Rock na madrugada – Rory Gallagher, “Tore Down”

Clássico de Freddie King magistralmente revisto por Rory Gallagher, ao vivo, no Festival de Montreux, em 1975. Versão abertamente roqueira, toda construída na guitarra, para um blues de primeira linha, standard do gênero. The Boogie Woogie Man, Gallagher morreria sem ser superado por ninguém na execução dessa canção, que foi gravada também por Gary Moore e Eric Clapton. William Rory Gallagher foi um multi-instrumentista, compositor e guitarrista nascido em Ballyshannon, condado de Donegal, Fundou a banda Taste nos anos 60 e gravou diversos álbuns solo nos anos 70, 80 e começo dos 90. Morreu em 1995.

Já contei essa historia aqui, mas, de tão boa, vale a pena recontar. Jimi Hendrix falou sobre sua admiração por Rory Gallagher numa aparição no programa de TV The Mike Douglas Show, nos Estados Unidos. Quando o apresentador perguntou a Jimi: “Como é ser o melhor guitarrista de rock do mundo?”. O gênio respondeu, na lata: “Não sei, você precisa perguntar a Rory Gallagher”.

Fifa estende as sanções impostas pela CBF em casos de manipulação de resultados

As sanções impostas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a 11 jogadores , com base em ações envolvendo a manipulação de partidas que ocorreram no futebol brasileiro, foram acatadas e ampliadas pela Fifa. Em seu site oficial, a entidade esclareceu que a medida é parte da “sólida e exemplar” cooperação com a CBF. O presidente do Comitê Disciplinar da Fifa decidiu estender todas as sanções para que tivessem efeito mundial, com base no artigo 70 do Código Disciplinar da entidade máxima do futebol mundial.

“A parceria da CBF com a Fifa e o reconhecimento não só da entidade e da Conmebol, mas do mundo inteiro, reforça o trabalho que desenvolvemos no Brasil é que é visto como referência. Tudo isso reitera o foco em nossos pilares de transparência, lisura nos processos e o compromisso que a atual gestão tem, sobretudo, com a verdade”, destacou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Após as investigações das autoridades brasileiras e o processo disciplinar aberto pela CBF, os seguintes jogadores foram proibidos de participar de qualquer tipo de atividade relacionada ao futebol:

Ygor de Oliveira Ferreira (proibição vitalícia)

Paulo Sérgio Marques Corrêa (600 dias a partir de 26 de maio de 2023)

Gabriel Ferreira Neris (proibição vitalícia)

Jonathan Doin (720 dias a partir de 16 de maio de 2023)

Fernando José da Cunha Neto (360 dias a partir de 16 de maio de 2023)

Eduardo Gabriel dos Santos Bauermann (360 dias a partir de 16 de maio de 2023)

Matheus Phillipe Coutinho (proibição vitalícia)

Mateus da Silva Duarte (600 dias a partir de 26 de maio de 2023)

André Luiz Guimarães Siqueira Junior (600 dias a partir de 26 de maio de 2023)

Onitlasi Junior Moraes (720 dias a partir de 16 de maio de 2023)

Kevin Joel Lomónaco (360 dias a partir de 16 de maio de 2023)

A Fifa informou ainda que “continuará seus esforços contínuos para combater a manipulação de partidas por meio de uma variedade de iniciativas, que incluem o monitoramento dos mercados internacionais de apostas, o portal confidencial de relatórios da Fifa, o aplicativo Fifa Integrity, bem como várias atividades educacionais e de conscientização em todo o mundo”.

Confira o comunicado da Fifa: https://www.fifa.com/es/legal/media-releases/la-fifa-amplia-las-sanciones-impuestas-por-la-confederacion-brasilena-de

O velho fascista e a velhacaria bolsonarista

Chapa da categoria é inscrita para eleição do Sinjor-PA

De forma coletiva, jornalistas do Pará inscreveram na manhã de hoje, 9, a chapa Sempre na Luta – a Chapa da categoria para disputar as eleições do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA), triênio 2023-2026.

Liderada pelo atual presidente Vito Gemaque, que tenta a reeleição, a chapa tem a jornalista Simone Romero como candidata a vice-presidenta e é composta por trabalhadores de diversas gerações e que atuam em diferentes áreas do jornalismo.

O grupo é formado por pessoas ligadas às redações, às assessorias de imprensa, às instituições de pesquisas, com destacada atuação nas lutas do Sindicato e com filiação ativa. A chapa também se orgulha de não ter ligações com a patronal, e de unir experiência e juventude, além de trabalhadores de Belém e dos demais municípios do Estado.

A eleição do Sinjor-PA será no dia 20 de novembro. Mais informações devem ser disponibilizadas em breve pela Comissão Eleitoral.

Diretoria Executiva
Presidente – Vito Ramon Gemaque de Souza
Vice-presidente – Simone Cristina Arrifano Romero
Secretário Geral- Helena Lucia Mansur Saria Muller
1º Tesoureiro – Patrícia Carolina Pombo Cassiano
2º Tesoureiro – Geisianne da Silva Dias
Secretário do Interior – Karina da Silva Souza Pinto
Secretário de Mobilização e Formação Sindical – Anderson Luiz Araújo da Silva
Secretário de Sindicalização, Registro e Fiscalização do Exercício Profissional – Jaime Ferreira da Costa
Primeiro Suplente – Alexandre Sócrates Araújo de Almeida Lins
Segundo Suplente – Eliete dos Santos Ramos
Terceiro Suplente – Elma da Silva Barbosa
Delegado Junto ao Conselho da Fenaj – Max André Corrêa Costa
Delegado suplente – Eraldo Paulino Rodrigues Júnior

Diretoria Regional do Tapajós (DRTAP)
Diretor da Regional – Antônio Edinei Costa da Silva
Diretor assistente – Rafaelly Magaly Ferreira do Nascimento
Diretor assistente – Paulo Ricardo Moraes Santos

Conselho Fiscal
1 – Aguinaldo Soares Ferreira
2 – Elias Santos Serejo
3 – Nielson de Jesus Bargas
4 – Sara Raquel Pinheiro Portal
5 – Ticiane da Silva Rodrigues

Comissão de Ética
1 – Ana Lúcia Prado Reis dos Santos
2 – André Marcio Mardock Demosthenes
3 – Avelina Oliveira de Castro
4 – Elizabeth da Silva Mendes
5 – Rosemary Gomes da Silva Machado

A frase do dia

“Faltam 15 dias para o encerramento do mandato de um dos piores procuradores-gerais da República. A PGR voltará a ser uma instituição pública e não privada”.

Renan Calheiros, senador (MDB-AL)

Vitória dramática e decisiva

POR GERSON NOGUEIRA

O gol de Mário Sérgio, cobrando pênalti aos 16 minutos da partida com o Amazonas, em Manaus, deu a vitória ao PSC e pode ter sido a porta para o acesso à Série B. Com os três pontos ganhos, o Papão alcançou 4 na pontuação e depende agora exclusivamente de seus resultados dentro de casa. Em caso de vitórias sobre o Botafogo-PB e o Amazonas, o time alcança os 10 pontos necessários para garantir a vaga.

Não foi sem drama a vitória na Arena da Amazônia. O PSC teve um bom começo de jogo e poderia, além do gol, ter ampliado a vantagem, tal a desorganização do setor defensivo do Amazonas. Só que o 2º período foi inteiramente diferente. O mandante melhorou ligeiramente e passou a buscar o empate a todo custo. Um pênalti (depois desmarcado) quase garantiu a igualdade.

Desde os primeiros movimentos, o PSC se mostrou mais tranquilo e aplicado na retenção da bola. Chegou a estabelecer 61% de posse, o que dá uma ideia do domínio que a equipe tinha no jogo. O gol nasceu de um chute forte de Vinícius Leite, de fora da área, que o goleiro Marcão rebateu para o lado. Edilson pegou o rebote e cruzou. A bola bateu no braço do lateral Raphael Soares. Pênalti.

Mário Sérgio bateu rasteiro, sem chances para o goleiro. A partir daí, o PSC ampliou suas ações a partir do meio-campo. Robinho, João Vieira e o estreante Alencar, com grande atuação, controlavam inteiramente a área central, contando com a ajuda de Ronaldo Mendes e Vinícius Leite.

Em ações pelos lados do ataque, o PSC chegava até a entrada da área e aí se perdia em passes errados e tentativas inconsistentes de aprofundar o lance. Um erro básico foi não arriscar chutes de média distância. A única tentativa foi quase ao final da etapa inicial em falta cobrada por Robinho.

O Amazonas voltou do intervalo pressionando em busca do empate, acuou o PSC e passou a insistir com cruzamentos altos. Aos 14 minutos, depois de perder boa chance, o lateral Raphael Soares cometeu falta dura e recebeu o segundo cartão amarelo.

Com um a menos, o Amazonas ficou exposto por alguns momentos, mas o PSC não partiu para cima, como se esperava. Fechado em seu campo, o time paraense tentava apenas se defender da pressão adversária, que se intensificou após os 35 minutos.

Aos 38 minutos, o Amazonas armou um cerco à área do Papão. Julio Rusch chegou às proximidades da área e arriscou um chute forte, que passou perto. Em seguida, o meia Rafael Tavares disparou da meia-lua e o goleiro Matheus Nogueira fez sua defesa mais difícil na partida.

Já nos acréscimos, o árbitro apontou pênalti sobre Rusch, que foi derrubado dentro da área. Caso quisesse, o juiz podia optar por outra falta ocorrida no mesmo lance, sobre Igor Bolt. A penalidade foi marcada, a bola colocada na marca fatal, mas o VAR revisou o lance por inacreditáveis oito minutos e apontou impedimento na origem da jogada.

O jogo teve acréscimos de 21 minutos, pois, além da parada provocada pelo VAR, houve o tumulto no banco de reservas do PSC, com agressão ao zagueiro Naylhor. Com a bola rolando, o Amazonas teve mais uma chance na área e Leandrinho perdeu grande oportunidade. Em seguida, foi expulso. (Fotos: João Normando)

Agressões na arena amazonense envergonham o futebol

O espetáculo dantesco da agressão ao zagueiro Naylhor e ao preparador Thomaz Lucena, do PSC, fechou de forma horrorosa a tarde de sábado no estádio Arena da Amazônia. Algo indigno da grandeza do futebol como manifestação popular.

As acusações, inclusive da súmula, apontam o presidente do Amazonas como o agressor de Naylhor e um segurança é acusado pelo soco que nocauteou Lucena. Os bicolores não esperavam o ataque, o que dá contornos de covardia às agressões.

Naylhor saiu com o nariz machucado e sangrando, enquanto o árbitro da partida tentava sem sucesso colocar paz num ambiente de conflagração criado pelos dirigentes do clube amazonense.

Depois do jogo, o tal presidente do Amazonas foi ao vestiário dos árbitros e tentou derrubar a porta a pontapés, gritando xingamentos e ameaças. Uma figura tão desqualificada deve ser banida do futebol e responsabilizada criminalmente pelos atos insanos de sábado.

Passagem da Seleção ainda repercute entre os torcedores

O Mangueirão todo iluminado, expondo suas belíssimas formas arquitetônicas, virou símbolo do orgulho da torcida paraense na passagem da Seleção Brasileira por Belém. Não foi um simples jogo de Eliminatórias da Copa do Mundo. Foi muito além disso.

Além do resgate da imagem da Seleção perante o público brasileiro, a acolhida do torcedor de Belém fez com que o Estado do Pará confirmasse aquilo que muitos já sabiam, mas nem sempre ressaltaram.

Aqui o futebol é rei. Paixão que alimenta uma população inteira. O fato indesmentível é que o paraense vive o tempo inteiro a paixão fervorosa por PSC e Remo. Belém, por força deste destino, respira futebol.

Os jogadores da Seleção Brasileira, o técnico Fernando Diniz e a imprensa destacada para cobrir a partida puderam testemunhar, em todo a sua magia e ardor, o afeto que os paraenses devotam a esse esporte mágico e apaixonante que é o futebol.

A presença de Neymar como símbolo das homenagens da torcida, representada por pessoas comuns à porta do hotel, é emblemática do novo momento vivido pela Seleção. 

É como se a torcida afirmasse com seus gritos e aplausos que está começando uma nova era. E, de fato, está. Quem há de duvidar?

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 11)