Alepa encerra o Março Lilás com campanha que reforça a informação e a importância da vacina

Para encerrar a campanha Março Lilás, mês de conscientização e combate ao câncer de colo do útero, o Departamento de Bem-Estar Social (DBES) da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) promoveu, na última terça-feira (25), uma ação voltada à prevenção e à importância da vacinação contra a doença.

O Março Lilás reforça a necessidade de informar a população sobre o câncer de colo do útero e destacar o papel essencial da vacinação na redução dos casos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença causa aproximadamente 7 mil mortes por ano no Brasil, com a taxa de mortalidade na região Norte sendo mais que o dobro da média nacional. O principal motivo para esses números alarmantes é o diagnóstico tardio, já que muitas mulheres descobrem a doença em estágios avançados ou com metástase.

A equipe do DBES enfatiza que a informação é um dos pilares fundamentais para a prevenção. “O combate ao câncer de colo do útero passa pela conscientização. A prevenção precisa ser real, chegando às escolas e atingindo os jovens com uma linguagem acessível e eficaz”, destacou o ginecologista Dr. Paulo Priante, servidor da Alepa há 38 anos. Ele também alertou que mudanças sociais e culturais impactaram a vulnerabilidade das pacientes mais jovens. “Com a revolução sexual, industrial e midiática, o início da vida sexual se tornou mais precoce, aumentando o risco de infecção pelo HPV. Por isso, a vacinação é essencial para ambos os sexos dentro da faixa etária recomendada. Infelizmente, a vacina não é disponibilizada para todas as idades, mas quem pode recebê-la, deve se prevenir.”

A diretora do DBES, Karla Lobato, ressaltou que a campanha faz parte do calendário anual da instituição e tem como objetivo conscientizar os servidores e a população sobre a importância da prevenção. “O Março Lilás está em nossa programação todo ano. Abordamos nossos servidores para reforçar a necessidade de falar sobre esse tema fundamental. Queremos conscientizar tanto o público interno da Alepa quanto a população em geral sobre o combate ao câncer de colo do útero”, afirmou. “Uma forma simples de prevenir a doença é se manter informado e vacinado. Aqui na Alepa, reforçamos constantemente a importância do autocuidado.”

O INCA estima que, anualmente, sejam registrados cerca de 17.010 novos casos de câncer de colo do útero no Brasil. No Norte, a doença ocupa o segundo lugar entre os tipos mais frequentes de câncer em mulheres, com previsão de aproximadamente 780 novos casos no Pará e 110 em Belém até o final de 2025. Políticas públicas voltadas à prevenção são essenciais, não apenas para garantir o diagnóstico precoce, mas também para reduzir os custos do tratamento quando a doença é identificada em estágios iniciais.

O HPV é o principal responsável pelo câncer de colo do útero, causando cerca de 90% dos casos. O vírus também está associado a outros tipos de câncer, como os de boca, orofaringe, vulva, pênis e canal anal. Estudos da King’s College, de Londres, indicam que a vacina contra o HPV pode reduzir em até 87% a incidência do câncer de colo do útero quando administrada na infância, sendo considerada a ferramenta mais eficaz no combate à doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu metas globais para erradicar o câncer de colo do útero até 2030. Entre os objetivos, estão: vacinar contra o HPV 90% das meninas e adolescentes de até 15 anos e garantir que pelo menos 30% das pessoas com útero entre 25 e 65 anos realizem exames preventivos, como o Papanicolau. Além disso, a OMS recomenda a ampliação do teste molecular para detecção do HPV pelo DNA, exame quatro vezes mais eficaz na identificação de lesões precursoras.

No Brasil, a vacina tetravalente contra o HPV está disponível gratuitamente no SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Essa faixa etária foi escolhida devido à alta produção de anticorpos nessa idade e à possibilidade de imunização antes do início da vida sexual, garantindo uma proteção mais eficaz contra o vírus.

(Foto: Balthazar Costa (AID/Alepa)

Leão vence e está na semifinal

POR GERSON NOGUEIRA

É preciso dar um desconto à atuação instável e às vezes insegura do Remo de Daniel Paulista, ontem, na estreia do técnico diante do Santa Rosa, colocando em prática um novo sistema após 12 dias de treinos. Ficou evidente que é preciso treinar mais, pois, se a vitória foi obtida sem grandes embaraços, as falhas preocupam em relação à Série B, que começa domingo (6), contra a Ferroviária, em S. Paulo.

O resultado foi muito superior à performance, embora a situação fosse esperada. O Remo saiu do sistema 3-4-3 para um 4-1-4-1 baseado principalmente no esforço de marcação no meio-campo. Apesar disso, com Caio Vinícius estreando na marcação à frente da zaga, o time ficou desprotegido nos primeiros momentos da partida, dando chances ao Santa Rosa.

A primeira investida coube ao Remo, em jogada ensaiada, com Janderson e Pedro Rocha. Aos 8 minutos, em jogada ensaiada, Janderson foi lançado por Alvariño e cruzou na medida para Pedro Rocha, centralizado, finalizar para as redes.

Foi a melhor aparição de Alvariño na partida. Surpresa de Daniel na escalação, o zagueiro-lateral errou muitos passes e não foi bem na marcação, sendo seguidamente superado por PH, o melhor do Santa Rosa. Na etapa final, Kadu entrou, mas em função mais recuada do que normalmente joga.

Depois de abrir o placar, o Remo se acomodou, errando muitos passes e fazendo investidas sem objetividade, principalmente com Pedro Rocha e Ytalo. O jogo era aparentemente tranquilo, mas no final do 1º tempo PH bateu cruzado e Adauto quase alcançou a bola junto à linha fatal.

A marcação, prioridade mais visível das intenções de Daniel na configuração do time, deu sinais de vulnerabilidade em vários embates diretos com Adauto, PH e Ryan, jogadores que mais apareciam no ataque do Santa Rosa.

A torcida chegou a se irritar com os passes errados e os passes forçados. Jaderson até conseguiu ajustar o posicionamento, Caio Vinícius achou espaço entre a zaga e o meio, mas Dodô viveu de lampejos, com várias situações de bolas perdidas na intermediária.

Nos minutos finais, o Remo até fez o segundo gol, com Janderson recebendo bom passe de Pedro Rocha, mas foi flagrado em impedimento.

Para a etapa final, o time evoluiu. Começou pressionando mais e se tranquilizou de vez com o segundo gol, aos 18 minutos, após trama iniciada por Dodô, já bem mais atento ao jogo. Ele iniciou o lance, Janderson cruzou e a bola foi rebatida e voltou para o próprio Dodô mandar no canto esquerdo do gol de Fernando Caixeta.

A partir daí, o confronto perdeu em intensidade e as chances ficaram mais raras. Daniel aproveitou para fazer as trocas, que incluíram Felipe Vizeu, Dener e Guty, mas não lançou Adailton, artilheiro do time na temporada. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

Catracas em pane, público sofrendo nos portões

As notas de esclarecimento se tornaram rotineiras nos jogos do Remo no Mangueirão. Ontem, a situação se repetiu. Uma pane no sistema eletrônico da empresa terceirizada, responsável pelo serviço das catracas, deixou uma multidão impedida de entrar antes do jogo começar.

Devido a isso, a segurança do clube teve que abrir os portões e liberar o acesso dos torcedores. Diminuiu o prejuízo de quem tinha bilhetes, mas abriu a chance para a entrada de quem não pagou pelos ingressos.

O problema é que as panes só acontecem nos jogos do Remo no Mangueirão, enquanto outros jogos, até com grande público, acontecem normalmente. Algo estranho acontece com o trabalho da terceirizada contratada pelo clube.

Providências, prometidas pela direção do clube, devem ser tomadas de verdade, pelo bem da própria instituição.  

A gloriosa classificação das Águias

O Águia de Marabá conquistou vaga na semifinal do Parazão superando o Bragantino, dentro de Bragança, no sábado à tarde. O favorito era o Tubarão, que fez excelente campanha na fase de classificação, igualando-se em pontos ao líder Remo e ao vice-líder PSC, com 17 pontos.

A classificação veio nos tiros livres da marca do pênalti e o Águia teve como herói o goleiro Axel Lopes, que confirmou a fama de grande pegador de penalidades. A batalha era árdua, pois até então o Bragantino era o melhor mandante entre as equipes interioranas.

A festa dos marabaenses vai durar pelo menos até amanhã, 01, quando acontece a semifinal diante do PSC no estádio Mangueirão.

Outra Águia, a do Souza, também foi bem sucedida na busca da classificação atuando fora de seus domínios. E a conquista também veio nas penalidades, após um jogo repleto de pênaltis no tempo normal.

A Tuna encarou o Castanhal, no CT Ninho do Japiim, conseguindo sustentar um empate em 3 a 3 nos 90 minutos. Abriu o placar com um penal batido por Edgo. O Japiim igualou aos 44 minutos, em pênalti convertido por Paulo Rangel.

Na etapa final, logo aos 6 minutos, veio a virada castanhalense, com Gabriel Vidal chutando de longe. Cinco minutos depois, mais um pênalti e Tiago Bagagem empatou para a Lusa. O próprio Bagagem virou para 3 a 2. Aí veio outro pênalti para o Japiim. Paulo Rangel cobrou e empatou: 3 a 3.

Na série de penalidades, a Águia Guerreira triunfou, ganhando o direito de disputar a semifinal contra o Remo na próxima quarta-feira, 02.

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 31)