Fluminense x Paissandu (comentários on-line)

Copa do Brasil 2015

Fluminense x Paissandu – Arena Maracanã, 19h

Rádio Clube _ IBOPE_ Segunda a Sexta _ Tabloide

Na Rádio Clube, Valmir Rodrigues narra, Carlos Castilho comenta. Reportagem – Giuseppe Tommaso e Dinho Menezes. Banco de Informações – Fábio Scerni 

Azulinos e bicolores apoiam doação de sangue

Os jogadores de duas expressões do futebol paraense, Clube do Remo e Paysandu Sport Clube, entrarão em campo neste sábado, 22 e domingo, 23, em Paragominas e Rio de Janeiro, respectivamente, em jogos válidos pelas séries D e B do Campeonato Brasileiro de Futebol, com camisas vermelhas em apoio à doação voluntária de sangue. Trata-se de mais uma iniciativa dos times dentro da programação da campanha Agosto Vermelho, organizada pela Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) para comemorar seus 37 anos e aumentar o número de doações, equilibrando o estoque de sangue do hemocentro.
O RexPA solidário, que incentiva a doção entre torcedores, já teve outras edições sempre com expressiva participação de voluntários. Até o momento, foi registrado um total aproximado de 230 comparecimentos de azulinos e bicolores. A adesão ao Agosto Vermelho teve início nas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), onde os avatares do perfil de cada time ganhou a tonalidade avermelhada e mensagens com as hashtags #AgostoVermelho, AgostoVermelhoAzulino e #AgostoVermelhoBicolor, para incentivar torcedores a vestirem a camisa e doar sangue. (Da Ascom/Hemopa)

Tribuna do torcedor

POR HIDERALDO LUIZ BELÉM DA COSTA LIMA (hideraldo_belem@hotmail.com)

Sou torcedor do Paysandu, residente a 5 anos aqui em Manaus, onde todos os dias acompanho as notícias através do Diário do Pará, do qual sou fã do Bola e principalmente de sua coluna.
Lí seu comentário na edição do Bola de hoje sobre o jogador Val Barreto, pela humilhação que não um jogador, mas que um homem está passando por parte de pessoas sem sensibilidade que comandam o brioso Clube do Remo.
Esquecem eles, os gols que esse profissional assinalou jogando, a maioria das vezes, na metade do segundo tempo, entrando em qualquer partida, com garra, determinação e vontade de vencer.
Seria bom esses membros diretores que comandam o Clube do Remo repensarem esse conceito. Afinal, o Remo é um clube de tradição nacional e não pode continuar afundando da forma como está acontecendo. Não pensem eles que as coisas serão fáceis na segunda fase da Série D. Se não administrarem o futebol como tem que ser administrado, a vaca vai para o brejo, o que seria uma vergonha para a nação azulina.
Nós, torcedores dos dois maiores clubes do Pará, não ficamos devendo nada a nenhum outro clube desse país em matéria de torcida e temos que permanecer sempre em evidência, mas, com esses homens trabalhando com transparência e honradez.
Eu, particularmente, gostaria de ver esse jogador atuar pelo meu querido Paysandu, pois ele tem espírito guerreiro e com certeza os diretores azulinos logo iriam ver como foram ingratos com o VAL BARRETO.

Com elegância, Titãs pregam respeito à Constituição

titas

POR MARCELO MOREIRA

Elegância e discernimento são armas poderosas contra a intolerância e a falta de sensibilidade – para náo de dizer de educação. Os Titãs, e especificamente o guitarrista e vocalista Paulo Miklos, deram uma resposta sensata, sem que fosse necessário apelar, a um pequeno grupo que tentou puxar um coro “Fora Dilma” em uma apresentação em Cuiabá (MT), na semana passada.

De forma humilde, mas firme e elegante, trataram de despolitizar o ambiente – contaram, com isso, com a nenhuma adesão aos gritos que saíam de um camarote, ocupado por menos de dez pessoas. Preferiram exaltar a necessidade de se valorizar a democracia e rechaçar mudanças que firam a lei e o ordenamento constitucional.

Não há como não fazer uma comparação com a falta de educação e de respeito que foram verificadas em apresentação do cantor Lobão em São Paulo, no mês passado, onde sobraram xingamentos generalizados contra a presidente Dilma Rousseff, palavrões e refrãozinho de péssimo gosto.

A repercussão entre os detratores da presidente Dilma foi raivosa e no mesmo tom do desrespeito observado no show de Lobão. Os Titãs foram rotulados de “banda chapa branca”, de “comunista” e até mesmo de “corrupta, por apoiar um governo corrupto”.

E eis a questão: embora a banda, e Miklos, tenham feito uma defesa do Estado democrático e da manutenção da lei e da ordem constitucional, me nenhum momento assumiram postura política de defesa deste ou daquele candidato, desta ou daquela ideologia.

Em uma época de excessos, a postura ponderada dos Titãs, ainda que haja interpretações diversas, ajuda a esfriar os ânimos. Da mesma forma que as posições políticas defendidas em público devam ser respeitadas, as críticas também têm de ser ouvidas e toleradas.

Lobão pode – e deve – criticar quem quer que seja, mas desde que haja algum respeito e tolerância quanto a posições adversas. E qualquer manifestação pública deve ser respeitada, desde que observadas as devidas circunstâncias.

Espectadores se manifestaram no show, houve uma resposta dos artistas e tudo caminhou bem em seguida. E a maneira como a banda lidou com o episódio merece elogios.

José Silvério: “Sou um repórter que narra”

POR LUÍS AUGUSTO SIMON – do UOL

José Silvério chegou aos estúdios da Rádio Bandeirantes às 11h35, cinco minutos após o combinado. Falava ao celular, imediatamente desligado quando me viu. E começou a pedir insistentes desculpas como se cinco minutos fossem o fim dos tempos. Com o decorrer da conversa, foi fácil entender o motivo de tanta preocupação com horário. Para alguém que chega à cabine quatro horas antes do início do jogo, tempo é muito importante. A preparação é fundamental.

Ele procura uma sala para conversarmos. E pede desculpas novamente pelos cinco minutos e por demorar – menos que cinco minutos – para deixar a sala em ordem. “Sou um pouco louco. Louco locutor, até fica parecido. Mas não sou só eu, não. Tem muita gente assim”.

O Pai do Gol, como o chama Milton Neves, revela-se em poucos minutos o Escravo do Gol. Mais do que tantos troféus na carreira, orgulha-se de, em 53 anos de profissão, haver perdido apenas um gol. Foi traído pela antecipação do zagueiro Oscar em uma bola que ia diretamente para a cabeça de Mário Sérgio. Até hoje, o atual comentarista da Fox, pede o gol que lhe foi roubado.

Veja essa e outras histórias do narrador:

Silverio_23

Mau humor nos comentários
“Você acha que estou mal humorado? Não é bem assim. É que há algum tempo resolvi mudar um pouco e fazer uma narração mais pausada, mais conversada, mas já desisti. E, se você vai falar do jogo, vai conversar e opinar, tem de falar a verdade. O que acontece também é que o futebol está ruim. Veja o caso do Ganso. Há quanto tempo se fala que ele é craque e que está e má fase? Há três anos. Ficamos esperando ele jogar como no Santos. Não é hora de falar que ele teve uma boa fase e voltou ao normal? A televisão manda no jogo. Eles mostram apenas a parte do estádio que tem gente para dar impresão que está lotado. Eu não faço isso.”

Estilo
“Eu não sou animador de jogo. Não sou palhaço de circo. Sou um repórter que narra o jogo. O mais fielmente possível. “

Preparação
“Como pouco em dia de jogo. Uma omelete, meio sanduiche. Coisa assim. Só me alimento depois. Para evitar estomago cheio, atrapalha o trabalho. A base da locução é a respiração. Faço de tudo para não ter gripe. Durante a semana, tomo duas garrafas de vinho com a minha mulher. De segunda a sexta, nunca no sábado nem no domingo. Nunca em dia de jogo.”

Como não errar o nome dos jogadores.
“Chego antes e me prepara bastante. Fico no estádio imaginando os jogadores. Tenho a lista de quem foi escalado. Tento imaginar os movimentos, o estilo de cada um. Presto também atenção nas chuteiras. São coloridas, ajudam a identificar o atleta. Mas não tenho uma lista de jogadores e chuteiras. Antigamente, era comum haver um negro e um branco na dupla de área. Isso ajudava bastante.”

Erro
“Tenho 53 anos de carreira e só errei o gol uma vez. Foi um gol de cabeça do Mario Sergio e eu narrei como se fosse do Oscar. Veio o cruzamento e o Oscar se antecipou ao Mário Sérgio. Tirou o gol dele e eu não vi. O repórter Candido Garcia também errou. Só percebemos no dia seguinte. Às vezes estico o gol para perceber quem fez. É normal errar, o importante é justificar o erro, assumir e seguir em frente. Não pode ser arrogante. Outro dia, no jogo do São Paulo, errei mas consegui corrigir. Era o Bruno pela direita. Eu disse que era o Pato. Ai, ele cruzou para o Pato, que fez o gol. Consertei na hora.O que induz ao erro é a movimentação rápida dos jogadores. Alguém passa rapidamente perto de outro que está com a bola e fica difícil perceber.”

Gol mais bonito
“Foi o do Alex, pelo Palmeiras, contra o São Paulo. Ele disse que eu embelezei o gol dele. Foi uma loucura o que eu fiz. Gritei antes de o gol sair, antes do chute. Não sei o que foi, intuição. Disseram que foi mediúnico, mas não acredito nisso não.”

Gol mais emocionante
“Foi o do Evair, contra o Corinthians. Eu havia me preparado para dizer “eu vou soltar a minha voz”. Era para um jogo anterior, seis meses antes e não deu certo. Aí, deu com o Evair. Foi marcante.”

Time que torce
“Por causa desses gols, dizem que sou palmeirense. Mas me chamam de corintiano também. Narrei lindos gols de Raí, até na final da Libertadores, e me chamaram de são-paulino. Na verdade, tenho simpatia pelo Cruzeiro, mas não é assim uma grande paixão. A verdade é que eu gosto muito mais de narrar futebol do que de futebol. Minha paixão é o rádio mesmo.”

TV
“Tive duas experiências ótimas. Fui muito elogiado na Copa de 70 (reprisada) na ESPN e na Olimpíada de 96 na Manchete. Mas eu ganho muito bem no rádio e resolvi não trocar. Para ganhar um pouco mais? Para começar de novo? Não estou querendo começar nada não.”

Contrato
“Vai até o final de 2016. A radio queria renovar por quatro e eu aceitei dois. Depois a gente vê. Nâo faço planos não. Estou chegando aos 70, sofri com a perda da minha mulher, conheci outro amor e não quero planejar nada não.”

Tubo
“Nunca aceitei narrar por tubo, mas agora mudei de ideia. Tudo começou em um Brasileiro em que a rodada final tinnha quatro jogos decisivos. O campeão sairia daí. Então, propus narrar os quatro jogos ao mesmo tempo. Foi aqui nesse estúdio em que estamos agora. Colocamos quatro televisões grandes e narrei tudo ao mesmo tempo. A direção da rádio gostou muito. Então, a partir daí, mudei de ideia. Se for preciso, faço tubo.”

Denúncia contra Cunha expõe glúteos tucanos

CM23NUIUAAEwK3e

POR JOSIAS DE SOUZA, em seu blog

Os glúteos da oposição foram para vitrine. Isso ocorreu porque uma denúncia da Procuradoria contra Eduardo Cunha transforma em escárnio qualquer tipo de aliança com o presidente da Câmara.

Tome-se o caso do PSDB. O bom desempenho de Aécio Neves na eleição presidencial permitiu ao tucanato sair de uma derrota bem vestido. Os tucanos mantiveram a compostura ao apoiar um adversário de Cunha na disputa pela presidência da Câmara.

Depois da vitória de Cunha, os tucanos fecharam com ele uma aliança tácita. Passaram a armar juntos emboscadas legislativas para o governo. Nesse instante, o PSDB perdeu as calças.

Ao votar contra criações do governo FHC, como o fator previdenciário, apenas para sabotar a presidência de Dilma, o PSDB perdeu a cueca. Mas sua contradição ainda estava acomodada no fundo da loja. Agora, os glúteos da oposição podem ser vistos por quem passa na calçada por duas razões:

1. É politicamente insustentável o lero-lero segundo o qual é preciso aguardar até que o STF converta Cunha em réu.

2. Quem poupa Cunha e prega o afastamento de Dilma se arrisca a acender um letreiro luminoso no fundo da consciência da plateia: “Farsantes”.

Distanciando-se imediatamente de Cunha, o PSDB talvez saia da vitrine. Aderindo ao ‘fora, Cunha’, o tucanato pode recuperar a cueca. Quanto às calças, pode ser tarde demais para recuperá-las.

Lance! destaca mobilização da torcida azulina

Baenao_LANIMA20150814_0038_52

POR VINÍCIUS PERAZZINI – Lance! RJ

Sem a ajuda de empreiteiras ou grandes empresas, um grupo de torcedores do Remo decidiu se organizar para reformar o Estádio Baenão, em Belém (PA), que não recebe jogos do clube há um ano por conta de problemas estruturais. O movimento – chamado de Revolução Azul e iniciado no fim de março – consiste em buscar um financiamento coletivo da obra, incentivando por meio de sua página no Facebook a doação de materiais de construção e verbas por boleto bancário ou cartão de crédito. O LANCE! conversou com Aline Porto, arquiteta, uma das criadoras do projeto, que também organiza os passos das obras. E ela contou detalhes.

Reforma-Remo_LANIMA20150818_0025_54A meta é revitalizar dois lances de arquibancadas que estão com as estruturas comprometidas, os tobogãs localizados nas avenidas Almirante Barroso e 25 de Setembro. Além das doações, o movimento também vende espaços na parede do alambrado do estádio para os torcedores colocarem seus nomes. Somando as doações e a campanha do alambrado, o grupo já conseguiu R$ 30 mil (R$ 19 mil das doações + R$ 11 mil da venda de nomes nos alambrados). O dinheiro é destinado aos operários da obra, pois quase todos os materiais de construção também vêm de doações.

Atualmente a revitalização do tobogã da Almirante Barroso encontra-se a todo vapor. A primeira parte da obra, o reforço e recuperação dos pilares do setor, foi finalizada. Agora a obra está na fase de cuidados com as vigas. A arquiteta Aline Porto explicou que ainda não há como projetar o valor total da reforma no estádio e uma data para a entrega total do estádio, mas já estabelece uma meta para setembro.

– Só a primeira parte custou R$ 30 mil em de mão de obra. Esperamos terminar o tobogã da Almirante Barroso já em setembro – disse.

BATE-BOLA com Aline Porto

> ‘Baenão é nosso lar e referência’

1. Qual é a importância do Baenão para o time do Remo?

“O Baenão é a nossa casa, nossa referência. Está comprovada a pressão positiva que ele exerce sobre o time e dificilmente o Remo é derrotado lá. É o caldeirão azul”.

2. Qual será o valor final da obra de revitalização do estádio?

“Como a maior parte do comprometimento estrutural é interno, não temos como orçar o total da obra. Não é fácil estimar o tamanho dos problemas. Os valores para as doações serão projetados de etapa em etapa e temos certeza de que tudo dará certo andando desta forma”.

3. O clube tem apoiado o projeto?

“O clube está apoiando o movimento e vem ajudando na divulgação da campanha, mas a verba usada na reforma é 100% da torcida. É preciso parabenizar a força da torcida, pois o projeto já arrecadou uma quantia de peso (R$ 30 mil) e muitos materiais para a obra. A empolgação de todos os envolvidos com o projeto é incrível”.

ESTÁDIO COM MUITA HISTÓRIA PARA CONTAR

Inaugurado em 1917 e patrimônio do Remo, o Baenão tem como nome oficial Estádio Evandro Almeida e já passou por diversas reformas ao longo de seus quase 100 anos. A capacidade atual do estádio é de 17 mil pessoas, mas o recorde é de 33.487 pessoas, quando o Remo goleou por 5 a 2 seu maior rival, o Paysandu, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro de 1976.

Sem o Baenão, o Remo usa o Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, para mandar seus jogos. O Governo do Estado do Pará é o proprietário do estádio, que tem capacidade para 46.200 pessoas. Porém, o Remo sequer tem jogado no Mangueirão por conta de punição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após confusão nas arquibancadas no confronto entre Remo e River-PI, realizado no dia 14 de setembro de 2014, pela nona rodada da Quarta Divisão. São três jogos de gancho, que levaram o Remo no início da atual Série D para a Arena Verde, no município de Paragominas (PA), a 300 quilômetros de distância de Bélem.

A volta do Remo ao Mangueirão está prevista para o dia 13 de setembro, em duelo contra o contra o Vilhena-RO. Atualmente o Remo lidera seu grupo na Série D, até aqui garantindo sua classificação às oitavas de final. Ao fim do ano, os quatro clubes que foram às semifinais conquistarão o direito de disputar a Série C de 2016.

O BAENÃO

> 1917
No dia 15 de agosto de 1917, data que marcou o aniversário de seis anos de reorganização do Remo, o clube inaugurou o seu campo de futebol. O estádio comportava 2 500 pessoas.

> 1935
O Remo reestruturou o seu estádio com arquibancadas maiores. Para comemorar a reinauguração do estádio, o clube convidou o Paysandu para um jogo amistoso no dia 26 de maio de 1935, vencendo por e 5 a 4.

> 1976
O estádio recebeu seu maior público na história em 7 de setembro, quando Remo e Paysandu duelaram pelo Brasileirão. Deu Remo, 5 a 2.

OUTRAS TORCIDAS JÁ FIZERAM PARECIDO

A história protagonizada pelo Movimento Revolução Azul é rara, mas não é única no quesito ‘torcidas que colocaram as mãos na massa’. Na época da construção do Morumbi, o São Paulo foi ativamente ajudado por sua torcida. Para obter materiais de construção, o Tricolor promoveu campanhas de vendas de produtos, cadeiras do estádio e de doação de cimento. Até a entrega final do Morumbi, em 1970, o São Paulo vendeu 12.000 cadeiras, o que ajudou tornar o sonho do estádio uma realidade.

Na Alemanha, a torcida do Union Berlin, da Série B nacional, reformou o estádio do clube em 2009. Cerca de 2 mil fanáticos trabalharam nas obras como voluntários, sem qualquer dinheiro em troca, para ampliar a arena do clube para 20 mil lugares, uma exigência da liga local.

Aclep se manifesta em defesa de associado

Íntegra da nota emitida nesta quarta-feira (19) pela Associação dos Locutores e Cronistas Esportivos do Pará (Aclep) em desagravo público ao seu associado Paulo Fernando “Bad Boy”:

NOTA DE DESAGRAVO PÚBLICO

Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.  – George Orwell

Onde a imprensa é livre e todo homem é capaz de ler, tudo está salvo.” – Thomas Jefferson

A Aclep – Associação dos Locutores e Cronistas Esportivos do Pará, vem a público desagravar o colega Paulo Fernando, conhecido na cônica esportiva paraense como “Bad Boy”, em razão das deliberações emitidas, em nota, pela Diretoria do Paysandú Sport Club, no dia 19 de agosto de 2015.

Em curto arrazoado, a Diretoria do Clube acusa o profissional em questão de proferir reiterados “ataques gratuitos desrespeitosos e patrocinados” e, por conta disso, “deliberou em suspender qualquer atividade do referido jornalista nas dependências do clube, bem como proibir seu acesso ao Estádio Leônidas Castro (Curuzu), Sede Social e Sede Náutica, até ulterior deliberação.”.

Foi com muita tristeza e apreensão que a Aclep tomou conhecimento de tal deliberação. Tristeza  tal cerceamento partir daqueles que tem a obrigação de zelar e manter viva a história de uma instituição centenária que, como toda sociedade brasileira, passou pela auguras de uma ditadura. Apreensão por constatar uma inadmissível inversão de valores, onde a censura, abominável em todos os sentidos, volta a surgir onde menos se espera, junto a uma sociedade formada por homens e mulheres esclarecidos.

Por outra banda, com mais preocupação, ainda, se constata a total falta de respeito pelas Leis Pátrias, posto não ser crível o desconhecimento, por parte de quem faz uma das mais importantes instituições deste Estado, do que dispõe o art. 90-F (incluído pela Lei no 12.395/2011), da Lei no 9.615/98, conhecida como Lei Pelé – “Os profissionais credenciados pelas Associações de Cronistas Esportivos quando em serviço têm acesso a praças, estádios e ginásios desportivos em todo o território nacional, obrigando-se a ocupar locais a eles reservados pelas respectivas entidades de administração do desporto.” (destacamos).

Desta feita, vimos a público, não somente para desagravar um colega ofendido em suas prerrogativas profissionais, como, também, para deixar claro que a Aclep usará de todos os meios para fazer valer os direitos arduamente conquistadas por nossa categoria, não calando ou sendo subserviente a atos autoritários e de censura.

A liberdade de imprensa é um direito de toda sociedade brasileira.

Belém, 19 de agosto de 2015.

GEO ARAÚJO – Presidente

A primeira batalha

POR GERSON NOGUEIRA

Será uma batalha difícil, como toda disputa eliminatória, mas desta vez as diferenças não são tão acentuadas. O Fluminense, da Série A, recebe o Papão, da Série B, mas não se pode dar ao clube carioca amplo favoritismo, apesar de levar a vantagem natural por jogar diante de seus torcedores. O fato é que nas condições atuais a partida é mais equilibrada do que se poderia imaginar algumas semanas atrás.

unnamedMesmo com seus medalhões Ronaldinho Gaúcho e Fred, o Fluminense tem pontos fracos e nos últimos jogos mostrou deficiências gritantes, principalmente no setor defensivo. Sofre com a entrada súbita de uma estrela no time, com o agravante de ser uma estrela que não marca ninguém e que só recebe as chamadas bolas boas.

Ao lado de Fred, Ronaldinho precisa que os demais companheiros corram e marquem por ele. Essa nova feição que o Flu adquiriu desde a sua chegada responde por alguns tropeços recentes e tornou o time menos ágil e vibrante como antes.

No fim de semana, contra o Figueirense, o Tricolor teve sérias dificuldades para chegar à vitória, de virada, por 2 a 1. Durante boa parte do jogo, o alvinegro catarinense foi superior, criando boas oportunidades.

Vem daí a expectativa positiva quanto ao comportamento do Papão na partida desta noite. Com a formação bem próxima daquela que empreendeu a sequência de oito jogos invictos no começo da Série B, o time tem condições de fazer uma apresentação convincente, sem se expor em demasia e procurando explorar os espaços que o Flu pode oferecer.

A opção por Leandro Cearense e Aylon, anunciada ontem pelo técnico Dado Cavalcanti, é a saída mais coerente que podia haver para a formação do ataque bicolor. Foram os atacantes que atuaram maior número de vezes, tendo naturalmente mais entrosamento que os demais.

Além disso, Cearense é o principal artilheiro do Papão na Série B, atravessando um bom momento depois dos gols marcados contra o Oeste no sábado passado. Boleiros precisam de confiança para render bem e, com o apoio dos torcedores depois da boa apresentação na última rodada, Cearense volta a se sentir importante para o time.

Quanto aos demais setores, Dado escala jogadores que já vinham atuando tanto na Copa BR quanto na Segunda Divisão, o que é garantia de entendimento entre os escalados. Na proteção à zaga, Capanema ganha a companhia de Augusto Recife, substituto de Fahel, suspenso, e de Jonathan. Particularmente, aprecio mais a leveza e o dinamismo desse trio de marcação, com a vantagem que a presença de Jonathan representa quanto ao apoio às subidas de Pikachu.

Carlinhos volta à meia-cancha em substituição a Valdívia, que não pode atuar porque já defendeu outro clube na competição. Dos armadores disponíveis na Curuzu, Carlinhos foi o mais utilizado até agora, embora sem ter mantido regularidade. Ganha nova chance em jogo de grande importância para o Papão.

Promessa de um bom espetáculo no Maraca e que o Papão não se deixe levar pela tentação do recuo excessivo, que normalmente é a porta de entrada para derrotas fora de casa.

————————————————————

A saga do renegado Val Barreto

Ninguém entendeu ainda, nem o clube se preocupou em explicar, a razão de tanta resistência à reintegração do jogador Val Barreto ao elenco do Remo. É como se o atacante tivesse cometido um crime imperdoável quando defendia a bandeira azulina, o que soa estranho porque, como atleta, ele sempre mostrou empenho e luta pelas cores do clube.

Agora, depois de decisão da Justiça Trabalhista obrigando o Remo a reintegrá-lo, surgem notícias quase diárias de dirigentes que até se recusam a cumprir a determinação judicial.

unnamed (100)

Com base em exemplos recentes, de jogadores que acintosamente desrespeitaram o clube e foram depois recontratados, soa no mínimo estranho que o centroavante não seja bem recebido na volta ao Baenão. O veto chama ainda mais atenção pela flagrante carência que o Remo tem de um jogador do perfil de Barreto, que sabe brigar dentro da área e é bom no cabeceio. Por sinal, Cacaio já teve até que adiantar Eduardo Ramos como forma de compensar as fragilidades ofensivas do time.

Fundamental na campanha remista no Parazão deste ano, cabe lembrar ainda que ele foi um dos poucos a se salvar do fiasco na final da Copa Verde, em Cuiabá. Entrou nos 15 minutos finais e marcou o único gol azulino naquela fatídica noite. Talvez por isso mesmo seja adorado pela torcida e hostilizado por parte da cartolagem. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

————————————————————

Prêmio merecido a um grande baluarte

O amigo azulino Hélio Mairata, mestre e economista de grande prestígio, acaba de ser distinguido com mais uma justíssima homenagem pelos seus muitos predicados profissionais. Ele será homenageado com o título de Profissional Economista de 2015 no encerramento da sessão especial alusiva ao Dia do Economista, prevista para hoje, às 14h, na Assembleia Legislativa. A honraria será concedida ao professor pelo Sindicato dos Economistas do Pará. Além de grande desportista, sendo inclusive um dos fiéis 27 baluartes da coluna, Mairata é um incansável defensor das causas libertárias e dos pleitos democráticos. Parabéns.

————————————————————

Mudança de rumos e atitudes

A decisão que a direção da Rádio Clube do Pará oficializou ontem, determinando que os repórteres setoristas não mais utilizem as salas de imprensa dos clubes de Belém, pode ser o ponto de partida para tornar a cobertura esportiva ainda mais independente e transparente. Ao mesmo tempo, passa a priorizar informações referentes ao futebol, evitando citações e destaques a dirigentes. Providência salutar e condizente com os princípios do bom jornalismo. Melhor para todos.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 20)