Papão perde para o Avaí e completa 6 jogos sem vitória

O PSC perdeu para o Avaí por 1 a 0, na noite desta quinta-feira, no estádio da Ressacada, em Florianópolis, completando seis partidas sem vencer. A derrota fez o Papão perder uma posição na tabela, caiu para a 15ª posição. Sem o técnico Hélio dos Anjos, suspenso, o time iniciou a partida buscando o ataque, mas sofreu uma baixa logo nos primeiros minutos: perdeu o atacante Borasi, que se lesionou e foi substituído por Esli García.

Aos poucos, o Paysandu foi cedendo espaço na defesa. O Avaí, empurrado pela torcida, passou a pressionar e levar perigo após os 30 minutos. Garcez e Vagner Love desfrutaram de boas oportunidades, mas falharam na finalização.

Aos 46 minutos, o Avaí avançou rapidamente pela direita, a bola foi cruzada para Vagner Love, que escorou para o gol, mas o VAR revisou e anulou o gol, assinalando posição irregular do atacante. Logo em seguida, porém, a casa caiu.

Em bola lançada na esquerda, Maurício Garcez recebeu na área e aproveitou a saída em falso do goleiro Diogo Silva e tocou para Vagner Love finalizar, aos 48 minutos. Gol do Avaí e festa na Ressacada.

Na volta para o 2º tempo, o PSC trocou Cazares e Leandro Vilela por Robinho e Netinho. Apesar de avançar um pouco mais, não conseguiu criar situações de gols. Nicolas, visivelmente sem condições físicas, foi peça quase decorativa no ataque.

Satisfeito com o resultado, o Avaí baixou as linhas após os 30 minutos e permitiu a chegada do Papão, que pressionou bastante, mas sem objetividade. Nos minutos finais, Garcez recebeu cruzamento na área e tocou, mas Diogo Silva fez grande defesa.

Flávio Dino e o STF acabam de abafar mais uma tentativa de golpe

Por Fernando Castilho

O ministro do STF, Flávio Dino, decidiu acabar com a farra das emendas PIX, aquelas que ninguém sabe para onde vão nem no que são aplicadas. Os demais ministros acompanharam Dino por unanimidade. Até os bolsonaristas André Mendonça e Nunes Marques.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, o boca de funil de dinheiro e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o soneca, se insurgiram contra a decisão e agora querem que seja aprovada uma PEC (Projeto de Emenda a Constituição) para que quando o STF contrariar seus interesses e os do Centrão, o Congresso possa tornar suas decisões nulas.

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Todo mundo sabe que esse Parlamento não pensa nunca no bem do país e do povo que ele representa. Só quer dinheiro e poder.

Mas, além disso, está empenhado no segundo turno do golpe, desta vez, protegido de uma capa de “legalidade”.

Quais seriam as consequências da aprovação de uma PEC como essa?

Ah, se o leitor pensou na anistia para Bolsonaro e sua turma, acertou.

Lira e Pacheco sabem que o ex-presidente será, mais dia, menos dia, condenado por vários crimes e que de nada adiantará aprovar um projeto de anistia porque ele será certamente declarado inconstitucional pelo Supremo. Então, é preciso que tenham poderes para anular essa decisão.

Caso, a PEC seja aprovada (primeiro terá que passar pela CCJ, Comissão de Constituição de Justiça da Câmara onde há uma assessoria jurídica que, com certeza, a barrará, uma vez que fere o Art. 2.º que diz: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” Esse artigo consagra a divisão clássica dos três poderes do Estado, assegurando que cada um deles deve atuar de forma autônoma, mas em cooperação e equilíbrio, para garantir o funcionamento democrático e a manutenção dos direitos fundamentais. Este artigo é cláusula pétrea e é protegido pelo Art. 60, § 4º, que diz que “Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: […] III – a separação dos Poderes;”

Portanto, a PEC já nasce morta.

Mas, suponhamos que, de maneira absurda, ela acabe sendo aprovada. Certamente ocorrerá recursos ao STF que a barrará.

Lira, ou seu sucessor, pode até (duvido) peitar e desrespeitar a decisão do Supremo, mas, neste caso, seria preso. Ele pode também querer insistir nas emendas PIX, mas, novamente, insisto, iria para a cadeia.

Alguém poderá dizer que duvida da prisão porque ele tem poder e tal, mas se a Polícia Federal realmente (e tudo indica que sim) está atuando ao lado da PGR e do STF, pouco vai importar esse poder. Até porque Lira não tem o povo nas ruas para lhe dar apoio.

Assim, essa nova tentativa de golpe também vai sendo debelada graças a engenharia que o Executivo fez com o Judiciário para conter o Legislativo.

Fernando Castilho é arquiteto, professor e escritor. Autor de Depois que Descemos das Árvores, Um Humano Num Pálido Ponto Azul e Dilma, a Sangria Estancada.

A busca pela reabilitação

POR GERSON NOGUEIRA

O Papão precisa derrotar o Avaí hoje, em Florianópolis, para superar a fase negativa, que deixou o time próximo da zona de rebaixamento e abalou a confiança do torcedor. Depois de três derrotas – Brusque, Novorizontino e Santos – e dois empates, com Vila Nova e Botafogo-PB, a expectativa é por uma reação diante do 7º colocado na Série B.

Não é uma situação desesperadora, afinal ainda restam 17 rodadas para o término do campeonato. O problema é que em competições de ponto corrido há uma necessidade permanente de regularidade. O PSC não conseguiu manter uma sequência positiva capaz de colocá-lo em zona segura da classificação.  

Todos os times passam por oscilações, mas a maioria já experimentou períodos de alta, que permitiram uma aproximação com o G4. O próprio Avaí já viveu essa condição, frequentando a parte de cima da tabela. Tenta agora voltar a brigar pelas primeiras posições. O primeiro passo foi o triunfo sobre o Santos, na Vila Belmiro, na última rodada.

Já o PSC tem vivido de espasmos. O melhor momento foi quando conseguiu ficar invicto por sete rodadas, chegando ao G10.

O jogo traz um desafio ainda maior para os bicolores devido à ausência de peças importantes. O volante João Vieira, o zagueiro Lucas Maia e o lateral-direito Edilson, todos titulares, estão fora do confronto, o que torna a tarefa de superar o Avaí ainda mais complicada.

Além disso, Paulinho Boia também está contundido e o técnico Hélio dos Anjos está suspenso e será substituído pelo filho e auxiliar, Guilherme. A ausência do comandante à beira do campo é um problema sério para a maioria das equipes. No caso do Papão, o problema é menos grave porque desde o ano passado isso já ocorreu em pelo menos seis ocasiões.

A boa notícia fica por conta do retorno confirmado de Nicolas ao comando do ataque. Melhor ainda: volta completamente recuperado, ao contrário do ocorrido no jogo com o Santos, quando atuou visivelmente sem condições ideais e acabou se envolvendo pouco com as ações ofensivas.

Com Nicolas, ganha toda a estrutura de ataque do time. O simples fato de ter um definidor atuando na linha de frente já é um fato tranquilizador para a equipe que mais perde gols na competição (19 chances desperdiçadas até agora).

A defesa terá Carlão no lugar de Lucas Maia e dependerá mais uma vez da excelente fase vivida pelo goleiro Diogo Silva, fundamental no jogo com o Botafogo, quando garantiu a vitória com duas defesas milagrosas no final. (Foto: Jorge Luís Totti/Ascom PSC)

Números favorecem azulinos, mas batalha será duríssima

Os sites de projeções apontam o Remo com 65% de chances para obter a classificação, mas a realidade diz que, para superar o São José, será preciso jogar da mesma maneira sólida e confiante vista na vitória sobre o Londrina, no Mangueirão. A tarefa é complexa, a começar pelo fato de que o campo de jogo em Porto Alegre é possivelmente o pior de todas as divisões do Campeonato Brasileiro.

Um “gramado” sintético mal ajambrado, que mais parece um carpete de segunda mão, espera pelos azulinos no sábado à tarde. Vencer esse obstáculo é o primeiro passo para conquistar um triunfo diante do animado São José, primeira equipe rebaixada da competição, mas surpreendentemente invicto há três partidas.

Coisas habituais do sempre misterioso e catimbado futebol brasileiro, onde a distribuição de incentivos financeiros (na forma da tradicional “mala branca”) é algo tão despropositado como aceito naturalmente por todos os envolvidos. As especulações rondam os times que estão na briga desde a semana passada e devem se acentuar às vésperas da rodada final.

Ao Remo, cabe apenas procurar fazer o seu melhor jogo – o já citado triunfo sobre o Londrina. Foi a primeira vez que a equipe manteve o mesmo rendimento nos dois tempos, sem recuos ou hesitações. Para tanto, foi fundamental o desempenho do trio de meia-cancha formado por Bruno Silva, Jaderson e, especialmente, Pavani.

O time tem no camisa 7 seu jogador mais estratégico e o que melhor se adaptou ao sistema de três zagueiros. Com a responsabilidade de organizar as saídas rumo ao ataque, Pavani tem cumprido magistralmente esse papel. A atuação contra o Londrina confirmou a boa fase.

Forma com Jaderson uma dupla afiada e que se entende bem tanto na construção quanto na proteção à defesa. Bruno Silva chegou e começou a se encaixar, tendo feito sua melhor performance na última partida, quando cuidou do combate e participou ativamente da troca de passes com Pavani e Jaderson.

Diante do São José, Bruno terá um papel importante, exibindo e colocando à disposição do time a experiência acumulada em mais de 20 anos de estrada. Para um jogo previsivelmente difícil, nada como um capitão que consiga estabilizar a equipe e contribua para controlar as ações.

Pesquisa nacional coloca o Leão à frente do Papão

De vez em quando, surgem pesquisas medindo a popularidade dos times brasileiros, quase sempre adotando uma metodologia que não corresponde à realidade de cada região. Nos últimos tempos, o tamanho das torcidas é calculado dentro do mesmo balaio dos grandes clubes nacionais.

O levantamento foi feito pelo instituto AtlasIntel, em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo, e apontou o Remo como dono da maior torcida da região Norte do Brasil. O Leão é o 21° com mais torcedores no país, com 0,7% dos entrevistados, seguido pelo Paysandu (22ª), com 0,6%.

Denominada “Pulso do Torcedor 2024”, a pesquisa recebeu 7.374 respostas pela internet, entre 1 e 5 de agosto, registradas em 1.341 municípios por todo o Brasil. A margem de erro é de 1%.

O Leão surge, ao lado do ABC de Natal, como o time da Série C com mais torcedores, sendo que os potiguares têm os mesmos 0,7% dos azulinos, e estão curiosamente três posições acima no ranking. Já o Papão está no Top-5 das maiores torcidas da Série B.

(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 22)