Inter vence e ainda sonha com a salvação

https://www.youtube.com/watch?v=i89yVyoRwCc

Fla derrota o Santos no Maraca

https://www.youtube.com/watch?v=b4WeYaaPe1M

Palmeiras, campeão brasileiro de 2017

https://www.youtube.com/watch?v=iCVhpJmnKk0

Por que aceitamos tão passivamente abusos de Temer, Moro, Gilmar, Globo etc.?

POR PAULO NOGUEIRA, no DCM

Etienne de La Boétie é o pai dos “99%” – a vasta maioria da sociedade para a qual cabe uma pequena parcela de um bolo quase todo devorado pelo restante “1%”, para usar expressões vinculadas a um movimento que marcou intensamente o mundo moderno, o “Ocupe Wall Street”.

La Boétie escreveu aos 18 anos, em 1548, um pequeno grande livro chamado “Servidão Voluntária”. Nele, La Boétie sustentava que são as pessoas que dão poder aos tiranos. Por isso elas são mais dignas de desprezo do que os ditadores de ódio.

img_0698-600x400Por essa ótica, somos nós mesmos os culpados por Temer, Moro, Aécio, Gilmar e outras calamidades do gênero. Podemos incluir nesta conta a mídia que temos, a começar pela Globo.

Foi o primeiro livro francamente libertário. Foi usado pelos protestantes franceses como uma inspiração para reagir à violência dos católicos, expressa tenebrosamente no Massacre de São Bartolomeu, na segunda metade do século XVI. Milhares de protestantes que tinham acorrido a um casamento da família real francesa foram mortos por forças católicas.

Mais tarde, o tratado circulou entre revolucionários em vários momentos da história. Em 1789, por exemplo. Os teóricos do anarquismo foram também fortemente influenciados por la Boétie. O autor avisa, logo no início de “Servidão Voluntária”, que seu objetivo é entender como “tantas pessoas, tantas vilas, tantas cidades, tantas nações sofrem sob um tirano que não tem outro poder senão o que a sociedade lhe concede”.

La Boétie formou-se com louvor advogado pela Universidade de Toulouse, e depois foi um juiz especialmente admirado pela integridade. Arbitrou, por seu caráter libertário e equânime, muitas disputas entre católicos e protestantes.

Morreu aos 33 anos. Deixou todos os seus papéis a um amigo que o imortalizaria num ensaio sublime sobre a amizade: Montaigne. Tinham-se aproximado na juventude, depois que Montaigne leu com encanto uma cópia manuscrita de “Servidão Voluntária”. É com base na amizade entre ele e la Boétie que Montaigne escreveu seu célebre tratado sobre a amizade. “Dois amigos formam uma unidade tão absoluta que é como se fossem dois tecidos em que é impossível ver a costura que os junta”, disse Montaigne.

Montaigne tinha 31 anos quando seu amigo morreu. Ficou arrasado a ponto de se recolher e largar tudo que fazia. A dor da morte de la Boétie acabaria sendo vital para que ele começasse a escrever seus Ensaios.

O livro de La Boétie foi lido durante muito tempo em edições clandestinas por pequenos grupos de gente culta e rebelde. Um editor francês, muito tempo depois da morte de Montaigne, teve a idéia de publicar o tratado de La Boétie como um apêndice dos Ensaios, logo depois do que tratava da amizade e do próprio La Boétie.

Foi então que “Servidão Voluntária” ganhou reconhecimento em grande escala. Quando os “99%” se insurgem contra a desigualdade em várias partes do mundo, eles podem até não saber – mas estão prestando um tributo a um gênio que ainda na universidade compôs linhas perenes contra a tirania e os tiranos.

Que La Boétie um dia nos inspire: é meu maior desejo neste momento.

A frase do dia

“É ‘indigno’ e ‘gravíssimo’ gravar o presidente da República”.

Michel Temer, presidente da República, esquecendo que aplaudiu o juiz Moro grampear Dilma Rousseff, há oito meses. 

O Remo e o Profut

POR CLAUDIO SANTOS, com informações da Diretoria do Remo

PROFUT DO REMO – Corresponde às dívidas (1 e 2), de agosto de 2015 para trás

1 CEF (FGTS) – Pagos pela Timemania (diferente do PSC, que paga graças a uma campanha da atual diretoria junto ao torcedor, que comprou a ideia e levou o clube a dobrar seu faturamento, livrando de ter que pagar essa dívida com o dinheiro da instituição) = Certidão já em mãos do clube- Certidão do FGTS.

2 Na Receita Federal, será quitada, neste mês, a 5ª parcela, no valor de R$ 26.001,52, que corresponde à soma de 3 valores:

A – R$ 17.212,06 = Parcelamentos previdenciários da RF e da PGFN. .

B – R$ 3.444,96 = Correspondem só aos tributos da RF

C – R$ 5.344,51 = Correspondem só aos tributos da PGFN (*)

O Remo ou qualquer clube não poderá atrasar 3 parcelas, sejam consecutivas ou alternadas. Se atrasar, perderá o parcelamento e sairá do Profut – o que significa que o Remo está no Profut e em dia.

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DÉBITO DE QUASE R$ 700 MIL

É uma dívida ordinária. Nada a ver com o Profut. O débito é oriundo – de agosto de 2015 até hoje – de tributos de IR, PIS e parte previdenciária (INSS). Como estão fora do Profut, o parcelamento é menor. Pode ser parcelada em até 60 meses, o que dará quase R$ 14 mil/mês, contando com taxas. Devido a esse débito, o Remo não conseguiu obter sua segunda e última certidão, para que possa fechar patrocínios com estatais.

Por que o Remo ainda não parcelou esses R$ 700 mil?

Estava programado para ser feito, em novembro, segundo a Diretoria. Ao procurar receita para fazer o parcelamento e efetuar o pagamento da 1ª parcela, havia o débito de outubro, que por vencer só em novembro – no valor de R$ 28 mil – não poderia ser parcelado, pois ainda não estava vencido. Isto será feito no dia 01 de dezembro. A partir daí, serão 10 a 15 dias de prazo para sair a 2ª certidão positiva com efeitos de negativa. Ou seja, até 15 de dezembro, o clube fechará o seu patrocínio máster com a Caixa Econômica Federal, conforme informação da Diretoria.

São muitas dívidas e o montante só não é maior porque o Remo deu em troca de dívidas o Posto Azulino (nos anos 70) e a sede campestre. Sem contar que todos os presidentes que entraram no clube pagaram parte dessas dívidas, contraídas (em sua maioria) por quem busca voltar hoje ao poder.

SOBRE AS CERTIDÕES

Certidão da CEF = válida por 30 dias

Certidão da RF = válida por 90 dias

(*) PGFN = Procuradoria Geral da Fazenda Nacional

Fogão tropeça e põe classificação em risco

https://www.youtube.com/watch?v=1aeJPXmvSUA

Histórias do mundo da bola

https://www.youtube.com/watch?v=klWFYbZB_v4

Triste valsa do adeus

POR GERSON NOGUEIRA

Perder nunca é agradável, mas a derrota do Papão na sexta-feira à noite pode ter compensações terapêuticas. O torcedor que foi à Curuzu viu um filme tantas vezes repetido na Série B deste ano. O time foi vencido de virada pelo Criciúma com a mesma apatia demonstrada ao longo da competição, sem mostrar o sangue e a flama que caracterizam o clube há décadas.

unnamedO resultado deixou claro, de uma vez por todas, que o 14º lugar é merecido e está de bom tamanho para a caótica campanha realizada. Pelos muitos erros cometidos, o Papão não poderia mesmo sonhar com uma colocação melhor. Pode se considerar até afortunado por não passar pelo martírio da luta contra o rebaixamento nas rodadas finais do campeonato.

Contra um Criciúma desfalcado de vários titulares, mas nem por isso menos valente, o Papão teve um começo forte no ataque e razoavelmente seguro na defensiva. O gol de Cleyton, logo aos 11 minutos, em chute que resvalou na zaga antes de encobrir o goleiro, gerou a expectativa de uma grande atuação.

Aos poucos, o Papão foi diminuindo o ritmo, mesmo com Celsinho, Cleyton e Tiago Luiz construindo jogadas. Leandro Cearense ainda teve duas boas chances depois da abertura do placar. Esse desperdício iria fazer falta no segundo tempo.

Encolhido atrás, o Criciúma não abandonou a cautela nem quando ficou atrás no marcador. Sua estratégia era explorar os contragolpes, sempre perigosos. Chegava à área em bolas aéreas, mas o ataque não se fazia presente.

Nos instantes finais do primeiro tempo, quando o Papão ameaçava ampliar, nasceu o empate catarinense. Após escanteio, a zaga alviceleste vacilou e não conseguiu afastar a bola. O rebote caiu nos pés de Ianson, que chutou rasteiro no canto direito de Emerson, que apenas olhou a bola entrar.

A etapa final teve um ritmo mais arrastado, com poucos lances marcantes. Lucas quase marcou aos 18’, mas foi o Criciúma que mostrou mais desembaraço e condicionamento. Em jogada cheia de dribles pelo lado esquerdo do ataque, quatro bicolores ficaram vendo a banda passar e a bola chegou a Alex Maranhão, que bateu de bico e virou o placar, aos 42’.

De concreto, fica a certeza de que o Papão precisa observar  os equívocos cometidos na Série B desta temporada para não reincidir em 2017. Os novos desafios estão apenas começando.

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Bola na Torre

Guilherme Guerreiro apresenta o programa, que começa logo depois do Pânico, na RBATV, por volta de 00h30. O convidado será André Cavalcante, presidente do Remo. Valmir Rodrigues e este escriba de Baião integram a bancada de debatedores.

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Santa Rosa põe o Pará no topo

do basquete dos Jogos Escolares

Competição com bem menos visibilidade do que merece, os Jogos Escolares da Juventude registraram boas participações de atletas paraenses. Registrei no domingo passado a excelente participação do futsal de Portel, valorizada pelo esforço de estudantes e pais para conseguir chegar à Paraíba, sede da competição.

Pois merece destaque também a inédita conquista do basquetebol masculino do Pará, representado brilhantemente nos Jogos pela equipe do Colégio Santa Rosa, de Belém. Invictos, com cinco vitórias, os meninos do Santa Rosa superaram adversários respeitados e tradicionais para chegar ao título.

Além de ganhar a medalha de ouro, o Santa Rosa garantiu para o Pará o acesso à primeira divisão da modalidade dentro da competição. Depois de superar Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba e Espírito Santo, o time paraense encarou no confronto final o forte quinteto do Rio Grande do Sul.

Com excelente atuação, o Santa Rosa bateu a representação gaúcha por 43 a 35, coroando a trajetória vitoriosa e surpreendente – antes dos Jogos, o Pará não era apontado entre os favoritos para a conquista do ouro.

O feito representa um saudável sopro de vida no basquete paraense, que já desfrutou de momentos de muita visibilidade e interesse do torcedor, mas que hoje se arrasta em torneios de tiro curto e sem maior repercussão.

Que o vitorioso exemplo dos meninos do Santa Rosa estimule os responsáveis pelo esporte no Estado a buscarem meios de resgatar os anos dourados do basquete, preferencialmente valorizando a base.

(Coluna publicada no Bola deste domingo, 27)