O Remo derrotou o América-MG na tarde deste sábado (9), no estádio Independência, em Belo Horizonte, com um gol solitário de Marrony cobrando pênalti, logo aos 4 minutos. A vantagem obtida no início da partida foi controlada com competência pelo Leão, que volta a vencer após duas rodadas e se reaproxima do G4 da Série B, ocupando a 5ª colocação com 33 pontos.
O lance que decidiu o jogo nasceu de uma bola roubada por Marrony na intermediária do Remo. O atacante avançou e lançou Matheus Davó em profundidade. Ele entrou na área e foi derrubado pelo goleiro Matheus Mendes. Marrony cobrou a penalidade com perfeição, mandando a bola no ângulo esquerdo da trave.
Em novo contra-ataque puxado por Marrony, aos 8 minutos, Matheus Davó recebeu outro passe precioso nas costas da zaga. Invadiu a área sozinho, mas tocou rasteiro à direita do goleiro Matheus Mendes, perdendo excelente oportunidade para fazer 2 a 0.
Depois do impacto com o gol azulino, o América-MG tentou reagir e teve duas boas chances. Willian Bigode recebeu cruzamento na pequena área e chutou para fora, aos 16′. Logo depois, aos 22′, Miquéias quase empatou com um chute forte da entrada da área. Marcelo Rangel, bem colocado, espalmou para escanteio.
Na 2ª etapa, mesmo com o Remo mais fechado atrás e cadenciando as ações, o América não conseguiu se impor à equipe paraense. Com Pedro Castro no lugar de Pavani, o Leão perdeu agilidade na transição, mas seguiu mais organizado em campo.
Marrony se lesionou e Janderson entrou, criando duas ótimas situações na área americana. Na melhor delas, foi mais rápido que os zagueiros e tocou na saída do goleiro, mas a bola foi desviada para escanteio. O melhor momento do América foi em chute de Artur Souza, que estourou na trave direita, aos 33 minutos. A bola bateu no ombro do goleiro Marcelo Rangel e ficou livre para Stênio, mas Reynaldo apareceu para afastar e evitar o gol de empate.
A vitória no Horto foi um excelente resultado para o Remo, obtido com boa atuação e capacidade de organização ao longo dos dois tempos. Nas arquibancadas, muita festa por parte da expressiva torcida azulina presente ao estádio. O Leão agora vai se preparar para receber o Botafogo-SP, no próximo sábado (16), no estádio Jornalista Edgar Proença, em Belém, com previsão de lotação máxima. (Foto: Samara Miranda/Ascom CR)
“Que gracinhas”, talvez diria Hebe Camargo sobre as pombinhas da paz como se apresentam alguns políticos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, querendo passar na força bruta a anistia para os invasores [1], canalhas [2], o impedimento de ministro e a derrubada do foro priviligiado para, claro, o benefício do “papai legal”. Pode uma aberração dessa? Parece que o ditado popular de que “agosto é mês de cachorro louco” continua valendo, porque a primeira semana desse mês foi de lascar com os motins nas duas casas. Esse tipo de movimento, muito bem pensado e articulado, nada tem de espontâneo mas, sim, espelha, no discurso proferido, de que estamos numa suposta ditadura para prejudicar, perseguir, entre outros fajutos “companheiros de luta”, o “grande comandante”, de comprovado passado duvidoso no exército brasileiro e que está agora, numa boa, confortavelmente, em prisão domiciliar. Ou não? Ora bolas, vamos e convenhamos, quem são os patriotas desses nossos tempos do Bozosaurus rex [3] e de sua fiel companhia? Os sinais de mais uma transgressão estão sendo dados há tempos e a “moleza jurídica”, para esses reptilianos do golpe, nos deixa com a pulga atrás da orelha se vão ter ou não o fardo da justiça que merecem, há tempos e pelas comprovadas ações golpistas. Mas, é uma coisa meiga e fofa essas pombinhas da paz, joias de rapazes patriotas [4] de araque, não é mesmo? O que esses nobres parlamentares fizeram para o país e o povo brasileiro nos últimos mandatos? Foram eleitos, hipoteticamente, para atender os anseios de gente carente de serviços públicos essenciais, como saúde, educação, moradia, segurança, etc. E, vamos lá, eles trabalharam nesse sentido ou atuaram para seus próprios interesses, na perpetuação no cargo em que foram eleitos, sustentados pelos seus currais eleitorais e emendas secretas? “O tempo que passa nos dá golpes muito duros, nossos rostos não se estragam como os dos lutadores de boxe, mas é a mesma coisa e acontece comigo como com todo mundo. Não aceito a degradação da vida, ou antes, não aceito que o amor se acomode a isso.” – François Truffaut.
Heraldo Campos é geólogo (Instituto de Geociências e Ciências Exatas da UNESP, 1976), mestre em Geologia Geral e de Aplicação e doutor em Ciências (Instituto de Geociências da USP, 1987 e 1993) e pós-doutor em hidrogeologia (Universidad Politécnica de Cataluña e Escola de Engenharia de São Carlos da USP, 2000 e 2010).
“Querem aprovar uma proposta pra tirar do STF casos de quem tem prerrogativa de foro. Isso pode beneficiar deputados golpistas, quem está envolvido na investigação do orçamento secreto e até o próprio Bolsonaro. E quem está no centro dessa articulação? Ele mesmo, mais uma vez: Arthur Lira”.
O Remo de Antônio Oliveira tem missão desafiadora neste sábado (às 16h), no estádio Independência, em Belo Horizonte. Busca uma vitória para quebrar a sequência ruim e voltar a se aproximar do G4. Na Série B, quase tão importante quanto estar entre os quatro primeiros colocados é se manter às proximidades do pelotão principal.
A pressão que se instalou no Evandro Almeida eclipsou a excelente campanha no 1º turno. Tudo porque na 19ª rodada a equipe perdeu gols em série diante do líder Goiás, fora de casa, mostrando uma assustadora incapacidade de definir jogadas fáceis. Em seguida, perdeu em casa para a Ferroviária, que estava sem vencer há seis rodadas.
As duas exibições acabaram por desmentir o que a equipe mostrou ao longo do campeonato, o que deixou a torcida não apenas irritada, mas preocupada com o futuro do time na competição. O jogo com o América se insere nesse cenário de desconfiança, que se concentra principalmente na figura do técnico Antônio Oliveira.
Com a troca de comando, o time sofreu mudanças significativas na forma de atuar, o que representou uma quebra no entrosamento. Novos jogadores entraram em cena e outros deixaram de ser aproveitados, mas a principal alteração foi na forma de jogar.
O Remo de Daniel Paulista usava e abusava da velocidade pelos lados, com duas duplas afiadas, e transição rápida pelo meio. Na direita, Marcelinho e Janderson. Na esquerda, Sávio e Pedro Rocha. Atuando assim, o time se manteve ofensivo na maior parte dos jogos, embora quase sempre “entregasse” a bola pro adversário.
Isso ocorreu nas vitórias sobre América-MG, Coritiba, Amazonas, Vila Nova e Operário-PR dentro do Mangueirão, sempre com extrema funcionalidade. Tudo mudou com a chegada de Antônio Oliveira, que optou por um jogo mais ritmado, com troca de passes e praticamente sem explorar as jogadas pelas pontas.
Coincidência ou não, o Remo deixou de ser uma equipe contundente no ataque. Até cria chances, mantém um contra-ataque poderoso, mas é pouco efetivo quando as oportunidades aparecem. É claro que o torcedor precisa eleger um culpado e o técnico acaba alvejado, mas existem problemas de ordem técnica individual, que também têm a ver com o comando, mas precisam ser analisados também na perspectiva dos jogadores.
Para o confronto deste sábado, o Remo terá três mudanças em relação ao jogo com a Ferroviária. Reynaldo volta à zaga, formando dupla com Camutanga. Caio Vinícius começa como primeiro volante, ao lado de Pavani e Cantillo. No ataque, Nico Ferreira estreia. Substitui Pedro Rocha pelo lado esquerdo. Marrony e Matheus Davó completam a linha ofensiva.
Vencer em casa é obrigação na Série B, mas os times que sonham com o acesso precisam também buscar vitórias como visitantes. Para isso, é fundamental explorar o ataque sem descuidar da defesa. É o que o Leão terá que fazer diante do desesperado América, 16º colocado. (Foto: Samara Miranda/Ascom CR)
Bola na Torre
Guilherme Guerreiro comanda o programa, a partir das 22h, na RBATV, com participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, a 21ª rodada da Série B para a dupla Re-Pa e a batalha da Tuna na Série D. Edição de Lourdes Cezar e Lino Machado.
Só uma goleada salva a Tuna na Série D
A Tuna precisa de quatro gols de diferença sobre o Maranhão para se classificar à 3ª fase da Série D. A derrota por 4 a 1 no jogo de ida trouxe um desafio inédito para a equipe na competição. Com excelente campanha na fase inicial do Brasileiro, a Águia se classificou sem dificuldades.
Venceu três jogos em casa e um fora pelo placar de 3 a 0, fato que funciona como estímulo extra para a partida deste domingo (15h), no estádio do Souza. Caso consiga repetir esse escore, ganharia a chance de disputar a classificação na série extra de penalidades.
Um aspecto que preocupa é o comportamento do Maranhão, que vem explorar os contra-ataques para explorar o desespero cruzmaltino. Por essa razão, o setor defensivo precisa funcionar sem erros. Jogadores experientes, como Vinícius e Marlon, serão importantes para dar equilíbrio ao setor.
Comissão técnica e jogadores avaliam que o desastre ocorrido em São Luís foi um acidente de percurso. Os times se equivalem e a Tuna não havia sofrido uma derrota tão fragorosa na competição. O problema é que o jogo começa com o MAC em grande vantagem, podendo perder por até dois gols de diferença.
À Tuna resta ter sangue frio e jogar ofensivamente desde os primeiros minutos, a fim de tentar tirar a diferença ou parte dela ainda no 1º tempo. A contratação do veterano Paulo Rangel, inscrito no BID na sexta-feira (8) à tarde, é um reforço importante.
Rangel foi o principal artilheiro tunante nos últimos anos. Tem frieza e experiência para encarar um jogo de tamanha importância. Pode fazer a diferença no jogo mais difícil da Lusa desde que foi eliminada pelo próprio MAC, também no Souza, na Série D 2023.
(Coluna publicada na edição do Bola de sábado/domingo, 09/10)
“Baby’s in Black”(Ela está de luto) é uma canção de autoria da dupla Lennon-McCartney lançada no álbum Beatles For Sale, de 1964. Típica da produção inicial da banda, é uma balada cadenciada discorrendo sobre um tema melancólico, com vocais dobrados e derramados de Paul e John. Foi feita inicialmente para ser um blues, mas virou valsa adaptada ao modelo pop até nas viradas de guitarra de George.
Além de cantar, Lennon toca guitarra base. McCartney canta e toca baixo, Harrison fica na guitarra solo e também participa de comentários vocais, com Ringo na bateria. A gravação ocorreu nos estúdios da Apple em 11 de agosto de 1964, em um take só.
Uma das primeiras parcerias entre John e Paul, “Baby’s In Black” foi escrita em um quarto de hotel enquanto os Beatles excursionavam no verão de 1964. “É melhor eu explicar o que John e eu queríamos dizer com este título. A história é sobre uma garota que está vestindo preto porque o cara que ela ama se foi para sempre. O cara que canta a música também está a fim dela, mas não está chegando a lugar nenhum. Nós a escrevemos originalmente em um estilo de valsa, mas terminou como uma mistura de valsa e balada”, contou Paul.
Especula-se que a música seja sobre Astrid Kirchherr, a fotógrafa e artista alemã amiga dos quatro músicos, que acompanhava a banda em Hamburgo. Ela era noiva do primeiro baixista dos Beatles, Stuart Sutcliffe, que morreu de hemorragia cerebral em abril de 1962, mas Lennon e McCartney não confirmam essa versão.
“Fizemos ‘Baby’s In Black’ porque gostamos de ritmo de valsa – costumávamos tocar ‘If You GottaMake A Fool Of Somebody’, um blues 3/4 bem legal. E outras bandas percebiam isso e diziam: ‘Puta merda, cara, você está fazendo algo em 3/4’. E acho que John e eu também queríamos fazer algo com pegada blues, um pouco mais dark, mais adulto, em vez de apenas pop puro. Era mais ‘baby’s in black’ como em luto. Nossa cor favorita também era preto”, disse Paul anos depois.
“Baby’s In Black” é um exemplo de trabalho a quatro mãos. Lennon e McCartney começaram e terminaram a composição “juntos, na mesma sala”, como lembrou John, em 1980. A canção tornou-se parte fundamental dos shows ao vivo dos Beatles, até a última apresentação, em 29 de agosto de 1966, no Candlestick Park, em San Francisco. Ela também constava do setlist dos shows no Shea Stadium e no Hollywood Bowl.