Vitória e reconciliação

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POR GERSON NOGUEIRA

O placar de 2 a 0 não diz o que foi o jogo. No segundo tempo, o Remo construiu pelo menos mais seis grandes oportunidades para marcar. Os gols que não aconteceram no primeiro tempo surgiram na etapa final, sob chuva e com a torcida jogando junto, vibrando até com os lances desperdiçados. Apesar da sensação de que a classificação podia ter sido encomendada em casa, o Remo saiu de campo aplaudido e reconciliado com a torcida.

Em ritmo forte, com jogadas em velocidade e pressão sobre a saída de bola do Rio Branco, o time entrou a fim de sufocar e decidir a parada logo nos primeiros minutos. Fez quatro ataques fulminantes antes dos 10 minutos, mas falhava nas finalizações. Roni, Bismarck e Eduardo Ramos comandavam as investidas, com muitos dribles e passes rápidos.

A disposição empolgou a torcida, que há exigia vontade, comprometimento e “sangue nos olhos”, como resumiu o técnico Zé Teodoro. A pressão imposta desde o começo desestabilizou o Rio Branco, mas não passou de cruzamentos sem maior perigo.

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unnamedOs acreanos saíam sempre à base de chutões e em raros contra-ataques. Na reta final do primeiro tempo, com Eduardo Ramos mais perto de Bismarck e Roni, as chances voltaram a ser criadas, mas os chutes saíam tortos ou estouravam nos zagueiros.

A bola só entrou uma vez, aos 30 minutos. Bismarck aproveitou rebote de chute inicial de Ramos, mas estava em impedimento. A insistência continuou, mas os cruzamentos nunca achavam um jogador bem posicionado na área, pois Flávio Caça-Rato saía sempre para buscar jogadas, como é sua característica.

Depois do intervalo, com um temporal castigando o Mangueirão, o Remo imprimiu velocidade ainda maior nas jogadas ofensivas. Os laterais Alex e Levy se aproximaram dos atacantes, sem deixar o Rio Branco sair de seu campo.

Logo aos 5 minutos, tabelinha entre Ramos e Dadá foi interrompida com falta dura na entrada da área. Alberto cobrou e acertou o canto direito. O gol entusiasmou ainda mais o time, que passou a atacar em busca do segundo. E ele veio, aos 14 minutos, em bola enfiada para Roni, que mandou para as redes. Estava adiantado entre dois zagueiros, mas a arbitragem validou o gol.

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Para corrigir a falta de referência na área, Zé Teodoro substituiu Caça-Rato por Rafael Paty. Tirou Bismarck, cansado, e lançou Ratinho. Tornou o time ainda mais forte no ataque, embora menos intenso na armação, pois Bismarck funcionava como um motorzinho nas arrancadas pelo meio.

Ramos, que já havia se destacado no começo, correndo como nunca, assumiu a responsabilidade pela criação de jogadas e comandou o jogo de pressão sobre o Rio Branco. De seus pés saíram passes precisos para Roni, Paty e Alex Ruan.

As oportunidades foram se repetindo. Roni perdeu três grandes chances, todas evitadas pelo goleiro. Ramos mandou uma bola cruzada, que o arqueiro espalmou. E, lançado pelo camisa 10, Paty perdeu, quase ao final, chance de ouro. O chute saiu rente à trave esquerda.

A três minutos do fim, Alex Ruan foi autor da mais bela jogada da noite. Após lançamento de Ramos, o lateral foi à linha de fundo, driblou dois zagueiros dentro da área e chutou forte, cruzado. Caprichosamente, a bola desviou na zaga e foi a escanteio. Um pecado. Alex e o torcedor mereciam o gol.

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Com dribles e passes, Ramos sobressai   

De uniforme novo, o Remo saiu aplaudido de campo, reconciliado com a sua torcida. Para isso contribuiu bastante a destacada atuação de Eduardo Ramos, que se movimentou por todo o campo e não se furtou a buscar lances individuais, como há muito não fazia. Empolgou os torcedores e ganhou elogios do técnico Zé Teodoro. Posicionado mais à frente, junto aos atacantes, o camisa 10 ficou à vontade para distribuir passes, em tabelinha ou profundidade, e teve disposição para arriscar jogadas pessoais.

Foi, seguramente, sua melhor atuação desde que chegou ao Remo. O próprio andamento do jogo comprova que o desembaraço e a criatividade do meia-armador fazem com que todos os setores funcionem bem. A dúvida agora, como também sublinhou Zé Teodoro, é se Ramos vai manter regularidade. Caso siga nesse ritmo, o Remo certamente será um time mais organizado e temido.

A atuação do estreante Bismarck certamente contribuiu para o bom rendimento de Ramos. Dinâmico, às vezes correndo até mais do que a bola, Bismarck faz o estilo motorzinho. Desarticulou a marcação e só era parado com falta. Uma estreia auspiciosa. Outro que entrou na equipe ontem mostrando qualidade e segurança foi o zagueiro Ciro Sena. Pode ter garantido a titularidade.

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Estreias com resultados animadores

Com duas vitórias (de Independente e Remo) e o empate do Papão, os representantes paraenses abriram positivamente a caminhada na Copa Verde. O resultado mais significativo foi o do Galo em Tucuruí. O placar de 2 a 0 sobre o Brasília, campeão de 2014, mostra qualidade e dá certa segurança para o jogo de volta na capital federal.

O Papão foi a Macapá e vencia o jogo (gol de Marlon) até os 35 minutos do segundo tempo. Um descuido da defesa propiciou o empate do Santos. Podia ter sido pior: logo em seguida, o time amapaense quase desempatou. O empate fora de casa com gol é um bom resultado, mas a sequência de dois jogos sem vitória contra times inferiores motiva preocupação.

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Violência desenfreada e impune

As cenas dantescas de pancadaria no clássico Palmeiras x Corinthians juntam-se ao arrastão de gangues uniformizadas do Flamengo em Macaé no rosário de truculência das torcidas nos grandes centros do futebol brasileiro. Parecem cenas de arquivo, tamanha a semelhança com episódios recentes. Infelizmente, semelhante também será o destino dado à apuração e às providências em relação aos malfeitores.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 09) 

Rodada da Copa Verde (comentários on-line)

Independente x Brasília-DF – estádio Navegantão, 16h

Santos-AP x Paissandu – estádio Zerão, Macapá, 17h

Clube do Remo x Rio Branco-AC – estádio Jornalista Edgar Proença, em Belém, às 18h30

Na Rádio Clube, Ronaldo Porto narra, Gerson Nogueira comenta.

A purgação dos pecados

POR GERSON NOGUEIRA

O Remo tem hoje mais que um desafio diante do Rio Branco acreano. Tem um ajuste de contas com seu torcedor. Precisa provar que os dois tropeços no Parazão foram meros acidentes de percurso, apesar das gravíssimas consequências. Em resumo, o time terá que buscar superação para resgatar a confiança perdida. O torcedor, que alimentava esperanças de uma temporada auspiciosa, caiu na real em menos de quatro dias.

unnamed (70)As derrotas para Parauapebas e Independente fizeram um estrago no front azulino. Desfizeram as projeções otimistas, trouxeram dúvida à ambição de conquista do bicampeonato estadual e comprometeram os planos de volta à Série D e possível acesso à Série C.

Alguns jogadores passaram a ficar sob a mira do torcedor. A lembrança da má jornada na Série D 2014 voltou com toda força, fazendo com que a torcida reviva erros primários cometidos em jogos contra Moto Clube, Guarani de Sobral e, principalmente, Brasiliense.

Nenhum setor está a salvo de críticas no Remo de hoje, a começar pelo gol, onde o veterano Fabiano já não conta com o mesmo prestígio de antes. Mas a defesa é alvo de todas as preocupações no Evandro Almeida. Jogadores considerados de bom nível, como Max e Rafael Andrade, passaram a ser questionados duramente.

Sem especialista na lateral direita, Zé Teodoro vinha improvisando por ali, o que desequilibrava também o meio, de onde Dadá era deslocado para suprir a carência. O problema será resolvido com a volta de Levy. No miolo da zaga, Ciro Sena estreia substituindo a Andrade.

No gol, sai Fabiano, desgastado com as duas derrotas. Camilo, indicado por Zé Teodoro, ganha uma chance. Na meia-cancha, o técnico lança Bismarck para formar dupla de armação com Eduardo Ramos. Fabrício foi deixado de lado, embora tenha atuado bem no Re-Pa. Para o ataque, Zé Teodoro mantém Roni e aposta suas fichas em Flávio Caça-Rato no lugar de Rafael Paty. Opta por dois velocistas, sem ter um homem para atuar na área.

A grande dúvida é quanto ao funcionamento do time com tantas modificações. Em favor do treinador, há o fato de que algo precisava ser feito para estancar a fase ruim.

Para piorar as coisas, o compromisso é contra o Rio Branco, time que costuma jogar bem como visitante. O Remo tem a responsabilidade de alcançar um bom resultado para brigar pela classificação na capital acreana. Uma tarefa que em outros tempos teria razoável grau de dificuldade hoje se tornou um obstáculo gigantesco.

As mudanças na equipe são menos importantes que o posicionamento e a atitude do time em campo. Afinal, o mesmo time que atuou bem contra o Paissandu sucumbiu frente ao Parauapebas, sem nada que justificasse tamanha queda de rendimento.

Em clima de instabilidade interna, com especulações sobre dispensa de jogadores e até renúncia de dirigente, o Remo vai a campo com um peso muito maior sobre as costas. Que ninguém se iluda: a crise que se esboçou na quarta-feira foi apenas sufocada temporariamente. Só uma resposta convincente hoje garante a reconciliação entre time e torcida.

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Uniforme satisfaz xiitas e repercute lá fora

Com elogios gerais pela originalidade e ousadia das linhas, a nova camisa do Remo, fabricada pela Umbro, ganhou ampla repercussão desde o seu lançamento oficial na noite de quinta-feira. Nas redes sociais e em matérias dos sites de publicações esportivas, como revista Placar e Trivela, os comentários foram entusiasmados. Todos ressaltando a beleza do uniforme.

“No ano passado, o que todas as incríveis camisas confeccionadas pela Umbro para clubes brasileiros tinham em comum era o fato de serem básicas, sem invencionices. Desta vez, no início do quarto ano de parceria entre a empresa inglesa e o Remo, a marca resolveu arriscar-se um pouco mais na concepção dos mantos do Azulino, e mesmo assim o resultado final ficou fantástico”, publicou o Trivela.

O novo uniforme traz abaixo do peito uma faixa horizontal com 110 estrelas, em referência ao aniversário de 110 anos do Remo. Detalhes espalhados diferenciam a camisa das anteriores, sendo que a menção à fundação está até mesmo na etiqueta de autenticidade.

No centro, entre 12 estrelas, uma âncora inclinada. Os mais tradicionalistas travam um tormentoso debate virtual em torno do lado para o qual deve pender a âncora, mas o certo é que até os mais xiitas aprovaram a criação da Umbro. O item mais controverso é a faixa transversal que vai até o recorte frontal na camisa reserva, deixando espaço para o patrocínio máster.

Eleita em pesquisa internacional no ano passado uma das 10 mais bonitas camisas de clubes, a indumentária remista custa entre R$ 140,00 e R$ 185,00, sendo que a primeira remessa (13 mil unidades) já foi praticamente esgotada. E o torcedor que for ao Mangueirão logo mais vai poder conhecer de perto, vestida pelos jogadores, a camisa recém-lançada.

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Papão estreia no escuro em Macapá

Em Macapá, o Papão vai encarar um Santos quase desconhecido. De jogador mais famoso, apenas o uruguaio Acosta, que teve bom momento no Corinthians e no Náutico. Há dois anos no futebol amapaense, Acosta tem se firmado como principal destaque da equipe.

Caso se pudesse falar de futebol hoje como há umas duas décadas, seria normal apontar o favoritismo alviceleste. Os tempos mudaram e não é mais possível se basear exclusivamente em nome e tradição. O Boto tapajônico, que surpreendeu Sidney Moraes na quinta-feira, que o diga.

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Bola na Torre

O programa debate a estreia dos clubes paraenses na Copa Verde, com apresentação de Giuseppe Tommaso e participações de Géo Araújo, Cláudio Guimarães e deste escriba de Baião. Começa por volta de 00h10, depois do Pânico na Band.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 08)

Brasil não vai acabar em 2015

POR MAURO SANTAYANA

Já há alguns meses, e mais especialmente na época da campanha eleitoral, grassam na internet mensagens com o título genérico de “O Fim do Brasil”, defendendo a estapafúrdia tese de que a nação vai quebrar nos próximos meses, que o desemprego vai aumentar, que o país voltou, do ponto de vista macroeconômico, a 1994 etc. etc. – em discursos irracionais, superficiais, boçais e inexatos.

mauro_santayana04Na análise econômica, mais do que a onda de terrorismo antinacional em curso, amplamente disseminada pela boataria rasteira de botequim, o que interessa são os números e os fatos.

Segundo dados do Banco Mundial, o PIB do Brasil passou, em 11 anos, de US$504 bilhões em 2002, para US$2,2 trilhões em 2013. Nosso Produto Interno Bruto cresceu, portanto, em dólares, mais de 400% em dez anos, performance ultrapassada por pouquíssimas nações do mundo.

Para se ter ideia, o México, tão “cantado e decantado” pelos adeptos do terrorismo antinacional, não chegou a duplicar de PIB no período, passando de US$741 bilhões em 2002 para US$1,2 trilhão em 2013; os Estados Unidos o fizeram em menos de 80%, de pouco mais de US$10 trilhões para quase US$18 trilhões.

Em pouco mais de uma década, passamos de 0,5% do tamanho da economia norte-americana para quase 15%. Devíamos US$40 bilhões ao FMI, e hoje temos mais de US$370 bilhões em reservas internacionais. Nossa dívida líquida pública, que era de 60% há 12 anos, está em 33%. A externa fechou em 21% do PIB, em 2013, quando ela era de 41,8% em 2002. E não adianta falar que a dívida interna aumentou para pagar que devíamos lá fora, porque, como vimos, a dívida líquida caiu, com relação ao PIB, quase 50% nos últimos anos.

Em valores nominais, as vendas nos supermercados cresceram quase 9% no ano passado, segundo a Abras, associação do setor, e as do varejo, em 4,7%. O comércio está vendendo pouco? O eletrônico – as pessoas preferem cada vez mais pesquisar o que irão comprar e receber suas mercadorias sem sair de casa – cresceu 22% no ano passado, para quase US$18 bilhões, ou mais de R$50 bilhões, e o país entrou na lista dos dez maiores mercados do mundo em vendas pela internet.

Segundo o Perfil de Endividamento das Famílias Brasileiras divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o ano de 2014 fechou com uma redução do percentual de famílias endividadas na comparação com o ano anterior, de 62,5%, para 61,9%, e a porcentagem de famílias com dívidas ou contas em atraso, caiu de 21,2%, em 2013, para 19,4%, em 2014 (menor patamar desde 2010). A proporção de famílias sem condições de pagar dívidas em atraso também diminuiu, de 6,9% para 6,3%.

É esse país – que aumentou o tamanho de sua economia em quatro vezes, cortou suas dívidas pela metade, deixou de ser devedor para ser credor do Fundo Monetário Internacional e quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos, que duplicou a safra agrícola e triplicou a produção de automóveis em 11 anos, que reduziu a menos de 6% o desemprego e que, segundo consultorias estrangeiras, aumentou seu número de milionários de 130 mil em 2007 para 230 mil no ano passado, principalmente nas novas fronteiras agrícolas do Norte e do Centro-Oeste – que malucos estão dizendo que irá “quebrar” em 2015.

E se o excesso de números é monótono, basta o leitor observar a movimentação nas praças de alimentação dos shoppings, nos bares, cinemas, postos de gasolina, restaurantes e supermercados; ou as praias, de norte a sul, lotadas nas férias. E este é o retrato de um país que vai quebrar nos próximos meses?

O Brasil não vai acabar em 2015.

Mas se nada for feito para desmitificar a campanha antinacional em curso, poderemos, sim, assistir ao “fim do Brasil” como o conhecemos. A queda das ações da Petrobras e de empresas como a Vale, devido à baixa do preço do petróleo e das commodities, e também de grandes empresas ligadas, direta e indiretamente, ao setor de gás e de petróleo, devido às investigações sobre corrupção na maior empresa brasileira, poderá diminuir ainda mais o valor de empresas estratégicas nacionais, levando, não à quebra dessas empresas, mas à sua compra, a preço de “bacia das almas”, por investidores e grandes grupos estrangeiros – incluídos alguns de controle estatal – que, há muito, estão esperando para aumentar sua presença no país e na área de influência de nossas grandes empresas, que se estende pela América do Sul e a América Latina.

Fosse outro o momento, e o Brasil poderia – como está fazendo a Rússia – reforçar sua presença em setores-chave da economia, como são a energia e a mineração, para comprar, com dinheiro do tesouro, a preço muito barato, ações da Petrobras e da própria Vale. Com isso, além de fazer um grande negócio, o governo brasileiro poderia, também, contribuir com a recuperação da Bolsa de Valores. Essa alternativa, no entanto, não pode sequer ser aventada, em um início de mandato em que o governo se encontra pressionado, praticamente acuado, pelas forças neoliberais que movem – aproveitando os problemas da Petrobras – cerrada campanha contra tudo que seja estatal ou de viés nacionalista.

Com isso, o país corre o risco de passar, com a entrada desenfreada de grandes grupos estrangeiros na Bolsa por meio da compra de ações de empresas brasileiras com direito a voto, e a eventual quebra ou absorção de grandes empreiteiras nacionais por concorrentes do exterior, pelo maior processo de desnacionalização de sua economia, depois da criminosa entrega de setores estratégicos a grupos de fora – alguns de capital estatal ou descaradamente financiados por seus respectivos países (como foi o caso da Espanha) nos anos 1990.

Projetos que envolvem bilhões de dólares, e mantêm os negócios de centenas de empresas e empregam milhares de brasileiros já estão sendo, também, entregues para estrangeiros, cujas grandes empresas, no quesito corrupção, como se pode ver no escândalo dos trens, em São Paulo, em nada ficam a dever às brasileiras.

Para evitar que isso aconteça, é necessário que a sociedade brasileira, por meio dos setores mais interessados – associações empresariais, pequenas empresas, sindicatos de trabalhadores, técnicos e cientistas que estão tocando grandes projetos estratégicos que poderiam cair em mãos estrangeiras –, se organize e se posicione. Grandes e pequenos investidores precisam ser estimulados a investir na Bolsa, antes que só os estrangeiros o façam.

O combate à corrupção – com a punição dos responsáveis – deve ser entendido como um meio de sanar nossas grandes empresas, e não de inviabilizá-las como instrumentos estratégicos para o desenvolvimento nacional e meio de projeção do Brasil no exterior.

É preciso que a população – especialmente os empreendedores e trabalhadores – percebam que, quanto mais se falar que o país vai mal, mais chance existe de que esse discurso antinacional e hipócrita, contamine o ambiente econômico, prejudicando os negócios e ameaçando os empregos, inclusive dos que de dizem contrários ao governo.

É legítimo que quem estiver insatisfeito combata a aliança que está no poder, mas não o destino do Brasil, e o futuro dos brasileiros.