Correios lançam selo do centenário do Papão

image002Os Correios estarão presentes na noite desta sexta-feira, na sede social do Paissandu, para a celebração do centenário do clube. Na ocasião, será lançado o selo comemorativo aos 100 anos de fundação. Maior detentor de títulos estaduais (45) da Região Norte e dono de uma das mais apaixonadas torcidas do país, o Papão da Curuzu tem 2 títulos do Campeonato Brasileiro da Série B, 1 título da Copa Norte e da Copa dos Campeões de 2002, o que lhe valeu participação na Copa Libertadores da América em 2003. É também o clube nortista mais bem posicionado no ranking da CBF e o único a figurar no ranking mundial de clubes da IFFHS. 

O selo mostra imagem de fundo estilizada, destacando as cores do Paissandu Sport Club e representação simbólica com o número “100”, indicativo do centenário, tendo logo abaixo os dizeres: “A História se faz Paixão/A Paixão se faz História”. Foi utilizada a técnica de computação gráfica. A tiragem é a segunda maior feita em homenagem a um time de futebol brasileiro – 360 mil selos, ficando somente atrás do Corinthians – 600 mil selos.

Mais baratos, ingressos começam a ser vendidos

Começa nesta sexta-feira a venda de ingressos para o Re-Pa de domingo. Os preços estão inferiores aos do último clássico: R$ 30,00 (arquibancada) e R$ 60,00 (cadeira). Serão disponibilizados mais de 17 mil ingressos para cada torcida. O Paissandu sai na frente, vendendo ingressos no estádio da Curuzu, na sede social e na Federação Paraense de Futebol, a partir das 8h30 desta sexta-feira. O Remo ainda não divulgou quando começam as vendas, mas é provável que também tenham início ainda hoje, no estádio Baenão e na sede social. Por enquanto, só está confirmada a venda on-line, através do link http://ticketsbelem.showdeingressos.com.br/paysanduxremo. Nesse sistema, o torcedor pode parcelar a compra. Depois de cadastrado e com a compra efetuada, o torcedor retira seu ingresso na presidência do clube, na sede social nesta sexta-feira, de 9h às 19h; no sábado (15), de 9h às 18h; e no domingo, no estádio Jornalista Edgard Proença, portão A3, a partir do meio-dia. (Com informações da repórter Bruna Dias, do DOL) 

O incrível e o inacreditável

Por Luis Fernando VeríssimoO 

“Incrível” e “inacreditável” querem dizer a mesma coisa – e não querem. “Incrível” é elogio. Você acha incrível o que é difícil de acreditar de tão bom. Já inacreditável é o que você se recusa a acreditar de tão nefasto, nefário e nefando – a linha média do Execrável Futebol Clube.

Incrível é qualquer demonstração de um talento superior, seja o daquela moça por quem ninguém dá nada e abre a boca e canta como um anjo, o do mirrado reserva que entra em campo e sai driblando tudo, inclusive a bandeirinha do corner, o do mágico que tira moedas do nariz e transforma lenços em pombas brancas, o do escritor que torneia frases como se as esculpisse.

Inacreditável seria o Jair Bolsonaro na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara em substituição ao Feliciano, uma ilustração viva da frase “ir de mal a pior”.

Incrível é a graça da neta que sai dançando ao som da Bachiana n.º 5 do Villa-Lobos como se não tivesse só cinco anos, é o ator que nos toca e a atriz que nos faz rir ou chorar só com um jeito da boca, é o quadro que encanta e o pôr do sol que enleva.

Inacreditável é, depois de dois mil anos de civilização cristã, existir gente que ama seus filhos e seus cachorros e se emociona com a novela e, mesmo assim, defende o vigilantismo brutal, como se fazer justiça fosse enfrentar a barbárie com a barbárie, e salvar uma sociedade fosse embrutecê-la até a autodestruição.

Incrível, realmente incrível, é o brasileiro que leva uma vida decente mesmo que tudo à sua volta o chame para o desespero e a desforra.

Inacreditável é que a reação mais forte à vinda de médicos estrangeiros para suprir a falta de atendimento no interior do Brasil, e a exploração da questão dos cubanos insatisfeitos para sabotar o programa, venha justamente de associações médicas.

Incrível é um solo do Yamandu.

Inacreditável é este verão.

Cabra bom… Quando crescer quero escrever assim, tidizê.

Vitória do jogo simples

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Por Gerson Nogueira

Com o mérito de usar a velocidade e o jogo simples para superar as condições do gramado, o Remo passou pelo Paragominas e estabeleceu vantagem expressiva no cruzamento inicial da Copa Verde. Jogando em terreno lamacento, o time trocava poucos passes para chegar ao ataque, evitando passes desnecessários. O gol de Max logo aos 17 minutos facilitou as coisas, quebrando o domínio territorial que o Paragominas imprimia nas ações de meio-de-campo.

As tentativas do PFC não surtiam efeito porque Aleílson e Adelson não superavam a marcação da dupla Max e Rogélio. Aleílson, o mais avançado, perdia-se em jogadas junto à área, sem produzir nenhuma oportunidade clara. Enquanto isso, o Remo subia de produção e botava em prática seu jogo de velocidade. Marcou o segundo, aos 35 minutos (Leandro Cearense, cobrando pênalti), após boa trama de Jonathan e Tiago Potiguar, e se tranquilizou ainda mais.

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unnamed (52)Deve-se dizer que a disposição da equipe, lembrando a postura diante do Cametá, teve peso significativo nessa parte do jogo. Potiguar, Ratinho, Jonathan e Rodrigo Fernandes eram os destaques, conseguindo jogar bem apesar do campo enlameado. Sem maior pressão do Paragominas, a defesa do Remo também se saía bem.

Ratinho cumpria papel fundamental na ligação, tendo em Tiago Potiguar o principal parceiro de manobras. Com movimentação permanente, o meia-atacante voltou a se destacar. Curiosamente, ambos desfrutavam de liberdade, não sendo incomodados pela marcação do Paragominas.

Para o segundo tempo, apesar das ponderações de Charles Guerreiro sobre a necessidade de manter a concentração, o Remo afrouxou o cerco e permitiu aos poucos que o Paragominas pressionasse desde os primeiros minutos.

Veio então o único cruzamento encaixado pelo PFC na partida, propiciando, depois de rebatida de Ilaílson, que Aleílson apanhasse de rebote, descontando para os donos da casa aos 10 minutos. Sem Dadá, lesionado, e Ilaílson, expulso por jogo violento, o Remo se retraiu ainda mais, abandonando o estilo ofensivo.

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A partir da metade do segundo tempo, o Paragominas tomou conta das ações e empreendeu um sufoco danado. O lance mais agudo ocorreu aos 36 minutos: o zagueiro Renan errou o bote e perdeu a chance com a bola rondando a meta remista. Depois disso, em contra-ataque rápido, Potiguar quase conseguiu ampliar, mas errou no arremate final.

Charles poupou alguns titulares, mas teve o mérito de jogar simples e objetivamente. Com isso, resultado excelente para os planos remistas nesta maratona que mistura a rodada de abertura da Copa Verde e a decisão do primeiro turno do Parazão. De quebra, o Remo derruba uma cábula em relação ao Paragominas e desanuvia o ambiente para o Re-Pa.

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Queixa justa, insulto desnecessário

Reclamações contra a arbitragem são corriqueiras neste campeonato. Ontem, de novo, a diretoria do Remo voltou a contestar a atuação do árbitro, no confronto contra o Paragominas. Andrey da Silva e Silva, sob chuva, conduziu o jogo com relativa tranquilidade, mas incorreu em falhas pontuais e decisivas.

Deveria ter expulsado o goleiro Paulo Wanzeller no lance do pênalti sobre Potiguar. Deixou ainda de assinalar uma falta dupla sobre o mesmo Potiguar em jogada que se desenrolou nos instantes finais. Pode-se considerar que foi rigoroso demais na expulsão do volante Ilaílson, embora o histórico do jogador na partida já indicasse que poderia ser excluído.

No final, o presidente remista, Zeca Pirão, avisou que irá “queimar” Andrey. É o segundo árbitro nessa condição por iniciativa do Remo. O primeiro foi Joelson Cardoso, que apitou a goleada azulina sobre o Cametá. O estranho é que as queixas têm se avolumado depois de vitórias. Imagino que os dirigentes pegariam em armas em caso de derrota.

Pior do que a queixa contra a arbitragem foi o tom desrespeitoso adotado pelo presidente azulino em relação ao Paragominas, depois do jogo, em entrevista ao repórter Paulo Caxiado, da Rádio Clube. É sabido que houve hostilidade à delegação remista na cidade, como parte idiota dessa súbita rivalidade criada entre os dois clubes. Ocorre que todo dirigente deve manter o equilíbrio e o decoro, levando em conta que se trata de um vereador de Belém. Ofensa e deselegância, que podem ter o efeito de motivar ainda mais o Paragominas para o jogo de volta. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola) 

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Racismo envergonha o futebol

Os torcedores de Huancayo (Peru), ao insultarem o volante Tinga durante a partida em que o Real Garcilaso local venceu o Cruzeiro, repetiram como autômatos a prática racista que torcidas ditas mais educadas, de países do chamado primeiro mundo, como Itália e Espanha, já cansaram de exibir ao mundo. Prova de que maus exemplos se propagam como fogo no mato seco e que a alma, muitas vezes, pode se apequenar, sendo capaz de nivelar homens a animais irracionais.

Uma noite triste.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 14)

Cuidado com o canto de sereia

Por Cássio de Andrade

Momento delicado da política nacional, o que requer discernimento e sensatez. O oportunismo da direita em estranha aliança com o esquerdismo historicamente perfaz um caminho perigoso. Há um governo democrático e progressista sob o cerco também histórico das elites reacionárias que há muito transformam o debate político salutar em contenda eleitoral antecipada. A estranha aliança entre o PSol, o PSTU, o PCO com segmentos anarquistas dos BBs e do imperialismo globalizado dos Anonymous é inconsequente, mas criminalizar o PSol e os movimentos sociais é a cabeça de Batista que as Salomés golpistas desejam.

A esquerda consequente e os setores progressistas desse país não podem ser seduzidos pelo canto de sereia ofertado pelos inimigos de classe das camadas subalternas. Socialistas, humanistas e amantes da democracia precisam nesse momento não ceder à chantagem de classe. Não ao golpismo e não ao esquerdismo! Pela defesa da legalidade com democracia, pautada na ordem jurídica. É o que minimamente se deseja neste país.

O passado é uma parada…

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Centro de São Paulo em 1947. Fotos do acervo da extinta revista norte-americana LIFE (http://images.google.com/hosted/life).