Ex-diretor da PRF tenta uma fuga ‘tabajara’, mas é preso no Paraguai

O ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, foi preso na madrugada desta sexta (26) no Paraguai. Ele tentava embarcar para El Salvador usando um documento falso após romper a tornozeleira eletrônica no Brasil.  A fuga começou no Natal. A tornozeleira de Silvinei parou de emitir sinal na madrugada do dia 25 e, segundo a PF, desligou totalmente à tarde por “falta de bateria”.

 Ao ser detido, as autoridades paraguaias confirmaram que Silvinei usurpou a identidade de um cidadão local. “Ficou claro que se tratava de um impostor”, disse o diretor de Migrações do país vizinho. Para tentar evitar perguntas, Silvinei ainda apresentou para as autoridades uma declaração em espanhol alegando ter câncer na cabeça e não poder falar nem ouvir.

Na noite desta sexta, ele foi entregue à Polícia Federal (PF) em Cidade do Leste, após uma viagem de cinco horas de carro até a fronteira com o Brasil. Silvinei chegou à aduana, o órgão governamental responsável por controlar a entrada e saída de mercadorias, veículos e pessoas, algemado e com um capuz.

Após ser entregue, ele foi levado até a sede da PF em Foz do Iguaçu, no Paraná, onde cumpre prisão preventiva. Vasques estava proibido de deixar o Brasil devido à condenação por golpe de Estado. O caso é tratado como uma fuga pela Polícia Federal.

Para deixar o país, Vasques fez uma viagem em um carro alugado e levava consigo um passaporte paraguaio falso e uma carta alegando estar tratando um câncer para justificar sua ida para El Salvador a partir da capital paraguaia.

O ex-diretor da PRF foi acusado de organizar uma operação nas estradas para dificultar o deslocamento de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em especial no Nordeste.

Foi condenado em 16 de dezembro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e seis meses de prisão por tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. (Com informações do g1 e da BBC)

A esquerda vai sumir das redes?

A chegada de Bolsonaro à presidência foi mais do que uma aberração eleitoral nunca vista no Brasil: foi uma catástrofe que não conseguimos reverter até agora. Desde então, nunca mais tivemos uma eleição – ou um dia – que não fosse marcado pela desinformação e pelo ódio nas redes. Sua ascensão consolidou uma aliança profana entre a extrema direita e as big techs.

O Brasil se tornou o país que mais acredita em fake news no MUNDO TODO segundo a OCDE. O projeto de lei que tentou combater esse mal foi sabotado no Congresso pelo Google, pela Meta e pelo X.

E essas empresas estrangeiras estão de olho nas próximas eleições. A Meta e o Google realizaram grandes sessões de treinamento para ensinar ao partido de Bolsonaro e seus influenciadores como usar a inteligência artificial para espalhar sua mensagem aos eleitores.

Além disso, algumas das maiores personalidades da esquerda estão perdendo seus canais nas redes sociais sem maiores explicações. Essa tendência é muito preocupante.

E o Intercept Brasil, junto com muitas redações jornalísticas, não fica de fora da censura algorítmica. O alcance no Facebook já chegou a cair 75%. Também sofreu grandes quedas no tráfego vindo do Google, com a introdução dos resumos de IA.

Essa conjuntura de ataques e apoios mostra um claro viés político e prova que as big techs estão dispostas a fazer praticamente qualquer coisa para manter aberta a mina de ouro que é o Brasil.

Declarações fornecidas ao Congresso mostram que, em menos de cinco anos, Apple, Google, Amazon, Microsoft, Meta e TikTok pagaram R$ 289 bilhões em impostos apenas sobre as remessas enviadas do Brasil ao exterior. A mina é enorme.

O passado é uma parada

Imagens da goleada aplicada pelo Botafogo no Fortaleza, pelo Brasileirão de 1973. No Fogão, Jairzinho e Marinho Chagas. A narração é de Carlos Lima.

Rock na madrugada – The Stone Roses, “I Wanna Be Adored”

POR GERSON NOGUEIRA

A abertura poderosa, com guitarra sempre no volume máximo e linha de baixo inconfundível, era uma das marcas mais notáveis do Stone Roses, grupo pós-punk surgido em Manchester (Reino Unido) na década de 80 e que permaneceu na ativa até 2017. E isso tinha tudo a ver com a energia musical de Gary ‘Mani’ Mounfield. Aliás, a consternação pela morte do baixista, ocorrida em 20 de novembro passado, trouxe de volta a admiração por uma das melhores bandas do circuito alternativo.

Gary tinha 63 anos e ajudou a construir a sonoridade que juntava rock psicodélico com rave, servindo de forte influência para a geração Britpop. A notícia trágica despertou uma enxurrada de homenagens ao músico, incluindo seus ex-companheiros de Stone Roses e amigos de outros grupos, como Liam Gallagher, do Oasis. 

O Oasis, na passagem pelo Brasil, homenageou Mani, expondo sua imagem nos telões do estádio Morumbis, em São Paulo. O tributo aconteceu durante a música “Live Forever”.

Gary chegou ao Stone Roses em 1987, juntando-se a John Squire (guitarra), Ian Brown (vocais) e Alan “Reni” Wren (bateria), quando o conjunto estava em transição da sonoridade pós-punk para o rock psicodélico. O álbum de estreia, The Stone Roses (1989), chegou à 19ª posição das paradas inglesas, e fez da banda uma das expoentes do movimento Madchester, que combinava indie rock com rave, causando marcante influência sobre Oasis e Blur.

“I Wanna Be Adored” (Eu quero ser adorado) é o maior êxito comercial do Stone Roses e é a primeira faixa (e single) do álbum de estreia, que leva o nome do grupo.