Helder ajuda Papão a quitar dívida

POR GERSON NOGUEIRA

O governador Helder Barbalho anunciou ontem, nas redes sociais, a liberação de R$ 600 mil ao Paysandu, a fim de ajudar o clube a saldar dívida junto ao Torrense (Portugal) pelo jogador Kéffel e livrar-se do transfer ban da Fifa, imposto desde 30 de junho. Graças a isso, será possível contratar jogadores na atual janela de transferências, fortalecendo o time na disputa da Série B.

“Acabei de falar com a presidente do Banpará e vamos aumentar em R$ 600 mil o patrocínio de R$ 4,4 milhões, totalizando R$ 5 milhões. É o que o clube precisa para pagar a dívida na Fifa. Esta é uma ação que estamos fazendo para ajudar o Paysandu, para colaborar com o futebol paraense e para que nossos times possam representar muito bem o Estado do Pará”, disse o governador em mensagem dirigida ao torcedor bicolor. 

Trata-se de um gesto de extrema sensibilidade do governador num momento delicado da vida financeira do PSC, confirmando sua preocupação com o sucesso dos clubes que representam nacionalmente o Pará. Vale dizer que o PSC – juntamente com o Remo – já recebe anualmente o valor de R$ 4,4 milhões em patrocínios do Banpará. A quantia liberada ontem amplia esse valor para R$ 5 milhões.

Nenhum outro governo estadual no Brasil se equipara ao do Pará em termos de ações diretas em prol do futebol profissional. Helder, conhecido pela veia de desportista, foi informado das dificuldades enfrentadas pelo clube para sanar a dívida junto à Fifa e decidiu ajudar.

Por coincidência, a ajuda vem de um governante que chegou a ser alvo de uma campanha infame, movida por oportunistas e políticos de quinta categoria, com a insinuação falsa de que o clube não estaria recebendo verbas do governo. Uma calúnia que chegou a ser disseminada nas redes sociais através de fake news explorando o fato de que Helder torce pelo Remo, o que o governador nunca escondeu.   

A verdade é que os dois maiores clubes do Estado têm sido ajudados com verbas de patrocínio absolutamente iguais, renovadas todos os anos. 

Aliás, auxílio que não faltou nem mesmo durante a pandemia que assolou o Brasil e o Pará nos anos de 2020 e 2021. É uma política de governo executada com base na importância que o futebol tem para o povo paraense. 

Jaderson cotado para voltar à meiúca do Leão

Depois de vários jogos fora do time titular, entrando apenas no decorrer das partidas, o volante Jaderson deve voltar ao meio-de-campo do Remo na partida deste sábado (16) contra o Botafogo-SP, no Mangueirão.

Principal jogador da campanha que garantiu o acesso da Série C para a B no ano passado, Jader perdeu espaço na concorrida meia-cancha azulina após sofrer grave lesão na cabeça durante o clássico Re-Pa do turno.

Um choque na cabeça em disputa de bola com o zagueiro Novillo, do PSC, deixou o volante fora de combate por mais de 30 dias. Voltou na partida contra o Athletic, em São João del Rei (MG), mas não como titular.

Apesar da boa atuação naquele jogo, ele foi pouco utilizado pelo técnico Antônio Oliveira desde que se recuperou plenamente. É lançado no 2º tempo, como contra a Ferroviária e o América-MG, e às vezes nem isso – ficou de fora do confronto com o Goiás.

Para a partida com o Botafogo, Jaderson virou opção preferencial porque Pavani está lesionado. A tendência é que o volante faça companhia a Caio Vinícius e Cantillo, atuando tanto na marcação quanto nas ações de transição ofensiva.

Jaderson é um caso raro de meio-campista que conduz a bola de um campo a outro, com intensidade e capacidade de auxiliar o ataque com finalizações e lançamentos. Não há outro volante com suas características no elenco do Remo, e talvez por isso sua presença sempre é benéfica para o time.

Improvisações desnecessários afetam entrosamento

Manter o entrosamento de um time em meio à vertiginosa sucessão de jogos da Série B é um desafio permanente. Jogadores entram e saem, por lesões, suspensões ou deficiência técnica, o que não permite ajustar adequadamente os sistemas de jogo.

O PSC tem sofrido com isso desde o começo da Série B, quando o time foi castigado pelo pequeno intervalo entre jogos de quatro competições simultâneas, pagando um alto preço por isso.

Agora, com elenco reforçado desde a última janela de transferências, o técnico Claudinei Oliveira tem conseguido bons resultados, chegando a sustentar uma invencibilidade de nove partidas, que foi quebrada na segunda-feira (11) diante do Vila Nova.

Ocorre que algumas apresentações do PSC, principalmente como mandante, têm sido comprometidas por improvisações desnecessárias. A lateral-direita, por exemplo, vem sendo ocupada pelo zagueiro Luan Freitas.

Diante do Vila, essa experiência não foi bem sucedida. Luan vai bem defensivamente, mas o time sofreu com a falta de agressividade pelo lado direito. Tímido na pressão inicial sobre a defesa adversária, o PSC só foi mais presente quando Edilson foi lançado no 2º tempo.

Com especialista na função disponível no banco, a improvisação de um zagueiro fica difícil de entender e explicar ao torcedor. 

(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 14)