Tarde de decisão e emoção no Mangueirão

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Campeonato Paraense 2014 - Remo x Paysandu

Campeonato Paraense 2014 - Remo x Paysandu

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(Fotos: ANTONIO CÍCERO-DANIEL COSTA/Diário)

Leão campeão da Taça Cidade de Belém

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O Remo conquistou o título da Taça Cidade de Belém (1º turno)  do Campeonato Paraense 2014 ao empatar, em 1 a 1, com o Paissandu, na tarde deste domingo no estádio Mangueirão. O empate garantiu também a conquista da vaga para a Copa do Brasil 2015. O resultado deixa ainda o clube muito perto da sonhada participação na Série D deste ano. O jogo foi muito equilibrado, mas o Remo atraía o Paissandu para o seu campo e explorava os lançamentos para o atacante Ratinho pela esquerda.

Na quarta tentativa, Ratinho invadiu a área e quando tentava driblar o marcador, este tocou a bola para o centro da área, onde o atacante Val Barreto se encontrava livre, com o gol escancarado. A vantagem parcial deu ainda mais tranquilidade ao Remo, que passou a controlar o jogo no meio-campo, valendo-se da forte marcação de Dadá sobre o ala Pikachu, escalado como um meia pelo técnica Mazola.  

Ainda no primeiro tempo, o Remo substituiu Ratinho por contusão. Zé Soares entrou em seu lugar, dando mais velocidade ao ataque remista. O Paissandu pressionava, mas Lima e Héliton não conseguiam criar boas jogadas de área. Quase ao final da primeira etapa, Lima escorou cruzamento e marcou o gol, mas o lance foi invalidado porque o atacante estava adiantado.

Para o segundo tempo, o Paissandu fez duas mudanças. Tirou Vânderson e Héliton, colocando Rodrigo Moraes e Dênis na equipe. A mexida tornou a equipe mais presente na área azulina. O Remo recuou para explorar o contra-ataque, mas cedia muito espaço. Mas, numa escapada de Levy pela direita, Zé Soares foi lançado e perdeu grande oportunidade. Diante do goleiro Mateus, bateu cruzado. A bola passou rente ao poste direito.

Instantes depois, veio o gol alviceleste. Em escanteio pelo lado esquerdo, a bola foi desviada na pequena área pelo volante Zé Antonio. O gol de empate, aos 30 minutos, deu sangue novo aos bicolores, que partiram para tentar a virada. Isso quase ocorreu aos 39 minutos em novo escanteio. Fabiano saiu nos pés de Lima e evitou o gol. O atacante também dividiu bola na área com Dadá, reclamou pênalti, mas o árbitro Wilson Seneme mandou seguir.

O Remo se segurou ainda mais na defesa, mas Zé Soares ainda desperdiçou grande chance para o desempate aos 43 minutos. Aos 47 minutos, o zagueiro Lacerda foi expulso depois de acertar um pontapé no atacante Zé Soares. Em seguida, um lance de bola alçada na área remista teve intervenção difícil de Fabiano em dois tempos. Na sequência, jogadores se empurraram, Eduardo Ramos foi agredido e o tempo fechou. Depois de ânimos serenados, os azulinos festejaram perante mais de 26 mil pagantes a conquista tão aguardada. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola) 

Remo x Paissandu (comentários on-line)

Campeonato Paraense – 1º turno (decisão)

Clube do Remo x Paissandu – estádio Jornalista Edgard Proença, 16h

Na Rádio Clube, Guilherme Guerreiro narra, Carlos Castilho comenta. Reportagem – Paulo Caxiado, Dinho Menezes.

Teste de fogo para cardíacos

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Por Gerson Nogueira

Tem tudo para ser o mais empolgante e tenso clássico dos últimos anos. As condições são particularmente favoráveis. O Remo é o líder na classificação geral do Campeonato Paraense e o Paissandu é o segundo colocado, ambos bem à frente dos demais times. Já fazia um bom tempo que a dupla de gigantes não se distanciava com tanta facilidade do chamado bloco intermediário.

Acima das demais razões, o principal motivo para crer num jogaço é a qualidade dos times. O Paissandu tem um conjunto bem afinado, compensando com entrosamento o que carece de talento em algumas posições. A lateral-esquerda, por exemplo, que hoje não terá o titular Aírton. Ou o meio-de-campo, onde falta um especialista na armação.

Ao mesmo tempo, o técnico Mazola Junior conta com trunfos que potencializam a força do jogo coletivo. Charles é um dos melhores zagueiros da competição. Especialista na lateral direita, Pikachu ganhou função ofensiva. Djalma será seu escudeiro e parceiro de manobras. Ricardo Capanema é o chamado carrapato, um infatigável marcador. E Lima é o artilheiro e mais destacado atacante do Parazão.

No front remista, ainda falta organização tática que garanta consistência à equipe. O jogo de quinta-feira contra o Paragominas escancarou essa fragilidade. Ao mesmo tempo, a excepcional reação final do time naquela noite evidenciou uma grande qualidade. O Remo, mais que qualquer outro time deste campeonato, tem peças de reposição no banco de reservas.

unnamed (100)A prova disso é que, quando precisou empatar e virar em cima do PFC, Charles Guerreiro lançou mão das peças de reposição. Pôs em campo Zé Soares, Athos e Leandro Cearense, conseguindo mudar o ritmo da prosa e atingir seu intento. São jogadores que por uma razão ou outra não costumam entrar jogando, mas que têm o mesmo nível dos titulares.

Além dos jogadores citados, ainda há Ratinho, que no último Re-Pa executou funções ofensivas com grande aplicação. A qualidade individual faz do elenco remista o mais respeitado da competição, não por acaso o primeiro colocado na tabela.

O drama está na parte tática, onde ainda são flagrantes as dificuldades em determinados jogos. Como não tem aproximação entre os setores e o meio-campo se embaraça quando é bem marcado, o time ainda oscila muito. Diante disso, melhor oportunidade não poderia haver para Charles calar seus críticos com uma atuação convincente do ponto de vista tático.

Apesar da expressiva vantagem do empate, o Remo tem contra si a pressão de não vencer um turno do campeonato há dois anos. Na luta para conseguir vaga na Série D, a conquista da Taça Açaí (primeiro turno) é fundamental para tranquilizar as coisas no Evandro Almeida.

Comparativamente, o Paissandu entra muito mais relaxado na decisão. E a tranquilidade pode ser grande aliada numa batalha que exige, acima de tudo, sangue frio e nervos no lugar. A conferir.

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Mais do que uma taça em jogo

Garantir vaga na Quarta Divisão não é a única coisa que move o Remo neste momento. Os investimentos caros feitos pelo clube, contratando pelo menos seis reforços de alto nível (Ramos, Athos, Max, Leandrão, Potiguar e Zé Soares), inflacionaram a contabilidade, elevando a folha salarial para patamar de Série B – cerca de R$ 550 mil.

Um eventual revés terá impacto negativo nas arrecadações, que constituem a maior receita do clube no momento. Maltratado por tantas frustrações nos últimos anos, o torcedor, que até agora proporcionou ampla vitória azulina nas arquibancadas, tende a abandonar a causa ou a reduzir o apoio.

Por essa razão, levantar a Taça Açaí adquire importância extrema para os remistas. Como é natural, a urgência e as cobranças redobram a carga sobre as cabeças de técnico e jogadores.

Ao contrário do rival, cujo ambiente só foi conturbado por mais um choque de pressão do staff de Pikachu (aparentemente solucionado), o Remo convive com entrechoques internos até agora represados graças à expectativa de vitória no primeiro turno.

Charles se mantém pela boa campanha no Parazão, mas sabe que um tropeço mais sério lhe custará o cargo. Jogadores importantes, como Eduardo Ramos e Leandrão, precisam mostrar que valem o quanto custam. A diretoria cobra resultados, a torcida exige comprometimento. Por tudo isso, os azulinos pisarão hoje no Mangueirão dispostos a vencer ou vencer. Determinação é característica obrigatória nos vitoriosos.

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Bola na Torre

O programa será festivo, com link ao vivo para acompanhar a comemoração dos campeões do turno. Guilherme Guerreiro comanda, como sempre, com a participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. Começa à 00h15, logo depois do Pânico na Band.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 23) 

Quando a paixão invade a avenida

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O amigo Ricardo Gluck Paul, publicitário e empresário, ao lado do ex-jogador Beto, ícone do Papão dos anos 60, desfilando pelo Rancho Não Posso Me Amofiná na Aldeia Cabana. A escola jurunense festeja em seu enredo deste ano o centenário do clube alviceleste.