E se a delação contra Cunha fizer parte do jogo?

POR MIGUEL DO ROSÁRIO, no blog O Cafezinho

Francamente, não acredito em mais nada nessa grande conspiração midiático-judicial que se tornou a Lava Jato e suas delações.

Tudo que vem dela merece minha desconfiança.

Aliás, numa conjuntura como essa, confiar em quem?

Que instituições merecem nossa confiança?

Ao contrário do que tenta passar a mídia, a política é o único esteio ao qual devemos nos agarrar.

Aqueles que defendem políticas públicas progressistas, modernas, nacionalistas, investindo nos mais pobres de um lado, em infra-estrutura de outro, são os únicos que merecem a nossa confiança. 

Por que a confiança não é exatamente em sua conduta pessoal, esta infelizmente sujeita às chantagens e brutalidades do jogo sujo da política, somadas às vaidades e fraquezas características do ser humano, mas em suas ideias e projetos, que se transformam em ações concretas para melhorar a vida do povo e acelerar o nosso desenvolvimento sócio-econômico.

Voltando às minhas paranoias: e se as acusações contra os presidentes das casas legislativas, Cunha e Renan, estiverem sendo feitas com objetivo de chantageá-los, com a possibilidade de prisão, caso não aceitem o esquema golpista?

E se há um grande esquema de chantagem em andamento?

O blog Conversa Afiada divulgou, há pouco, uma denúncia sinistra, de que ministros do TCU estariam sendo chantageados para não aprovar as contas de Dilma Rousseff.

Uma coisa está clara para mim desde muito tempo: Cunha é um pião facilmente manipulável pela mídia e seus braços dentro dos aparelhos de repressão, justamente por seu longo e sombrio passado de denúncias.

Alguns analistas dizem que as acusações contra Cunha o desmoralizam e dificultam que seja ele o líder do processo de golpe.

Só que Cunha nunca foi líder de nada. Esse processo tem sido liderado pelo PSDB, a mídia, e alguns ainda misteriosos patrocinadores estrangeiros.  A prova disso é a blindagem incrível gozada pelos tucanos.

O Ministério Público e a Polícia Federal não tem coragem de investigar tucanos.

Todo o mundo político tem sido exposto, justo ou injustamente, à sanha dos aparelhos de repressão.

Menos o PSDB.

Nas redes, agora faz sucesso marcar eventos de filiação de tucanos ao PT para ver se alguém investiga alguma coisa sobre seus governos, que protagonizaram escândalos e mais escândalos, todos abafados.

Cunha e seus acólitos na Câmara não dão a mínima para essa questão de “imagem pública”.

Prefiro manter, portanto, meu nível de paranoia em estado máximo.

Todas essas jogadas, o inquérito contra Lula, a delação contra Cunha, podem ter apenas um objetivo: o golpe.

Entretanto, com golpe ou não, temos que admitir uma coisa. Esse curto circuito entre as instituições mostra que o Brasil do PT é um Brasil diferente.

Todo mundo é investigado.

Uma pena que esta liberdade esteja sendo manipulada com finalidades políticas espúrias, e conspurcada por excessos da Polícia Federal, conspirações do Ministério Público, arbítrios do judiciário e manipulação das notícias.

Ao cabo, aliás, o último problema mencionado, a manipulação da informação, é o problema principal, por ser a plataforma a partir da qual todas as conspirações se estruturam.

Saímos de uma situação em que o governo mandava abafar qualquer investigação contra si mesmo e seus aliados, para uma outra, de aparente descontrole dos órgãos de repressão, que seguem apenas a orientação da mídia.

No fundo sombrio das minhas paranoias, porém, ainda alimento um fio de esperança de que, quando (e se) vencermos todos esses golpes, conspirações, arbítrios judiciais, teremos um Brasil bem melhor.

O adeus do carrasco

POR GERSON NOGUEIRA

Quis o destino que a morte de Alcides Ghiggia, herói da conquista uruguaia mais celebrada e carrasco do Brasil pelas mesmas razões, coincidisse com a data histórica do Maracanazo. Há exatos 65 anos, no dia 16 de julho de 1950, o veloz e franzino ponta-direita (então com 23 anos) silenciou 200 mil torcedores presentes ao então maior estádio do mundo e outras milhares de pessoas espalhadas pelo país.

Partiu ontem certamente recompensado pelas lembranças da glória conquistada naquela tarde distante no Rio de Janeiro. Talvez tenha sido a homenagem derradeira dos deuses da bola.

Cá pra nós, o trauma de 50 só não é maior para a torcida brasileira porque foi substituído pelo recente vexame de Belo Horizonte. A surra aplicada pelos alemães fez abrandar a dor sentida pela perda da primeira Copa do Mundo promovida no Brasil.

Vi inúmeras entrevistas de Ghiggia falando sobre o Maracanazo e sempre pareceu um sujeito tranquilo, humilde, alegre e de bem com a vida. Uma postura comum aos craques que atuaram na era dourada do futebol, quando a menor das preocupações era em amealhar fortunas.

Nos dias de hoje, acima de qualquer outra motivação, os boleiros elegem a independência financeira como meta inicial a alcançar. O que vier depois é lucro. Por isso mesmo, rareiam exemplos como o de Gigghia, cujo impulso na carreira só viria depois da conquista da Copa do Mundo.

Depois de uma punição decorrente de briga em campo no campeonato uruguaio, deixou o seu amado Peñarol e foi jogar na Itália. Ganhou dinheiro e fama como atacante do Roma. Acima de tudo, se divertiu muito, com a vida noturna de então, a mesa farta e o conforto que o futebol italiano oferecia.

Em campo, correspondeu plenamente à expectativa. Comandou a recuperação do clube e chegou a defender a Azzurra, beneficiando-se do fato de ser um oriundi (descendente de italianos). Os gols, a identificação com a torcida e as conquistas eternizaram seu nome na história do clube

Viveu bem, mesmo depois de se aposentar dos gramados. Foi, enfim, um homem feliz. Só por isso já é merecedor de todas as homenagens. Era o último sobrevivente daquele grupo de 22 jogadores que terminou aquela partida inesquecível no Maracanã. Tinha 88 anos.

(Artigo humildemente inspirado em crônica premonitória de Giovanni Guerreiro, publicada no portal ESPN, antes do falecimento de Ghiggia)

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Uma nova dupla nasce no Leão

Os últimos treinos do Remo indicam que Cacaio, forçado pelas circunstâncias, deverá escalar um ataque com Welton e Aleílson contra o Rio Branco, amanhã, em Paragominas. Pode dar liga. A dupla mostrou desembaraço durante os coletivos da semana e pode dar ao time uma movimentação ofensiva que não há quando joga com um centroavante fixo, como Rafael Paty. Welton joga na área também, mas sabe sair para buscar a bola e tentar tabelinhas em velocidade.

Ao lado de Aleilson, tem condições de formar uma nova dupla de ataque, capaz de resolver o que já se configura como o maior problema do Remo na Série D: o desperdício de gols. Contra o Vilhena, domingo passado, foram pelo menos cinco grandes oportunidades perdidas por precipitação, falha de pontaria e posicionamento adequado.

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Das dores do inferno às glórias do céu

O futebol prega peças e deixa lições. O atacante Misael tem exibido qualidades que confirmam o acerto de sua contratação pela diretoria do Papão. Arisco e habilidoso, vai se credenciando como um reserva qualificado, que sempre aparece bem quando chamado a entrar.

Foi assim contra o Macaé, quando em poucos minutos conseguiu produzir o que o titular Souza não fez ao longo de quase 80 minutos. Entrou na área, gingou na frente do marcador e sofreu pênalti. Confiante, pegou a bola e partiu para a cobrança. O chute saiu fraco e em cima do goleiro, que evitou o gol. Um minuto depois, o Macaé desempataria e Misael cairia em desgraça perante a torcida. Houve quem até cobrasse sua dispensa, responsabilizando-o diretamente pela derrota.

Cinco dias depois tudo mudou. A situação se inverteu por completo quando o mesmo Misael entrou no jogo contra o Bahia. Da mesma maneira desassombrada da partida anterior, foi pra cima da defesa inimiga.

Em investida rápida pela direita, cortou um zagueiro junto à linha de fundo, depois fintou outro e bateu na saída do goleiro. O gol abriu caminho para uma vitória que era improvável até ele entrar em campo. Na verdade, o Bahia foi superior no primeiro tempo e podia ter balançado as redes.

Misael foi fundamental para restituir confiança ao time, que a partir de seu gol encaminhou um triunfo categórico por 3 a 0. Saiu de campo de peito lavado, com a atuação louvada por todos.

O futebol é muitas vezes ingrato, mas consegue ser generoso também com os que perseveram.

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Agressão e covardia

Fazia tempo que o Mangueirão não via cenas tão agressivas contra profissionais de imprensa como as que ocorreram na quarta-feira à noite, depois do jogo entre Papão e Bahia. O repórter Chico Chagas, da rádio Marajoara, foi agredido pelo auxiliar técnico do time baiano, identificado como Denys Luctke Fancincani.

Chagas buscava se aproximar para entrevistar o técnico Sérgio Soares quando levou um soco, caindo ao lado do túnel utilizado pelo time baiano. Não havia mais policiamento no gramado do estádio e o repórter não teve a quem recorrer. Através dos confrades, a denúncia foi feita na hora, mas o agressor conseguiu sair sem maiores incômodos. A Aclep se posicionou através de nota oficial, repudiando a atitude do funcionário do Bahia.

Resta agora ao próprio Bahia tomar as atitudes cabíveis em relação ao profissional que maculou, de forma tão irresponsável, a sua imagem de tradicional clube do futebol brasileiro.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 17)

Cruz Azul estaria interessado em Souza

Sites mexicanos revelam o interesse do Cruz Azul no atacante Souza, atualmente no Paissandu. Apesar da notícia, a diretoria do Papão ainda não foi contatada pelo clube do México.

Prova de que o Papão está em fase abençoada, com sorte dentro e fora de campo. Excelente oportunidade para se livrar do poste mais caro da Série B hehe

Na Argentina, craques voltam por amor à camisa

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“Dinheiro não traz felicidade”, exclamou o atacante argentino Carlos Tevez em seu retorno ao Boca Juniors depois de onze anos. Aclamado por mais de 50.000 torcedores enlouquecidos, incluindo Diego Maradona, em La Bombonera, Tevez contou que recebeu propostas mais vantajosas financeiramente, mas que, aos 31 anos, não via a hora de voltar para o clube do coração. Casos como este vêm se tornando frequentes na Argentina. Também bem-sucedidos na Europa, os meia Lucho González e Pablo Aimar (maior ídolo de Lionel Messi, foto acima) e o atacantes Javier Saviola retornaram ao país nesta temporada para voltar a vestir as cores do River Plate. No ano passado, o atacante Diego Milito, herói da Inter de Milão na conquista da Liga dos Campeões de 2010, voltou ao Racing, clube que o formou, e comandou o time na conquista do Campeonato Argentino, torneio que não vencia desde 2001 – com o próprio Milito, ainda uma promessa, no ataque.

O mesmo fizeram Maxi Rodríguez e Gabriel Heinze, do Newell’s Old Boys, e, anos antes, “La Brujita” Verón (campeão da América pelo Independiente em 2009, assim como fez seu pai na década de 60). Do outro lado do Rio da Prata, na semana passada, o uruguaio Diego Forlán, melhor jogador da Copa de 2010, também realizou o sonho de jogar pelo Peñarol, clube pelo qual torcida na infância e seu pai, Pablo, fez história. Todos estes atletas já ultrapassaram a faixa dos 30 anos, mas ainda tinham mercado, seja na Europa ou em ligas mais rentáveis, como China ou Emirados Árabes. No entanto, abriram mão de salários milionários para poder voltar para casa (por quantias mais modestas, mas, claro, jogando nos clubes pelos quais torcem ou são identificados). No Brasil, casos de fidelidade como estes foram vistos com menos frequências nos últimos anos – Juninho Pernambucano no Vasco, Alex no Coritiba, Robinho no Santos, e Kaká e Luis Fabiano no São Paulo são os raros exemplos. Por aqui, é mais fácil lembrar de episódios em que os torcedores ficaram decepcionados ao ver suas crias atuando do lado inimigo. (Da Veja)

Aclep repudia agressão a radialista da Marajoara

Abaixo, na íntegra, nota de repúdio emitida pela Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos do Pará (Aclep) pela agressão do auxiliar técnico Denys Fancincani (do Bahia) ao repórter Francisco das Chagas Mendonça (Chico Chagas), da equipe da Super Marajoara, na noite desta quarta-feira, no estádio Jornalista Edgar Proença:

A Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos do Pará-ACLEP, vem de público expressar seu sentimento de repúdio à agressão física do auxiliar técnico do Esporte Clube Bahia, Denys Luctke Fancincani, ao radialista Francisco das Chagas do Nascimento Mendonça(Chico Chagas), logo após o  encerramento do jogo  Paysandu X Esporte Clube Bahia, pela Copa do Brasil, realizado na noite da última quarta-feira(15-07-15) no Estádio Olímpico do Pará(Mangueirão). No desempenho de sua função, o repórter Chico Chagas entrevistava o técnico do clube baiano, Sérgio Soares da Silva, quando foi agredido fisicamente pelo auxiliar técnico de maneira covarde e violenta, evidenciando um ato que só serviu para manchar a história de um dos mais tradicionais clubes do futebol brasileiro.

Por este motivo, a ACLEP solicita aos órgãos ligados ao futebol brasileiro que prezam pela disciplina e penalizam os responsáveis por atos deploráveis como o propiciado pelo Sr. Denys Luctke Fancincani, que tomem as providências que o caso requer.

ADENILDO MATOS DA SILVA –  Presidente em Exercício

Mourinho é o melhor, segundo revista inglesa

Uma das publicações com maior reputação no cenário futebolístico, a revista inglesa Four Four Two divulgou, nesta quarta-feira, uma relação com os melhores treinadores da última temporada. De acordo com a votação, o português José Mourinho, que comandou o Chelsea nas conquistas do Campeonato Inglês e da Copa da Liga Inglesa, foi eleito como o melhor dentre os outros concorrentes.

Responsável por conduzir o time londrino ao pentacampeonato inglês, sendo três conquistas só sobre seu comando, o feito de Mourinho, para a imprensa inglesa, superou o de Luis Enrique, que conquistou a tríplice coroa pelo Barcelona – Campeonato Espanhol, Copa do Rei e Liga dos Campeões – e o de Joachim Low, que deu à Alemanha o tetracampeonato mundial.

Dentre diversos nomes consagrados, um destoa e chama atenção: Unai Emery, bicampeão da Liga Europa com o Sevilla na última temporada. O treinador chegou a ser sondado pelo Real Madrid a partir da demissão de Carlo Ancelotti, também elencado na listagem. Além dele, o alemão Jurgen Klopp é outro indicado que, atualmente, está sem clube.

Completam a relação nomes como Pep Guardiola, do Bayern de Munique, Massimiliano Allegri, renovado com a Juventus até 2017, e Diego Simeone, treinador do Atlético de Madri, pelo menos, pelas próximas quatro temporadas.

Confira a relação completa dos melhores treinadores feita pela Four Four Two:

1) José Mourinho (Chelsea-ING)
2) Josep Guardiola (Bayern de Munique-ALE)
3) Luis Enrique (Barcelona-ESP)
4) Diego Simeone (Atlético de Madri-ESP)
5) Massimiliano Allegri (Juventus-ITA)
6) Jurgen Klopp (sem clube)
7) Unai Emery (Sevilla-ESP)
8) Joachim Low (Seleção da Alemanha)
9) Carlo Ancelotti (sem clube)
10) Laurent Blanc (Paris Saint-Germain-FRA)