10 motivos porque a campanha da Friboi com Roberto Carlos é um completo desastre

Por Ricardo Alexandre

A esta altura, você já deve ter visto e, incrédulo, revisto diversas vezes o comercial estrelado por Roberto Carlos e amigos para a Friboi, marca de carnes da alegada terceira maior empresa de alimentos do mundo, a JBS. Nela, o cantor está esperando sua refeição em um restaurante, quando o garçom lhe serve sua massa de sempre. O pobre homem não sabe que Roberto voltou a comer carne vermelha, desde que seja da Friboi! Todos riem alegremente enquanto o som sobe com o clássico “O Portão”, de 1974. A reação foi tão negativa que os comentários no Facebook do cantor passaram a ser monitorados. Qualquer que seja o assunto lançado pelos moderadores, as mensagens de “decepção” e “repúdio” aparecem. No final do dia de ontem, a Friboi desabilitou a opção de avaliação de seu canal oficial – de tão desastrosamente evidente que o público havia se voltado contra a peça.

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E por que tanto repúdio? Abaixo, algumas opções possíveis: 

01. Porque usa da intimidade do artista para fazer dinheiro

Esse é o mesmo artista que quatro meses atrás ia à televisão reclamar o direito do artista ao “privado, particular” e mobilizar outros artistas com o objetivo de “evitar a exposição da intimidade”. A campanha do Friboi mostra que, dependendo da altura da montanha de dinheiro, uma questão de foro tão íntimo quanto o que comemos ou deixamos de comer pode, sim, ser negociada.

02. Porque revela o despreparo da equipe de Roberto

Era óbvio para qualquer um acostumado aos tsunamis de opinião da internet que a reação popular seria negativa. Os jornalistas o alertaram, aliás, durante a coletiva em que anunciou o contrato publicitário, semana passada. Se Tony Ramos virou alvo, por que seria diferente com alguém que não é ator e há 30 anos cantava que queria ser civilizado como os animais? A campanha da Friboi mostra o quão altas são as torres erguidas pelo “rei” Roberto e de que tipo de assessores se cercou. Na certa, a estas horas devem estar reunidos dizendo: “Não liga, não Roberto, é tudo inveja!”

03. Porque Roberto nem era vegetariano realmente

O vegeterianismo, por definição, exclui do cardápio tudo o que não for de origem vegetal. Alguns adeptos mais radicais abrem mão, inclusive de alimentos derivados de animais, como ovos e laticínio. Pois logo depois de parar de comer carne vermelha no final dos anos 1970, e mesmo depois de parar de comer aves, Roberto continuou comendo peixe normalmente.

04. Porque arranca um clássico do imaginário de seu próprio público

“O Portão” foi a música que puxou seu disco de 1974. Fala de um personagem arrependido que retorna à família que o amou. Erasmo sempre a usa como exemplo do método “cineminha” que criou com o parceiro para compor, relatando as cenas e criando metáforas – é orgulhoso especialmente do verso “meu cachorro me sorriu latindo”. A interpretação da letra é aberta o suficiente para tratar tanto de um “filho pródigo” à moda da Bíblia, como de um homem (ou mulher) que conseguiu valorizar o casamento do qual havia pensado em desistir. Assim, entrou na vida de milhões de pessoas, de seus filhos e de seus netos. E agora o próprio cantor vem e a usa para vender bife, rebaixando as memórias de seu público à altura de um negócio qualquer.

05. Porque o comercial é constrangedor

Com aquela mesma luz azul-espiritismo que envelopa tudo o que leva seu nome, Roberto está em um restaurante acompanhando dois casais: seu filho Dudu e a esposa, e seu empresário Dody Sirena e a esposa. Considerei escrever que alguém pensou que essa mistura de almoço de negócios com almoço em família daria alguma legitimidade à campanha, mas, sinceramente, não consigo imaginar o que quiseram transmitir com a escolha do elenco.

06. Porque o dinheiro do cachê deveria ir ao garçom, não ao cantor

É constrangedor o tempo que Roberto demora para emitir o nome da empresa que lhe está pagando milhões para fazê-lo. Quem anuncia o fabricante da carne, na verdade, é o garçom. E, como bem notou Rafinha Bastos, quando finalmente o faz, fica ainda mais constrangedor: “É Friboi, claro!”. Como assim, “claro”? Será que Roberto reconhece o fabricante apenas de olhar para um bife?

07. Porque “O Portão” já vendeu cigarro

Agora, todos os milhões e milhões de fãs de Roberto Carlos estão discutindo os malefícios da carne vermelha e a crueldade no abate de animais. Para ajudar no debate, Marili Robertolembrou sabiamente que “O Portão”, a música escolhida para ilustrar a “volta” de Roberto ao reconfortante mundo da carne vermelha, já foi usada para vender cigarros Continental em 1976, dois anos depois de ser lançada.

08. Porque Roberto Carlos não publica um álbum inédito há onze anos

O comercial nos joga na cara o que, educadamente, o historiador Paulo Cesar Araújo vem repetindo em suas entrevistas: o mundo de Roberto deixou há muito de respirar música. Agora, seu tempo é gasto com cruzeiros, processos contra escritores, ECAD, Procure Saber”, empreendimentos imobiliários e anúncios de carne. Fica ainda mais doloroso se lembrarmos que enquanto o mercado de discos do Brasil ia de vento em popa, ele lançava excessivos e desleixados um álbum por ano. Será que, até 2003, seu interesse maior era artístico ou mercadológico? É uma dúvida legítima que a campanha da Friboi nos dá o direito de levantar.

09. Porque não apenas ele não publica um álbum de inéditas há onze anos, mas ele tenta nos convencer a comprar gravações antigas de novo

Sabe qual o último lançamento de Roberto? Um single virtual de “Cartas de amor”, música que ele já havia lançado em 1984, que já era um sucesso de Aguinaldo Timóteo de 1967 que já era uma versão de “Love Letters”, música de 1945. A música, da trilha da novela Em Família, deveria ser uma gravação recente, mas, sem tempo para a música, Roberto preferiu usar o fonograma de 1984. Antes de “Cartas de amor”, Roberto havia tentado nos convencer a comprar um disco de remixes de seus sucessos antigos, de olho no mercado natalino de 2013.

10. Porque o dinheiro, como sempre é para ele mesmo

Dispensa dizer que Roberto Carlos não precisa do dinheiro que embolsou com a campanha da Friboi. Bob Dylan também não precisava do dinheiro que embolsou na recente (e também polêmica) campanha da Chrysler que estrelou. Mas Dylan já cansou de usar sua imagem para defender direitos civis e para apoiar eventos beneficentes – além de cantar os ventos da contracultura por cinco décadas. Você se lembra da última vez que viu Roberto usando da sua imagem e de seu tremendo poder de influência para alguma causa que auxilie os menos favorecidos? Fica a dica (gratuita) para a equipe do “rei”. Se é que alguém ali está enxergando o desastre em que se meteram.

Falar difícil é uma arte

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Deve ter tomado lições com Efeagá ou com Lazaroni… tidizê.

Para STF, jornalista pode fazer crítica impiedosa

Por Elton Bezerra, do Consultor Jurídico

A publicação de reportagem ou opinião com crítica dura e até impiedosa afasta o intuito de ofender, principalmente quando dirigida a figuras públicas. Com esse fundamento, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, acolheu o Recurso Extraordinário da Editora Abril contra condenação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal que a obrigava a indenizar em R$ 10 mil o ex-governador Joaquim Roriz por danos morais. A empresa foi defendida pelo advogado Alexandre Fidalgo, do EGSF Advogados.

“Não caracterizará hipótese de responsabilidade civil a publicação de matéria jornalística cujo conteúdo divulgar observações em caráter mordaz ou irônico ou, então, veicular opiniões em tom de crítica severa, dura ou, até, impiedosa, ainda mais se a pessoa a quem tais observações forem dirigidas ostentar a condição de figura pública, investida, ou não, de autoridade governamental, pois, em tal contexto, a liberdade de crítica qualifica-se como verdadeira excludente anímica, apta a afastar o intuito doloso de ofender”, afirmou o decano do STF.

Na avaliação de Celso de Mello, a liberdade de imprensa é uma projeção da liberdade de manifestação do pensamento e de comunicação, e assim tem conteúdo abrangente, compreendendo, dentre outras prerrogativas: o direito de informar, o direito de buscar a informação, o direito de opinar e o direito de criticar. Dessa forma, afirma o decano, o interesse social, que legitima o direito de criticar, está acima de “eventuais suscetibilidades” das figuras públicas.

Mello afirma que essa prerrogativa dos profissionais de imprensa justifica-se pela prevalência do interesse geral da coletividade e da necessidade de permanente escrutínio social a que estão sujeitas as pessoas públicas, independente de terem ou não cargo oficial. “Com efeito, a exposição de fatos e a veiculação de conceitos, utilizadas como elementos materializadores da prática concreta do direito de crítica, descaracterizam o ‘animus injuriandi vel diffamandi’, legitimando, assim, em plenitude, o exercício dessa particular expressão da liberdade de imprensa”, diz Mello.

No caso, o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz processou a Editora Abril e o jornalista Diego Escosteguy por conta de uma reportagem publicada em dezembro de 2009. No texto, a revista compara Roriz ao personagem Don Corleone, do filme O Poderoso Chefão, e afirma que ele pode ser o homem que teria ensinado José Roberto Arruda, ex-governador do DF, a roubar. No entendimento do TJ-DF, a veiculação de juízo de valor teria deixado “clara a intenção do veículo de comunicação e do responsável pela matéria de injuriar e difamar, com ofensa à honra e à moral, excedendo os limites da liberdade de imprensa”. Para o ministro, a crítica faz parte do trabalho do jornalista.

Tribuna do torcedor

Por Sérgio Alves (sergioagrobio@ig.com.br) 

Olá Gerson,
Muita gente após o clássico de domingo perguntou o que aconteceria se aquela ultima bola do jogo no ataque do paysandu entrasse? Bem, muitas coisas aconteceriam, inclusive esse e-mail, por exemplo, não seria escrito. O fato é que, se a bola entrasse, a crise se instalaria no Baenão, Charles seria demitido, alguns jogadores teriam seus contratos cancelados e assim por diante, pois é, mas a bola não entrou, talvez para que se fizesse justiça ao futebol. O Remo mereceu esse titulo, fez mais pontos, se dedicou a ele, fez investimentos para isso e além de tudo se classificou (na minha opinião) para Série D. O Paysandu vencendo o campeonato seria um desestimulo a qualquer tentativa de mudar a cara do futebol paraense, seria um desestimulo à tentativa de criação de marketing bem sucedido como foi a Camisa 33, seria um desestimulo à construção do novo Baenão, mas por outro lado a derrota do Remo seria um estimulo ao conformismo, à mesmice da velha guarda do Remo e, por incrível que pareça, a derrota do Remo implicaria no enfraquecimento do Paysandu. Eu não acredito em rivais fortes quando um destes está fraco e, sem dúvida nenhuma, o enfraquecimento do Remo nos últimos 7 anos fez com que todo o futebol paraense entrasse numa derrocada sem fim. 
Pelo bem do futebol paraense, a bola não entrou!

Sobre a nobre arte de torcer

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Por Gerson Nogueira

Um grupo de torcedores surpreendeu jogadores e funcionários do Paissandu ao aparecer no clube, ontem, para saudar o time e reafirmar apoio incondicional. É preciso entender que isso aconteceu no dia seguinte à perda do primeiro turno para o grande rival. Outra demonstração explícita de amor e compreensão foi vista depois do próprio clássico de domingo. Quando os jogadores deixavam o campo foram aplaudidos pela torcida bicolor.

São gestos como esses que permitem acreditar que o futebol paraense trilha o caminho certo, pelo menos quanto aos torcedores mais participativos e solidários. Indiferentes às paixões destemperadas que abundam nas redes sociais, com diatribes e insultos endereçados a adversários, os verdadeiros desportistas se comportam com fleuma e superioridade.

unnamed (77)Perder jogos ou campeonatos é coisa normal em futebol. Acontece com todo mundo, mais dia menos dia. Revoltar-se contra isso é, além de perda de tempo, puro desequilíbrio. Quem gosta do esporte verdadeiramente não se prende a miudezas do gênero. Vitória, empate e derrota. Não há como escapar a esse destino. E não existe time no mundo – não inventaram ainda – absolutamente invencível.

Alguns foram particularmente brilhantes. Real Madri de Di Stéfano, Honved de Puskas, Santos de Pelé, clubes que passaram um bom tempo sem conhecer o sabor de uma derrota. Só que, um belo dia, a casa caiu e foram derrotados. Acontece.

A compreensão acerca da insustentável leveza do futebol é um dos sentimentos mais bonitos que o torcedor pode desenvolver. Não pode ser um acomodado, que aceita a derrota e renuncia à ideia de vitória. O céu é o limite. Todos querem ver seus times sempre vitoriosos. Como isso é impossível, resta a humildade. Entender que não há time imbatível não diminui ninguém; pelo contrário, eleva.

Da mesma forma, a arte de torcer implica em ter jogo de cintura, flexibilidade e espírito esportivo para suportar as brincadeiras, que se ampliaram expressivamente na era da internet. Quem não tiver sangue frio e nervos de aço, não sobreviverá aos novos tempos digitais. Os fracos apelam para a ofensa gratuita, a intolerância e os xingamentos. Não merecem ser chamados de torcedores de verdade. São pequenos demais para fazer jus a essa denominação tão nobre.

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A última arbitragem

A propósito da mui comentada arbitragem do clássico, o amigo e professor Cássio de Andrade destaca um aspecto pouco abordado. “O futebol paraense teve o privilégio de assistir ontem a despedida do árbitro Wilson Luiz Seneme. A qualidade técnica esbanjada no jogo transformou sua atuação no canto de cisne da arbitragem nacional. O provincianismo mequetrefe e o passionalismo clubístico criaram um clima de desonra após o jogo em relação a esse grande profissional do apito. Parabéns, Seneme, pela aula de arbitragem ministrada no gramado do Mangueirão”. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola) 

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Mazola na marca do pênalti

Transcrevo a análise do leitor Júlio César Aires sobre o trabalho de Mazola Junior, do Paissandu. “Acho bastante engraçado o técnico dando entrevistas com aquele ar rompante, típico de técnicos vindos do eixo sul e sudeste. Lembra outro loroteiro chamado Giba, que após ter feito uma campanha de recuperação com o Remo foi muito supervalorizado”, observa, criticando a louvação que parte da imprensa faz ao treinador: “Pelo amor de Deus, ele pegou o time com uma espinha dorsal pronta, pois Matheus, Pikachu, Pablo, Vanderson, Capanema, Djalma, Zé Antonio e Héliton eram figuras presentes em boa parte dos jogos da Série B do ano passado”.

“Mais interessante de tudo é vê-lo dando entrevista, como se fosse Guardiola ou Mourinho. Faça-me o favor, esse senhor nunca ganhou nada! Na temporada passada foi eliminado vergonhosamente pelo mesmo Paissandu, quando técnico no Sport, inclusive sendo goleado historicamente dentro de casa. Seu maior feito foi conseguir livrar o Cuiabá do rebaixamento, vencendo apenas um jogo, em meio a seis, salvo engano. Seus times atuam quase sempre com três volantes, privilegiando o contra-ataque. Na final do turno, seu time não fez sequer uma jogada trabalhada, passou 90 minutos alçando bolas na área”.

Para Júlio César, Mazola não passa de “um bom de papo, que distribui alguns elogios, ganhando assim simpatizantes. Ou será que existe outro motivo para não contestar um técnico que não vence um jogo de time profissional (o Náutico não é) a cinco ou seis rodadas? E olha que nem estou mencionando os erros de arbitragem que sempre ajudam os dois grandes do Estado, principalmente quando atuam em seus domínios”.

Apesar de entender as críticas do torcedor, estou no rol dos que aprovam o trabalho de Mazola, que conseguiu dar conjunto a um time desconjuntado e sem um organizador no meio-de-campo. Levou o Papão à decisão do turno, sem derrota para o rival até aqui. Tem méritos.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 25)

O passado é uma parada…

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Fidel Castro, à esquerda, faz a marcha da vitória pelas ruas de Havana, depois de derrotar as forças de apoio a Fulgêncio Batista. Em janeiro de 1959. 

Protesto contra a Copa foi um fiasco. Por que não dizer isso, com todas as letras?

Por Nirlando Beirão

Busquei nos jornais deste domingo as notícias sobre os anunciados protestos contra a Copa, em São Paulo.

Como estava fora da cidade, fiquei curioso. A menos de quatro meses da abertura, quero avaliar a que ponto manifestações políticas podem vir de fato atrapalhar a vida dos eventos do futebol em junho e julho. O protesto de sábado, convocado pelas redes sociais, prometia a adesão de multidões. Apareceram os habituais gatos-pingados. Leio os jornais e fico perplexo: detalhes sobre as eventuais pancadarias, o tal “esquadrão ninja” da Polícia Militar, agressões a jornalistas, prisões de muita gente, vandalismo contra agências bancárias – enfim, nada de novo.

O que era novidade os jornais não contaram: a manifestação contra a Copa foi um fracasso. Queria ver isso escrito – um fracasso. Por que é que os jornais se recusam a estampar essa verdade evidente, tão cristalina?

Mil pessoas estavam no protesto. Na mesma hora, algumas dezenas de milhares caíam no samba. O bloco de homenagem ao Caetano Veloso, Tarado Ni Você, arrastou mais de 20 mil foliões não muito longe dali dos blac blocs tristes e exibicionistas (outros 40 blocos estavam se esbaldando em São Paulo enquanto os frangotes anti-Copa e anti-tudo tentavam emanar a felicidade geral e irrestrita).

A imprensa está exagerando no poder dessa meia-dúzia de inconformados mimadinhos (e, muitas vezes, covardemente violentos). Aos jornais interessa manter esse suspense artificial criado pela minoria insignificante do #NãovaiterCopa. A brincadeira mixou, os jornais fingem perceber que não. Não fica bem dizer que não vai ter protesto – ou que eles, se ocorrerem, não terão o menor efeito, o menor significado. O bacana é dizer, com ares de sabichão: não sei, não, o pau vai quebrar.

Os jornais se deixam levar pelo culto ao protesto como se fosse uma causa nobre (outros, com a agenda política do golpe, mais fariseus, mais finórios, torcem para bagunçar o país em ano eleitoral). O que aconteceu em junho de 2013 foi importante. Mas não tem nada a ver com os surtos da atual moléstia infantil do protestismo.

As aves agourentas vaticinaram que os estádios não ficariam prontos – e quase todos já estão. Que a roubalheira iria grassar. Gostaria que me dessem evidências reais – e não aquele lero-lero catastrofista dos taxistas. Profetizou-se o caos. A Copa caminha para se realizar dentro da maior normalidade.

A Copa não vai esconder os duros problemas do Brasil. Tampouco é responsável por eles. A Copa é só a Copa. Melhor relaxar e aproveitar.

(*) Jornalista, escritor e colunista do Jornal Record News.