O passado é uma parada…

406201_504457096248056_1718860437_n

Time do Papão vencedor da Copa dos Campeões e m 2002, com Marcão, Sandro, Gino, Luiz Fernando, Jobson e Vandick, dentre outros.  

Todas as amizades do presidente

Por Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo

Circula hoje pela internet uma foto que é um embaraço – mais um numa longa série – para Joaquim Barbosa. Nela, JB aparece confraternizando, nos Estados Unidos, com um homem que parece um a mais na multidão. Mas não é.

Ao lado de JB está Antonio Mahfuz, que os amigos chamam de Toni ou Toninho. A foto foi postada por Mahfuz no seu Facebook, e nela ele sauda o “justiceiro” JB.

Não haveria problema nenhum não fosse Mahfuz a chamada chave de cadeia. Ele fugiu do Brasil, há quinze anos, e deixou atrás de si copiosos calotes. Uma contabilidade recente coloca Mahfuz como réu em 221 processos.

1474580_10202595918006052_767410806_n-600x450

Foi exatamente para escapar da cadeia que ele se refugiou na Flórida, numa cidade chamada Hollywood, perto de Miami. Miami, sabemos, é onde JB comprou um apartamento em nome de uma empresa imaginária, para não pagar imposto.

Quando fugiu, a sentença de prisão de Mahfuz estava decretada, por conta do processo movido contra ele pelo seu principal credor, o banco Chase Manhattan. Dono de uma rede de lojas nascida na região de Rio Preto, em São Paulo, e depois expandida para outras partes, Mahfuz deu em garantia para empréstimos bens.

Ele não honrou as dívidas, e o banco, quando o executou, simplesmente não encontrou os bens penhorados. Ele foi decretado pela justiça “depositário infiel”. Quando sua prisão foi pedida, ele foi para os Estados Unidos. Deixou no Brasil as dívidas, e uma situação judicial extraordinariamente complicada.

Suas irmãs o estão processando sob a acusação de que ele falsificou a assinatura do pai numa procuração que lhe dava poderes para administrar os negócios do patriarca, Elias Mahfuz, um imigrante sírio que montou do nada um patrimônio respeitável no interior de São Paulo.

Um perito contratado por elas atestou que a assinatura no documento que investe Antonio Mahfuz não “partiu do punho” do pai. Um site da região conta com detalhes essa história. Elas querem que todos os negócios realizados a partir da procuração sejam anulados. Seria a maneira de recuperaram a herança paterna que o irmão fez desaparecer.

É ao lado de Mahfuz, com esta folha corrida, que JB aparece na foto. Tudo bem? Não, evidentemente. Na hipótese mais benevolente, JB estava em algum lugar quando foi abordado por alguém que o reconheceu, e para quem ele é um herói. Na pior, ele conhece Mahfuz, o que criaria um conflito ético profundo.

Num mundo menos imperfeito juízes não teriam amigos, porque isso pode afetar suas sentenças, mas vivemos num país em que Merval Pereira se abraça sem cerimônia com magistrados como Ayres Britto e Gilmar Mendes, com todas as partes aparentemente sem noção da gravidade dos abraços.

Seja qual for a origem da confraternização de Mahfuz e Joaquim Barbosa, está claro que JB deve uma satisfação aos brasileiros.

Exames atestam boa saúde de Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no Hospital Sírio-Libanês neste sábado (01/02), para a realização de exames médicos eletivos. Foram feitos exames clínicos, laboratoriais, PET-CT, ressonância nuclear magnética e laringoscopia. Os exames mostram que o paciente encontra-se em excelente condição de saúde e sem qualquer evidência de neoplasia. 

Cabra bom, Deus o guarde…

De pai para filho…

Por Diego Brito (diegobritopa@gmail.com)

O aniversário de um filho é dia de comemoração para os pais também. Afinal, a paternidade é um dom divino, um presente dado por Deus.
Infelizmente, não é sempre que dá para ter um bom relacionamento. Muitas vezes, nós pais somos vistos como opressores, ditadores, porque nos deparamos com situações em que temos que ser enérgicos, em momentos de rebeldia.
Mas como cultivar um sentimento ruim de algo que nasceu de nós? Mesmo com toda a vaidade, que fico me perguntando de quem você herdou…
Apesar de muitas vezes você me desafiar, filho, entendo que é frustrante olhar para um pai que, apesar de seus tropeços, tem uma história bem sucedida, com ficha limpa, amado por muitos e olhar ao seu redor e se ver cercado por meia dúzia de gatos pingados de gosto duvidoso, acostumados a conseguir as coisas de forma ilícita.
Pergunto-me se essa raiva toda vem de um curto período em que você aprontava na rua e precisei dar alguns corretivos em nome da sua educação.
Tudo bem! Sei que tive minhas falhas também. Cometi exageros e reconheço isso. Mas, peço que você entenda que existem momentos na educação de um filho que temos que dar noção de hierarquia e mostrar quem é que manda em casa.
Mesmo com tudo o que já aconteceu entre nós, podes ter certeza de que jamais esquecerei o dia 2 de fevereiro, meu filhinho! Afinal, é o 33º dia do ano e isso sempre nos trará boas recordações.
Parabéns, Paysandu Sport Club!

Do teu pai Mais Querido,
Clube do Remo. 

Globo e o jornalismo de hipóteses

Por Luiz Carlos Azenha

Vários leitores, nos comentários, nos chamaram a atenção para a fala do economista Carlos Alberto Sardenberg no Jornal da Globo sobre a taxa recorde de desemprego. Deveria ser uma notícia boa, certo? Ficou assim, segundo o comentarista global, que parece abrir com um ato falho:

Captura-de-Tela-2014-01-31-às-22.49.34“Nos temos aquela história, alguns até dizem que os números mostram qualquer coisa que você quiser que mostre, basta torturá-los que eles entregam. Nós temos aqui alguns indicadores importantes, o primeiro deles que eu acho que é importante ressaltar é essa queda no número de pessoas trabalhando.

Isso aqui é comparação mês contra o mesmo mês do ano anterior. Então por exemplo em dezembro de 2012 havia 3% a mais de pessoas trabalhando que um ano atrás. Reparem que a coisa foi caindo, né.

Aqui, estabilizou em setembro, agora em outubro, novembro e dezembro você teve queda, quer dizer, nesse último trimestre do ano tinha menos gente trabalhando que no último trimestre de 2012. A população ocupada diminuiu.

Como é possível isso ocorrer e ao mesmo tempo você ter uma queda da taxa de desemprego?

A explicação tá aqui, ó, primeiro você tem isso aqui, População Economicamente Ativa, que é todo mundo que tá trabalhando e as pessoas que querem trabalhar e não conseguem emprego. Então são os 96% que estão trabalhando e os 4% da taxa de desemprego.

Repare aqui, tava crescendo 1,7% [em 2012], cresceu 0,6% no ano passado, a população cresce mais do que isso, portanto tem mais gente sem trabalhar. E esse número fica expresso aqui ó, nesse índice de participação. Tá aqui, ó, dos brasileiros em idade de trabalhar 57,8% [estavam ocupados em 2012], no mês passado ficou em 56,7%, quer dizer, diminuiu o número de pessoas que podem trabalhar e estão trabalhando.

Pergunta: Sardenberg, e por que esse número de pessoas que não trabalham, não querem trabalhar, não procuram emprego, aumenta? Tem uma explicação?

Não tem uma explicação assim medida, mensurada. Mas você tem umas hipóteses muito boas: renda familiar maior, quer dizer, a família já tá com a renda suficiente, não precisa mais gente de trabalhar; jovens ficando mais tempo na faculdade, isso é um bom sinal; aposentados, no Brasil é normal que o aposentado volte a trabalhar, mas parece que o número tá diminuindo, menos aposentados estão voltando a trabalhar e também beneficiários de programas sociais; e finalmente, que é o dado mais negativo, que é o nem-nem, são jovens que não estão habilitados, não trabalham e nem estudam. Esse é o grande problema.

O resumo da ópera é o seguinte: todo mundo que precisava trabalhar e que quer trabalhar tá trabalhando, agora precisa criar empregos para atrair esse pessoal aqui”.

PS do Viomundo:  O “teste de hipóteses” é uma das notáveis contribuições da Globo ao jornalismo brasileiro; Sardenberg conseguiu pedir a criação de empregos para pessoas que não querem, nem precisam trabalhar. Ao fim e ao cabo, transformou o recorde histórico numa notícia meia boca, com o apoio de gráficos e barras cintilantes. “Bom jornalismo”, diriam alguns.

O passado é uma parada…

paysandu-anos-60

Formação história do Paissandu. Time que venceu o Peñarol em 1965, no estádio da Curuzu. Em pé: Oliveira, Beto, Jota Alves, Abel, Castilho e Carlinhos. Quarenta, Pau Preto, Edson Piola, Milton Dias e Ércio.