O Ministério Público de São Paulo está investigando uma possível conexão entre o PCC e empresários do futebol, suspeitos de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro por meio de agentes de jogadores de grandes clubes. Segundo a delação de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, agentes como Danilo Lima de Oliveira, conhecido como Tripa, e Rafael Maeda Pires, o Japa do PCC, estariam utilizando suas empresas para legitimar recursos obtidos através do tráfico de drogas.
Empresas de agenciamento de jogadores, como Lion Soccer Sports, UJ Football Talent e FFP Agency, estão sendo mencionadas na investigação como possíveis participantes desse esquema.
Jogadores como Éder Militão, Emerson Royal e Du Queiroz são citados nas investigações, com suspeitas de que essas empresas estejam envolvidas na lavagem de dinheiro para o PCC.
Os acusados e as empresas negam as alegações, mas a investigação do Gaeco continua em busca de evidências. O delator, atualmente em prisão domiciliar, afirma que essas operações foram usadas para movimentar grandes somas de dinheiro, levando-o a colaborar com a justiça para expor como o crime organizado se infiltrou no mundo do futebol.
“Campos Neto minimiza o fato de ter apoiado Bolsonaro com camisa da CBF. Está perto do fim do mandato mas não quer sair sem antes causar mais estrago, podendo até aumentar a Selic, que já é altíssima. De um bolsonarista no BC não se espera política econômica, apenas sabotagem”.
A interpretação marcante de Grant Hart e o solo desdobrado de Bob Mould na guitarra são os pontos altos de Pink Turnsto Blue, rockão que abrilhanta o LP Zen Arcade, do Hüsker Dü. É claro que muita gente da novíssima geração nem se deu conta da importância desse grupo pós-punk e célebre pelas apresentações vibrantes, cultuado ali na encruzilhada das décadas de 70 e 80.
Bandas respeitáveis vieram na esteira da explosão de Sex Pistols, Ramones e The Clash, expoentes do movimento punk. Surgiram New Order, The Cure, Gang of Four, PIL, Joy Division, Echo and the Bunnymen e Killing Joke (na Inglaterra); Fugazi, R.E.M., Sonic Youth, Mission of Burma, Melvins, Violent Femmes, Replacements e Dinosaur Jr., nos EUA, entre tantos outros.
Em meio a isso, nasceu o Hüsker Dü, de St. Paul (Minneapolis, EUA), em 1979. No começo, o som era puro hardcore, com canções curtas, sem solos de guitarra e muita gritaria. Bob Mould (vocal, guitarra), Grant Hart (bateria, vocal) e Greg Norton (baixo) eram os fundadores, todos garotos oriundos da classe média baixa.
Hüsker Dü era diferente das demais bandas nascidas na era Reagan. As letras contornavam insatisfações políticas ou de natureza classista. Centravam fogo em problemas pessoais e existenciais. A banda tinha um nome esquisito, que não significava nada (“Husker Du” era um jogo de tabuleiro e a tradução literal do nome é: “Você lembra?” em norueguês).
Depois que tiveram o primeiro LP recusado por várias gravadoras, eles decidiram criar a própria gravadora (Reflex) e lançaram “Everything Falls Apart” (12 canções em 19 minutos). Para divulgar o trabalho, montavam shows na região e criaram coragem para excursionar pelo país.
Deu certo. Intensos e velozes, bem ao estilo Ramones, eles encantavam plateias com um jeito diferente. Emendavam uma música no rabo da outra, sem anunciar. O público gostou e o Hüsker Dü logo passou a ser cortejado por selos independentes. Assinou com o SST e a música deles começou a se transformar, deixando o hardcore para trás.
Zen Arcade (1984), duplo e temático, foi o primeiro destaque comercial do Hüsker Dü, despertando atenção de grandes gravadoras. O disco é um dos pilares do conceito “emotional hardcore”, um estilo de punk rock menos agressivo e melodioso. Esse subgênero inspirou outras bandas – Green Day e Seaweed – e depois deu origem ao que hoje chamamos de “emo”.
Para espanto geral, o Hüsker Dü de repente resolveu aceitar a oferta de uma grande marca, a Warner. A verdade é que Mould, Hart e Grant estavam cansados da dureza da cena alternativa (chegaram a recusar pagamentos de royalties para ajudar o selo SST, numa fase de vacas magras).
O problema é que o nível de paciência entre os membros da banda estava no limite. Mould e Hart não se davam bem e, já na Warner, Hart recebeu o diagnóstico positivo para o vírus HIV. Deprimido, viciou-se em heroína e o clima foi ficando ainda mais difícil.
Em 1987, depois de outra treta feia com Mould, o baterista e cantor deixou deixou o Hüsker, que findou ali sua curta trajetória. Seis meses depois, Hart descobriu que o diagnóstico estava errado: ele não era soropositivo. Morreu de outras causas, em 2017.
Com a irretocável vitória sobre o Londrina, o Remo conquistou em campo o direito de chegar à última rodada da Série C dependendo de uma vitória simples para garantir a classificação à segunda fase da competição. Com 25 pontos, em oitavo lugar, o time tem a possibilidade de quebrar a escrita dos últimos anos e passar à próxima etapa.
Para sair vitorioso (e classificado) da partida com o São José, sábado, o Leão terá que atuar em várias frentes, não apenas dentro das quatro linhas. Será necessário ficar atento à arbitragem e aos movimentos em torno da partida decisiva.
O São José já está rebaixado à Série D do Campeonato Brasileiro, mas mostrou uma surpreendente (e tardia) capacidade de reação nas últimas rodadas. Derrotou o São Bernardo por 3 a 0 e empatou com o Figueirense.
É natural que algumas questões sejam levantadas diante de um esforço inesperado do time gaúcho no crepúsculo da competição. Agrados financeiros – as chamadas “malas” – são comuns em situações desse tipo e sempre toleradas no ambiente sempre flexível do futebol brasileiro.
Por conta disso, é prudente que os azulinos coloquem as barbas de molho. Afinal, se o São José recebeu algum tipo de incentivo financeiro para tirar pontos do Figueirense fora de casa, nada impede que ocorra o mesmo no confronto diante dos azulinos, em Porto Alegre.
Acima de tudo, o time de Rodrigo Santana terá que jogar com a competência mostrada diante do Londrina no Mangueirão, sem se preocupar com fatores externos. No fim das contas, nada é mais importante e decisivo do que fazer gols. (Foto: Luís Carlos/Ascom Remo)
Mais 20 pontos garantem Papão na Série B 2025
A matemática é simples. O PSC, no momento com 25 pontos, precisa somar mais 20 pontos no returno para permanecer na Série B. Com 45 pontos no total, não haverá risco de rebaixamento. Em anos recentes, alguns times se salvaram até com 42 pontos, mas os especialistas estabelecem 45 como limite absolutamente seguro.
Para alcançar esse objetivo, o Papão terá que vencer seis partidas e empatar duas nas próximas 17 rodadas. Somente com os jogos como mandante já será possível atingir a pontuação mínima exigida.
Ao longo do primeiro turno, o time conquistou 25 pontos. Caso repita essa performance, alcançará 50, pontuação bem acima da linha de corte. Pela maneira como a equipe atuou ao longo da metade inicial do campeonato, a meta será atingida sem maiores dificuldades.
Para isso, só precisa jogar com seriedade e foco, além de evitar brincar com a sorte e contornar as picuinhas extracampo, como a que resultou na demissão do executivo Ari Barros. Se seguir à risca o que reza o manual de sobrevivência na Série B, não haverá o que temer.
Goleada sobre o rival confirma força do Fogão
O Botafogo goleou o Flamengo por 4 a 1, no domingo à noite, no estádio Nilton Santos. Não foi uma vitória qualquer, fazia muito tempo que o clássico não registrava goleada tão acachapante. A partida mostrou amplo domínio alvinegro, com inúmeras chances criadas. Destaque para a movimentação de Luiz Henrique, Almada e Matheus Martins.
É fato que o Flamengo participa de três competições – Série A, Copa do Brasil e Libertadores –, o que gera desgaste e perda de atletas. No total, o rubro-negro disputou 48 partidas, cinco a menos que o Botafogo (53).
Curiosamente, uma velha tradição se manteve firme no pós-jogo. Uma ala da mídia esportiva, jocosamente apelidada de Flapress, tentou abafar a repercussão da goleada e reduzir os danos junto à torcida flamenguista.
Surgiu, de repente, uma reportagem especial sobre a trajetória empresarial de John Textor, presidente da SAF Botafogo, com referências a negócios obscuros e outros pontos negativos. A matéria certamente foi feita há semanas, mas a data de publicação não poderia ser mais conveniente.
Óbvio que o norte-americano deve ter lá seus perrengues, como 99% dos investidores e rentistas, embora não pese nenhuma acusação contra ele.
É algo mais ou menos como se o Flamengo, através de seu presidente, precisasse explicar a ginástica contábil que permitiu o milagre do superávit nos últimos anos ou a íntima relação com o poder público, que garantiu por três décadas patrocínio exclusivo da Petrobras. Enfim, coisas do Brasil.
Copa de judô movimenta mais de 550 atletas
Com o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer (Seel), mais de 500 judocas de 28 clubes participaram da Copa Campos Judô, no fim de semana (17 e 18), na Arena Mangueirinho. A Associação Rio Caeté sagrou-se a campeã geral, conquistando 48 medalhas (25 de ouro, 15 de prata e oito de bronze), nas categorias sub-13, sub-15, sub-18, sub-21, sênior e veterano.
Na modalidade infantil, o Instituto Alcilene Magalhães recebeu o troféu de campeão por levar ao evento 42 atletas, na faixa etária de 4 a 10 anos.
A secretária de Esporte e Lazer, Ana Paula Alves, ressaltou a importância do evento. “Presenciar a alegria dos atletas com a estrutura da Arena, e de pisar em quadra, nos mostra que estamos no caminho certo na valorização do esporte, de maneira geral, no Estado do Pará”.
A Copa Campos Judô é uma competição cuja pontuação conta para os rankings estadual e nacional. Um dos atletas participantes foi o campeão sul-americano Elder Jaffer, soldado da PM, que conquistou duas medalhas de ouro nas categorias sênior e master até 100 quilos.
A competição teve dois momentos. No sábado (17) ocorreram as disputas nas categorias sub-13, sub-15, sub-18, sub-21, sênior e veterano, e no domingo (18) foram disputadas as lutas da categoria infantil.
(Coluna publicada na edição do Bola desta terça-feira, 20)
O empresário Silvio Santos participa de reunião com o general João Figueiredo, último presidente da ditadura militar, em 1981. Foi durante essa reunião que o empresário ganhou dos militares a concessão de parte dos canais da extinta TV Tupi, embrião do SBT.