“Power to the People – One to One Concert” foi um show lendário de John Lennon em Nova York, logo após o fim dos Beatles, realizado em 30 de agosto de 1972. Com duas bandas afiadíssimas no palco, ele toca “Come Together”, rockão clássico do Fab Four reconhecidamente de sua autoria. A voz rouca e de grande alcance, apontada em pesquisa da revista Rolling Stone como a mais marcante do rock, sobressai em meio à pauleira sonora de Plastic Ono Band e Elephant’s Memory.
Organizado por Geraldo Rivera, em benefício da Willowbrook State School para crianças com deficiência intelectual, o concerto de 1972 foi filmado e gravado, sendo lançado em fevereiro de 1986 como o álbum Live In New York City.
Lennon formou a Plastic Ono Band imediatamente após a separação dos Beatles, incentivado por Yoko e pelo produtor Phil Spector. Recrutou amigos como Klaus Voorman (baixo), Billy Preston (órgão), Alan White (percussão), Nicky Hopkins (teclados) e Jim Keltner (bateria) para encorpar o projeto, que ia além do âmbito musical. O próprio John definiu a trupe como um supergrupo conceitual, de rock e avant-garde.
O grupo surgiu em 1970 e durou até 1975, apresentando-se regularmente e fazendo shows empolgantes. Além dos membros habituais, outros astros tocaram ocasionalmente com a Plastic Ono Band: Eric Clapton, George Harrison, Ringo Starr, Keith Moon (The Who) e Phil Spector fazendo até uma inédita participação como backing vocal e pianista.
A Elephant’s Memory foi formada entre 1967 e 1968 pelo saxofonista Stan Bronstein, veterano da orquestra de Tito Puente, e pelo baterista Rick Frank. Fez sucesso no circuito da contracultura de Nova York. Em 1968, eles tiveram brevemente Carly Simon como vocalista. Em 1969, a formação passou a incluir John Ward (baixo), Chester Ayers (guitarra), Myron Yules (trombone baixo), R. Sussmann (teclados), Michael Shapiro (vocal), Guy Peritore (guitarra e vocal), Danny Adler (guitarra), David Cohen (guitarra, teclados) e Michael Rose na guitarra.
A vitória sobre o América-MG, fora de casa, na 21ª rodada da Série B fez subir a cotação do Remo quanto à possibilidade de acesso, de 22,62% para 27,55%. Já o Paysandu viu o risco de queda aumentar de 51,38% para 58,87%. Restam 17 rodadas para o final do Campeonato Brasileiro.
O Leão continua em 7º lugar na lista de clubes cotados para subir, atrás de Goiás (89%), Coritiba (79%), Novorizontino (48%), Chapecoense (48%), Avaí (33,49%) e Criciúma (33%). Curiosamente, Criciúma (6º) e Avaí (7º) são times que estão abaixo do Remo na classificação. O Leão é o quinto colocado, com 33 pontos.
Na análise das projeções, os dois times catarinenses aparecem com mais possibilidades de acesso em função do histórico de participação na Série A.
No outro extremo, o Papão perdeu a invencibilidade de nove jogos diante do Vila Nova, na Curuzu. Foi o primeiro revés da equipe sob o comando de Claudinei Oliveira e isso provocou um aumento de 7% nas projeções sobre o risco de rebaixamento.
A 21ª rodada parecia favorável ao PSC, que subiria para a 16ª posição caso tivesse derrotado o Vila Nova. Com 21 pontos, os bicolores seguem na 19ª colocação e em terceiro lugar na lista de times com possibilidade de queda.
O Papão tem 58,87% de chance de rebaixamento, atrás apenas de Botafogo-SP (84,05%) e América-MG (62,89%). Amazonas, com 55%, e Volta Redonda, com 49%, vêm a seguir.
Nas 17 rodadas que restantes, o Remo terá oito jogos em casa: Botafogo-SP, Criciúma, Atlético-GO, CRB, Athletico-PR, Athletic, Chapecoense e Goiás.
O PSC terá nove partidas como mandante: Operário, Volta Redonda, América-MG, Novorizontino, Cuiabá, Remo, Avaí, Coritiba e Amazonas.
Surge um novo candidato a caudilho
A última contratação anunciada pelo Remo para a disputa da Série B é o zagueiro uruguaio Cristian Tassano, de 29 anos, apresentado oficialmente na quarta-feira (13). Em treinamento intensivo para recuperar condicionamento, ele pode ser relacionado para enfrentar amanhã o Botafogo, mas admite que não teria condições de atuar por 90 minutos.
Candidato natural ao posto de xerife do Baenão, vaga em disponibilidade há muito tempo, Tassano vai ter que brigar por espaço na defesa com cinco concorrentes: Reynaldo, Camutanga, Kayky Almeida, Klaus e Kawan.
Fiel à tradição uruguaia, de raça e combatividade, Tassano vem por indicação do técnico Antônio Oliveira. O Remo marca a volta do defensor à América do Sul depois de cinco anos. Depois de jogar pelo Danúbio e Rosário Central, Tassano se transferiu para o futebol europeu.
Ele foi contratado para a vaga de Ivan Alvariño, que foi cedido ao Amazonas, e se junta-se à pequena comunidade estrangeira existente no Baenão, formada por Alan Rodriguez, Diego Hernandez e Nico Ferreira.
A falta que o grande garçom faz ao Papão
Dos últimos 10 jogos realizados pelo PSC na Série B, o atacante Rossi, jogador mais caro do elenco, esteve em campo somente três vezes, e não por 90 minutos. Do total de 21 rodadas do Brasileiro, ele jogou em 11 rodadas, praticamente a metade.
Essa longa ausência trouxe consequências para a produção do time. Rossi, desde que chegou à Curuzu, é destaque em participações nos lances de gol do PSC: foram 12 gols e seis assistências em 30 jogos. Na Série B, porém, o aproveitamento é baixo: foram apenas dois gols marcados.
Com Rossi em campo, o Papão ganha em movimentação do ataque e variação de repertório, pois é muito participativo, tanto na função de abrir espaços como na de finalizador. Os problemas de criação no meio-campo se acentuam sem a presença dele no time.
A maratona do PSC nos meses de abril e maio, com participação em quatro competições (Copa Verde, Parazão, Copa do Brasil e Série B), desgastou o time e afetou diretamente jogadores como Rossi, que precisou entrar em vários jogos na base do sacrifício.
Em fase de transição no processo de recuperação fisicamente, Rossi segue afastado das partidas. Deve voltar contra o Operário, na 23ª rodada.
Uma data histórica para os azulinos
O feriado de 15 de agosto, referente à Adesão do Pará à Independência, é também motivo de comemoração pelos azulinos por dois acontecimentos históricos: a reorganização do Clube do Remo, em 1911, e a inauguração do estádio Evandro Almeida, em 1917.
(Coluna publicada na edição do Bola desta sexta-feira, 15)