Sobre a Payxão bicolor

POR CARLOS EDUARDO LIRA 
Acabei de ver o vídeo “Payxão de Pai para Filho” e confesso que fiquei muito emocionado com os relatos que mostraram a importância quase divina da figura paterna na construção do amor incondicional por um clube.
Ver e ouvir os relatos de torcedores extremamente apaixonados fez-me perceber claramente que se sou (e provavelmente sempre serei) Paissandu é graças a meu Pai.
No entanto, eu, diferentemente dos relatos dos torcedores do alviceleste – alguns ilustres como Syanne Neno – que destacaram a importância de ir ao estádio acompanhado do pai para assistir as vitórias e derrotas do clube de coração, fui levado, por meu pai, a amar o Paissandu por intermédio das ondas de rádios que chegavam em um velho rádio que pertencerá a meu avô.
Sem saber direito as cores do uniforme, sem saber identificar os rostos dos jogadores e até mesmo sem saber como era um estádio de futebol por dentro, eu parecei estar dentro de campo ao ouvir as narrações sempre emocionados e emocionantes dos radialistas paraenses.
Em cada gol do Paissandu eu via o sorriso de alegria de meu pai e com ele sorria. Em cada gol sofrido o desapontamento de meu Pai era também o meu desapontamento. Em cada vitória a áurea de glória rondava minha casa. Em cada derrota o silêncio sepulcral adentrava nossos espíritos e ruminavam nossas almas.
Tudo muito bonito! Tudo muito fantástico! Tudo muito emocionante!
Agora, de todos os momentos com meu Pai, os que eu considero mais bonitos era quando ganhávamos os títulos. Pois este momento fazia com que ele rememorasse histórias de superação (quase aventuras impossíveis) sobre antigos esquadrões e magníficos jogadores, como Quarentinha e Bené, que fizeram do Paissandu o time glorioso que é hoje.
Dito tudo isso, o que tenho apenas a dizer é “muito obrigado Pai por me forjar Paissandu!”, espero poder fazer o mesmo que você e continuar a contar histórias, agora para meus filhos, sobre Sandro, Jóbson, Cacaio, Luis Carlos (goleiro), Edgar, Rogerinho, Yarley, Vandick, Vanderson e companhia que tornaram o Paissandu ainda maior.
Feliz dia dos Pais!

9 comentários em “Sobre a Payxão bicolor

  1. Amigo Lira, eu também sou muito agradecido a meu pay por hoje ser torcedor do Paysandu.

    E da mesma forma sua, também se deu inicio pelo radio.

    Eu já olhava no calendario da parede de casa, na camisa listrada ( ele tinha uma que tinha a escrita Papão ) do meu pai, nas fotos de jornais que ele gostava de algo com o mesmo desenho, que tinha as cores em azul e branco, as letras PSC e pé com asas dentro de um desenho ( escudo ).

    Observava também que ele gostava e até hoje faz isso, chamar de Paysandu pra pessoas.

    Resumindo, lembro do ano, 1983, tinha 8 anos, pela radio meu escutava o jogo do Paysandu e ao final o narrado sacramentava

    Tuna 2×0 Paysandu

    No mesmo instante, olhando pra ele, lhe perguntei

    E agora pai, pra que time vamos torcer.

    Sua resposta mais veloz do que eu podia imaginar

    Não importa se o nosso time ganha ou perde, temos que ser Paysandu pra sempre.

    Daí gravei isso na mente e deixei que o meu Papão passasse a fazer parte da minha vida.

    Tenho dois filhos rapazes, e recentemente o Senhor me deu mais uma garotinha, como minha esposa é Paysandu, nossa família é 100% bicolor, e graças ao meu querido velho, torcemos pro melhor time da Amazônia

    PAPÃO DA CURUZÚ

    A todos pais, não importa se bicolores ou remistas, um grande dia para nós, e que possamos continuar criando nossos filhos, não por obrigação ou dever, mas por amor.

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  2. Duas correções no texto:

    Terceiro parágrafo: está escrito (que o rádio) pertencerá a meu avô.

    Troca-se o pertencerá por pertencera.

    Quarto parágrafo: (…) até mesmo sem saber como era um estádio de futebol por dentro, eu parecei estar dentro de campo (…).

    No lugar de parecei usa-se parecia.

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  3. Primeira vez num estádio: meu pai, meu irmao mais velho e eu. Tuna x Paysandu, Baenão 1976, com oito anos. A mais marcante ida com meu velho ao estádio: estréia do Dadá, vínhamos de Mosqueiro e chegamos tarde. Entramos empurrados, meu pai quase desistiu e tivemos q ir pra geral onde entramos no final do primeiro tempo. Mas valeu. Belo texto Celira! Feliz Dia dos Pais a todos!

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  4. Minha primeira ves no estádio foi com meu gradioso Pai. A primeira partida que vi foi Paysandu 2×0 Flamengo, de Savio, Romario e Edmundo. Que Jogo!!!

    Desde aí me apaixonei pelo Papão, frequentava o estádio sempre ao lado do meu Grandioso Pai.

    E quando meu Pai evitou de ir ao estádio por problemas no coração, tambem deixei de frequentar, assistir as partidas sem sua presença não era a mesma coisa.

    Meu Pai as vezes evita ouvir no rádio tamanho é o amor pelo Paysandu, as vezes sofro com ele, por ter sido privado de sua maior Payxão depois da familia.

    Não sei se sorrio ou se fico triste a cada vez que ele me pergunta o placar da partida e se o Paysansu esta jogando bem…

    Uma coisa é certa o amor que sinto pelo Grandioso Manoel Carmelino me fez amar o Paysandu com a mesma intensidade que ele.

    Mas prefiro ficar com a memória do seu maior momento de alegria que foi aquele título inédito da Copa dos Campeões quando ví meu pai chorar de alegria, percebi que alí ele , tinha Passado seu legado. pois mais tarde já não acompanhairia os jogos com tanta frequencia.

    Só tenho a agradecer meu Pai por todas as lutas que ele venceu pra dar o melhor para mim e meus irmãos, e por ter compartilhado essa Payxão comigo.

    Feliz Dia Dos Pais Manoel Carmelino

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  5. Lembro-me da primeira vez que fui ao estádio junto com meu pai, Paysandú, e minha mãe, remista, acho que foi o terceiro jogo da decisão. Não consegui ver muita coisa pois o muro da Curuzu me impedia bastante a visão. Mas me encantei com o grito apaixonado dos torcedores alvicelestes que mesmo sendo derrotados naquele momento, 2 X 0, para o Remo, continuavam cantando muito, até que o time empatou e virou o jogo na prorrogação.
    Logo, nascia ali a minha paixão pelo Maior vencedor de títulos da Amazônia.
    Sou muito feliz por ser Paysandú, seja na vitória ou mesmo sem ela, orgulho-me de fazer parte desta imensa nação.
    A todos os pais do blog um FELIZ DIA DOS PAIS!

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