Papão é goleado pelo Bahia e está fora da Copa do Brasil

Foi um passeio do Bahia perante sua torcida, na noite desta quarta-feira (21), na Arena Fonte Nova. Com um gol logo a 2 minutos, o Tricolor da Boa Terra teve total tranquilidade para construir uma goleada ao longo da partida, chegando a estabelecer mais de 80 minutos de posse de bola e amplo domínio técnico.

Depois do gol de Michel Araújo, que abriu o placar completando uma rápida trama ofensiva, o Bahia continuou buscando o ataque. Com o controle das ações e sem precisar manter pressão constante, os donos da casa tiveram alguns momentos de relaxamento. Benítez se aproveitou e quase conseguiu empatar em chute rasteiro, que o goleiro mandou a escanteio.

Mas, aos 31′, o atacante Willian José aproveitou assistência de Kayky e marcou o segundo gol. Antes do fim da primeira etapa, o mesmo Willian José entrou livre para fazer o terceiro gol, de cavadinha, após cochilo coletivo da zaga alviceleste.

Em ritmo cadenciado, o Bahia voltou para a segunda etapa sem forçar as jogadas de ataque. Com o rápido Marcelinho no lugar de Benítez, o PSC ameaçou com uma pontada perigosa, aos 7 minutos, defendida pelo goleiro Marcos Felipe. Só que as triangulações baianas acabaram prevalecendo e permitiram que o placar fosse movimentado novamente.

Aos 20′, após troca de passes entre Acevedo, Kayky e Willian José, a bola sobrou para Rodrigo Nestor na entrada da área. Ele disparou um chute rasteiro, no canto esquerdo da trave de Matheus Nogueira, estabelecendo 4 a 0 no placar.

Em avançoi pela direita, Marcelinho ganhou de Fredi com uma finta e invadiu a área, mas chutou mal, sem bater no gol e sem cruzar, perdendo ótima oportunidade de fazer o gol de honra.

Aos 40′, Acevedo entrou como um atacante pela esquerda, fintou dois marcadores e bateu cruzado, mas PK evitou o gol despachando em cima da linha. Lançado por Everton Ribeiro, Lucho bateu sem ângulo e Matheus Nogueira fez a defesa. Em seguida, o próprio Lucho invadiu a área e chutou rente ao travessão, com muito perigo.

No placar agregado, o Bahia passou por 5 a 0 (havia vencido o primeiro jogo por 1 a 0, em Belém). Eliminado da Copa do Brasil, o PSC agora vai se preparar para enfrentar o Novorizontino, domingo (25), pela Série B.

Papão encara batalha em Salvador pela 3ª fase da Copa do Brasil

Para a batalha desta noite com o Bahia, em Salvador, o Paysandu terá que se superar em relação aos últimos jogos. Além do desgaste físico pela sequência de jogos, os desfalques atormentam o técnico Luizinho Lopes. Ele não pode sequer se dar ao luxo de poupar peças para as próximas partidas da Série B.

Nada menos que oito jogadores estão no departamento médico do Papão: o zagueiro Joaquín Novillo, o lateral Kevyn, os volantes Dudu Vieira e Ramón Martínez e os atacantes Pedro Delvalle, Benjamín Borasi, Marlon e Edinho. Abaixo, a lista dos lesionados:

  • Joaquín Novillo (transição física)
  • Kevyn (lesão no ligamento do joelho)
  • Dudu Vieira (corte no tornozelo)
  • Ramón Martínez (transição)
  • Pedro Delvalle (entorse no tornozelo)
  • Benjamín Borasi (lesão na coxa)
  • Marlon (lesão na coxa)
  • Edinho (transição física).

É neste cenário que o Paysandu volta a campo nesta quarta-feira, 21, às 19h30, na Arena Fonte Nova, para o segundo jogo do confronto com o Bahia pela 3ª fase da Copa do Brasil. por outra competição. O provável time para enfrentar o Bahia é: Matheus Nogueira; Edilson, Quintana, Luan Freitas e PK; Leandro Vilela, Matheus Vargas e Giovanni; Benítez (Marcelinho), Nicolas e Rossi.

Como o Bahia venceu por 1 a 0 no primeiro jogo, em Belém, o PSC precisa ganhar por dois gols de diferença para seguir na competição. Em caso de triunfo por um gol, a disputa será definida nas penalidades.

Rock na madrugada – Ramones, “I’m Against It”

POR GERSON NOGUEIRA

“I’m Against It” (Eu sou contra isso) pertence ao álbum “Road To Ruin” (Estrada para a ruína), lançado pelos Ramones há quase meio século – em setembro de 1978. É o quarto trabalho de estúdio da banda, lançado inicialmente em LP, cartucho de 8 faixas e fita cassete. A novidade do disco é a estreia de Marky Ramone na bateria, substituindo Tommy Ramone, naquela que foi a primeira de várias trocas de integrantes.

O disco foi bem recebido e trazia como hit principal o clássico “I Wanna Be Sedated“. Como se pode observar em “I’m Against It“, a receita é infalível: rock rápido e sem firula, guitarra a todo volume e vocal visceral de Joey Ramone. O Ramones sempre entregou tudo. A banda vivia seu apogeu, reinando absoluta como legítima precursora do verdadeiro punk rock.

Brotou exatamente nesse período a adoração do público brasileiro pelos Ramones. As muitas visitas ao Brasil demonstram o quanto esse carinho sensibilizou Joey e seus parças. O prestígio persiste até hoje. Único sobrevivente do grupo, o baterista Marky tem se apresentado com frequência, com sua banda ou junto com músicos brasileiros.

O grupo, fundado em 1974, em Nova York, deixou de existir oficialmente em 1996, mas o legado dos Ramones permanece vivo e cultuado. Chuck Hipolitho, músico e fã militante do grupo, disse certa vez que o estilo “super simples” instituído por eles, com canções condensadas em um minuto e meio, vicejou em todos os lugares e plataformas, dos desenhos animados aos jingles comerciais. Pura verdade.