucionais inconstitucionais, em especial ao reconhecer a existência de um direito supralegal, ou seja, um direito pressuposto natural acima da Constituição e de suas normas.

Afinal, diante de todo o exposto e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o Estado de Sítio; e, como ato continuo, decreto Operação de Garantia da Lei e da Ordem.

“Longe do Ninho”, o livro-reportagem sobre a maior tragédia da história do Flamengo

Cinco anos após o incêndio no Ninho do Urubu que vitimou dez garotos e continua sem responsabilização, a premiada jornalista Daniela Arbex lança livro-reportagem com informações inéditas sobre o que ocorreu naquela madrugada

  1. O mesmo ano que entraria para a história do Flamengo como um dos mais gloriosos — o time principal foi campeão do Campeonato Carioca, do Brasileirão e da Taça Libertadores da América — foi também o mais triste de todos. Em 8 de fevereiro, uma tragédia sem precedentes no Ninho do Urubu, o centro de treinamento do clube, fez toda a nação amanhecer de luto. Vinte e quatro atletas da base que se reapresentaram ao clube após o fim das férias foram surpreendidos por um grande incêndio enquanto dormiam. As chamas, iniciadas pouco depois das cinco da manhã, alcançaram todos os quartos em menos de dois minutos. Os garotos, que se viram encurralados pelo fogo, lutaram até as últimas forças por suas vidas. O incêndio vitimou dez meninos entre 14 e 16 anos e colocou fim ao sonho de se tornarem ídolos no país do futebol.

Daniela Arbex, premiada jornalista investigativa, se lançou em uma extensa apuração para reconstituir o que de fato aconteceu naquela madrugada. Ao reunir laudos técnicos, trocas de mensagens e e-mails, dados e relatos até então não divulgados, além de entrevistas feitas com todas as famílias dos dez jovens, sobreviventes, profissionais da perícia criminal e do IML, Arbex conseguiu montar um quadro completo e elucidativo da trajetória dos atletas, do caminho das chamas — que atingiram temperatura superior a 600 graus Celsius — e das consequências na vida de pessoas que se viram envolvidas em uma tragédia anunciada. Com estrutura inadequada — apenas uma porta de saída — e materiais que não demonstraram ter propriedades antichama, o contêiner-dormitório do Flamengo transformou-se em armadilha fatal.

Longe do ninho, que chega às livrarias pela Intrínseca em fevereiro, é um relato extremamente forte, humano e sensível sobre a morte de meninos que estavam muito distante de casa e da proteção de seus pais. A obra reverencia a memória dos que se foram e o esforço dos atletas que sobreviveram. Apesar do trauma e do sofrimento que enfrentaram, eles encontraram no valor da amizade a coragem de que precisavam para seguir rolando a bola por si e pelos irmãos de ideal, aos quais passaram a chamar de “Nossos 10”.

Com informações exclusivas, este livro-reportagem, com prefácio do jornalista Tino Marcos, é peça fundamental para a compreensão do caso. Mais do que isso: é uma voz potente contra o esquecimento que nega a história. “Um dia minha mãe me perguntou por que trato de temas tão dolorosos em meus livros. Respondi que, na verdade, não escolho escrever sobre tragédias, mas sobre as omissões que causam tragédias, para que elas não se repitam. Afinal, se uma história não é contada, é como se ela não tivesse existido”, conclui Daniela Arbex.

Nascida em Minas Gerais, Daniela Arbex é autora premiada de seis livros, todos publicados pela Intrínseca. Sua obra de estreia, Holocausto brasileiro (2013), foi reconhecida como Melhor Livro-Reportagem de 2013 pela Associação Paulista de Críticos de Arte e ficou em segundo lugar no Prêmio Jabuti de 2014. Além disso, foi adaptada para documentário pela HBO. Cova 312 (2015), seu segundo livro, venceu o Jabuti de Melhor Livro-Reportagem em 2016 e Todo dia a mesma noite (2018) ganhou adaptação pela Netflix em 2023. Os dois mundos de Isabel (2020) foi lançado no mesmo ano em que a autora recebeu o prêmio de Melhor Repórter Investigativa do Brasil pelo Troféu Mulher Imprensa. Arrastados (2022) foi agraciado com o Prêmio Vladimir Herzog 2023. Daniela Arbex conquistou ainda outros 20 prêmios nacionais e internacionais, entre eles três prêmios Esso e o americano Knight International Journalism Award. Foi repórter especial do jornal Tribuna de Minas por 23 anos e atualmente dedica-se à literatura.

Longe do ninho, de Daniela Arbex

Páginas: 304
Editora: Intrínseca
Livro impresso: R$ 69,90
E-BOOK: R$ 34,90

Papão e o choque de realidade

POR GERSON NOGUEIRA

O otimismo natural que cerca qualquer disputa envolvendo os dois grandes rivais do futebol paraense contribuiu para criar uma ilusória possibilidade de sucesso do PSC contra o Juventude, pela 2ª fase da Copa do Brasil. Sim, era possível passar, mas desde que o time paraense fizesse uma partida praticamente perfeita. Afinal, o adversário está na Série A, embora não se possa dizer que tem um timaço.

Ainda assim, é um time mais ajustado e tecnicamente superior ao PSC. Essa condição fazia do Juventude o favorito natural na briga pela vaga à próxima fase (e do prêmio de R$ 2,2 milhões) da Copa do Brasil. Isso ficou evidenciado após os 90 minutos. Sem grandes sacrifícios, o time gaúcho se impôs, abriu 3 a 0 no placar e passou a administrar o resultado.

O PSC ainda descontou, com um golaço de Vinícius Leite na metade do 2º tempo, mas não havia qualidade e nem força suficiente para empreender uma tentativa de reação. 

Depois da partida, a análise mais desconcertante foi a do técnico Hélio dos Anjos. Sem explicações para a derrota, ele disse não ter gostado da atuação do time, da forma atrapalhada de impor marcação alta e dos erros cometidos no setor defensivo.

Esqueceu apenas de assumir a responsabilidade pela maneira de atuar da equipe, afinal o técnico determina como deve ser o posicionamento e a estratégia. O PSC, de fato, se lançou a uma marcação equivocada, aparentemente para reduzir o espaço no meio-de-campo, mas acabou sofrendo gols justamente em função de ter a zaga adiantada.

O certo é que a invencibilidade de 11 jogos na temporada, com nove vitórias e apenas dois empates, foi derrubada com relativa facilidade pelo Juventude. Até então, o time havia sofrido apenas dois gols. Tomou logo três em Caxias do Sul.

Nada há de espantoso ou inesperado no resultado do confronto com o Juventude. O time gaúcho é melhor treinado, conta com jogadores mais adequados ao modelo utilizado pelo técnico Roger Machado e foi ainda extremamente objetivo, aproveitando cada chance criada.

O teste de fogo, que Hélio dos Anjos tanto desejava, mostrou-se implacável com o Papão, embora extremamente útil no sentido de preparar o time para a Série B a partir do mês que vem. A preocupação com o estágio da equipe mostrou ser procedente.

Ficou claro que um setor de marcação com Gabriel Bispo e Val Soares terá sérios problemas no confronto com equipes bem estruturadas. O ataque também precisa ser repensado. Nicolas, artilheiro da equipe no Parazão e principal referência ofensiva, não viu a cor da bola em Caxias.

Jogou de forma isolada, cercado pela marcação e sem ajuda dos homens de lado, Edinho e Jean Dias, igualmente apagados. O PSC melhorou nos minutos finais, quando surgiu o golaço de Vinícius Leite e o time passou a ameaçar com as boas investidas de Esli Garcia pelo lado direito.

Ocorre que a partida já estava definida e o Juventude tirou o pé, preocupado com o jogo que terá com o Internacional pelas semifinais do Gauchão neste sábado. Ficou, porém, a lição de que alguns reservas – Esli, Biel, João Vieira e Vinícius – estão jogando mais que os titulares.

Águia honra futebol paraense e avança na Copa BR

Foi um passeio. Favorito para o confronto com o Capital-TO, o Águia confirmou a expectativa e venceu por 3 a 0. Começou a construir a vitória através de Iury Tanque, aos 31 minutos do 1º tempo. Na etapa final, Braga ampliou, aos 5 e 44 minutos.

Vitória tranquila e fundamental para as finanças do clube. O Águia garantiu vaga na terceira fase e embolsou R$ 2,2 milhões pela classificação. O clube faturou até agora R$ 3.937.500,00.

Da premiação obtida ontem, o Águia destinou 20% para jogadores e comissão técnica, o que dá média de R$ 14 mil para cada um.

Ações para aumentar a segurança nos grandes eventos

A criação do Comitê de Monitoramento e Controle de Torcidas, definido em reunião do colegiado de gestores de segurança pública, nesta semana, deve viabilizar os termos da resolução que prevê monitoramento e controle de torcidas organizadas no Estado, garantindo mais segurança aos frequentadores de eventos esportivos.

O comitê institui um protocolo permanente para reuniões de discussão, análise e acompanhamento das políticas e estratégias adotadas pelos órgãos de segurança e instituições, com o objetivo de prevenir e providenciar repressão mais célere e eficiente à violência e práticas criminosas em eventos esportivos.

Para o titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, “a exemplo do Estatuto do Torcedor, que já prevê um cadastramento das torcidas organizadas, com o Comitê queremos não só exigir esse cadastramento, mas controlar o fluxo de acesso aos eventos e também sugerir melhorias aos organizadores”.

Com a prestação de um serviço mais efetivo, o comitê busca permitir que o cidadão possa ir aos eventos com segurança.

Entre as atribuições do Comitê Integrado de Monitoramento e Controle de Torcidas Organizadas e Eventos Esportivos estão o acompanhamento das imagens de videomonitoramento de pessoas por meio dos sistemas oficiais e privados, inovações nas ações de prevenção e repressão à criminalidade e efetivação do cadastramento de integrantes de torcidas organizadas.

O Estado, por meio da integração das forças de segurança, procura fortalecer o combate a todas as modalidades de violência, e reforça a importância da contribuição da população em registrar as denúncias.

Em caso de emergência, o CIOp pode ser acionado pelo número 190. Se precisar de investigação, o Disque-denúncia pode ser acionado por ligação convencional no 181 ou com mensagem escrita, áudio e/ou vídeo no WhatsApp com a Inteligência Artificial Iara (91) 98115-9181.

(Coluna publicada na edição do Bola desta sexta-feira, 15)

A frase do dia

“Bizarra a ‘acusação’ de que Lula está fazendo intervenção indevida para tentar baixar o preço dos alimentos, com medidas de estímulo à produção. É ação de qualquer governo responsável. Mais bizarro é que não houve essa grita quando Bolsonaro cortou tributos p/baixar preços na marra”.

José Paulo Kupfer, jornalista e colunista de economia

Oito dos dez clubes com maior valor de mercado na Copa Libertadores são brasileiros

Palmeiras é o clube com maior valorização de mercado na Copa Libertadores. A Copa Libertadores é a segunda competição de clubes com maior valor de mercado, muito longe da Liga dos Campeões.

O Footy Accumulators, site especializado em bônus de inscrição e premiações de apostas esportivas, fez uma análise da avaliação de mercado dos principais clubes da Copa Libertadores bem como a avaliação global das principais competições de clubes do mundo.

A Copa Libertadores da América, o torneio de clubes mais prestigiado da América do Sul, reúne anualmente as melhores equipes do continente em uma batalha épica por glória e fortuna. Em 2023, a competição não apenas apresenta um show de futebol emocionante, mas também revela a força financeira dos times participantes.

De acordo com dados do análise, Oito dos 10 times com maior valor de mercado na Copa Libertadores são brasileiros. O Palmeiras, ostenta o elenco mais caro do torneio, avaliado em 209.,7 milhões de euros (cerca de R$ 1.141 milhões). O Flamengo, segue em segundo lugar, com um valor de mercado de 172,6 milhões de euros (aproximadamente R$ 939 milhões). Também na terceira posição está o Fluminense, atual campeão, com avaliação de 106 milhões de euros (cerca de R$ 580 milhões). 

Top 20 dos times mais valiosos da Copa Libertadores 2024:

  1. Palmeiras (BRA): €209,70 milhões
  2. Flamengo (BRA): €172,60 milhões
  3. Fluminense (BRA): €106,60 milhões
  4. River Plate (ARG): €95,55 milhões
  5. Atlético-MG (BRA): €89,30 milhões
  6. São Paulo FC (BRA): €87,60 milhões
  7. Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense (BRA): €73,70 milhões
  8. Red Bull Bragantino (BRA): €71,55 milhões
  9. Botafogo (BRA): €69,85 milhões
  10. CA San Lorenzo de Almagro (ARG): €46,58 milhões
  11. CA Talleres  (ARG): €45,75 milhões
  12. Club Estudiantes de La Plata (ARG): €34,98 milhões
  13. CA Rosario Central (ARG): €33,88 milhões
  14. Independiente del Valle (ECU): €31,90 milhões
  15. CD Godoy Cruz Antonio Tomba (ARG): €30,53 milhões
  16. CA Peñarol (URU): €27,73 milhões
  17. Colo Colo (CHI): €27,53 milhões
  18. Millonarios FC (COL): €26,85 milhões
  19. Club Libertad Asunción (PAR): €26,45 milhões
  20. Club Cerro Porteño (PAR): €24,45 milhões

A hegemonia brasileira se confirma quando comparamos a Libertadores com outras competições internacionais de clubes. A Champions League, por exemplo, tem o valor de mercado total dos seus times participantes em 14,33 bilhões de euros, enquanto a Libertadores soma 1,67 bilhão de euros.

    Competição | Valor de Mercado Total (bilhões de euros)

    1. Champions League: 14,33
    2. Copa Libertadores: 1,67
    3. Liga dos Campeões da AFC: 0,987
    4. Liga dos Campeões da CONCACAF: 0,927
    5. Liga dos Campeões da CAF: 0,206
    6. Liga dos Campeões da OFC: 0,12

    Fatores que influenciam o valor dos times

    O valor de mercado de um time é determinado por diversos fatores, como o desempenho recente em competições, a qualidade dos jogadores, a força da liga nacional e o potencial de vendas futuras. No caso dos times brasileiros, o bom desempenho na Libertadores e a valorização de jovens talentos explicam a liderança no ranking.

    A Copa Libertadores 2024 não é apenas um palco de grandes jogos e emoções, mas também uma vitrine do poder financeiro do futebol sul-americano. A hegemonia brasileira na lista dos times mais valiosos demonstra a força da liga e a capacidade dos clubes brasileiros de atrair e desenvolver talentos.

    Rock na madrugada – Paul McCartney, “Another Girl”

    POR GERSON NOGUEIRA

    Primeira apresentação ao vivo de “Another Girl”, canção do fantástico álbum Help! (1965). Paul McCartney tocou a música na noite de 28 de abril de 2015, no Nippon Budokan, em Tóquio. Na gravação original, usada na trilha sonora do filme homônimo, Paul cantou, tocou baixo e guitarra solo. John Lennon fez harmonia vocal e tocou violão acústico. George Harrison colaborou nos vocais e tocou guitarra base. Ringo cuidou da bateria.

    “Another Girl” (Outra garota) foi escrita por Paul durante férias na Tunísia. Um dia antes do início das gravações de Help!, ele voltou para a Inglaterra vindo de um resort tunisiano onde se hospedou a convite das autoridades britânicas. A sede da embaixada possuía uma vila isolada na costa, discreta o suficiente para acolher um beatle.

    Com acústica perfeita para composição, a casa de banho da vila, decorada com azulejos islâmicos, serviu de estúdio improvisado para Paul trabalhar na música, que inicialmente foi feita para preencher um buraco no álbum. Rock de pegada simples e dançante, com floreios de guitarra, “Another Girl” foi aprovada e ganhou lugar no disco e no filme, dirigido por Richard Lester.

    Paul revelou anos depois ao biógrafo Barry Miles que o processo criativo e de escolha de músicas era bem simples: “Todos nós tínhamos que gostar. Se alguém não gostasse de uma de nossas músicas ela era vetada. Poderia ser vetado por uma pessoa. Se Ringo dissesse: ‘Não gosto disso’, não faríamos isso, ou teríamos que realmente convencê-lo”‘.

    No filme Help!, o grupo apresenta ‘Another Girl’ nas Bahamas, quando estavam em um recife de coral na ilha Balmoral. Na sequência, Paul McCartney segura uma mulher de biquíni como se fosse um violão, fingindo tocá-la.

    Papão é derrotado pelo Juventude e está fora da Copa do Brasil

    Um choque de realidade. Sem maiores dificuldades, o Juventude derrotou o Paysandu por 3 a 1, na noite desta quarta-feira (13), no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. As facilidades encontradas pelos gaúchos expuseram o desnível técnico entre os times. O jogo valeu pela segunda fase da Copa do Brasil. Com dois de Gilberto e um de Lucas Barbosa, o Juventude garantiu R$ 2,2 milhões de premiação por avançar na competição nacional. O gol de honra do Papão foi marcado aos 24 minutos do segundo tempo pelo atacante Vinícius Leite. Que acertou um belo arremate de fora área, mas a tentativa de reação dos bicolores ficou nisso.