Uma delegação do Clube do Remo compareceu, nesta terça-feira (21), à Basílica-Santuário de Nazaré, em Belém, para rezar e homenagear a padroeira dos paraenses. Os azulinos foram recebidos pelo pároco da igreja e posaram com a Imagem Peregrina da Rainha da Amazônia. Vídeos da visita foram postados e compartilhados nas redes sociais.
No grupo, vários jogadores, entre os quais William Klaus, Léo Lang e João Pedro, acompanhados das esposas. O técnico Guto Ferreira e integrantes da comissão técnica também marcaram presença, bem como o presidente Antônio Carlos Teixeira e o dirigente Marcelo Carneiro. Na campanha vitoriosa de 2005 pela Série C, quando se sagrou campeão brasileiro, a Santinha se tornou símbolo inseparável do clube leonino.
O jogo com o Cuiabá, nesta sexta-feira (24), às 21h35, é decisivo para as pretensões azulinas de conquistar o acesso à Série A. Na igreja, jogadores, comissão técnica e dirigentes rezaram pedindo proteção à Nazica. Nas redes, os torcedores pedem bênçãos e intercessão da Santa. “Vamos com Fé. Mãezinha, interceda por todos nós e continue nos abençoando”, escreveu um internauta. “Maria passa na frente”, disse uma azulina.
O retrospecto do Remo é positivo frente ao Dourado. São duas vitórias, quatro empates e uma derrota. O jogo válido pela 34ª rodada da Série B será disputado na Arena Pantanal.
A última gravação dos Beatles como banda completa não podia ter nome mais emblemático: The End é o nome da canção derradeira. É bem verdade que o grupo já vivia o esfacelamento das relações internas. Apesar das palavras dos próprios músicos, asseverando que não havia a noção de que tudo estava no fim, algo induziu à escolha de um título que The Doors já havia utilizado antes. A letra diz: “Oh yeah, alright/ Are you going to be in my dreams tonight?/ And in the end, the love you take/ Is equal to the love you make.” (“Ora, sim, tudo bem, você vai estar em meus sonhos esta noite?/ E, no fim, o amor que você recebe/ É igual ao amor que você faz.”)
Sobre o trecho acima, Paul comentou que “são versos que podem fazer você pensar por um bom tempo, podem ser sobre bom carma. Tudo o que se faz, se paga, como dizem nos EUA”. Admitiu depois que tinha Shakespeare em mente ao escrever a letra.
No monumental The Complete Beatles Chronicle, Mark Lewisohn esmiúça a agenda das atividades do Fab Four de 1957 a 1970, com as fichas técnicas de todas as gravações. Ele descreveu o que se passou nos estúdios Abbey Road, Londres, naquela quarta-feira, 23 de julho de 1969:
“Uma boa carga de ensaios deve ter precedido o rolar das fitas durante a sessão de 14h30 às 23h30 no Estúdio Três, pois desde a primeira tomada foi uma gravação tensa, começando com algumas notas da guitarra e pavimentando o caminho para o primeiro e único solo de bateria de Ringo numa canção dos Beatles. O grupo fez sete tentativas e o estilo do solo de Ringo mudava a cada uma, a última durando quase 16 segundos e a canção em si 1m20s. (Dublagens posteriores a elevaram para 2m41s, embora a edição do ‘melhor’ mix a reduzisse a 2m05s.)”
Apesar do abismo emocional que marcava o crepúsculo do grupo mais importante da história do rock, no breve período de 1º de julho a 25 de agosto, entre gravações e edições, eles produziriam o que muitos consideram mais uma obra-prima: as 17 faixas do disco que homenagearia, no título, Abbey Road, o estúdio onde gravaram todos os seus álbuns, a partir de 11 de setembro de 1962.
O próprio Lewisohn comenta: “Foi um feito surpreendente, porque a animosidade entre o grupo foi quase totalmente apagada durante as sessões e impediu qualquer interferência com aquilo que, no fundo, era a essência dos Beatles: a música”.
Nas palavras de George Harrison, nenhum deles fazia ideia de que o fim havia chegado. “Eu não sabia na época que era o último disco dos Beatles. Lembro-me de gostar do disco e de ter apreciado, mas não me lembro de ter pensado que era isso, porque havia muita coisa acontecendo naquela época.
Ringo Starr vai na mesma linha: “Nós não estávamos sentados no estúdio dizendo: ‘Último disco, última faixa, última tomada'”, reforçando que ninguém sabia que Abbey Road era o canto do cisne. Nem mesmo as pessoas que trabalhavam diretamente com eles, incluindo o maestro George Martin. Além disso, pra ser rigorosamente oficial, a última música que os Beatles gravaram foi a belíssima “I Me Mine”, mas John não participou da sessão final.
Os engenheiros de som eram Geoff Emerick e Phil McDonald. Paul se encarregou dos vocais, tocou guitarra solo, baixo e piano. John e George fizeram backing vocals e tocaram guitarra solo e base. Ringo tocou bateria e fez backing vocal. Não há informação sobre os músicos que tocaram 12 violinos, 4 violas, 4 violoncelos, contrabaixo, 4 instrumentos de sopro, 3 trompetes, trombone e trombone baixo na sessão final.
Abbey Road chegou às lojas inglesas em 26 de setembro de 1969 e foi lançado nos Estados Unidos em 1º de outubro de 1969.
A composição, apesar de creditada a Lennon-McCartney, é essencialmente de Paul. Aliás, ninguém melhor que ele para escrever o epitáfio dos Beatles, e fez isso com a competência habitual. John não gostava do medley do álbum, embora tenha contribuído com algumas canções. Mais que isso: desejou que suas músicas e as de Macca estivessem em lados separados do disco. George estava de saco cheio do que considerava domínio absoluto de Paul dentro da banda.
Um fato a destacar na canção: de curta duração, ela expõe o virtuosismo de quatro músicos excepcionais. Ringo aparece com a sequência arrebatadora, o único solo dele com os Beatles. Em seguida, em sentido rotativo, Paul, George e John executam solos com dois compassos para cada um. De forma magistral, comovente até, cada um deles soa extremamente verdadeiro em segundos preciosos de grande música em cima do backing vocal “love you, love you”.
Paul e John não tinham a função de lead guitars no grupo, mas entregam tudo nos solos, com características bem distintas. A adição dos solos ocorreu entre 18h e meia-noite daquela quarta-feira mágica. Vamos combinar: mesmo sem ter sido planejado, é um final digno de gigantes.
(Desculpem o texto longo, baseado em informações colhidas aqui e acolá, para enriquecer a descrição de um momento icônico do rock moderno)
Tem sido uma triste rotina na caminhada do PSC na Série B. Várias partidas são definidas após o recuo excessivo ou a distração generalizada da defesa. Foi assim de novo, ontem à noite, diante da Ferroviária de Araraquara. Depois de uma virada empolgante no 1º tempo, o time se acomodou e cedeu o empate na reta final da partida.
Não há novidade nisso. O torcedor já se acostumou a contrariedades desse tipo. Apesar da disposição demonstrada pelo time, reagindo rapidamente ao gol de Carlão logo nos primeiros minutos, o PSC voltou a apresentar sinais de instabilidade ao longo da partida.
Thiago Heleno acertou um cabeceio fulminante, aos 14 minutos, fazendo o time acordar. O segundo gol, aos 28’, mostrou toda a agilidade e visão de jogo de Garcez. Deslocado pela direita, ele aproveitou um erro do zagueiro Ronaldo e cruzou na medida para Wendell na pequena área.
O PSC cresceu, passou a controlar o jogo, mas muitas vezes não sabia bem o que fazer com a bola. Garcez e Wendell levavam perigo quando se aproximavam da área, mas o meio-campo pouco contribuía para impor um ritmo mais forte. Denner, apagado, apenas rebatia bolas.
Na etapa final, para tentar fechar o setor de marcação, Márcio Fernandes botou Gustavo Nicola no lugar de Peterson, figura improdutiva em campo. O problema é que a presença de quatro volantes fez o PSC se esquecer de atacar. A Ferroviária começou a impor presença.
Aos 17’, Carlão quase empatou, cabeceando rente à trave esquerda. Logo depois, Albano aproveitou um rebote da defesa e acertou um chute forte e colocado, sem chances para Matheus Nogueira. Era o empate da Ferroviária, que seguiu pressionando. Lucas Rodrigues quase virou, aos 48’, mas a bola saiu pelo fundo.
O resultado não foi bom para ninguém, mas foi bem pior para o PSC, que se mantém isolado na lanterna, com 27 pontos, a cinco pontos do penúltimo colocado e a 10 do primeiro time fora do Z4. Restam cinco rodadas e o próximo jogo é com o Avaí. Garcez, o melhor do time, não poderá jogar.
Chance e desafio para o substituto de Rangel
A contusão que tirou Marcelo Rangel do campeonato pode significar a grande chance da carreira de Léo Lang, o reserva que deve assumir o gol azulino no confronto decisivo de sexta-feira (24) contra o Cuiabá.
Lang já foi testado nos minutos finais do jogo com o Athletic, ao substituir Rangel. Parecia tenso e errou duas reposições de bola. Depois, foi se tranquilizando e atuou com segurança até o final.
A sina dos reservas é justamente essa. Precisam treinar sempre no mesmo nível de intensidade dos demais jogadores, a fim de estarem prontos para entrar em qualquer eventualidade.
Em situação normal, o substituto de Rangel seria Ygor Vinhas, que chegou a jogar por alguns minutos contra o Operário. Com lesão muscular, Ygor talvez só ganhe condições ideais para o jogo contra a Chapecoense.
Para quem quase não ouviu falar de Léo Lang, é preciso lembrar que ele teve papel importante na campanha do Remo na Série C 2024. Sua atuação contra o Caxias, na Serra Gaúcha, garantiu a vitória azulina. Lang fez grandes defesas e defendeu uma penalidade no célebre “jogo da neblina”.
Árbitro e VAR erram e estragam clássico
Foi uma cena hilária, daquelas capazes de entrar para os anais do folclore futebolístico nacional. O técnico do Flamengo, Felipe Luís, falou na entrevista após o jogo com o Palmeiras que o time paulista não tem direito a reclamar de nada, insinuando que o Verdão é beneficiado pelo apito.
É claro que é, ninguém duvida. John Textor provou isso em 2023, mas foi devidamente silenciado pelo consórcio que domina o futebol no Brasil. O problema é que o último clube a poder usar esse argumento é justamente o Flamengo, beneficiado por arbitragens há décadas.
No clássico de domingo, aliás, tudo se repetiu novamente. Dois lances influenciaram diretamente no placar. O pênalti não marcado sobre Gustavo Gómez, que foi empurrado na área pelo meia Jorginho. E duas faltas não foram marcadas no lance que resultou no pênalti sobre Pedro.
O árbitro Wilton Pereira Sampaio não deu e o VAR teve a desfaçatez de ignorar a primeira falta, sobre Vítor Roque, sob a alegação de que a ação ofensiva não tinha sido iniciada. Ora, é o fim de qualquer lógica na interpretação de lances no Brasil. Toda jogada de gol deve ser analisada desde a origem, pelo menos sempre foi assim no mundo inteiro.
Sim, o Palmeiras não tem muito direito de chiar, mas o Flamengo não pode de forma alguma se comportar como vítima das circunstâncias. Não há verdade nesse queixume; há método.
A verdade é que vários campeonatos importantes já foram decididos (com resultados desvirtuados) por influência direta de árbitros medíocres e covardes, agora tendo o VAR como validador das lambanças.
(Coluna publicada na edição do Bola desta terça-feira, 21)
O Remo cumpre uma sequência inédita de vitórias na Série B. Vence cinco vezes e pavimentou a busca pelo acesso. O que era improvável quando caiu de rendimento no começo do returno agora é possibilidade concreta. Ao derrotar o Athletic, no sábado à noite, voltou ao G4 e consolidou um momento particularmente feliz na história recente do clube. Precisa agora de nove pontos em cinco jogos.
A fase atual, iniciada com a contratação do técnico Guto Ferreira, fez o time cair nos braços da torcida outra vez. Dona de uma segunda colocação no ranking público da Série B, a massa azulina estava descontente com a perda de volúpia e ambição, que marcou a era Antônio Oliveira.
Na noite de sábado, no estádio Banpará Baenão, o Remo mostrou-se um mandante aplicado e seguro de sua própria força. Sobreviveu bem ao susto inicial do lance em que o atacante Ronaldo, do Athletic, foi deixado livre na área e quase abriu o placar, logo aos 6 minutos.
Com a vibração da multidão de torcedores, o Remo se encheu de brios e foi à frente. Criou situações de perigo, repetindo a troca de passes em velocidade, uma das virtudes que o técnico Guto Ferreira fez o time recuperar. Tudo isso a partir de um trio de meio-campo que alia rapidez e criatividade tanto em ações defensivas quanto na projeção ofensiva.
Panagiotis ganhou a titularidade porque se destaca como o melhor passador do elenco. Foi dele o lançamento perfeito para Pedro Rocha invadir a área e marcar 1 a 0 para o Remo. Caio Vinícius e Pedro Castro se desdobravam para vigiar a movimentação da dupla David Braga e Ronaldo.
Ainda no 1º tempo, a vitória começou a se confirmar. Em cobrança de falta pelo lado esquerdo do ataque, Diego Hernández surpreendeu o goleiro Adriel mandando um foguete em direção ao gol. Terceiro gol do ponta (sim, ele é ponta) uruguaio sob o comando de Guto Ferreira. A festa tomou conta do Baenão, com o vislumbre da chegada do Leão ao G4.
Veio a segunda etapa e um panorama se repetiu nos primeiros 20 minutos. Já havia sido assim diante do Athlético-PR e do PSC. O Remo arriou as linhas, cedeu campo ao adversário e ficou sujeito a riscos na área. O Athletic melhorou, colocando Ezequiel no meio e avançando David Braga.
Logo em seguida, aproveitando a queda de rendimento físico de Panagiotis, o Athletic chegou ao gol, após passe de Ezequiel para David Braga marcar.
O que era festa virou tensão no Baenão, mas por pouco tempo. A reação foi contundente: Diego Hernández driblou dois marcadores e deu o passe para Pedro Rocha chutar no ângulo, sem chances para o goleiro.
Rocha quebrou o jejum e ampliou a vantagem na artilharia, agora com 14 gols. Foi escalado de forma mais centralizada, como se cobrava desde os tempos de Felipe Vizeu e Adailton no time. É básico: goleadores têm que jogar mais perto do gol. E técnicos devem ser receptivos a mudanças de planos, sem medo de experimentar. Guto acertou, de novo.
Perda importante na reta final do campeonato
O Remo sofreu uma baixa importante no jogo com o Athletic. Marcelo Rangel, ídolo da torcida, sofreu lesão grave no joelho e está fora da reta final do campeonato. Não é uma perda qualquer. O setor defensivo sofre com a saída de cena do melhor goleiro da Série B.
Marcelo Rangel é um paredão no gol azulino. Destacou-se desde a Série C de 2024. Tem na regularidade sua maior virtude, não enfeita defesas e está sempre bem colocado. Salvou o Remo inúmeras vezes. Não há dúvida: é um dos pilares da excelente campanha azulina na Série B.
O goleiro será submetido a uma cirurgia nesta segunda-feira, 20, e deve voltar a treinar em janeiro. Seu reserva imediato, Ygor Vinhas, está lesionado. Por enquanto, Léo Lang deve ser o titular contra o Cuiabá.
Papão tenta reencontrar o caminho das vitórias
A hora é de reunir forças para buscar um cumprimento de tabela digno e comprometido com as tradições do clube. Este tem sido o discurso de jogadores, diretoria e comissão técnica do PSC em meio ao agravamento da participação do time na Série B.
Há 29 rodadas no Z4, com apenas cinco vitórias, o PSC cumpre à risca o roteiro do rebaixamento. Por isso, tenta achar alguma forma de motivação para enfrentar as seis últimas rodadas. Vai precisar disso hoje à noite diante da Ferroviária, em Araraquara (SP), pela 33ª rodada.
Márcio Fernandes poderá contar com Thiago Heleno, que se recuperou a tempo de viajar com a delegação. Com Ronaldo Henrique, André Lima e Denner, o setor de meio-campo não poderá contar com o suporte de Marlon, suspenso, na articulação.
No ataque, Maurício Garcez segue como homem de referência. Deve ter a companhia de Wendell, que ganhou pontos após a boa participação no Re-Pa.
(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 20)
Marcelo Rangel, peça fundamental na campanha do Remo na Série B, está fora do restante da competição. Ele sofreu uma lesão grave no joelho durante o jogo contra o Athletic, sábado à noite, e terá que ser submetido a procedimento cirúrgico. A informação foi divulgada na manhã de domingo (19) pelo departamento médico do clube. Rangel, 36 anos, sofreu um trauma no joelho direito durante a partida e exames apontaram uma “lesão em alça de balde do menisco medial”.
Em nota, o Remo comunicou o ocorrido, informando que o goleiro foi submetido a uma ressonância magnética no Hospital Porto Dias, quando foi diagnosticada a lesão no menisco e a necessidade de cirurgia. Como o tempo de recuperação é superior a cinco meses, o atleta está afastado do restante da temporada.
O tratamento indicado é cirúrgico e o procedimento será realizado na manhã desta segunda-feira (20), no Hospital Porto Dias, pelo chefe do departamento médico do Remo, Jean Klay Machado.
Ídolo do Fenômeno Azul e considerado um dos melhores goleiros da Série B, a perda de Marcelo Rangel representa um grande prejuízo para o Remo na reta final do Brasileiro da Série B. Durante a partida contra o Athletic, Rangel foi substituído por Léo Lang. O reserva imediato, porém, é Ygor Vinhas, que se recupera de um incômodo muscular.
Um clássico do rock oitentista, aqui interpretado ao vivo por um de seus criadores, o guitarrista Johnny Marr, Bigmouth Strikes Again(Linguarudo ataca novamente) foi o grande hit do álbum The Queen Is Dead, terceiro disco de estúdio dos Smiths. Como single de trabalho, alcançou rapidamente a 26ª posição nas paradas britânicas. Além disso, foi a canção escolhida para fechar Rank, disco ao vivo da banda.
A letra, escrita em 1985, tem um tom ácido, beirando a autodepreciação e refletindo a bronca de Morrissey com a indústria musical. Tanto ele quanto Marr nunca esconderam que a inspiração veio do hino Jumpin’ Jack Flash, dos Rolling Stones.
A parte rítmica se sustenta no inspirado riff de guitarra de Marr. “Eu queria algo que fosse rápido o tempo todo, sem um oito central distinto como tal. Achei que as quebras de guitarra deveriam ser percussivas, não muito cordiais”, explicou Marr. Ele descreve a música como sendo “o mais próximo possível do som dos meus heróis”, provavelmente referindo-se aos Stones.
Bigmouth Strikes Again é a terceira música dos Smiths de ataque à indústria – as anteriores foram The Boy with the Thorn in His Side(O menino com o espinho no lado) e Rubber Ring (Anel de borracha). Morrissey vivia às turras com a imprensa musical inglesa e as indiretas estão presentes o tempo todo nessas canções.
Curiosamente, Bigmouth foi bem recebida pelos críticos, principalmente pelo título inspirado e cáustico. O protagonista se compara a Joana D’Arc – quando “as chamas subiram até seu nariz romano” – e também diz “agora eu sei como Joana D’Arc se sentiu”. Em apresentações recentes, Morrissey alterou o trecho que diz “e seu walkman começou a derreter”, para a mais atual tecnologicamente “e seu iPode começou a derreter” e pela versão “e seu aparelho auditivo começou a derreter” como homenagem aos fãs com deficiência auditiva.
À época de Bigmouth Strikes Again, a formação da banda tinha Morrissey como vocalista, Johnny Marr na guitarra, Mike Joyce (bateria) e Andy Rourke (baixo). Rourke faleceu em maio de 2023.
A sonhada volta ao G4 finalmente se confirmou para o Remo. O time derrotou o Athletic por 3 a 1, na noite deste sábado, no estádio Banpará Baenão lotado, mostrando bom desempenho coletivo e alguns destaques individuais. Pedro Rocha marcou duas vezes e ampliou sua marca na artilharia do campeonato, alcançando 14 gols. Diego Hernández voltou a marcar em cobrança de falta – havia feito o gol da vitória no Re-Pa. Deivid Braga descontou para o time mineiro.
O 1º tempo foi controlado pelo Remo, que impôs marcação alta e botou pressão desde os primeiros minutos, apesar de ter levado um susto logo no início. O atacante Ronaldo foi lançado, ganhou na corrida de Reynaldo e falhou na hora de disparar o chute em direção ao gol.
Depois disso, só deu Remo. As triangulações envolvendo Marcelinho, Pedro Rocha e Diego Hernández confundiam a marcação e criavam seguidas situações de perigo na área do Athletic. O primeiro gol veio aos 13 minutos: Panagiotis lançou Pedro Rocha, que entrou na área e tocou na saída do goleiro Adriel.
No minuto seguinte, Diego Hernández driblou um marcador e chutou no canto direito, mas o goleiro se esticou e mandou para escanteio. Aos 18′, porém, não houve jeito. Hernández cobrou falta no bico direito da área do Athletic e mandou uma bomba, sem chances para Adriel, ampliando a vantagem azulina para 2 a 0.
O Remo voltou com a mesma intensidade na segunda etapa e partiu para tentar fazer o terceiro gol, mas o Athletic se fechava mais, saindo em contra-ataques perigosos, puxados por Deivid Braga e Ronaldo. A defesa azulina começou a ceder espaços e o meio perdeu a disputa pela bola, fazendo o time visitante crescer no jogo.
Guto Ferreira trocou Nico Ferreira e Tassano por Janderson e Kayky, mas o Athletic seguiu melhor e levando perigo. Até que, aos 22′, Ezequiel lançou na área e Deivid Braga apareceu livre diante do goleiro Marcelo Rangel para fazer o primeiro gol do Athletic.
Só então Panagiotis, cansado, foi substituído por Nathan Pescador. Cinco minutos depois, Diego Hernández driblou dois marcadores e passou a bola para Pedro Rocha, que mandou no ângulo direito da trave de Adriel. Um golaço. Remo 3 a 1.
Com a vitória, o Leão passa a ocupar o 2º lugar na classificação, somando agora 54 pontos, mesma pontuação do Novorizontino, mas com vantagem na quantidade de gols marcados (42 a 36) e no saldo de gols (10 a 9). A permanência na vice-liderança vai depender de outros resultados desta 33ª rodada. Foi a quinta vitória consecutiva sob o comando de Guto Ferreira.
O empate do Novorizontino com o Amazonas, na sexta-feira (17) em Manaus, dá ao Remo a chance de entrar no G4 caso vença o Athletic neste sábado (18) à noite, no estádio Banpará Baenão. Essa condição privilegiada só é possível porque o time paraense conseguiu o feito de vencer quatro partidas seguidas e voltar à disputa na parte de cima da tabela.
O Remo chega a 54 pontos se vencer a partida contra o Athletic, igualando-se ao Novorizontino em pontuação e número de vitórias (14), mas levando vantagem em gols marcados, 39 a 36.
Já parece até distante, mas faz menos de um mês que o Remo estava mergulhado em crise de confiança, após duas derrotas – para Atlético-GO, em casa, e Volta Redonda, fora. Foi um divisor de águas, determinante para a troca de comando técnico, depois de duas semanas de dúvidas quanto ao desligamento de Antônio Oliveira.
Com a saída de Oliveira e a chegada de Guto Ferreira, as coisas voltaram a engrenar e o time voltou a ser competitivo. A vitória sobre o CRB por 4 a 2, no Mangueirão, foi o primeiro sinal de que algo havia mudado. Na prática, as coisas voltavam a funcionar como no início da competição.
A mudança se verificou na maneira de atuar, que havia sido modificada (para pior) no período de Antônio Oliveira. O ponto alto da retomada foi a utilização das jogadas em velocidade pelos corredores laterais, aliada à transição ágil, a partir da recuperação de bolas no meio de campo.
Guto Ferreira nem teve muito tempo antes da estreia contra o CRB, mas foi cirúrgico no respeito ao que havia dado certo no início do campeonato. Marcelinho voltou à lateral-direita e o papel dos pontas Nico Ferreira e Diego Hernández foi redesenhado. Hernández, é bom lembrar, chegou a ser escalado como meia e até como volante por Oliveira.
Para o confronto deste sábado, o time terá mudanças na zaga, com o provável retorno de Reynaldo e a substituição de Sávio (contundido) por Jorge. No meio-campo, Pedro Castro entra no lugar de Nathan Camargo, que se lesionou no Re-Pa. O ataque não deve mudar: Nico Ferreira, João Pedro e Pedro Rocha.
Destaque da vitória sobre o PSC, Diego Hernández deve ser mantido como alternativa para o 2º tempo, assim como Janderson, que tem sido usado para puxar contra-ataques contra defesas cansadas.
Bola na Torre
Guilherme Guerreiro comanda o programa, neste domingo, às 22h, na RBATV, com participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. Em pauta, a 33ª rodada da Série B. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.
Papão começa a reavaliar contratações e apostas
A reta final do campeonato se desenha frustrante para o PSC, que segue na lanterna da Série B e vive a iminência de rebaixamento em meio a um cenário interno de discussões e incertezas. Há algo, porém, que entrou em pauta nas últimas rodadas e se configurou no Re-Pa: Rossi, jogador mais caro do elenco, foi barrado por razões técnicas.
O questionamento sobre o papel de Rossi na campanha é compreensível. Ele chegou no início da temporada como principal reforço e status de candidato a ídolo. Até sua apresentação foi diferenciada, atestando o grau de importância que a diretoria conferia à aquisição.
Rossi não conseguiu manter a regularidade e esteve ausente de várias partidas no Campeonato Paraense, na Copa do Brasil e na Copa Verde, mas terminou se destacando na conquista do torneio regional. O problema se acentuou na Série B: as seguidas lesões afastaram o jogador de metade das 32 partidas disputadas pelo PSC até agora.
Peça-chave na organização ofensiva da equipe até o início do Brasileiro, Rossi aos poucos foi perdendo espaço e importância, fato amplificado pela chegada de Maurício Garcez e Diogo Oliveira, contratados na segunda janela de transferências.
Fundamentais na produção de gols do time, Garcez e Diogo ajudaram a compensar a ausência de Rossi. Ao mesmo tempo, o destaque da dupla expôs a baixa produtividade do atacante paraense, contratado por decisão pessoal do presidente Roger Aguilera.
Na partida diante do Cuiabá, na Curuzu, Rossi entrou em campo, mas rendeu muito pouco e acabou recebendo a advertência que o poupou do jogo seguinte, diante do Botafogo-SP, em Ribeirão Preto.
Em consequência disso, o técnico Márcio Fernandes optou por tirá-lo da lista de relacionados para o Re-Pa. Surpreendeu quem está de fora, mas prestigiou alguns líderes do elenco, que mostram resistências crescentes em relação ao jogador. É provável que Rossi não atue mais pelo PSC.
Thiago Heleno e Anderson Leite também são nomes que sofrem questionamentos dentro do clube e do elenco. O volante não foi mais escalado e o veterano zagueiro, que veio para ser o xerife, coleciona lesões. Com isso, perdeu espaço para o eficiente Maurício Antônio.
(Coluna publicada na edição do Bola de sábado/domingo, 18/19)
Nada é fácil na Série B mais imprevisível dos últimos anos. Não há um favorito destacado para acesso e título e 10 times estão na briga pelas quatro vagas que levam ao paraíso da Série A. Só isso já atesta o grau de dificuldades desta Segundona. Com uma campanha consistente, o Remo está no páreo, mas tem um dos caminhos mais duros até o acesso.
Nos 6 jogos que terá pela frente, o Leão precisa de mais 12 pontos, o que lhe permitiria terminar o campeonato com 63 pontos, limite que os matemáticos consideram suficiente para o acesso, embora em 2024 e 2023 os times que ficaram em 4º lugar, Ceará e Atlético-GO, respectivamente, tenham terminado com 64 pontos.
Athletic, Chapecoense e Goiás em casa; Novorizontino, Avaí e Cuiabá fora. São os obstáculos do Remo na rota do acesso, nada menos que quatro adversários diretos na luta por uma vaga no G4. O Athletic é o único time da parte inferior da tabela, ocupando a 15ª posição.
A essa altura, é fundamental para o Remo de Guto Ferreira vencer os três jogos como mandante e conquistar pelo menos uma vitória como visitante. Tudo vai depender do clima positivo gerado pela sequência de quatro triunfos, que precisa ser valorizada ao máximo.
Diante do Athletic, amanhã, no Baenão, o Remo busca a quinta vitória consecutiva e vai apostar tudo na pressão da torcida, na capacidade de se impor dentro de casa e no bom momento vivido desde a chegada de Guto.
Todas as expectativas se concentram em Pedro Rocha, artilheiro da competição, que está há várias rodadas sem marcar. Esteve perto disso contra o Athlético-PR, quando desperdiçou um pênalti. É o homem de referência no ataque, ao lado de Nico Ferreira e do criticado João Pedro.
A dúvida é se o técnico vai escalar Diego Hernández, o herói do Re-Pa, ou manter como opção para o 2º tempo. Um imenso ponto de interrogação.
Papão reencontra seu melhor técnico na temporada
Claudinei Oliveira foi o técnico mais produtivo do Paysandu nesta Série B. Substituiu Luizinho Lopes e, em sua curta passagem, conquistou quatro vitórias e deu ao time o único sopro de vida e esperança na competição. Como não conseguiu manter o pique, acabou substituído por Márcio Fernandes.
Por essas coincidências que a vida às vezes impõe, o PSC terá pela frente na próxima rodada o técnico que dispensou no mês passado. Claudinei treina hoje o time da Ferroviária de Araraquara, adversário do Papão na segunda-feira. Não é um reencontro dos mais agradáveis, para ambos.
O Papão luta para seguir respirando na competição, agarrado à lanterna com 26 pontos. A Ferroviária de Claudinei está um pouco melhor. Está na 16ª com 37 pontos, correndo riscos também.
Será um jogo emocionante, de vida e morte. Para tentar superar a Ferroviária, Márcio Fernandes encara (pra variar) inúmeros problemas. Continua sem Diogo Oliveira e não poderá ter Marlon, suspenso. Bryan Borges será substituído por Reverson. E alguns jogadores já não estão nos planos, Rossi parece ser um deles.
O desafio de vencer os próximos seis jogos é pesado demais, mas ao Papão não resta outra alternativa a não ser ir à luta, da melhor forma possível.
Dream Team da pesada à solta na noite paraense
Um autêntico Dream Team do rock tem se apresentado nas noites de Belém. O encontro de dois craques da guitarra, Marcelo Kahwage e Carlos Reimão, acontece sempre às quartas-feiras no tradicional palco do Cosanostra. Sou suspeito para falar sobre esses caras, ambos meus amigos, mas é fato indiscutível que a atração é de alto calibre.
No manejo de um repertório impecável, do rock sessentista ao pós-grunge, Reimão e Kahwage têm o suporte de uma dupla de respeito, o baixista Danilo e o baterista Fuad Farah.
(Nos anos 70, Reimão ganhou diversas provas de natação de longa distância, defendendo o Clube do Remo. Cansou de ganhar provas de travessia da Baía do Guajará, competição que empolgava Belém à época.)
Em livro, a trajetória de superação de Jr. Furtado
Com emoção do início ao fim, o livro “Coração Ensinável”, escrito pelo jornalista Mauro Tavernard, conta a história real de Jr. Furtado, fisioterapeuta e atual coordenador de Saúde e Performance do Paysandu. Em primeira pessoa, ele narra a descoberta do diagnóstico de grave doença cardíaca, em 2022, e todo o processo de superação pelo qual passou até disputar a Maratona do Rio, em 2025.
O livro será lançado no dia 30 de outubro, especialmente para convidados, na Leal Moreira (rua João Balbi, 167) e vendido em breve nas principais livrarias da cidade e plataformas digitais.
(Coluna publicada na edição do Bola desta sexta-feira, 17)
Ao cobrar a falta e marcar o gol que garantiu a vitória de 3 a 2 sobre o Paysandu, na noite de terça-feira (14), no Mangueirão, o atacante uruguaio Diego Hernández entrou definitivamente para a galeria dos usuários da célebre camisa 33 do Remo, que foi lançada pela primeira vez há 12 anos e entregue à época ao meia Eduardo Ramos.
Pela importância da partida contra o PSC, o lance decisivo serviu para chamar atenção também para o misticismo em torno da camisa 33. Criada como um símbolo da histórica série de 33 jogos de invencibilidade sobre o rival, entre os anos de 2002 e 2019, ela já foi destinada nesta temporada a dois jogadores.
Cabe dizer que o peso do significado da camisa nem sempre é suportado por quem a recebe. O primeiro a vestir a 33 neste ano foi o atacante Felipe Vizeu, trazido com status de principal contratação. Após 17 partidas (quando marcou 3 gols) e colecionando vaias da torcida ao seu desempenho, ele desistiu da emblemática camisa e passou a usar a camisa 9.
Um dos últimos reforços a chegar ao Baenão, o uruguaio Diego Hernández aceitou a missão de vestir a 33, consciente do significado afetivo para a torcida. Deu certo. Coube a ele a honra de ser o primeiro jogador a fazer gol no rival usando a 33. A forma como ele comemorou o gol sobre o maior rival, tirando a camisa e exibindo a numeração, deixa bem claro que a conexão de fato se estabeleceu.
Hernández já havia feito isso na partida contra o CRB, que marcou a estreia do técnico Guto Ferreira. Ao marcar o primeiro gol, ele fez o mesmo gesto, valorizando a importância da camisa, desfraldada como se fosse uma bandeira ou um estandarte.
O que se passa em relação à Camisa 33 do Remo nada mais é do que a valorização prática de uma simbologia tão cara ao futebol. Para clubes e torcidas, histórias de conquistas e grandes feitos são reverenciadas, sempre na expectativa de que ajudem a inspirar novas vitórias.
Quis o destino que o gol do dramático triunfo sobre o rival traga a marca do lendário nº 33, inserindo-se na campanha pelo acesso à Série A. Para a massa torcedora, isso é mais que uma simples coincidência – sem esquecer que o jogo contra o Athletic, no sábado, vale pela rodada 33.
Guto Ferreira e a mudança de chave no Leão
É fato que a chegada de Guto Ferreira foi determinante para a guinada que o Remo empreendeu nas últimas quatro rodadas da Série B. Sem revolucionar ou mudar radicalmente a maneira de atuar, ele deu ao time um sentido de competição que não era evidente desde os tempos de Daniel Paulista no comando.
As vitórias em sequência atestam o encaixe com o elenco, visivelmente mais motivado e disposto a ir às últimas consequências em busca do objetivo maior: a conquista do acesso. Com Antônio Oliveira, que ficou tempo demais no clube, o espírito era outro.
Um ponto importante é a motivação dos jogadores que estavam escanteados, e que passam a ser utilizados e valorizados. Marcelinho, Nathan Camargo e Diego Hernández são os principais exemplos.
Na entrevista que deu depois do clássico, Guto foi cirúrgico ao descrever a estratégia em relação aos jogadores. Ele aposta na valorização como forma de garantir competitividade na reta final do campeonato. Não quer proporcionar espetáculo, quer resultados.
Até mesmo o apagão no 2º tempo diante do PSC foi explicado como algo natural para quem queria garantir a vitória e precisava se expor. É verdade que a demora na tomada de decisão poderia ter determinado a derrota, mas o técnico entende que o risco valia a pena. Quem há de discordar?
Forças subterrâneas atravancam a Seleção
Fabrício Bruno, zagueiro de perfil mediano até para clubes, de repente aterrissou na Seleção Brasileira como alternativa para compor a linha defensiva na Copa do Mundo. Ninguém sabe explicar essas coisas. O fato é que o futebol é muitas vezes manejado nas sombras dos bastidores.
Desde que a modalidade virou uma máquina de fazer dinheiro, interesses diversos determinam convocações e eventuais esquecimentos. Casos como o do bronco volante Amaral, eleito por Zagallo para ser o nº 1 no escrete, são raros exemplos que ganharam visibilidade.
Atualmente, o predomínio avassalador de atletas que disputam ligas europeias é revelador do poder de agentes e empresários nas decisões que envolvem a Seleção. E isso não pode ser desconsiderado nem mesmo com a presença de um técnico consagrado e teoricamente imune a pressões.
Carlo Ancelotti tem pulso firme e autonomia para repelir “indicações”, mas não pode sanear um ambiente contaminado há tempos. A maioria das convocações atuais concentra o foco em jogadores que têm sido chamados rotineiramente, sem maiores explicações, até porque ninguém é obrigado a explicar rigorosamente nada.
Apostas esdrúxulas ganham força no cenário de estiagem de talentos que se abate sobre o futebol brasileiro. Como existem poucos nomes indiscutíveis, como Vini Jr. e Raphinha, floresce o hábito de dar tiros a esmo em busca de nomes para completar a lista de convocados.
A escolha de um zagueiro errático como Fabrício Bruno, mais conhecido pelas botinadas e carrinhos, simboliza bem essa miopia. Existem uns 200 zagueiros no Brasil no mesmo nível ou melhores que ele, mas, por força de lobbies invisíveis, ele chegou ao escrete como se fosse coisa normal.
Aliás, as derrapadas no jogo contra o Japão permitem a Ancelotti perceber que pode estar sendo induzido a erros. A presença de Hugo Souza é um capítulo à parte. Goleiro atrapalhado, do mesmo naipe de um Muralha, sua convocação só se justifica pela influência fantasmagórica de forças ocultas.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 16)
Foi um clássico como a torcida gosta. Remo e Paysandu proporcionaram emoção e suspense no confronto nesta terça-feira (14), no Mangueirão, em jogo válido pela 32ª rodada da Série B. O placar final de 3 a 2 expressa bem o que foi a batalha entre os dois rivais. Os azulinos abriram dois gols de vantagem, com Caio Vinícius e Pedro Castro, mas recuaram e foram castigados. O Papão reagiu e chegou ao empate, com Garcez e Wendell Júnior. Mas, aos 44 minutos do 2º tempo, Diego Hernández marcou um golaço cobrando falta e garantindo o triunfo do Leão.
O Remo começou melhor e levou perigo logo aos 3 minutos, em cobrança de falta de Sávio, que passou à direita de Matheus Nogueira. Aos 10′, o Paysandu respondeu com Garcez, que escapou pela esquerda, mas adiantou muito a bola e não conseguiu finalizar. Apenas 6 minutos depois, o Leão abriu o marcador, com Caio Vinicius aproveitando um cruzamento de Nico Ferreira.
A etapa final foi eletrizante. O Remo ampliou logo aos 3 minutos, em jogada de Pedro Rocha para Pedro Castro. Aos 6′, o Paysandu diminuiu com Garcez, de cabeça. O gol empolgou os bicolores, que partiram pra cima e chegaram com muito perigo aos 10′, com Reverson.
O empate do Papão veio aos 18′. Wendel Júnior aproveitou escaramuça na pequena área. Após o gol, o time cresceu e quase virou aos 24, com Marlon, e com Carlos Eduardo, aos 35′, recebendo livre e falhando na hora de disparar o chute. Aos 37′, Wendel bateu à direita de Rangel. O próprio Wendel, dois minutos depois, finalizou em cima de Marcelo Rangel.
Aos 47′, Diego Hernandez deu números finais ao clássico. Cobrou falta com perfeição e venceu Matheus Nogueira, que ainda tocou na bola, mas não evitou o gol. Leão garantiu a vitória em 3 a 2 no Re-Pa de nº 780.
Na rodada 33, o Remo enfrenta o Athletic, sábado, 18, às 20h30, no Baenão. O Paysandu encara a Ferroviária, segunda-feira, 20, às 19h, na Fonte Luminosa.
“Quatro dias após a Rússia iniciar uma guerra na Ucrânia, a Fifa e a Uefa suspenderam a Rússia. Estamos há mais de 700 dias em um genocídio e, mesmo assim, Israel continua autorizado a participar das competições”. “Por que, por que há dois pesos e duas medidas? A Fifa e a Uefa devem suspender Israel”.