Coluna: Triunfos fora de campo

Dizer que o Remo ainda não ganhou nada em 2011 não corresponde exatamente à verdade dos fatos. Pode-se afirmar até que é uma tremenda injustiça. Se nos gramados o time perdeu o primeiro turno e ainda está devendo no returno, na seara trabalhista a história é bem diferente: importantes vitórias foram alcançadas ao longo dos quatro primeiros meses da nova gestão.
O passivo trabalhista herdado da administração passada chegava à casa de R$ 9,5 milhões. Com dedicação e habilidade, o departamento jurídico do Remo conseguiu baixar a dívida para cerca de R$ 5,8 milhões. Tramitavam no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 104 processos contra o clube. Em somente 120 dias, os advogados liderados pelo benemérito Ronaldo Passarinho reduziram as pendências para 72 – em torno de 69%. As ações foram encerradas ou negociadas.
O esforço, porém, é incessante. Restam ainda 32 processos, que começam a ser enfrentadas por Passarinho e sua dupla de auxiliares, contando com a boa vontade dos magistrados do TRT. A demonstração clara de que o clube quer de fato sanar seus débitos tem sido a principal moeda de facilitação para os acordos.
Para um clube que há seis meses estava mergulhado em crise e se defrontava com o fantasma do desmanche de patrimônio, representado pelo desastrado projeto de venda do estádio Evandro Almeida para pagamento de dívidas, os novos tempos parecem auspiciosos.
Do alto de sua experiência e vivência no futebol, Passarinho tem o equilíbrio necessário para traçar um cenário dos mais realistas, sem ilusões. Observa que a cruzada na Justiça Trabalhista só terá pleno êxito se o time fizer sua parte em campo. Significa que uma eventual eliminação nas semifinais do Parazão deixaria o Remo sem competições a disputar pelo resto da temporada e sem perspectiva de receita, o que inviabilizaria todos os acordos conciliatórios com ex-jogadores celebrados com o aval do TRT. É maior do que se imagina, portanto, a responsabilidade do time nesta reta final do campeonato. 
 
 
A contratação de Givanildo Oliveira, além de eliminar as nuvens negras que já se formavam sobre o Evandro Almeida, teve o mérito de dar novo combustível a um campeonato que corria sério risco de esvaziamento, desde que o Paissandu saiu da briga pelo returno. Com o pernambucano comandando o Remo, a disputa adquire um novo contorno.
Um forte sinal desse novo cenário é o interesse da torcida pelo embate de domingo contra o Independente. Com Comelli à frente, o clima já era de quase desolação entre os azulinos, depois da derrota em Tucuruí.
Elemento novo na disputa, Givanildo mexe com o ânimo dos demais candidatos ao título do returno e pode afetar até os planos do Paissandu, ainda às voltas com a pinimba envolvendo torcida, diretoria e treinador.  

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 19)

18 comentários em “Coluna: Triunfos fora de campo

    1. Não duvide, amigo Cláudio. Tenho relatório com as informações do próprio TRT. É fato. Prova de que quando há vontade verdadeira as coisas acontecem, sem precisar da ação de aventureiros e corretores imobiliários.

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      1. Olha Gerson eu até te compreendo, mais um time que está à três anos sem titulo, pode até está bem, mais é aquele bem que o cara está internado quase virando hospede do hospital.

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    2. Gerson, posta este relatório para os blogueiros, principalmente os remistas, verificarem a que período pertencem estas dívidas já conciliadas e outros detalhes mais.

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    3. Gerson, desculpe o pedido de postagem feito no comentário anterior, afinal o material pode estar sob o legítimo sigilo das fontes jornalísticas. Mas, é que não pude me conter, eis que, ao que parece, você é um dos poucos jornalistas que pode jogar luzes em muitas das operações ocorridas no Clube do Remo, satisfazendo o sagrado direito à informação de que é titular a comunidade, especialmente a integrante do Fenômeno.

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  1. Além do torneio de futebol de areia, a cidade receberá outros eventos este ano e governo pretende usá-los como testes para a Copa do Mundo

    Aqui não tem praia. Por isso, tentamos construir algo parecido, mas sem o mar. É um evento-teste para a Copa, pois vamos receber cerca de 25 mil pessoas nos dias de jogos e com entrada gratuita. Não temos um time no futebol de campo, mas nosso time da areia vai virar motivo de orgulho para a cidade – disse o secretário de Esportes de Manaus, Fabrício Lima.
    saiba mais
    Veja a programação e a classificação
    da Copa Brasil de Futebol de Areia
    O objetivo é aproveitar o espaço que antes era usado apenas para festas e cerimônias culturais para receber eventos esportivos e assim adquirir mais experiência até o Mundial de 2014.

    O ENGRAÇADO GERSON,É QUE ATÉ OS PRÓPIOS CARAS DE MANAUS ADMITEM QUE NÃO TEM UM TIME DE FUTEBOL,MESMO ASSIM LEVARAM A COPA,É BRINCADEIRA.

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  2. Gosto de ver um torcedor assim apaixonado pelo remediocre como esse dono do blog. Esse veste a camisa, chora e ainda tem esperança que o remo saia desse buraco fundo em que se encontra. Acho o dono desse blog um dos maiores torcedores do remo.

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  3. Alegro-me quando assuntos outros (também) importantes para a vida de um clube merecem atenção de quantos se dizem preocupados com a sobrevivencia do clube de sua preferencia. È bom saber dessas conquistas que o Remo vem otendo na Pça. Brasil , mas resta saberse está havendo quitação ou apenas redução de debitos para pagamentos futuros.i.

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    1. Amigo Tavernard, a julgar pelo passado dos Cardeais eles, como sempre, só fazem acordos, pagar que é bom, nada. Gostaria que o Passarinho mostrasse essa “competência”, reduzindo a dívida do thiago Belém, contraida por eles mesmos anos atrás(que é a maior dívida que o Remo tem, até hoje). Nota: 1- Vale lembrar que a conta corrente do Remo, perdida por eles e, que ao longo de 30 anos eles não conseguiram recuperar, foi toda regularizada e paga, pelo Amaro klautau(hoje o Remo tem conta corrente); 2- A área do Carrossel, que foi quase tomada, por uma invasora, fato que ocorreu na gestão deles, também foi recuperada pelo Amaro. Desculpe, mad isso sim precisa ser dito. É a minha opinião.

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  4. Gerson, já coloquei aqui algumas vezes, que criticar por criticar ou elogiar por elogiar não ajuda em absolutamente nada. Só para saber…O Passarinho nasceu este ano? É claro que não….se este cidadão realmente quisesse ajudar o Remo ou invés de se promover e querer promover os Cardeais, ele teria realizado estes acordos a muito tempo, mas não só se pode fazer algo quando se ganha algo em troca.
    Este sim é o principal problema de Remo e Payssandu, fica uma disputa de grupinhos dentro dos clubes e que nem dão chance para as pessoas de bem quererem ajudar os clubes, não a toa criaram o clube desportivo do pará, e assim nossos clubes continuam na lama.

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    1. Meu caro Allan Siva,

      A meu ver só há um jeito de afastar de vez estes grupelhos que se acham donos dos clubes: vender o clube e torná-lo empresa! Só vejo essa forma.

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  5. PQP… Ainda tem doido que sente saudade de Amaro Klautau. Mas eu sei do que se trata; essas pessoas nem passam perto do Baenão, quer dizer, não passam perto de estádio nenhum, então tanto faz que o Remo ficasse num aterro lá casa do Judas.
    Na minha opinião Amaro Klautau deveria ter sido expulso da sede do Remo à base de chutes e cusparadas… E se eu estivesse lá seria o primeiro, mesmo avesso a qualquer violência. Mas que esse canalha merecia, merecia. Aliás, merece.

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    1. São incompetentes, claro. Mas, Cláudio, não consigo encontrar adjetivos que expressem o quanto considero AK o maior dirigente pilantra que tive conhecimento. Um senhor daquela idade sendo um verdadeiro moleque, no pior termo da palavra. Um ladravaz que tentou arrancar dinheiro de uma instituição que dirigia, e dizia torcer.
      Essa pustema merece nosso total esquecimento. Todo remista que preza, ao encontar Amaro Klautau, deveria virar o rosto, cuspir no chão e seguir seu caminho.

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  6. Égua, da análise, desde quando adiar dívida é livrar o caos, aposto que se perder pro Independente a rebordosa será pior. Pensei que era só Caixiado o ilusionista.

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