Pará fica em 5º lugar nas Paralimpíadas Escolares

Com a conquista de 56 medalhas, o Pará encerrou nesta sexta-feira (25) participação nas Paralimpíadas Escolares 2016, realizadas no Anhembi, em São Paulo, de 22 a 25 de novembro. Foi um dos melhores desempenhos do Pará, com 19 ouros, 22 pratas e 15 bronzes, colocando o Estado no quinto lugar no ranking dos ganhadores de medalhas e em sétimo na classificação final por pontos, com 226.

No último dia de competição, um dos destaques foi a conquista da prata na modalidade bocha, classe BC1, por Gustavo Aleixo, que enfrentou na final o atleta de Mato Grosso do Sul. O estudante disse que estava muito nervoso, mas segurou a emoção. Aleixo conquistou a medalha de bronze no ano passado. Os atletas são acompanhados pelas professoras Kellem Machado e Gisane Pereira, ambas do Núcleo de Esporte e Lazer da Seduc.

Leonam de Souza Araújo foi destaque no atletismo com a conquista de duas medalhas – prata no salto em distância, atingindo a marca de 2m22cm, e ouro na prova dos 100 m, na classe T11, para cegos. Ele é aluno da Unidade de Ensino Especializada José Álvares de Azevedo, em Belém. (Com informações da Agência Pará)

Papão fecha campanha com derrota na Curuzu

https://www.youtube.com/watch?v=jj0K1MgV6ds

A frase do dia

“O áudio foi entregue a PF no dia 19 de novembro e a Globo ainda não vazou? Contra o PT essa parceria da Globo com a PF era mais eficiente.”

Ricardo Pereira, professor e jornalista, no Twitter.

Lava Jato intermedia acordos de delatores com EUA para derrubar Petrobras

Para pesquisador Luiz Alberto Moniz Bandeira, a história repete 1964, quando uma fração das Forças Armadas colaborou com Estados Unidos, derrubando o governo constitucional do presidente João Goulart. O que está em risco agora, lembrou Moniz ao GGN, é o “desmantelamento” da economia brasileira

delatores_eua_moniz

POR PATRÍCIA FAERMANN, no Jornal GGN

Pelo menos quatro testemunhas das audiências do processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, convocadas pelos procuradores da força-tarefa, evidenciaram a existência de acordos em andamento ou tentativas do governo norte-americano de se apoiar em delatores da Lava Jato para processar a Petrobras.
Para o historiador e cientista político Luiz Alberto Moniz Bandeira, os investigadores da Petrobras “seguramente têm consciência do que fazem”. “E, ao que tudo indica, o desmantelamento das empresas brasileiras e a danificação da economia do país constituem o alvo oculto da Operação Lava Jato”, afirmou, em entrevista ao GGN.
Moniz lembra que em anos recentes, em 2004, o presidente da Federação Nacional de Policiais Federais (FENAPEF), Francisco Garisto havia confirmado na Comissão de Segurança Pública da Câmara que a Polícia Federal recebia dinheiro da CIA e de outros órgãos dos Estados Unidos como a DEA (Drug Enforcement Administration), de combate ao narcotráfico, e do FBI (Federal Bureau Investigation).
“Como defender sua soberania nacional, se o governo, faz mais de uma década, permite que os Estados Unidos financiem seus órgão de segurança e depositem o dinheiro diretamente na conta dos policiais e muitas vezes trocados no câmbio paralelo?”, refletiu.
“Os danos causados à economia nacional pela Operação Lava Jato são infinitamente maiores do que a corrupção que o o juiz Sérgio Moro, o procurador-geral Rodrigo Janot et caterva dizem combater”, defendeu o cientista político.
Revelações dos delatores
No primeiro dia de audiências, o empresário da Toyo Setal, Augusto Mendonça Neto, indicou que as autoridades investigatórias dos Estados Unidos tentaram contato e possivelmente está em andamento uma colaboração que prevê o sigilo. “O senhor é colaborador no Brasil ou também é no exterior também?”, questionou Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente. “Eu não sei se posso responder a essa pergunta”, afirmou Mendonça.
A resposta do delator foi seguida por interferências do magistrado do Paraná, Sergio Moro, informando que “se há um acordo de confidencialidade [com as autoridades dos EUA], não se sabe os reflexos jurídicos na eventual afirmação dele”. Sob essa argumentação, de que em tese há um acordo de confidencialidade, Moro indeferiu as perguntas dos advogados sobre o tema.
Ainda nesta quarta-feira (23), na mesma sessão, Zanin repetiu as mesmas perguntas ao ex-dirigente da Camargo Correa, Eduardo Hermelino Leite. “O senhor está firmando acordo com o MPF. Está firmando ou firmou algum acordo com algum órgão nos Estados Unidos?”, questionou. “Não, ainda não”, completando: “eu posso vir a firmar, mas hoje não tenho nada firmado com o governo americano.”
Hermelino detalhou que foi “procurado pelo governo americano no intuito de buscar um interesse no entendimento das partes”, pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. “E o senhor comunicou isso ao Ministério Público ou juízo?”, perguntou o advogado. “Com certeza, isso foi partilhado junto ao Ministério Público”, respondeu o empresário.
Em seguida, revelou: “Na verdade foi uma busca do governo americano através da força-tarefa [da Operação Lava Jato], no qual nós fomos procurados para saber o intuito e interesse de haver um partilhamento, de a gente participar do processo lá.”
Neste momento, um procurador da equipe da Lava Jato interferiu, questionando a Moro se essas perguntas já não tinham sido indeferidas. O juiz afirmou que a escolha era do delator, testemunha. Após a condusão, Hermelino pediu para se corrigir: “Eu gostaria de consertar. O procedimento eu não tenho domínio, quem tem domínio é meu advogado. Entendo que isso [o acordo com os EUA] deve ter havido uma comunicação [com a Lava Jato].”
No segundo dia de audiências, foi a vez dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró prestarem depoimentos. Junto a Cerveró, Moro novamente ressaltou a testemunha que ele poderia não responder perguntas sobre o tema.
Mas o advogado do ex-diretor da estatal confirmou as suspeitas de que Augusto Mendonça Neto tenha fechado um acordo, ao explicar que, assim como no Brasil, acordos de delação nos EUA têm uma “cláusula de confidencialidade” que impede o interessado de informar se existem ou não negociações.
Já Paulo Roberto Costa confirmou à defesa de Lula que, sim, fechou um acordo de colaboração com órgãos norte-americanos, com o auxílio da Procuradoria-Geral da República. Costa confirmou que houve duas reuniões com autoridades dos Estados Unidos e do Brasil, em conjunto.
“Gostaria de saber se o senhor está colaborando com algum órgão americano em relação aos fatos discutidos nesta ação”, afirmou Zanin. “Foi assinado um documento de colaboração com o aval da Procuradoria-Geral da República, mas eu não posso entrar em detalhes, porque é sigiloso”, disse Costa.
O ex-executivo da Petrobras foi o que trouxe mais detalhes sobre a atuação do Ministério Público Federal (MPF) junto a delatores da Operação Lava Jato para colaborar com o Departamento de Justiça e a Polícia Federal norte-americana FBI em investigação contra a estatal:
Cristiano Zanin: O senhor pode dizer quantas vezes o senhor viajou aos Estados Unidos para fazer esse acordo? 
Paulo Roberto Costa: Nenhuma. 
Cristiano Zanin:  O acordo foi feito no Brasil? 
Paulo Roberto Costa: O acordo foi feito no Brasil. 
Cristiano Zanin: Como esse processo ocorreu, em língua portuguesa, inglesa, ou ambas?
Paulo Roberto Costa: Ambas. 
Cristiano Zanin: Além do advogado do  senhor e dos órgãos americanos, evidentemente, participou mais algum agente público brasileiro? 
Paulo Roberto Costa: Das reuniões, sim. 
Cristiano Zanin: O senhor pode declinar quem são essas pessoas? 
Paulo Roberto Costa: Nome não tenho no momento. 
Cristiano Zanin: Sabe declinar o cargo que elas exercem? 
Paulo Roberto Costa: Pessoas ligadas à Procuradoria. 
Cristiano Zanin: De Brasília ou de Curitiba? 
Paulo Roberto Costa: Eu acredito que é de Brasília. 
Cristiano Zanin: Quantas reuniões foram? 
Paulo Roberto Costa: Acho que foram duas reuniões, uma ou duas. 
Cristiano Zanin: Já se encerrou a colaboração ou continua em curso? 
Paulo Roberto Costa: Como foi dito aqui, se assinou o documento, para no momento apropriado se aprofundar, é um documento muito genérico, vai se aprofundar no momento adequado.
Questionado sobre o acordo fechado pelo ex-diretor da Petrobras com as as investigações da Promotoria de Justiça norte-americana, enviando documentos e prestando depoimentos em ações daquele país contra a estatal brasileira, Luiz Alberto Moniz Bandeira fez uma reflexão inversa: “se ele fosse cidadão americano e estivesse a colaborar com a Polícia Federal e o Ministério da Justiça do Brasil, contra uma empresa estatal ou mesma privada dos Estados Unidos, lá seria provavelmente execrado”.
“E, no Brasil de outrora, Calabar foi enforcado por haver colaborado com as forças de ocupação da Holanda. Judas, por haver colaborado com os romanos e traído o Cristo, condenou-se a si próprio. E enforcou-se.  Não sou a favor da pena de morte, mas tal cooperação se reveste de um caráter antinacional e teria de ser punida”, continuou.
O historiador destacou que Costa, ou outros delatores da força-tarefa de Sérgio Moro, não são os primeiros a colaborar com o país norte-americano. “Em 1964 uma fração das Forças Armadas, em conexão com os Estados Unidos, derrubou o governo constitucional do presidente João Goulart. E, atualmente, são os responsáveis pela Operação Lava Jato, que contribuíram para o golpe do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, efetuado pelo Congresso, com a conivência de ministros de tribunais superiores e o respaldo da mídia corporativa”, concluiu.

PSC x Criciúma – comentários on-line

Campeonato Brasileiro da Série B 2016 – 38ª rodada

Paissandu x Criciúma – estádio da Curuzu, 19h30

unnamed

Na Rádio Clube, Carlos Gaia narra; João Cunha comenta – participação de Mateus Miranda (Unama FM). Reportagens – Valdo Souza, Dinho Menezes, Mauro Borges e Hailton Silva. Banco de Informações – Fábio Scerni.

unnamed

POR EDYR AUGUSTO PROENÇA

Uma das melhores qualidades de um escritor é a observação. Em qualquer lugar que estamos, ficamos sempre à espreita, sobre o comportamento das pessoas, a melodia das palavras para entender o real sentido e suas reações. Muito cedo isso aflorou em mim. Crianças, estávamos no Lago Azul, antes de se transformar no condomínio de luxo que é hoje. Minha avó era a motorista. Ao ligar o carro, a bateria não respondia. Era preciso empurrar. Eu e meus irmãos precisamos da ajuda do caseiro, Seu Otávio, caboclo forte, destemido e gentil. Ficamos naquela de um, dois, três e já! E ao iniciarmos a ação, ouvimos aquele ruído de gases sendo expelidos. Na estupefação geral, Seu Otávio, gentilíssimo, sincero, exclama: Ôpa fui eu.. Na exclamação, estava o respeito pelos “branquinhos”, a admissão de culpa, antes que qualquer um fosse acusado, e sua humildade. Nem precisava, claro, mas era assim naquele tempo. Tudo causou grandes risadas, enfim.
E aquele produtor que viajava pelo interior do Pará e achou de almoçar nessas tendinhas à beira do rio, onde a higiene passa longe e as moscas voam em formações de esquadrilha. Almoçou sem perguntar muito, porque a fome era maior que qualquer especulação. Quando acabou, deixou escapar, quase sem querer, para a mulher que além de cozinhar, lavar, servir, ainda tinha ao colo uma criança que tentava mamar a qualquer custo: Por favor, a senhora poderia retirar logo o meu prato da mesa? Quando acabo de comer, não suporto ficar com o prato sujo à minha frente. A mulher o olhou demoradamente, ao redor, ao ambiente todo, estendeu a mão, retirou o prato e exclamou : hummmmm… Embutido nisso estava o absurdo de, naquele lugar, naquelas condições, após ter devorado sua comida, agir como se estivesse em restaurante cinco estrelas. Também poderia ter exclamado :Tá, cheiroso..
No grupo de amigos com quem jogo futebol nos finais de semana, tenho um amigo com grande humor. Grande, zagueiro desses tipo “assim como ela vem, ela volta”, metendo medo nos atacantes que fogem logo para uma das pontas do campo, é um ótimo imitador de outros colegas, dá apelidos, faz comentários pérfidos durante o jogo, e é de uma honestidade exemplar. Escala os times e ninguém se dá ao luxo de contestar uma leve pendência, na escalação, para a equipe em que irá jogar. Não me perguntem a razão, porque nem a explicação consegue fazer ninguém entender, mas todos os sábados, precisamos ir ao clube ali pelas seis da manhã, para assinar uma lista e jogar à tarde. Por favor, sem explicações. Após isso, vamos sempre a uma padaria que fica na rua ao lado, para tomar café. Com sua voz de registro incomum, fica livre para fazer comentários jocosos, apelidar, enfim, o seu melhor. Uma das provocações é quanto ao proprietário. Quando quer pedir água mineral, pede dizendo que se trata de água retirada da piscina infantil do clube, que fica ao lado. O atingido pela acusação nem olha, só faz rir. É mais uma das brincadeiras de sempre. Eu, no entanto, dessa vez, estava observando os presentes, como recebiam essas brincadeiras todas. Me fixei em uma senhora, que estava no caixa e que, desde o começo das piadas, tinha um olhar reprovador no semblante, chegando a cochichar com outros atendentes. E na hora de irmos embora, meu amigo, com todo seu tamanho, vai até o proprietário, o abraça, e diz que gosta muito dele. Lá do fundo, atrás do balcão, escuto a exclamação: Rá!

(Publicado em O Diario do Pará, Caderno TDB, Coluna Cesta e opiniaonaosediscute.blogspot.com em 25.22.16) 

Sevilla pode liberar Ganso para ter Pratto

pratto

Jorge Sampaoli, técnico do Sevilla, pediu ao presidente do clube a contratação de Lucas Pratto. Treinador argentino quer o atacante na janela de transferência em janeiro. E deu indícios que pode liberar Paulo Henrique Ganso, segundo noticia a imprensa de Madri nesta sexta-feira (25/11). O meia seria envolvido em uma eventual troca com o Atlético-MG. Pratto é cobiçado por Palmeiras e clubes da China.

Uma das carências do Sevilla é o ataque. Sampaoli disse à imprensa espanhola que seu time poderia ter conquistado mais pontos no campeonato se fosse mais forte na linha de frente. Daí o interesse no seu compatriota, que tem passaporte italiano e não ocuparia uma vaga de extracomunitário no clube.

Para ter Pratto, o treinador abriria mão de Ganso. Contratado em agosto, o ex-meia do São Paulo e Santos ainda não jogou o que dele Sampaoli esperava. Quando apostou no brasileiro, contava com uma dose criativa na armação a serviço dos atacantes. Ganso não tem sido titular e ainda não se adaptou ao ritmo do futebol na Espanha.

No Atlético-MG, o presidente Daniel Nepomuceno disse que não recebeu nenhuma proposta por Pratto. Admite negociar seu atacante se a proposta for muito boa. E não comentou uma possível troca com o Sevilla envolvendo o argentino e Ganso. (Do blog de Luís Antônio Prósperi)

Temer e seus rapazes: corrupção derruba 6º ministro

temer-geddel-e-padilha

POR BAJONAS TEIXEIRA, no blog O Cafezinho

A rigor a situação deixada pelo terremoto do caso Geddel é a seguinte: três ministérios (a Secretaria do Governo, a  Casa Civil e a Advocacia Geral da União) e a própria Presidência da República, foram soterrados e cobertos de detritos.

A saída de Geddel não vai aliviar a situação de Temer. As expectativas criadas, pela parte mais ingênua e manipulável da classe média, pela narrativa moralista e a cruzada “anti-corrupção” do golpe, sofreram uma profunda decepção. Mesmo o zumbi mais manipulável pela Globo está perplexo, e isso porque a própria Globo está perplexa.

Os setores que apoiaram e deram o aval ao governo Temer, estão apavorados com a amplitude da corrupção e seu caráter incontrolável. Ontem, em editorial,  O Globo defendia que Temer deveria optar “um padrão ético minimamente aceitável no poder”. Até esse pedido tão modesto e de ambições minimalistas, mostra o grau de desalento da Globo com seu rebento. Isso, aliás, já era visível desde os inícios remotos do governo Temer, ainda nos meses da interinidade, quando a revista Época publicou o editorial A nova pauta bomba, que lamentava a esquizofrenia de Temer ao dar  aumento ao judiciário.

Mas a situação agora se agravou, porque lançou Temer dentro de um labirinto de onde dificilmente encontrará saída. O caso Geddel o comprometeu muito. Primeiro, porque tentou manter o ministro, e depois porque seus laços com a bandalheira foram todos expostos. Tanto na sua tentativa de desmontar o Ministério da Cultura quanto, quando isso se revelou impossível, de criar uma secretaria para esvaziar o Iphan e o resguardo do patrimônio histórico brasileiro.

Ou seja, para além do limite da irresponsabilidade, em nome dos interesses das construtoras e da especulação imobiliária, Temer junto com Geddel trabalhavam para criar condições que levariam à implosão do patrimônio histórico brasileiro. Governo mais desclassificado impossível.

No saldo geral, uma coroa de louros de lama cinge a nobre cabeça do mordomo decorativo do Planalto.

Talvez por ter sido um vice decorativo, Temer não aprendeu a fazer certas distinções. Ele disse ontem, em uma nota feita na correria tentando explicar suas conversas com Calero, que sua sugestão de ir a AGU se deu apenas por se ela responsável por “solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública”. Esqueceu o presidente, porém, que Geddel Vieira não é um órgão público, nem seus interesses são interesses públicos.

Seria preciso distinguir entre Geddel enquanto ministro que, em princípio, defenderia os interesses públicos, o que é uma coisa, e Geddel enquanto pessoa física, que defende seus próprios interesses e os da sua família, o que é outra coisa. Essa distinção não entra na cabeça de Temer.

Temer diz que buscou entregar o conflito entre Geddel e Calero à mediação da AGU (Advocacia Geral da União), mas justamente isso desmente que tenha agido com lisura. O conflito entre os interesses pessoais de Geddel na construção do prédio em Salvador – que a imprensa já provou que vão além de um mero apartamento de R$ 4 milhões – e o interesse público não é algo que a AGU possa arbitrar em termos jurídicos e administrativos. Não é uma questão jurídica, mas um jogo de forças entre interesse privado e interesse público. E esse jogo de forças se refere a poder político. Por isso, só poderia ser resolvido na forma de uma manobra política.

E isso Calero já disse: que a intenção de enviar para a AGU era a de suspender qualquer responsabilidade dos dois, dele e de Geddel, já que ficaria como um parecer dado pela Advocacia Geral da União, que decidiria em favor do Iphan regional na Bahia. Assim, a história teria um final feliz, ao menos para Geddel e a construtora do projeto imobiliário defendida por ele.

O episódio mostrou o quanto Temer é assustadoramente pedestre, grotesco, o que se evidenciou por sua atitude de convocar um ministro de estado para pressioná-lo dentro das dependências do Palácio do Planalto. Ou seja, todo o aparato do poder foi posto a serviço dos interesses mais abjetos e censuráveis.

Sairão vivos dessa? É difícil dizer, porque tudo depende do grau de mobilização da oposição. E essa oposição não tem sido exatamente perspicaz ou inteligente nos últimos anos e, muitos menos, nos últimos meses. Vamos esperar para ver.

Desafios para obtenção de patrocínio esportivo

POR EULER VICTOR, no Linkedin

A captação de patrocínio no Brasil vem se tornando cada vez mais difícil, até mesmo para o futebol o esporte com maior visibilidade do país, em momentos de crise e corte de gastos as empresas sempre começam pela área de comunicação. Mesmo com uma década muito forte para o esporte Brasileiro com a Copa, Olimpíadas e Copa América.

Assim como outras formas de captação de verbas os clubes e esportivas do Brasil recebem patrocínios pontuais e sazonais.

aaeaaqaaaaaaaaeeaaaajgi4ytyzyzgwltcxowutndq5zc05mzvhltrhnzu5otflzdexzaClubes e atletas devem desenvolver novos projetos e parcerias criativas, focando no retorno que essa exposição pode trazer, os mesmos devem demonstrar com números que o retorno da parceria, através de ações e exposição constante da marca.

Todo projeto desenvolvido por uma instituição deve ser elaborado junto com um plano de ação. Devemos analisar o mercado, as tendências, os concorrentes e como devemos nos posicionar. O produto que vamos oferecer para os nossos possíveis parceiros e o (ROI) retorno de seu investimento.

Também devemos analisar os níveis e tipos de patrocínios existem e quais se encaixam com os patrocinadores.

Deve ser traçado o perfil dos clientes, os produtos vendidos se o público que acompanha o clube, atleta ou esporte tem o perfil buscado pela empresa. Com isso deve se determinar os cenários, onde o clube está e onde pretende estar no final do contrato de patrocínio, determinando também como pode ajudar a alavancar as vendas e o crescimento da empresa patrocinadora. Saber analisar e identificar as possíveis falhas e soluciona-las e com isso estar um passo à frente de todos os problemas.

Para a elaboração de uma boa proposta de patrocínio se faz necessário a análise de todos os cenários e a melhor estratégia para parceria com o patrocinador. O desenvolvimento do cenário é o mais importante e mais difícil para elaborar uma boa proposta, para esse desenvolvimento precisamos de bons profissionais com especialização e experiência na área de captação de patrocínios, criar uma lista com quem é do seu interesse. Dê preferência a empresas e marcas de boa credibilidade.

Existem vários níveis de patrocínio, com isso se faz necessário determinar o potencial da empresa para patrocinar, se um apoio ou com materiais, não podemos descartar nenhum tipo de apoio ou parceira que pode ser desenvolvida.

Existem muitas barreiras para a implantação e desenvolvimento de uma boa estratégia de para o patrocínio, mas a principal é a interna, muitos setores e profissionais podem fazer parte desse processo, deve-se ouvir todos e todas as ideias podem ser analisadas. O clube ou atleta que busca um novo patrocínio deve analisar o produto que vai oferecer, quantidades de fãs e seguidores, como pretende se desenvolver com a verba oferecida e com a parceria.

aaeaaqaaaaaaaah_aaaajgq2ndy4ogvilwnjztytndbkni1hnja5ltzkzmzmnzi0nzfloa

Barcelona fechou um contrato de 55 Milhões de Euros por temporada.

Nenhuma empresa fecha um patrocínio apenas com intuído de ajuda, sempre se espera algo em troca, por esse motivo é traçada uma meta a ser alcançada em um determinado prazo de tempo. A análise e desenvolvimento do cenário se faz muito importante, a parceria deve ter como meta o crescimento do patrocinado e do patrocinador, com objetivos claros e data para acontecer, com isso deve ser determinado e desenvolvido um plano de ação sempre salientando o retorno esperado e inibindo e tirando todas as dúvidas e as possíveis barreiras colocadas pelo possível patrocinador.

A maioria das empresas sabem mais do que nunca da força do esporte como marketing da sua marca, seja em um evento esportivo, clube ou um atleta em individual. Os ganhos: aumento no número de vendas, mudança ou reforço de imagem, novos mercados, fidelização, estar mais visível por um período maior, associação de marcas, dentre outras. O que fica claro é, se empresa patrocinar ela vai querer ter algum retorno.

Existe uma grande diferença entre caridade e patrocínio, com isso quem busca o patrocínio pode desenvolver um trabalho com o patrocinador, mostrando com clareza onde se deve atuar e captar novos recursos, equipes e empresas devem trabalhar em conjunto focado em resultados, já que os patrocinados devem utilizar as verbas para se desenvolverem e com isso aumentar os patrocínios em números e valores, já que com bons resultados e com exposição constante mantendo a evidencia do atleta ou clube os interessados em patrocinar vão aparecer cada vez mais e com melhores propostas.

A parte mais difícil é desenvolver o cenário, o projeto deve conter os locais onde a empresa pode ser divulgada por você, essa estratégia de marketing é mais difícil para quem conhece pouco sobre o assunto. Um exemplo: você sabe que empresa X vai ser inserida em uma cidade onde vai acontecer um grande campeonato que você irá participar, informações como essas podem ser a chave para um bom contrato. Com a elaboração e a determinação do calendário traçar planos de ações e novos eventos para firmar a parceria, divulgar e trazer novos possíveis clientes.

Assim como o plano traçado pela Brahma para um futebol melhor, que vem revolucionando as parceiras entre clubes e sócios.

Deve-se enfrentar as barreiras internas, para o desenvolvimento de propostas e continuidade e desenvolvimento do patrocínio, pessimismo, falta de comprometimento, falta de preparo ou individualismo.

A participação de todos até de fãs, sócios e seguidores se faz necessário, tudo faz parte do desenvolvimento da proposta e da competição para captar um patrocínio, a empresa pode investir e muitos outros segmentos buscando a exposição da marca, com isso devemos sempre evidenciar por que o investimento no esporte pode trazer os melhores retornos para as empresas, já que esporte está correlacionado a muitas coisas boas como saúde, bem estar, oportunidades para atletas que são exemplos como exemplo de esforço e superação. O desenvolvimento da proposta é a chave para a captação dos patrocínios.

Um projeto bem detalhado, com um orçamento detalhado com um bom plano de ação conjunto e datas de início com metas a serem alcançadas.

Por esse motivo a determinação do cenário e nível de patrocínio se faz tão necessário para enfrentar todos os obstáculos e conseguir os patrocinadores necessários para o desenvolvimento de clubes e atletas.

Existem diversos tipos de propostas e patrocínios, por esse motivo existe a necessidade de um profissional especializado e com toda a equipe participando do projeto, uma ótima ideia pode vim de qualquer pessoa da equipe e para desenvolve-la se faz necessário um especialista. Que conheça o mercado, criar uma proposta e abordar da maneira correta um possível patrocinador.