O PSC manteve a invencibilidade sob o comando de Claudinei Oliveira, empatando com o Atlético-GO em 2 a 2, na noite deste sábado, na Curuzu. O resultado mantém o time na zona do rebaixamento da Série B, com 15 pontos. O Papão esteve duas vezes atrás do placar e foi buscar o empate. Sem perder há cinco rodadas, o Paysandu segue na 18° colocação. O Dragão também perdeu a chance de subir na tabela e estacionou em 10º, com 22.
O jogo começou com pressão forte do Atlético, criando boas chances de gol. Aos 27 minutos, Marcelinho disparou de fora da área e o goleiro Gabriel Mesquita aceitou. Atlético 1 a 0. Em desvantagem, o PSC abandonou a cautela e passou a buscar o empate. Ronaldo Henrique finalizou em direção ao gol, aos 34′. O gol bicolor veio aos 40′. Após cobrança de arremesso lateral, a zaga goiana deu mole e Rossi desviou no canto direito, igualando o marcador.
Quando ensaiava uma virada, o PSC acabou surpreendido pelos visitantes. Nos acréscimos, Leandro Vilela agarrou o atacante Marcelinho dentro da área. Após consulta ao VAR, o pênalti foi confirmado e o Atlético chegou ao desempate, em cobrança de Marcelinho.
Na segunda etapa, com algumas mudanças na equipe, o PSC iniciou no ataque a fim de alcançar novo empate. Logo a um minuto e meio, Anderson Leite, que havia entrado no intervalo, marcou após rebote da defesa. Aos 35′, o goleiro Paulo Vítor saiu mal, Benítez pegou o rebote, mas chutou em cima da zaga. Logo depois, Kelvin bateu forte de fora da área e Gabriel defendeu.
O jogo era movimentado, mas as chances de gol diminuíram. O PSC queria a vitória, mas não teve força e qualidade para superar o Atlético. Com isso, o 2 a 2 permaneceu até o final.
O ataque de Donald Trump, e mesmo o próprio Trump, podem trazer benefícios importantes ao Brasil, a depender de como o governo procure reequilibrar o jogo. A melhor receita é ainda a velha combinação de calma e criatividade. Disso o Brasil não tem prática, mas a recepção dada à carta agressiva de Trump permite esperanças.
Objetiva e sem bravata, a resposta do presidente Lula recusou-se ao bate-boca sempre buscado por Trump para realçar seu autoritarismo intimidatório. Por certo não foi a resposta brasileira esperada em Washington. Na verdade, também não aqui, já ouvidas várias críticas de Lula a Trump – com fundamento factual, ressalve-se.
Para servir às premissas de calma e criatividade, os 3 assessores presidenciais mais convocados ao caso parecem feitos sob medida. A engenhosidade e a experiência de Celso Amorim, a alta habilitação diplomática de Mauro Vieira e a inteligência brilhante de Fernando Haddad equiparam-se na mesma calma reflexiva (assim, quase à toa, de repente se relembra que o Brasil tem quadros valiosos, sim).
Armas de Trump na guerra econômica que desfechou contra o mundo, as tarifas, no ataque ao Brasil, são armas de política. Sem mudarem o motivo de seu uso: sempre os interesses econômicos dos Estados Unidos e a dominação que requerem. O percurso possível para isso, no Brasil atual, é derrubar as forças locais –políticas e econômicas– que agem pelos seus e pelos interesses nacionais sem distinções geopolíticas. O mundo é um só, e sua desgraça vem da negação dessa verdade primeira.
O Brasil tem muitos recursos para enfrentar o ataque de Trump sem adotar o temerário elas por elas nas tarifas. Os Estados Unidos são muito sensíveis à negação de patentes farmacêuticas, de peças e outros produtos industriais, direitos de filmes e vídeos, de agrotóxicos. Mais: na revisão da liberalidade na remessa de lucros, no sistema de cartões de crédito, no padrão dólar. Na exportação de aços especiais e de certos minérios, nos quais são próximos da dependência. A lista vai longe.
As variadas maneiras de compensar os danos trazidos por agressão com tarifas podem até favorecer parte da indústria, com patentes, e a substituição de matrizes e plataformas de serviços norte-americanas por brasileiras. Há campo para muita ação diversificada do governo. Em tudo isso, empregos.
As contingências sugerem observar o segmento empresarial que alimenta dificuldades para o governo Lula; que já atua para o bolsonarista-trumpista Tarcísio de Freitas em 2026; e alimenta na surdina as trapaças e traições de congressistas para destruir iniciativas de Fernando Haddad. Atingidos no seu coração financeiro pela ação declaradamente pró-Bolsonaro de Trump, é do sempre inaceitável Lula que o empresariado precisa agora. E a quem devem associar-se, tendo contra si os seus representativos políticos. Ironia ou castigo, tanto faz.
O ataque de Trump proporciona a oportunidade, embora de provável ineficácia, para muitos enfim compreenderem a diferença entre interesses privados e causas nacionais. Também o que é governo para as camadas bem fornidas e governo tanto para os que não têm, como para os que mantêm um país de muitos para poucos.
Artigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicado em 10 de julho de 2025 nos jornais: Le Monde (França), El País (Espanha), The Guardian (Reino Unido), Der Spiegel (Alemanha), Corriere della Sera (Itália), Yomiuri Shimbun (Japão), China Daily (China), Clarín (Argentina) e La Jornada (México).
(Publicado em 11/07/2025)
O ano de 2025 deveria ser um momento de celebração dedicado às oito décadas de existência da Organização das Nações Unidas (ONU). Mas pode entrar para a história como o ano em que a ordem internacional construída a partir de 1945 desmoronou.
As rachaduras já estavam visíveis. Desde a invasão do Iraque e do Afeganistão, a intervenção na Líbia e a guerra na Ucrânia, alguns membros permanentes do Conselho de Segurança banalizaram o uso ilegal da força. A omissão frente ao genocídio em Gaza é a negação dos valores mais basilares da humanidade. A incapacidade de superar diferenças fomenta nova escalada da violência no Oriente Médio, cujo capítulo mais recente inclui o ataque ao Irã.
A lei do mais forte também ameaça o sistema multilateral de comércio. Tarifaços desorganizam cadeias de valor e lançam a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação. A Organização Mundial do Comércio foi esvaziada e ninguém se recorda da Rodada de Desenvolvimento de Doha.
O colapso financeiro de 2008 evidenciou o fracasso da globalização neoliberal, mas o mundo permaneceu preso ao receituário da austeridade. A opção de socorrer super-ricos e grandes corporações às custas de cidadãos comuns e pequenos negócios aprofundou desigualdades. Nos últimos 10 anos, os US$ 33,9 trilhões acumulados pelo 1% mais rico do planeta são equivalentes a 22 vezes os recursos necessários para erradicar a pobreza no mundo.
O estrangulamento da capacidade de ação do Estado redundou no descrédito das instituições. A insatisfação tornou-se terreno fértil para as narrativas extremistas que ameaçam a democracia e fomentam o ódio como projeto político.
Muitos países cortaram programas de cooperação em vez de redobrar esforços para implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. Os recursos são insuficientes, seu custo é elevado, o acesso é burocrático e as condições impostas não respeitam as realidades locais.
Não se trata de fazer caridade, mas de corrigir disparidades que têm raízes em séculos de exploração, ingerência e violência contra povos da América Latina e do Caribe, da África e da Ásia. Em um mundo com um PIB combinado de mais de 100 trilhões de dólares, é inaceitável que mais de 700 milhões de pessoas continuem passando fome e vivam sem eletricidade e água.
Os países ricos são os maiores responsáveis históricos pelas emissões de carbono, mas serão os mais pobres quem mais sofrerão com a mudança do clima. O ano de 2024 foi o mais quente da história, mostrando que a realidade está se movendo mais rápido do que o Acordo de Paris. As obrigações vinculantes do Protocolo de Quioto foram substituídas por compromissos voluntários e as promessas de financiamento assumidas na COP15 de Copenhague, que prenunciavam cem bilhões de dólares anuais, nunca se concretizaram. O recente aumento de gastos militares anunciado pela OTAN torna essa possibilidade ainda mais remota.
Os ataques às instituições internacionais ignoram os benefícios concretos trazidos pelo sistema multilateral à vida das pessoas. Se hoje a varíola está erradicada, a camada de ozônio está preservada e os direitos dos trabalhadores ainda estão assegurados em boa parte do mundo, é graças ao esforço dessas instituições.
Em tempos de crescente polarização, expressões como “desglobalização” se tornaram corriqueiras. Mas é impossível “desplanetizar” nossa vida em comum. Não existem muros altos o bastante para manter ilhas de paz e prosperidade cercadas de violência e miséria.
O mundo de hoje é muito diferente do de 1945. Novas forças emergiram e novos desafios se impuseram. Se as organizações internacionais parecem ineficazes, é porque sua estrutura não reflete a atualidade. Ações unilaterais e excludentes são agravadas pelo vácuo de liderança coletiva. A solução para a crise do multilateralismo não é abandoná-lo, mas refundá-lo sobre bases mais justas e inclusivas.
É este entendimento que o Brasil – cuja vocação sempre será a de contribuir pela colaboração entre as nações – mostrou na presidência no G20, no ano passado, e segue mostrando nas presidências do BRICS e da COP30, neste ano: o de que é possível encontrar convergências mesmo em cenários adversos.
É urgente insistir na diplomacia e refundar as estruturas de um verdadeiro multilateralismo, capaz de atender aos clamores de uma humanidade que teme pelo seu futuro. Apenas assim deixaremos de assistir, passivos, ao aumento da desigualdade, à insensatez das guerras e à própria destruição de nosso planeta.
Luiz Inácio Lula da Silva – Presidente da República do Brasil.
O PSC tem neste sábado (18h30) a grande oportunidade de sair da zona do rebaixamento na Série B. Joga contra o Atlético Goianiense, na Curuzu, com o apoio e o barulho de 15 mil torcedores. As três vitórias conquistadas sob o comando de Claudinei Oliveira embalam o entusiasmo da torcida, esperançosa de um novo triunfo.
Com 14 pontos, o Papão ocupa a 18ª colocação na tabela. Precisa de três pontos para escapar ao incômodo puxadinho do Z4, onde está desde o início do campeonato. As 11 rodadas sem vitória explicam a permanência na parte inferior da classificação. As quatro partidas de invencibilidade reaproximaram o time da torcida.
O PSC vai a campo hoje com um time bastante diferente daquele que colecionava insucessos sob a direção de Luizinho Lopes. A chegada de Claudinei, juntamente com a contratação de 10 novos atletas, teve papel fundamental na recuperação do time no Brasileiro.
A má fase inicial começou a provocar um efeito derrotista sobre os torcedores. Muita gente quase jogou a toalha quanto ao futuro do PSC na Série B, descrente de uma reabilitação. A mudança ocorrida a partir do jogo com o Botafogo-SP foi fundamental para que todos no clube passassem a acreditar que era possível dar a volta por cima.
Nesse sentido, a partida deste sábado tem importância capital no processo de reação. Uma vitória dará ao PSC a oportunidade de romper com a barreira simbólica imposta pela zona da degola. Vencer a quarta partida em cinco disputadas representará um recomeço dentro da competição.
Para superar o Atlético-GO, o PSC será agressivo – com três atacantes: Vinni Garcia, Rossi e Garcez. No meio, Denner (foto) pode fazer o papel do articulador que o time buscava desde o início da temporada. Rossi e Garcez voltam. Diogo Oliveira pode aparecer como opção de jogo aéreo no 2º tempo.
Na zaga, Novillo e Luan Freitas são os prováveis titulares, mas Claudinei tem alternativas para o setor (Thiago Heleno, Quintana e Thalison). Um luxo que seu antecessor Luizinho Lopes não teve. (Foto: Jorge Luis Totti/Ascom PSC)
Leão busca vitória na Arena Condá
A ausência do artilheiro Pedro Rocha é a maior baixa do Remo para a partida deste domingo, em Chapecó (SC), contra a Chapecoense. Preocupação para Antônio Oliveira, que vai em busca de sua segunda vitória no comando do time azulino.
É um jogo tenso porque a Chapecoense, com 22 pontos, tem a chance de ultrapassar o próprio Remo (24 pontos) na classificação. Para os azulinos, vencer significa voltar a ocupar um lugar no G4, sem descolar dos ponteiros da competição, Coritiba (33) e Goiás (30).
Pelo que se viu no confronto com o Cuiabá, na rodada passada, o Remo deve ter Marrony no comando do ataque, com Janderson e Adailton nas extremas. Matheus Davó e Maxwell são opções ofensivas.
O setor de criação terá Jaderson, mas Régis (foto) pode ser lançado na etapa final. Luan Martins continua como primeiro volante e Pedro Castro completa o trio de meia-cancha.
Outra baixa remista é Reynaldo, que se lesionou contra o Cuiabá. Ele será substituído por Kayky, que estreou e agradou. Klaus é o zagueiro de referência. A boa notícia é que as laterais terão os titulares Marcelinho e Sávio, peças importantes na campanha azulina.
Bola na Torre
O programa começa às 23h, na RBATV, sob o comando de Guilherme Guerreiro e participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em debate, as rodadas das séries B e D. Na edição, Lourdes Cezar e Lino Machado.
PSG quer garantir a consagração máxima
Campeão francês e vencedor da Liga dos Campeões da Europa, o PSG de Luis Enrique é favorito para levantar o I Mundial de Clubes da Fifa, enfrentando o Chelsea neste domingo (16h). “É uma equipe com 11 estrelas, é isso que temos. E não só 11, são 12, 13, 14, 15. Conseguimos alcançar esse compromisso com a direção, a verdadeira estrela é a equipe”, disse o técnico na entrevista de sexta-feira.
Foi claro: “Queremos estrelas, mas que atuem em prol da equipe”. Recado melhor, impossível. Antes, apesar de rico, o PSG sempre bateu na trave. De 2017 a 2003, contratou astros de primeira grandeza (Messi e Neymar) para jogar com Mbappé, e o resultado foi pífio.
Com os “operários” Vitinha, Fabián Ruiz, Nuno Mendes, Marquinhos e Achraf Hakimi, o time voa. A conexão entre os setores, à base de passes em velocidade e intensidade absoluta, é algo bonito de ver. Mas não é apenas o efeito estético que embala esse PSG. A objetividade é total, por isso tantas goleadas neste ano. O único tropeço, como se sabe, foi diante do Botafogo.
O triunfo de hoje, se confirmado, deixará Luis Enrique e seus comandados na condição formal de maior time do planeta. Na prática, o PSG já é o melhor, mas o futebol precisa de títulos para coroar os bons.
(Coluna publicada na edição do Bola de sábado/domingo, 12/13)