Clubes apresentam propostas para ajudar a Chape

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Os principais clubes brasileiros iniciaram um movimento para reerguer a Chapecoense após o trágico acidente aéreo que vitimou 76 pessoas na madrugada desta terça-feira (29). Embora a prioridade seja a de prestar todo o apoio aos familiares, discussões em relação ao futuro esportivo do clube catarinense estão em curso.

Flamengo e Palmeiras lideram a mobilização. Os departamentos jurídicos dos principais clubes estão em negociação e uma nota foi divulgada com a decisão. A cessão de jogadores sem custo para a temporada 2017 foi definida. Os clubes também sugeriram que a Chapecoense não seja rebaixada nas próximas três edições do Campeonato Brasileiro caso termine entre os quatro últimos colocados.

“O Flamengo prestará todas as homenagens e fará questão de participar do esforço para reerguer a Chapecoense. Vamos nos concentrar agora em ajudar as famílias e cuidar dos feridos”, afirmou o presidente Eduardo Bandeira de Mello.

Todos os principais clubes se manifestaram sobre a tragédia. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) acompanha tudo com o diretor geral de competições, Manoel Flores.

Confira a nota divulgada pelos clubes:

Neste momento de perda e de profunda tristeza, nós, presidentes dos clubes brasileiros que publicam esta nota, gostaríamos de manifestar nossos mais sinceros sentimentos de pesar e solidariedade à Associação Chapecoense de Futebol e seus torcedores, e em especial às famílias e amigos dos atletas, comissão técnica e dirigentes envolvidos na tragédia ocorrida na madrugada desta terça-feira (29).

Mesmo cientes dos prejuízos irreparáveis provocados por este terrível acontecimento, os clubes entendem que o momento é de união, apoio e auxílio à Chapecoense.

Neste sentido, os clubes anunciam Medidas Solidárias à Chapecoense, que consistirão, dentre outras, em:

(i) Empréstimo gratuito de atletas para a temporada de 2017; e
(ii) Solicitação formal à Confederação Brasileira de Futebol para que a Chapecoense não fique sujeita ao rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro pelas próximas 3 (três) temporadas. Caso a Chapecoense termine o campeonato entre os quatro últimos, o 16º colocado seria rebaixado.

Trata-se de gesto mínimo de solidariedade que se encontra ao nosso alcance neste momento, mas dotado do mais sincero objetivo de reconstrução desta instituição e de parte do futebol brasileiro que fora perdida hoje.

CBF adia final da Copa BR e última rodada da Série A

A Confederação Brasileira de Futebol confirmou o adiamento da segunda partida da final da Copa do Brasil, entre Grêmio e Atlético Mineiro, para o dia 7 de dezembro, às 21h45 (HBV), na Arena do Grêmio. A medida foi tomada devido à tragédia com o voo da delegação da Chapecoense, ocorrido na madrugada desta terça-feira, 29. A administração da Arena do Grêmio informa que os ingressos já adquiridos para a final da Copa do Brasil, antes marcada para esta quarta-feira (30), seguem válidos para a nova data.

A entidade adiou também a rodada final da Série A do Brasileirão para domingo, dia 11 de dezembro, às 17h. Foi também adiada a final da Copa do Brasil Sub-20, entre Bahia e São Paulo, que será realizada no dia 8 de dezembro, às 21h15.

A frase do dia

“Nós criamos o Minha Casa Minha Vida porque as pessoas que ganham menos de mil reais por mês não conseguem pagar o aluguel”.

Lula, ex-presidente do Brasil.

(O procurador Daltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, comprou dois imóveis do MCMV para fins de especulação).

Nas montanhas de Medellín a maior tragédia da história do futebol brasileiro

Autoridades colombianas confirmaram, nesta manhã de terça-feira (29/11), a morte de 75 pessoas na tragédia com o avião que levava a Chapecoense para Medellín, onde o clube disputaria, nesta quarta-feira, o jogo de ida final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional da Colômbia. A aeronave, da companhia Lamia, da Venezuela, de matrícula CP 2933, levava 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e nove tripulantes, de acordo com a Aeronáutica Civil colombiana.

A queda ocorreu nas proximidades de Medellín, pouco antes de chegar ao seu destino. Uma das possibilidades é o avião ter sofrido pane elétrica ou seca (falta de combustível).

A Polícia Metropolitana do Valle de Aburrá afirmou que cinco pessoas foram resgatadas com vida e levadas para hospitais da região. Chovia muito no momento da queda do avião. O acesso ao local da queda é difícil. O avião não explodiu, de acordo com informações dos paramédicos.

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O avião teria perdido o contato com a torre de controle às 22h15 (1h15 no horário de Brasília). O pedido de socorro foi emitido entre as cidades de Ceja e La Unión. A aeronave fez uma parada em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, depois de decolar do Brasil. Na emergência do voo, o piloto teria aberto os tanques de combustível para evitar a explosão da aeronave na queda. A região do acidente é montanhosa. O avião teria caído a apenas 25 quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto de destino.

Resgate

A Aeronautica Civil da Colômbia informou em comunicado que a Força Aérea colombiana dispôs de um helicóptero para proceder com as buscas aos sobreviventes, além de prestar apoio com bombeiros, ambulâncias e toda rede hospitalar disponível no local.

Pelo Twitter, o prefeito Federico Gutiérrez Zuluaga lamentou o ocorrido, afirmando que após o acidente todos os protocolos de emergência foram ativados e equipes de resgate foram enviadas ao local. “É uma verdadeira tragédia o que ocorreu esta noite. Lamentamos esta grande perda de vidas humans e expressamos toda a nossa solidariedade com os familiares, amigos e fãs da equipe Chapecoense. Estamos dispondo de toda a colaboração necessária, técnica e humana, para atender a este acidente”

Em nota oficial, a Conmebol suspendeu todas as atividades envolvendo a Confederação, inclusive a partida que estava marcada para quarta-feira às 21h45 (de Brasília) em Medellín deve ser adiada.

A Chapecoense emitiu uma nota. “Em função do desencontro das notícias que chegam das mais diversas fontes jornalísticas, dando conta de um acidente que transportava a delegação da Chapecoense, a associação esportiva, através de seu presidente Ivan Tozzo, reserva-se o direito de aguardar o pronunciamento oficial da autoridade aérea colombiana, a fim de emitir qualquer nota sobre o acidente. Que Deus esteja com nossos atletas, dirigentes, jornalistas e demais convidados que estão juntos com a delegação”. (Com informações do Correio Braziliense) 

Combustível de avião pode ter acabado durante voo

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A Aviação Civil da Colômbia considera a possibilidade de ter acabado o combustível do avião que levava o time da Chapecoense para a cidade de Medellín. De acordo com o responsável pela Agência de Aviação Civil local (Aerocivil), Alfredo Bocanera, os investigadores não excluem esta como uma das possíveis causas do acidente.

Oficialmente, porém, as autoridades colombianas continuam falando que o acidente teria sido provocado por uma falha elétrica e que o piloto teria esvaziado os tanques como medida de segurança. A aeronave foi encontrada em uma região montanhosa de difícil acesso de Cerro Gordo, nas proximidades da cidade de La Unión, a 30 quilômetros do aeroporto. Não havia sinais de explosão e sete pessoas foram resgatadas com vida.

A tragédia deixou 75 mortos e é considerada a pior da história do futebol brasileiro e a com maior número de vítimas de todo o mundo. “Felizmente, o avião não explodiu, nem se incendiou, o que permitiu que hoje algumas pessoas fossem encontradas com vida”, disse o diretor da Unidade Nacional de Gestão de Risco da Colômbia, Carlos Iván Márquez.

O avião teria sumido dos radares na noite de ontem, por volta das 00h30, madrugada desta terça-feira no Brasil. A aeronave foi a mesma usada pela seleção argentina para viajar ao Brasil para as eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

De acordo com sites especializados, a aeronave tem 17 anos de uso, capacidade para 95 pessoas e é a única da companhia aérea Lamia, da Bolívia. O avião é o Avro Regional Jet 85, também conhecido como Jumbolino, de matrícula CP-2933, fabricado pela British Aerospace. Os jogadores e dirigentes esportivos da Chapecoense, assim como os 21 jornalistas que estavam no voo, iriam para Medellín para disputar a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Era a primeira vez que a Chapecoense chegava a uma final internacional. (Da Agência Brasil)

Filho de Caio Junior não embarcou porque esqueceu o passaporte

O técnico Caio Junior foi uma das vítimas do acidente com o avião que conduzia a delegação da Chapecoense para Medellin, na Colômbia. O filho do treinador relatou nesta manhã que só não viajou junto com o pai para a final da Copa Sul-Americana porque esqueceu o passaporte. Matheus Saroli, de 25 anos, relatou pelo Facebook que estava em São Paulo, mas a falta do documento na hora do embarque o impediu de viajar.

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Confira a íntegra do texto escrito por Matheus no Facebook:
“Amigos, eu, meu irmão e minha mãe estamos bem. Precisamos de força. Peço que nos deem um pouco de privacidade, especialmente minha mãe, e agradeço a todos ligando e mandando mensagens. Eu estava em SP hoje e não embarquei pois tinha esquecido meu passaporte. Somos fortes, vamos passar por isso. Obrigado a todos”.

Presidente da CBF não pode viajar à Colômbia

Diante da tragédia com o voo da Chapecoense, a CBF deveria se fazer representar na Colômbia, mas o presidente Marco Polo Del Nero não pode viajar. Seria preso se deixasse o espaço aéreo brasileiro.

Te dizer…

Multidão dá adeus a Fidel em Havana

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Depois do silêncio que dominou as ruas de Havana desde o anúncio da morte de Fidel Castro, milhares de moradores da capital cubana acordaram cedo nesta segunda-feira (28/11) e foram em massa para o Memorial José Martí prestar sua homenagem à memória do líder revolucionário.

Desde as primeiras horas do dia, o afluxo de gente é crescente e constante. A variedade é grande: idosos, jovens e crianças, com as mais diversas formações e atividades profissionais. As pessoas estão tranquilas, falam abertamente do momento histórico e fazem questão de reforçar: Fidel se foi, mas o caminho deve seguir o mesmo.

“Não se pode prever o futuro, mas Fidel já não estava à frente do governo. Não vai acontecer nada de diferente”, diz Michel Carles, 46, médico ortopedista, que faz questão de dizer que a liberação do trabalho para poder prestar a homenagem não foi impositiva. “Ninguém está aqui hoje por obrigação, se não por vontade própria”, conta.

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A papiloscopista militar aposentada Yolanda Carrera, 86, que conheceu Fidel em uma oportunidade e esteve por duas vezes em missões em Moçambique nos anos 1980, corrobora a avaliação. “Agora é Raul que comanda o país. Depois, o povo vai eleger quem vai ser o presidente, mas tem muitas pessoas com capacidade para isso, que se prepararam para isso”, afirma.

Segundo os que esperam na fila que se formou na Av. Paseo e se estendia por volta das 11h (14h de Brasília) até o cruzamento com a Zapata, as primeiras pessoas chegaram às 7h ao local – há ainda outros dois pontos de acesso. A abertura para o adeus a Fidel se deu pontualmente às 9h, como previsto, depois da salva de 21 tiros, uma marca das honras militares.

Há forte esquema de segurança, mas nenhum registro de tumulto ou problemas até o momento. A reportagem não conseguiu confirmar o número de funcionários que dão suporte médico aos que, com o sol intenso, sentem algum mal-estar. Muitos trouxeram guarda-sol e podem contar com distribuição de água depois que cruzam a grade inicial que fecha a avenida. Além dos caramelos, dados especialmente aos mais novos.

“Para o bem e para o mal, Cuba é um país distinto. Não passamos fome, apesar das dificuldades. Isso por causa do que Fidel fez pelo país”, diz Rosa Viene, 60, que trabalha na aviação civil e veio acompanhada de duas colegas de trabalho. “O povo cubano está nas ruas para dizer que cabe a cada um de nós seguir este caminho”, conclui.

As homenagens a Fidel Castro fazem parte das atividades dos nove dias de luto nacional. As cubanas e os cubanos de Havana terão até as 22h desta segunda-feira (28/11) e amanhã das 9h às 12h para darem seu último adeus ao comandante. A partir da quarta-feira (30/11), uma caravana fúnebre com as cinzas de Fidel parte da capital até a Província de Santiago, no extremo leste da ilha, onde Fidel nasceu. O trajeto relembra a Caravana da Liberdade, de 1959, que marcou a ascensão ao poder do movimento revolucionário. O ato final acontece no próximo domingo (4/12). (Do Opera Mundi)

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