Remo perde pênalti, desperdiça chances e sofre primeira derrota no Brasileiro

Com chances de gol empilhadas ao longo dos 90 minutos, desperdício de um pênalti e falhas pontuais na defesa, o Remo sofreu sua primeira derrota na Série B 2025, perdendo por 2 a 0 pelo CRB, na noite deste domingo (01), em Maceió (AL). O resultado fez o campeão paraense cair para a 6ª posição na classificação do campeonato.

O CRB abriu o placar logo aos 9 minutos, em cabeceio de Mikael, que subiu livre de marcação para colocar a bola no ângulo esquerdo do gol de Marcelo Rangel. Com mais posse de bola, o Remo reagiu, buscou o ataque e perdeu duas boas chances, com Pedro Rocha e Adailton.

Na etapa final, com Régis na vaga de Pavani, o Remo voltou a se impor. Pedro Castro teve boa chance logo aos 7 minutos. Controlando a posse de bola, o time azulino botou pressão e, aos 9 minutos, veio a grande oportunidade de chegar ao empate: Adailton foi derrubado na área. O pênalti foi cobrado pelo artilheiro Pedro Rocha, que bateu rasteiro no canto esquerdo. Matheus Albino saltou e defendeu.

A perda da penalidade desarticulou momentaneamente o Remo, que cometeu duas falhas de marcação e quase entregou o segundo gol. Mas, aos 16′, após escanteio em cobrança ensaiada, o CRB ampliou para 2 a 0. A bola foi cabeceada por Daniel Lima, Marcelo Rangel fez grande defesa, mas Segovia aproveitou o rebote e chutou para o fundo do barbante. A mudança no miolo da zaga, com a entrada de Camutanga no lugar de Klaus, deixou o setor mais vulnerável.

Abalado, o Remo tentou se reorganizar e ainda teve três grandes oportunidades para marcar. Aos 26′, lançado por Adailton, Pedro Rocha entra livre na área e chuta forte, à esquerda do gol, com muito perigo. Aos 38′, Ytalo (que substituiu Felipe Vizeu) foi lançado por Pedro Rocha e finalizou por baixo, mas o goleiro Matheus Albino fez outra grande intervenção.

Aos 45′, o goleiro do CRB voltou a se destacar. Luan Martins chutou da entrada da área, a bola foi no canto direito, mas Matheus Albino espalmou com a ponta dos dedos. No rebote, Pedro Rocha chegou batendo, mas a bola saiu pela linha de fundo. Outra grande chance desperdiçada.

Dois minutos depois, o meia Régis lançou Ytalo, que deixou a bola passar para Kadu arrematar da linha da grande área. A bola passou tirando tinta da trave direita de Matheus Albino.

(Foto: Ailton Cruz)

Genocídio em Gaza: ‘Região mais faminta do mundo’, diz ONU

Do Opera Mundi

O Escritório das Nações Unidas (ONU) para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) descreveu nesta sexta-feira (30/05) a Faixa de Gaza como “o lugar mais faminto do mundo”, ao denunciar o governo israelense de estar bloqueando a entrada de quase todos os suprimentos básicos no enclave. 

Segundo o porta-voz da entidade, Jens Laerke, apenas 600 caminhões de auxílio humanitário, dos 900 totais que a princípio Tel Aviv autorizou quando aliviou parcialmente o bloqueio total, em 2 de março, têm conseguido chegar na fronteira de Israel com Gaza. Ainda de acordo com ele, de lá, há também “uma mistura de obstáculos burocráticos e de segurança”, o que impossibilita a garantia da passagem segura de recursos para os palestinos.

“As rotas que estamos sendo designadas para usar pelas autoridades israelenses são muitas vezes congestionadas, inseguras e há atrasos significativos nas aprovações de que precisamos”, disse, ao classificar que as operações de ajuda aos palestinos se torna, atualmente, “uma das mais obstruídas na história recente da resposta humanitária global”.

Laerke também apontou o sistema de bloqueio e controle de Israel sobre a passagem dos recursos “são impostos por uma parte do conflito, a potência ocupante, Israel em Gaza”. “O que conseguimos trazer foi farinha”, disse ele. “Que não está pronta para comer, certo? Ela precisa ser cozida. 100% da população de Gaza corre o risco de fome.”

O porta-voz da OCHA também falou sobre a Fundação Humanitária de Gaza, uma instituição com o suposto objetivo de distribuir ajuda que foi escolhida pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e apoiada pelos Estados Unidos. A emissora catari Al Jazeera descreveu a iniciativa como “controversa”, na qual a ONU e diversas ONGs se recusaram a participar de suas operações.

“A alternativa que eles sugeriram não é imparcial, independente ou viável”, disse Laerke sobre a fundação. Em um artigo publicado em 24 de maio, o jornal norte-americano The New York Times citou funcionários israelenses, que falaram sob condição de anonimato, ao informar que o plano para suposta ajuda em Gaza foi “concebido e desenvolvido em grande parte por israelenses como uma forma de prejudicar o Hamas”.

Por sua vez, o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Tommaso della Longa, acrescentou que metade de suas instalações médicas na região estavam inoperantes por falta de combustível ou equipamentos médicos, recursos que também são impedidos pelo bloqueio israelense.