Por Cássio de Andrade
Momento delicado da política nacional, o que requer discernimento e sensatez. O oportunismo da direita em estranha aliança com o esquerdismo historicamente perfaz um caminho perigoso. Há um governo democrático e progressista sob o cerco também histórico das elites reacionárias que há muito transformam o debate político salutar em contenda eleitoral antecipada. A estranha aliança entre o PSol, o PSTU, o PCO com segmentos anarquistas dos BBs e do imperialismo globalizado dos Anonymous é inconsequente, mas criminalizar o PSol e os movimentos sociais é a cabeça de Batista que as Salomés golpistas desejam.
A esquerda consequente e os setores progressistas desse país não podem ser seduzidos pelo canto de sereia ofertado pelos inimigos de classe das camadas subalternas. Socialistas, humanistas e amantes da democracia precisam nesse momento não ceder à chantagem de classe. Não ao golpismo e não ao esquerdismo! Pela defesa da legalidade com democracia, pautada na ordem jurídica. É o que minimamente se deseja neste país.
lullopetismo não é esquerda, muito menos progressista, tampouco progressista.
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Rapaz o pensador Jean Madiran diz: “A distinção entre a esquerda e a direita é sempre uma iniciativa da esquerda, feita pela esquerda e em proveito da esquerda. Há uma direita na proporção em que uma esquerda se forma e a ela se opõe.”
A “direita” e a “esquerda” se transformaram em rótulos para convencionar discursos e posturas políticas, sem qualquer conteúdo preciso. Ambas sofreram inúmeras variações e combinações ao longo dos últimos séculos. Parâmetros morais e concepções intelectuais definiriam as posições assumidas pelos agentes políticos. A história nos mostra revoluções de esquerda feitas por temperamentos de direita e governos de direita comandados por temperamentos de esquerda.
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