Remo anuncia técnico de currículo fraco, dispensado do Corinthians por apoiar atos golpistas

Sob fortes críticas da torcida, a diretoria do Remo anunciou nesta quinta-feira a contratação do técnico Rodrigo Santana para dirigir o time na Série C. Natural de Santos (SP), ele tem 41 anos e uma carreira que até hoje não decolou. Treinou Uberaba, URT, Atlético Mineiro, Avaí, Confiança, Vaca Diez (Bolívia), Coritiba e Athletic, de onde foi demitido após nove partidas. Ele vai se integrar à delegação no Recife, onde o Remo joga sábado contra o Náutico.

Santana teve uma passagem curta e conturbada pelo Corinthians, em 2022, sendo demitido antes mesmo de assumir por pressão da torcida, após ser fotografado nos acampamentos em frente aos quarteis. Bolsonarista assumido, ele havia participado das manifestações golpistas realizadas após a eleição de 2022 e a diretoria viu-se obrigada a dispensá-lo.

No Corinthians, ele seria contratado como auxiliar técnico de Fernando Lázaro.

Nas redes sociais, a torcida do Leão se manifestou contra a contratação. “Rodrigo Santana foi dispensado do Corinthians por participação em atos golpistas. Atentar contra a democracia e o Estado Democrático de Direito não é liberdade de opinião: é crime! O Remo não pode compactuar com este tipo de profissional. Golpista no Leão, não!”, postou o grupo Remo Antifascista.

AGNALDO SE DESPEDE

Agnaldo de Jesus está de saída do clube. O ídolo azulino entregou o cargo de auxiliar de desenvolvimento. Com a saída do técnico Gustavo Morínigo, era Agnaldo que estava comandando os treinos do Leão, junto com os auxiliares Mariozinho e Alan Ribeiro.

“Entendo que tudo tem um começo, meio e fim. Eu estava com pouco espaço para trabalhar no dia a dia, por isso tomei essa dura decisão na minha vida. Mas, vida que segue. Esse clube é minha vida! Vou me preparar para uma nova função, futuramente, no clube”, afirmou Agnaldo.

Ele havia sido contratado em 2022, como coordenador de futebol. Em 2023, mudou de cargo: passou a auxiliar de desenvolvimento individual do clube. Natural de Campo do Brito, interior de Sergipe, Agnaldo de Jesus foi ídolo do Remo na década de 90 com 6 conquistas estaduais. Em 2004, como técnico, levou o Leão ao título 100% do Parazão.

Presidente da Alepa participa da abertura da 16ª Fipa

O deputado Chicão (MDB), presidente da Assembleia Legislativa do Pará, recebeu o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, na Base Aérea de Belém. Em seguida, a comitiva se deslocou até o Hangar para participar da abertura oficial da XVI Feira da Indústria do Pará (Fipa), juntamente com a vice-governadora Hana Ghassan. A Fipa destaca na edição deste ano a importância dos negócios e da sustentabilidade na Amazônia.

Chicão foi um dos convidados especiais da solenidade de abertura da XVI Feira da Indústria do Pará (Fipa), na noite desta quarta-feira (22). Promovido pela Fiepa, o evento, realizado no Hangar – Centro de Convenções, em Belém, com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da vice-governadora Hana Ghassan, que representou o governador Helder Barbalho.

CFFO abre prazo para emendas à LDO 2025

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (CFFO) anunciou para o período de 15 a 29 deste mês o prazo para apresentação de emendas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025. A matéria está sob a relatoria do presidente da CFFO, deputado Chamonzinho (MDB).

A LDO tem como principal finalidade orientar a elaboração dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento da Administração Pública Estadual, incluindo os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e das empresas públicas e autarquias.  

É o instrumento de ligação entre o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), estabelecendo as diretrizes, os objetivos, as metas e as prioridades da Administração Pública para o exercício subsequente. Além de orientar a elaboração da LOA para o exercício, a LDO dispõe sobre as alterações na legislação tributária, bem como estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

COP 30 – Em sua mensagem governador Helder Barbalho (MDB) enfatiza que a LDO 2025 “sinaliza novo modelo de governança para as prioridades e metas do Estado, que envolve maior integração com o planejamento governamental e com o Governo Federal, visando a realização da Conferência do Clima da Organização das  Nações Unidas – ONU (COP-30), que será realizada no Estado em 2025, pelo que o Projeto de Lei ora apresentado também busca evidenciar as despesas que contribuem para seu alcance”. O governador também destaca a expectativa em torno do Produto Interno Bruto (PIB): “Quanto à arrecadação de impostos, foram aplicadas as expectativas de crescimento do PIB do País, adicionando-se a inflação medida pelo IPCA”.   

Prazos legais – Anualmente, o Poder Executivo tem o prazo de até 30 de abril para enviar a LDO ao Poder Legislativo. Na Alepa, o projeto é analisado primeiramente pela CFFO, que deve elaborar, em 15 dias, um relatório balizado no projeto e nas emendas apresentadas, e submetê-lo ao conjunto de deputados da comissão. Depois dessa fase, a proposta é submetida à apreciação, debates e votação no plenário da Casa. O Legislativo tem o prazo de até 30 de junho para votar e enviar a peça orçamentária ao Executivo.

A terceira guerra mundial

Por Nizan Guanaes, no Estadão

Em vários lugares do mundo, já começou a terceira guerra mundial. Não será entre países, mas a guerra entre o homem e a natureza. Uma guerra que evidentemente não podemos ganhar.

Quando pensamos na natureza, pensamos nela de forma poética e telúrica. Mas terremoto é também natureza; tsunami também é natureza; seca, nevasca, chuvas torrenciais, avalanche – é tudo natureza. A natureza está agindo em legítima defesa. Ela não aguenta mais ser invadida, desrespeitada, queimada.

O que é o Rio Grande do Sul? É a morte anunciada de Gabriel García Márquez. Não vou escrever mais um texto ingênuo sobre o assunto. É tudo uma questão contábil: explorar a natureza é receita; preservação é despesa. E ninguém está disposto a pagar, nem o consumidor.

Mas o que tem a ver este texto “bicho grilo” neste jornal tão circunspecto? Tem tudo. Estive ano passado em Davos, sobre uma discussão sobre aquecimento global, e para meu estarrecimento e pânico, de uma mesa de 12 debatedores, 10 eram as grandes seguradoras do mundo. Elas tinham dados mais assustadores que o Greenpeace e sabiam avaliar as perdas catastróficas que aconteceriam a cada décimo de aquecimento global.

O aquecimento global é fato e fato econômico. Napoleão e Hitler perderam a guerra porque foram lutar contra um general chamado Inverno. Estamos entrando numa guerra que não podemos vencer. A devastação do Rio Grande do Sul é um drama humano: centenas de mortes humanas, milhares de mortes empresariais. Uma catástrofe fiscal, desempregadora.

Assisti a uma palestra no Itaú BBA Conference em Nova York de Al Gore, que fez o famoso documentário “Uma Verdade Inconveniente”. Hoje, ele poderia fazer outro documentário chamado “I Told You” (eu te disse).

Todos os leitores deste jornal estão ocupados em gerar e gerir patrimônio em sucessão familiar. Então eu chamo esta comunidade a pensar nos nossos filhos e netos. Seus filhos pequenos vão enfrentar um mundo muito difícil, nossos netos vão enfrentar um desastre.

Está na hora de ouvir quem mais entende de desastres climáticos: as seguradoras mundiais. Agora vamos colocar os pingos nos iis: o planeta não vai acabar, quem vai acabar são os seres humanos.

Você nunca se perguntou como o Titanic afundou? Como eles não viram um iceberg gigantesco? Simples: eles se achavam indestrutíveis. Não dá para negar que temos feitos avanços suficientes para gerar uma economia verde (que pode ser muito lucrativa).

Mas os projetos verdes devem ter processos de aprovação (que são infindáveis) mais céleres, muitos incentivos fiscais. O futuro precisa ter um fast track, o futuro tem que ser lucrativo. Chega de poesia.

Só se fala em inteligência artificial, mas a burrice anda mais rápido que a inteligência. A inteligência tem limites, a burrice não.

Os organismos multilaterais estão de mãos atadas por regras inoperantes. As ditaduras se movem muito mais rápido que a democracia, com suas infindáveis instâncias. E faltam Churchill e De Gaulles verdes.

No Rio Grande do Sul, a natureza não poupou ninguém. Os pobres perderam muito do pouco que tinham e os ricos, muito do muito que têm.

Este é mais um texto que os ricos não lerão porque estão cansados de textos assim e têm uma reunião hoje de manhã. Eles são regidos por um mercado sem alma. E os pobres não vão ler porque muitos não sabem nem ler.

A bomba atômica é um traque de São João. A caminho de Davos, vi, em pleno inverno, mas os mandatários não veem nem avalanches nem falta de neve porque estão no celular.

A natureza está avisando, tchê. Sirva nossa tragédia de aviso a toda a Terra.

Sou capitalista liberal. Gosto de dinheiro, de margem, mas não sou cego nem surdo. Senhores, estamos na primeira classe do Titanic.