Ministro do STF já tinha determinado a perda de mandato em maio; deputada foi condenada por invadir os sistemas do CNJ e por ameaçar um homem com arma de fogo
O ministro Alexandre de Moraes decretou, nesta quinta-feira (11), a perda do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na decisão de maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) já tinha decretado também a perda imediata do mandato, além de indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos, que deveriam ser pagos solidariamente com o hacker Walter Delgatti, responsável por executar as ordens de Zambelli.
Zambelli também está inelegível.
Ainda assim, a Câmara dos Deputados decidiu manter a condenada presa na Itália, uma vez que fugiu do Brasil para evitar o cumprimento da sentença, como parlamentar. Por 227 votos a 170, o plenário derrubou a punição, já que eram necessários 257 votos para que a cassação fosse confirmada. A decisão contrariou até o parecer aprovado horas antes pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que havia recomendado a cassação com apoio inclusive de parte do Centrão.
AUTOPRESERVAÇÃO
A Câmara dos Deputados decidiu, na última quarta-feira (10), blindar a deputada e rejeitar sua cassação, num gesto que intensifica a tensão já crescente entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). Por 227 votos a 170, o plenário derrubou a punição, já que eram necessários 257 votos para que a cassação fosse confirmada.
Zambelli foi condenada em maio pelo STF à perda do mandato e a dez anos de prisão por ter participado da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com auxílio do hacker Walter Delgatti Neto.
A parlamentar também já havia sido sentenciada por sacar e apontar uma arma contra um homem na véspera do segundo turno das eleições de 2022, ação que também previa perda de mandato. Foragida desde a condenação, Zambelli passou pela Argentina e pelos Estados Unidos antes de ser presa na Itália, para onde fugiu após seu processo transitar em julgado.
CORPORATIVISMO EXPLÍCITO
Nos bastidores, a votação é vista como um ato de autoproteção corporativa. A manutenção do mandato de Zambelli também funcionou como um recado direto ao STF, em meio ao acúmulo de críticas de parlamentares da extrema direita à Corte. “Esta Casa não pode ser carimbadora de decisões do STF, esta Casa precisa zelar pelas suas prerrogativas”, disse o bolsonarista Diego Garcia (Republicanos-PR), que havia apresentado um relatório inicial pela preservação do mandato, derrotado na CCJ.
Em participação remota, Zambelli reforçou seu discurso conspiratório: “A justiça que eu peço hoje é a justiça para que o Parlamento continue sendo honrado. […] Eu fui a primeira pessoa que levantou a voz contra a ditadura do Supremo Tribunal Federal”. (Do Jornal GGN)
Foi essa sensação que tive quando assisti o documentário “Amazônia, a nova Minamata?” [1] na TV, sobre os efeitos maléficos para a saúde das pessoas por causa do mercúrio, seja por causa do despejo nas águas superficiais pela indústria química na produção de plástico, como o que aconteceu no Japão, iniciado nos anos 30 do século passado na cidade de Minamata (foto acima), ou como nos dias de hoje pelo seu uso criminoso para a concentração de ouro, via o garimpo ilegal, contaminando os solos e as águas em terras indígenas. Nas aulas de mineralogia ministradas nas faculdades o elemento químico mercúrio, um metal pesado líquido conhecido pela sua alta toxidade, é apresentado como integrante do grupo dos sulfetos e o mineral que o contém, com a fórmula química HgS, é o cinábrio. Esse mineral ocorre em impregnações e enchimentos de veios próximo de rochas vulcãnicas recentes e de fontes termais, depositado próximo da superfície. [2] “Nunca é demais lembrar que a remediação dos solos e das águas é complexa e pode custar caro, como por exemplo, as extensas áreas contaminadas por mercúrio pela atividade predatória, ilegal e criminosa, como vem ocorrendo na Amazônia e invadindo território Yanomani. Então, como devemos proceder diante dessa agressão ao meio ambiente? Espera-se que esses invasores da Amazônia que há tempos vêm desmatando, queimando, grilando, garimpando e contaminando seus solos e águas sejam devidamente identificados, responsabilizados e punidos de acordo com a lei. Mesmo que a legislação permita a destruição do maquinário para extração do ouro em território Yanomami, sob a alegação de que a retirada dessas áreas invadidas seria ‘inviável do ponto de vista logístico’, será que uma vez identificados os responsáveis não caberia a eles a responsabilização pela retirada desses equipamentos? Não seria uma solução razoável a transferência para outras áreas mais distantes da região Amazônica desses equipamentos (motores e bombas), onde poderiam sofrer adaptações e reaproveitados na captação de água, como em regiões mais carentes desse recurso? O Semiárido brasileiro, que se estende por nove Estados da região Nordeste e também pelo norte de Minas Gerais, poderia ser uma dessas áreas de transferência. Outros equipamentos, como tratores e escavadeiras poderiam ser confiscados e utilizados na etapa de escavação para remediação das áreas contaminadas, por exemplo. Uma vez que esses equipamentos entraram na floresta Amazônica, por terra, água ou ar devem, pela lógica, conseguir sair do mesmo jeito e a conta com esses custos deve ser debitada aos invasores além, obviamente, da recuperação das áreas degradadas com a descontaminação do mercúrio nos solos e nas águas, incluindo a recuperação da floresta com árvores nativas. Por outro lado, como existe a preocupação social com o grande contingente de garimpeiros que atuaram no garimpo ilegal e predatório – que de certa forma ficaram ‘deslocados do mercado de trabalho’ – aqueles que não são os mandantes e sem antecedentes com a justiça poderiam ser reaproveitados como mão de obra no replantio da vegetação retirada, desde que devidamente cadastrados junto aos órgãos fiscalizadores e monitorados, controlados e vigiados nessa importante etapa de recuperação das áreas degradadas.” [3] “Em 1979, em plena ditadura militar, Walter Franco cantou a sua música ‘Canalha’ no Festival da Tupy com os seguintes versos: ‘É uma dor canalha / Que te dilacera / É um grito que se espalha / Também pudera // Não tarda, nem falha / Apenas te espera / Num campo de batalha / É um grito que se espalha / É uma dor canalha’. Foi um delírio para quem estava na plateia e para quem viu ao vivo pela TV. A provocação estava lançada. Hoje vivemos numa democracia, mas os ‘filhotes da ditadura’, como dizia Leonel Brizola, continuam espalhados por aí e atuam como verdadeiros canalhas em vários setores da sociedade brasileira.” [4] Com o conhecido PL da Devastação em curso no Congresso Nacional, para a implementação de uma nova Lei de Licenciamento Ambiental, a pergunta que fica é: onde vamos parar? Na madrugada de ontem, 10/12/2025, 291 “nobres” deputados aprovaram o PL da Dosimetria. De virar o estômago.
Fontes: [1] “Amazônia, a nova Minamata?” documentário do diretor Jorge Bodanzky.
Estudo evidencia baixa adesão de bolsonaristas após o 8/1; crise de imagem dificulta pré-candidatura de Flávio Bolsonaro
Por Dyepeson Martins – Agência Pública
Ruas abarrotadas de camisas verde-amarelas e bandeiras do Brasil já não descrevem as atuais manifestações em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ameaça de correligionários de que o Brasil iria “parar”, caso o principal líder da ultradireita no país fosse preso, não se concretizou e, após a prisão, a maioria dos atos foram discretos e isolados. É nesse contexto em que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se coloca como indicado pelo pai para as eleições de 2026 – assumindo a responsabilidade de contornar uma crise na imagem do próprio bolsonarismo.
A pré-candidatura de Flávio à Presidência da República foi confirmada em nota assinada pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. A escolha do sucessor veio do próprio Jair Bolsonaro, que cumpre pena de 27 anos e três meses em regime fechado, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, por tentativa de golpe de Estado, que culminou nos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. A decisão é tratada como “blefe” por membros do Centrão.
Por que isso importa?
Levantamento mostra mudança de comportamento de apoiadores de Bolsonaro após o 8 de janeiro e após vídeo que provou violação de tornozeleira eletrônica, um indicativo do desafio por apoio que será enfrentado por Flávio Bolsonaro.
A falta de apoio de Flávio vai além dos colegas parlamentares e as ruas traduzem o que seria a crise enfrentada pelo bolsonarismo, que o senador agora herda. A Agência Pública obteve um mapeamento exclusivo da frequência de manifestações bolsonaristas no Brasil desde 2018, feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (Usp), que revelam o tamanho do desafio do filho “01” do ex-presidente.
No último ano pré-eleitoral disputado por Jair Bolsonaro, 769 atos foram registrados no Brasil, enquanto ao longo de 2025, mesmo com a prisão do ex-presidente, apenas 41 manifestações ganharam as ruas. Mesmo com um apoio quase 19 vezes maior à época, o candidato do PL saiu derrotado nas eleições contra o atual presidente Lula (PT), que busca a reeleição em 2026.
A pesquisa utilizou dados da Armed Conflict Location & Event Data (ACLED), organização internacional que monitora conflitos, e fornece dados em tempo real sobre violência política e protestos no mundo. “Essa base disponibiliza os dados além do fator dia em que aconteceu o protesto, também a localidade, a cidade e, principalmente, uma variável mais qualitativa, descritiva, dizendo o que aconteceu”, explicou a autora, a cientista política e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), Lilian Sendretti.
Segundo o estudo, em 2019, primeiro ano de governo Bolsonaro, 354 manifestações de rua foram realizadas em apoio ao nome e pautas do ex-presidente, com grau “alto” de mobilização popular. O auge da força do bolsonarismo nas ruas se deu em 2022, ano eleitoral, com 1822 atos, e se estendeu pelos primeiros 8 dias de 2023, com 46 protestos contra o resultado das eleições, que culminaram com a depredação dos prédios dos Três Poderes em nome de uma intervenção militar. Após o 8 de janeiro, a frequência de manifestações caiu acentuadamente, registrando 62 atos no restante do ano.
Em comparação a 2022, os atos contabilizados em 2025 representam queda de 97,75%. Além da quantidade, também houve perda de grau de mobilização. Segundo a pesquisa, desde janeiro de 2025, 41 atos bolsonaristas foram registrados no Brasil. Os movimentos foram classificados na pesquisa com grau “baixo” de adesão. Um exemplo foi a “Marcha pela Liberdade”, em 30 de novembro, cinco dias após a prisão de Jair Bolsonaro, exigindo a libertação do ex-chefe do Executivo e a anistia dos condenados pelos atos golpistas do 8/1. O ato reuniu 130 manifestantes em Brasília.
Bolsonaro é tratado por alguns correligionários como uma “máquina de transferir votos”, como já reiterou o presidente do PL. No entanto, Flávio, caso se estabeleça na disputa ao Planalto, lidará com a imagem de um Bolsonaro bem diferente da lógica do macho imbatível construída em 2018, o que dificultaria uma possível transferência de apoio.
O advogado Paulo Cunha Bueno, por exemplo, afirmou que Bolsonaro hoje tem “saúde fragilizada”; já o filho “03”, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), declarou, aos prantos, que o pai vive com a “saúde emocional sendo desgastada”.
O professor do Departamento de Ciência Política da USP Sérgio Simoni Junior lembrou que apesar de imagens expondo condições de saúde de Bolsonaro repercutirem desde setembro de 2018, quando ele foi esfaqueado durante um ato da campanha, a narrativa então era a de equilíbrio de um “homem forte” disposto a enfrentar o sistema. “Fica pendente o lado da oferta e organização do líder. Você tem essa demanda do eleitorado, mas ela não é automática, ela não vai desaguar em alguém específico. É preciso construir isso.”
Na compreensão da pesquisadora Lilian Sendretti, houve mudanças significativas nas abordagens sobre Bolsonaro através de uma transformação da “construção de força para a construção de fragilidade”. Essa fragilização, segundo a cientista, se acentua diante da inelegibilidade do ex-presidente. Ele estava inelegível até 2030 após ser condenado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação nas Eleições de 2022. Todavia, após a condenação no STF, a inelegibilidade pode durar até 2060 por conta da suspensão dos direitos políticos. . “Há uma crise de força simbólica, do que esse líder representa para a própria base, e uma crise no sentido de força política.”
O desafio da família Bolsonaro de se manter coerente e da evidente falta de apoio nas ruas, se somam à tentativa de não perder a imagem de defensores “da família”, mesmo com rachaduras públicas. A sucessão do patriarca e o posicionamento quanto às eleições de 2026 envolvem tensão entre os filhos, aliados e a esposa de Bolsonaro, Michelle.
O professor titular do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Luís Felipe Miguel, avalia que a família tem foco estratégico mais voltado à permanência no poder do que na continuação de uma estrutura ideológica baseada no ultraconservadorismo. Isso levaria ao enfraquecimento de uma “autoridade moral”. “Ele [Bolsonaro] opera numa lógica de clã. Primeiro vem ele, depois a família, depois aqueles que são os seus agregados. A relação dele com as lideranças políticas que o seguem é sempre algo com pé atrás, com medo de ser traído”, observou Miguel.
Um exemplo recente das divergências entre os membros do clã Bolsonaro foi a crítica da ex-primeira dama ao deputado federal André Fernandes (PL-CE) pela aliança do PL no Ceará com o ex-governador e presidenciável Ciro Gomes (PSDB). Michelle se manifestou publicamente dizendo respeitar os enteados, mas pensar diferente. “Como ficar feliz com o apoio à candidatura de um homem que xinga o meu marido o tempo todo de ladrão de galinha, de frouxo e tantos outros xingamentos? Como ser conivente com o apoio a uma raposa política que se diz orgulhoso por ter feito a petição que levou à inelegibilidade do meu marido e se diz satisfeito com a perseguição que ele tem sofrido?”, declarou.
Fernandes alega que a aproximação com Ciro Gomes foi estimulada pelo próprio ex-presidente. Ao comentar o caso, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que a madrasta pôs o colega parlamentar em situação de “humilhação”.
A dificuldade em manter o apoio popular em torno do clã Bolsonaro também se apresenta no ambiente virtual. Entre o momento em que a prisão do ex-presidente foi decretada, em 22 de novembro, e a confirmação da decisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal dois dias depois, o bolsonarismo voltou a exibir grande engajamento digital, mas o controle narrativo não se manteve, aponta um relatório do Instituto Democracia em Xeque.
Após compilar menções e assuntos relacionados ao ex-presidente no período da prisão, o instituto constatou aumento da discussão sobre o assunto, mas também uma mudança significativa no comportamento dos apoiadores de Bolsonaro após a divulgação do vídeo em que ele assume ter usado ferro de solda para violar a tornozeleira eletrônica que usava durante sua prisão domiciliar.
“Gerou um ponto de quebra no debate digital sobre a detenção de Bolsonaro, em que por um lado apoiadores moderados do ex-presidente silenciaram nas redes e, por outro, apoiadores mais fiéis tiveram dificuldades de unificar linhas narrativas e mensagens-chave”, destaca o relatório.
A violação do dispositivo foi o principal motivador do pedido de prisão preventiva solicitado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A defesa do ex-presidente justificou a violação por um “surto” que Bolsonaro teria sofrido devido ao uso de medicamentos.
Para o professor de departamento de comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO) e diretor de Metodologia e Inovação do Instituto Democracia em Xeque, Marcelo Alves dos Santos Junior, o movimento bolsonarista perdeu coesão e organização na formação de um bloco representativo da extrema direita e centro no Brasil.
“Bolsonaro historicamente se vendia como quem não pegaria covid pelo histórico de atleta. Então, essa questão do ‘homem macho’, essa performance se alinha com um movimento internacional. Se o argumento hoje vai na direção de enfraquecimento físico, enfraquecimento emocional, sobretudo, você tem um conflito muito grande”, ressaltou.
O Remo vive um momento auspicioso, um dos melhores de sua história, com sinais de prosperidade e esperança concreta de um sólido crescimento. Sim, 2025 nem terminou e o clube começa a descortinar um futuro que não era sequer cogitado até o ano passado, quando ainda batalhava para escapar das agruras da Série C.
Um estudo da consultoria especializada Sports Value põe o Remo entre os 30 clubes mais valiosos do Brasil, cotado em R$ 300 milhões, um marco histórico para o futebol da Região Norte e a maior valorização econômica da história do clube.
Os números do relatório Valuation dos Clubes Brasileiros 2025 colocam o Remo em 26º lugar, com um crescimento vertiginoso: elevação de 328% no valor total entre 2020 e 2025. Foi a marca futebolística que mais cresceu no período, atrás apenas de Botafogo (SAF), Bragantino e Juventude. No top 30 nacional, o clube é hoje o mais valioso da região Norte.
Segundo a Sports Value, o Remo é uma marca reconhecida nacionalmente, agregando mais investimentos e patrocínios, gerando um fortalecimento regional inédito e abrindo novas perspectivas de investimentos em infraestrutura, divisões de base e inovação.
O resultado da análise de mercado mostra que gestão, identidade e visão de futuro constituem valor real no futebol globalizado e em processo de constante mutação. Para os consultores, até o conceito de protagonismo no futebol brasileiro está em ritmo de mudança.
Nesse aspecto, segundo a Value Sports, o Norte chega realmente forte para integrar o mapa geoeconômico da bola, alavancado por um público consumidor que estava há tempos sedento por um fato novo, capaz de mexer com as estruturas do esporte na região. A novidade finalmente chegou com o acesso à Primeira Divisão.
E não há dúvida quanto ao papel decisivo da torcida azulina, recordista em arrecadação na Série B e uma das mais vibrantes, é outro ponto fundamental a influir na análise exposta no relatório da Sports Value. (Foto: Fernando Torres/AGIF)
Guto volta a ser considerado para permanecer
Há quem entenda que o Remo tem sido cauteloso na medida certa quanto à contratação do novo técnico. Por outro lado, na comparação direta com os times que disputarão o Campeonato Paraense, chama atenção o fato de que somente o Leão segue sem comandante.
De início, a prioridade era manter Guto Ferreira. O desdobramento das negociações acabou por afastar o técnico dos planos do clube, abrindo um cenário de busca desesperada por um outro treinador.
Vários nomes foram citados – Cuca, Tiago Nunes, Martín Palermo – e nenhum chegou a ser realmente chamado a negociar com o Remo. O executivo Marcos Braz tem admitido que algumas especulações terminam por tumultuar o processo.
O processo especulativo é normal dentro do ambiente de um clube de massa, sujeito a pressões extremas e cobranças da torcida, mas a demora na definição de um técnico incomoda cada vez mais o público interno. Leia-se: diretoria e setores de maior influência no clube.
Há a percepção, cada vez mais confirmada pelos fatos, de que o Remo não tem um critério definido para busca e escolha do treinador. Por essa razão, o nome de Guto Ferreira volta a ser analisado com carinho.
Um goleiro experiente inaugura apostas do Papão
Jean Drosny, 31, que despontou como titular do Volta Redonda, é o primeiro reforço anunciado pelo PSC para a próxima temporada. Experiente e forjado na disputa da Série C, chega com credenciais para ganhar a titularidade, na disputa direta com Gabriel Mesquita.
Há dois anos, Jean foi sondado pelo Remo para a disputa da Série C, mas preferiu permanecer no Voltaço. Em 2025, depois de algumas lesões, perdeu espaço para Jefferson Paulino e praticamente não atuou.
De qualquer maneira, a contratação caiu no agrado do torcedor, ainda ressabiado com as atuações de Matheus Nogueira durante a Série B.
Contratar Jean Drosny é a demonstração clara de que o PSC vai em busca de nomes com o carimbo de experiência na Série C, principal competição do clube na temporada. Por esse prisma, o começo é animador.
Depay põe Corinthians em vantagem na Copa BR
Com a contribuição do confuso Fabrício Bruno, o holandês Memphis Depay marcou o gol que garantiu a vitória do Corinthians sobre o Cruzeiro, na semifinal da Copa do Brasil. O lance expôs problemas de marcação na zaga cruzeirense e a categoria de Depay como finalizador. Mesmo dominando mal a bola, conseguiu complementar para as redes.
O triunfo corintiano, surpreendendo o Cruzeiro dentro do Mineirão, inverte as expectativas desta semifinal. Acreditava-se que a Raposa era favorita para chegar à final e levar o caneco. Como o segundo jogo será na Arena Itaquera, domingo, a situação muda completamente. O favoritismo agora é do Timão.