Independente x Remo (comentários on-line)

Campeonato Paraense 2015 – 2ª rodada, Grupo A1

Independente x Remo – estádio Navegantão, em Tucuruí, 20h30

Rádio Clube _ IBOPE_ Segunda a Sexta _ Tabloide

Na Rádio Clube, Carlos Gaia narra; João Cunha comenta. 

Ed Motta detona show-tributo a Tim Maia

imagesO projeto Nivea Viva de 2015 vai ser realizado em uma turnê que reúne Ivete Sangalo e Criolo interpretando sucessos de Tim Maia. O evento terá início em 31 de março, em um show para convidados no Vivo Rio. De abril a junho, as apresentações gratuitas passam por São Paulo, Porto Alegre, Recife, Salvador, Brasília, Rio de Janeiro e Fortaleza. A escolha dos dois nomes desagradou Ed Motta, sobrinho do síndico. No Facebook, o cantor disse que chegou a ser convidado para participar desses shows, mas recusou o convite por considerar a ideia inconcebível.

— Uma empresa de cremes me procurou para fazer o projeto do Tim Maia. A grana não era compatível com meu desprazer. Para mim, a música do Tim Maia é intocável. Fica bom mesmo é com ele. É preciso honestidade e vergonha na cara para admitir isso. O cara que teria realmente cabedal para um tributo ao Tim Maia seria o Claudio Zoli, por conta do timbre de voz, pela história e envolvimento de carreira, além do compromisso com o soul/funk carioca. Mais do que sacanagem, é um desrespeito por gente que dedicou a vida inteira a isso. Vontade de vomitar, que coisa podre. (Do R7)

FHC dá bandeira: “golpe paraguaio” em marcha

POR RICARDO KOTSCHO

Foi dada a largada. Em caudaloso artigo publicado domingo no Estadão, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu a senha: como não há clima para um golpe militar, a derrubada do governo de Dilma Rousseff deve ficar por conta do Judiciário e da mídia, criando as condições para votar o impeachment da presidente no Congresso Nacional o mais rápido possível.

“Que tenham a ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas, desde que efetivamente culpados”, conclamou FHC. O ex-presidente já vinha conversando sobre isso com outros tucanos inconformados, ainda discretamente, desde a noite da vitória de Dilma, no segundo turno, em outubro do ano passado. Sem paciência para esperar as próximas eleições presidenciais, em 2018, após quatro derrotas seguidas, FHC, aos 83 anos, resolveu colocar o bloco na rua e convocou a tropa, sem medo de dar bandeira.

O primeiro a responder prontamente ao chamado foi o sempre solícito advogado Ives Gandra Martins, 79 anos, que já na terça-feira apresentou a receita do golpe no artigo “A hipótese de culpa para o impeachment”, publicado pela Folha, em que o parecerista aponta os capítulos, parágrafos, artigos e incisos para tirar Dilma da presidência da República pelas “vias legais”.

Candidamente, Martins explicou na abertura do seu texto: “Pediu-me o eminente colega José de Oliveira Costa um parecer sobre a possibilidade de abertura de processo de impeachment presidencial por improbidade administrativa, não decorrente de dolo, mas apenas de culpa. Por culpa, em direito, são consideradas as figuras de omissão, imperícia, negligência e imprudência”.

E quem é o amigo José de Oliveira Costa, de quem nunca tinha ouvido falar? Graças ao repórter Mario Cesar Carvalho, da Folha, ficamos sabendo nesta quarta-feira a serviço de quem ele está nesta parceria com o notório Gandra Martins, membro atuante da Opus Dei e um dos expoentes da ala mais reacionária da velha direita paulistana .

“Sou advogado dele”, explicou Costa ao repórter, referindo-se, também candidamente, ao seu cliente Fernando Henrique Cardoso, um detalhe que Martins esqueceu de apresentar na justificativa do seu parecer a favor do impeachment de Dilma.

Conselheiro do Instituto FHC, o até então desconhecido advogado negou, porém, que a iniciativa da dupla tenha qualquer caráter político. FHC, claro, disse que só ficou sabendo da operação pelo jornal. São todos cândidos, estes pândegos finórios, que estão brincando com fogo, em meio à mais grave crise política e econômica vivida pelo país desde a redemocratização.

Para saber com quem estamos lidando, o currículo acadêmico de Ives Gandra Martins, um advogado tributarista, apresenta assim o autor, no rodapé do artigo: “professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra”. Universidade Mackenzie, só para lembrar, foi o berço do CCC, o Comando de Caça aos Comunistas, que teve papel de destaque nos embates pré e pós-golpe de 1964.

Juntando as pontas, temos a montagem da versão nativa-chique do “golpe paraguaio”. Sem a participação de militares, em junho de 2012, um processo jurídico-midiático-parlamentar relâmpago derrubou o presidente Fernando Lugo, democraticamente eleito, como Dilma. A favor do impeachment, a goleada foi acachapante: 39 a 4, no Senado, e 73 a 1, na Câmara.

Vejam a escalada da marcha aqui:

* Domingo, 1º _ O artigo de FHC dando as coordenadas à tropa: “Neste momento”, o impeachment, “não é uma matéria de interesse político”. Qual será o momento certo? É só uma questão de tempo para algo já dado como inexorável, como se fosse a coisa mais natural do mundo derrubar uma presidente eleita?

No mesmo dia, a presidente Dilma Rousseff sofreria a maior derrota política no Congresso Nacional, desde a primeira posse, com a eleição para a presidência da Câmara do deputado dissidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um desafeto do seu governo, que se transformou em líder suprapartidário da oposição. Rachou e derreteu a ampla maioria que a base aliada tinha na Câmara, a nova articulação política do governo revelou-se um desastre e o PT ficou isolado, assim como Dilma já estava.

*Terça, 3 _ O artigo-parecer de Ives Gandra Martins, atendendo à convocação de FHC. “Meu parecer é absolutamente técnico. Para mim, é indiferente se o cliente é o Fernando Henrique Cardoso ou uma empreiteira”, explicou o advogado. Claro, claro, tanto faz. Mas quem é, afinal o cliente? Quem pagou a conta? Candidatos a assumir este papel certamente não faltam.

À tarde, Dilma acertou, finalmente, para os próximos dias, a saída de Graça Foster e de toda a diretoria da Petrobras, após ver durante meses a maior empresa do país sangrando em praça pública. Falta encontrar quem aceite assumir a herança. A produção industrial sofre queda de mais de 3% em 2014, os grandes bancos anunciam lucros recordes e o governo estuda parcelar em 12 vezes o abono de um salário para quem ganha até dois mínimos.

A verdade é que Dilma também não ajuda nada na defesa do seu governo. Ao contrário, só leva água ao moinho dos conspiradores que estão saindo da toca.

Para completar, à noite, como já era esperado desde domingo e admitido por Eduardo Cunha, a oposição, com o apoio de 186 deputados, protocolou na Câmara o pedido para a instalação de uma nova CPI da Petrobras.

Está pronto o roteiro para os historiadores do futuro montarem a gênese deste dramático início do governo Dilma 2. O “golpe paraguaio” está em marcha, à espera das “condições objetivas”, como diriam os cientistas políticos nos tempos em que FHC era só professor.

A seguir nesta batida, se nada mudar na condução do governo, o desfecho certamente não será bom nem bonito para a democracia brasileira.

Nada de novo sob o sol. É a velha corja direitista, inspirada nos ideais lacerdistas dos anos 50. Sempre que não conseguem pelas urnas, apelam para quarteladas e/ou desgaste através da mídia “amiga”.

O fenômeno palmeirense

POR GERSON NOGUEIRA

Não há hoje nenhum torcedor mais empavonado e feliz do que o palmeirense. Parece com o rei na barriga. O incrível é que não há nada a comemorar. Nenhum título ou recorde, nenhum feito recente. Pelo contrário, o time escapou de ser rebaixado à Série B e terminou a temporada sem grandes expectativas.

unnamed (96)Bastou, porém, inaugurar a moderníssima arena para tudo se transformar. Durante a Copa, tive a chance de ver as obras do estádio palmeirense já em fase final. A obra ficou pronta (com recursos próprios, em grande parte) e mostra-se imponente, como diz a letra do hino do clube.

A partir da abertura oficial da arena, o clube empenhou-se em contratar reforços, começando por um executivo afamado. No caso, Alexandre Martins, responsável pela montagem do elenco cruzeirense bicampeão nacional.

Com ousadia, Alexandre saiu à caça de jogadores disponíveis, de bom preço e perfil adequado às necessidades do Palmeiras. Entrou em leilão com São Paulo e Corinthians pelo semidesconhecido Dudu (ex-Grêmio) e venceu a parada. Gastou um pouco acima do recomendável por um atacante de talento questionável, mas conseguiu incendiar a ardorosa torcida alviverde.

O entusiasmo é tão grande que, em poucas semanas, o Palmeiras superou Corinthians e Grêmio no ranking do programa Sócio Torcedor. Já contabiliza 90 mil associados no Plano Avanti e se inclui entre os seis maiores nesse quesito em todo o mundo, encostando no Manchester United.

Sob todos os pontos de vista, é uma tremenda façanha para um clube que há dois anos estava destroçado financeiramente, disputando a Série B e em franco declínio, se comparado a seus rivais de São Paulo.

A inauguração do estádio funciona como grande impulso de marketing, mas não é a única explicação para a verdadeira transformação que se observa no Palmeiras. Ao que parece, a mudança de astral teve como ponto de origem o amor desbragado da massa palmeirense, há muitos anos carente de títulos e festejos. O sucesso do Sócio Torcedor comprova isso.

O fato de reunir o segundo maior contingente de torcedores associados, atrás apenas do Internacional, que tem cerca de 110 mil, garante ao clube renda mensal de aproximadamente R$ 4 milhões. E, no ritmo atual, tem tudo para ultrapassar o Colorado ainda neste primeiro semestre.

De tudo que tem sido revelado sobre esse novo Palmeiras o que mais chama atenção é a mobilização de seus torcedores. Quando o ST decola de forma tão vertiginosa com o futebol em baixo, significa que o torcedor comprou o conceito de contribuição sem vinculação direta com resultado.

Na Europa, os clubes já se beneficiam dessa mentalidade há anos. No Brasil, apenas os gaúchos pareciam conscientes disso. Os palmeirenses mostram que também evoluíram nessa direção. Que o exemplo frutifique.

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Leão não pode mais errar

À beira de uma crise inesperada, em função do tropeço na estreia, o Remo encara o Independente hoje à noite, em Tucuruí, com a obrigação de vencer. Caso perca, fica praticamente eliminado do turno já na segunda rodada. O novo formato do campeonato, de tiro curto e defendido pela diretoria remista, não dá muitas chances a quem começa mal.

O rendimento pífio do meio-de-campo, que praticamente se manteve sem agredir a defesa do Parauapebas, é o ponto mais preocupante para o técnico Zé Teodoro. As mudanças previstas incluem uma inversão de posicionamento: Ilaílson cai para a lateral-direita, quebrando um galho na ausência de Levy, e Dadá entra como volante. Na lateral-esquerda, Alex Ruan deve assumir a titularidade.

O volante Felipe Macena, que atuou muito mal no domingo, deve ser mantido e Eduardo Ramos segue na armação. O ataque, com Roni e Rafael Paty, não deve mudar. Flávio Caça-Rato, cotado para entrar jogando, deve ser lançado no segundo tempo.

Zé Teodoro, porém, não deve se restringir a isso. Pelo que foi apresentado no primeiro jogo, fica claro que o time ainda carece de entrosamento. Sem jogadas trabalhadas, a força de ataque está limitada a cruzamentos em direção à área.

É pouco provável que o repertório do time tenha se modificado em tão pouco tempo, mas a atitude dos jogadores deve ser outra. Pressionados pela torcida, que reclamou muito da apatia da equipe contra o Parauapebas, o Remo de hoje deve ser mais agressivo.

O grande drama azulino está na lentidão na saída de jogo entre defesa e meio-campo. Os jogadores encarregados de fazer essa conexão são lentos e pouco criativos. No Re-Pa, esse problema não se apresentou porque Macena e Fabrício atuaram muito bem. Na estreia do Parazão, ambos se arrastavam em campo.

Contra o aplicado Independente de Lecheva, o Remo terá que ser mais objetivo e rápido do que foi diante do Pebas. E sua defesa não pode mais cometer tantos deslizes, levando em conta que os zagueiros Max e Rafael jogam juntos desde o ano passado.

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Boteco azulino inaugura telão

Os organizadores do Boteco Azulino convidam sócios e torcedores para o evento festivo em torno da transmissão de Independente x Remo, na sede do clube, a partir das 17h30. Um novo telão será inaugurado em programação que terá também música e churrasco.

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Dirigentes modernos, mas nem tanto…

O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, de reconhecida competência na gestão do clube no ano passado, deu um tropeção ao analisar o episódio vergonhoso registrado no estádio de Macaé, sábado passado. Bandeira de Melo considerou “muito estranho” o que aconteceu, aparentemente duvidando que torcedores rubro-negros tenham mesmo participado da confusão. Ora, as imagens são claras e os invasores podem ser facilmente identificados.

Como gestor, Bandeira de Melo deveria ser o primeiro a exigir a rigorosa apuração do ocorrido e a punição dos delinquentes. Botar panos quentes não contribui para solucionar o problema, nem condiz com a postura de um dirigente que todos consideram moderno e responsável.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 04)

Anderson Silva é flagrado em antidoping

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Anderson Silva testou positivo para o uso de anabolizantes. O UFC confirmou que o ex-campeão dos médios testou positivo em um exame surpresa em janeiro deste ano, alguns dias antes da luta contra Nick Diaz, em que marcou seu retorno ao octógono. A notícia surge dois dias depois de voltar a vencer uma luta de MMA. Em nota oficial, o UFC informou que foi comunicado pela Comissão Atlética de Nevada de que Anderson Silva testou positivo para substância drostanolona, uma espécie de anabolizante. O teste aconteceu no dia 9 de janeiro, quase um mês antes de seu combate com Diaz.

“Anderson Silva tem sido um excelente campeão e um verdadeiro embaixador do esporte das artes marciais mistas e do UFC. O UFC está desapontado por saber destes resultados iniciais. O UFC tem uma rígida e consistente política contra o uso de qualquer droga ilegal, de alteração de desempenho ou agentes mascarantes, por parte de seus atletas”, disse a nota oficial.

A luta só aconteceu porque o laboratório atrasou em entregar o exame do doping, segundo o UFC. Nick Diaz também foi flagrado em um exame antidoping. Ele testou positivo para metabólicos relacionados a maconha no exame da luta. Anderson Silva e Diaz terão de passar por um julgamento disciplinar no dia 17 de fevereiro. O atleta brasileiro poderá ser suspenso temporariamente e também pode pedir uma contraprova. (Do UOL)

Galeria do rock

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Jimmy Page e John Paul Jones. O Led Zeppelin saído do túnel do tempo, em 1970.