Bélgica pune soldados israelenses por crimes em Gaza

A Bélgica prende soldados israelenses por crimes de guerra em Gaza; Acusados estavam em festival de música eletrônica no país Em desdobramento inédito, a polícia belga prendeu dois soldados israelenses acusados de crimes de guerra no Holocausto Palestino após denúncia de organizações de direitos humanos. A Fundação Hind Rajab e a Global Legal Action Network, que protocolaram a ação, afirmaram que os acusados foram presos no festival Tomorrowland, classificando a prisão dos soldados um “avanço significativo” na responsabilização de criminosos de guerra no genocídio em Gaza.

O caso marca o reconhecimento e a aplicação da jurisdição universal para crimes de guerra e de lesa-humanidade no contexto do Holocausto Palestino. Os acusados foram detidos, interrogados e liberados. A Procuradoria Belga afirma que investigação está em curso.

Massacre: Papão humilha o Coxa dentro de Curitiba e dorme fora da zona

Na melhor atuação do PSC na temporada, o time de Claudinei Oliveira aplicou uma goleada de 5 a 2 no Coritiba, vice-líder na classificação da Série B. A partida valeu pela 17ª rodada e o resultado tirou o Papão temporariamente da zona de rebaixamento, passando a ocupar o 16º lugar, com 18 pontos. Só o Botafogo-SP (que joga neste domingo contra o Amazonas) pode ultrapassar a equipe paraense.

Com uma atuação firme e organizada, o Papão sofreu o primeiro gol em cobrança de falta do meia Josué, aos 25 minutos, mas apenas dois minutos depois conseguiu o empate. Maurício Garcez roubou uma bola dentro da área e bateu de chapa no canto esquerdo goleiro Morisco.

Aos 30′, em cobrança de falta, Reverson lançou bola na área e Diogo Oliveira acertou um cabeceio perfeito, no canto direito de Morisco, desempatando a partida. Ainda houve tempo para o terceiro gol: o próprio Diogo Oliveira, em jogada muito parecida, desviou de cabeça o cruzamento de Reverson para o fundo do barbante.

A atuação objetiva e bem encaixada do PSC surpreendeu o time paranaense, que parecia desnorteado ao fim do 1º tempo. Na etapa final, logo aos 10 minutos, Anderson Leite botou a mão na bola e o VAR confirmou a penalidade. Josué bateu e diminuiu para 3 a 2.

Apesar da vantagem, o PSC não se acomodou e foi em busca do quarto gol. Em cruzamento na área, a bola resvalou no braço de um zagueiro do Coritiba e o pênalti foi marcado. Marlon cobrou, mandando a bola no ângulo esquerdo da trave de Morisco. PSC 4 a 2.

Aos 40′, a goleada foi sacramentada com o gol mais bonito da noite. Maurício Garcez retomou a bola junto à linha de meio-campo, arrancou até a área do Coritiba, driblou um marcador e bateu de esquerda, sem chances para o goleiro. Papão 5, Coxa 2. O time de Mozart nunca tomou uma goleada tão elástica jogando em Curitiba pelo Campeonato Brasileiro.

Um dos melhores times da competição, o Coritiba não perdia há 13 partidas no Couto Pereira e estava invicto há nove jogos. O Papão venceu a primeira fora de casa e completou a sexta rodada de invencibilidade, sob a direção de Claudinei Oliveira.

Na próxima rodada, o PSC enfrenta o Amazonas, em Manaus.

(Foto: Jorge Luís Totti/Ascom PSC)

O Brasil está sob ataque

Por Jamil Chade, no UOL

O governo dos EUA, com sua base de extrema direita e aliado ao movimento ultraconservador no mundo, decidiu que causar uma profunda instabilidade política no Brasil é uma prioridade estratégica.

Não implementou tarifas. Mas sanções.

Não aplicou vetos individuais contra juízes. Fez um ataque às instituições de um país.

O governo brasileiro já sinalizou que não negocia sua soberania. Mas reconhecer a gravidade dos atos é necessário, inclusive para que haja uma compreensão de quem está de que lado nessa história.

Por anos, a extrema direita mundial construiu e costurou uma aliança com o objetivo de chegar ao poder pelo mundo. A meta é a de desconstruir a ordem internacional, os parâmetros civilizatório e, em seu lugar, erguer um mundo à sua imagem e semelhança.

Ganharam, na posse de Donald Trump, a arma que precisavam. A Casa Branca passou a desvirtuar leis nacionais para usar contra estrangeiros, assumiu e repetiu narrativas mentirosas e acolheu os movimentos ultranacionalistas que flertam com o neofascismo.

O Brasil passou a ser o campo de provas dessa ofensiva pelo desmonte de um mundo que, para esses grupos, é um obstáculo. Não se trata aqui de defender ou não Lula. De simpatizar ou não com Alexandre de Moraes.

O que está em jogo é a capacidade de a jovem democracia do país sobreviver a um ataque externo e que conta com a ajuda de seus capachos “patriotas”. Merecidos carnavais de rua que começaram pontualmente às 19 horas de ontem ecoam ainda, com seus confetes e ressacas. Mas a encruzilhada continua posta.

Reduzir o desafio que o Brasil enfrenta hoje como uma questão tarifária é uma ilusão. Imaginar que memes vão ser suficientes é ingênuo.

Hoje, o país está sob ataque. O teste é ambicioso: descobrir se uma democracia da dimensão de um país de 200 milhões de pessoas resiste à ofensiva radical da extrema direita globalizada e seu arsenal.

À altura do grande desafio

POR GERSON NOGUEIRA

Saber escolher os inimigos é a virtude dos grandes duelistas. O PSC, não por sua escolha, mas por força da tabela da competição, enfrenta neste sábado (19) o Coritiba, líder da Série B. O desafio se torna ainda mais expressivo porque o Coxa joga diante de sua torcida, no estádio Couto Pereira.

A importância do jogo costuma motivar boas atuações nas equipes. É como se, ao serem desafiadas, buscassem reunir todas as forças para estar à altura da grandeza do adversário. Melhor time da competição, o Coritiba tem 33 pontos e a defesa menos vazada (6 gols).

Há um ponto que une as campanhas desiguais de Coritiba e PSC: ambos defendem invencibilidade. O Coxa não perde há nove rodadas e há 13 não é superado em casa. O Papão, sob a direção de Claudinei Oliveira, vive seu melhor momento na Série B 2025, sem perder há cinco partidas e buscando sair da zona do rebaixamento a partir desta 17ª rodada.

Para encarar o Coxa, Claudinei precisará suprir a ausência de Rossi, principal jogador da equipe. Diogo Oliveira, que não esteve em campo desde o jogo com o Avaí, volta ao ataque, tendo Garcez e Vinni Garcia como companheiros de ofensiva.

Um problema persiste e compromete as articulações do Papão: a falta de um jogador criativo no meio-campo. Denner não foi bem diante do Atlético-GO e deve ser substituído por Marlon. A grata novidade no time é a presença de Edilson na lateral-direita. Thiago Heleno foi vetado.

Com expectativa de quebra de público no Couto Pereira, o Coritiba terá o retorno do lateral-direito Alex Silva, recuperado de uma entorse no joelho. Outros confirmados são o lateral-esquerdo Bruno Melo, o volante Filipe Machado e o atacante Lucas Ronier, uma das revelações do Brasileiro.

A maneira de Claudinei formatar o time como visitante passa muito pelo que fez diante do Avaí, quando abriu mão do ataque e se concentrou em marcar forte a partir do meio-campo. Diante do melhor time da competição, ficar muito atrás pode ser temerário.  

A capacidade de ser reativo e explorar a envergadura de seu ataque podem ser fatores importantes para o PSC, mas o plano de Claudinei é não perder.

Um saudável sopro de talento no Leão

O colombiano Victor Cantillo ganhou o honroso apelido de “Kroos de Itaquera” quando defendeu o Corinthians, entre 2020 e 2023. O estilo ousado, a boa técnica e os passes perfeitos atenuaram o exagero da comparação com o craque alemão.

Revelado no Atlético Nacional, brilhou com a camisa do Junior Barranquilla antes e depois de passar pelo Corinthians. Ultimamente, defendia o Huracán, onde participou de apenas quatro partidas.

Chegou ao Remo com muita defasagem física em relação ao restante do elenco. Por isso, estreou por apenas 25 minutos no jogo com a Chapecoense. Apesar do pouco tempo em campo, Cantillo disse a que veio, com passes e lançamentos primorosos.

Contra o Novorizontino, voltou a atuar, desta vez entrando de cara. Encantou a torcida com o nível de seu futebol, ainda diferenciado numa competição que não é muito conhecida pela qualidade técnica.

Com o volante liderando as ações no meio-campo, tendo a companhia de Jaderson e Caio Vinícius, o Remo fez um 1º tempo produtivo. Superou em diversos momentos o rígido posicionamento do Novorizontino.

Estava tão bem que saiu reclamando da substituição determinada pelo técnico Antônio Oliveira. A torcida não perdoou a mudança – e tinha seus motivos. Ao longo do 2º tempo, o Remo foi controlado pelo Novorizontino, caiu de rendimento e quase sofreu a virada. Certamente será titular, por mais tempo em campo, contra o Avaí.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda o programa, a partir das 23h, na RBATV. Participações de Valmir Rodrigues e deste escriba de Baião. Em debate, as rodadas das séries B e D do Campeonato Brasileiro. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.

Arbitragem é um ponto de preocupação

Marcelo de Lima Henrique, que foi o responsável pelo VAR no jogo contra o Atlético-GO, será o árbitro central contra o Coritiba neste sábado. O PSC recorreu à CBF para tentar alterar a escala de arbitragem, algo absolutamente precedentes nesta Série B.  

O pedido foi recusado, mas o clube obteve uma pequena vitória: o jogo terá um observador escalado pela Comissão de Arbitragem. Polêmico, Marcelo de Lima Henrique ficou marcado por avaliar como pênalti o lance que originou o segundo gol do Atlético na Curuzu.

A falta existiu – Leandro Vilela agarrou e imobilizou o atacante adversário –, mas dirigentes do PSC entendem que Marcelo errou ao indicar inicialmente que não havia infração e depois mudar de opinião, recomendando a marcação da penalidade.

Para piorar, o pênalti teve que ser repetido após invasão da área. Por razões óbvias, Marcelo de Lima Henrique virou o vilão da vez e será vigiado com lupa nos 90 minutos da partida em Curitiba.

(Coluna publicada na edição do Bola de sábado/domingo, 19 e 20)

Sem espetáculo: Moraes e PF dão aula de responsabilidade jurídica

Por Kakay, no DCM

Uma nota em homenagem ao ministro Alexandre de Moraes e à Polícia Federal: toda a operação de hoje foi cuidadosa e sem nenhuma espetacularização. Fosse na época da Lava Jato, com Moro e seus procuradores adestrados, as televisões estariam na frente da casa. Aquela palhaçada das entrevistas logo após as operações policiais, onde havia uma extrema exposição dos investigados, seria a regra.

Fazer o óbvio e cumprir a legislação para não expor a pessoa investigada não deveria ser motivo de elogio. Mas, logo depois da operação Lava Jato, que instrumentalizou o Judiciário para fins políticos, humilhando o Poder Judiciário, penso ser importante o registro.

Quando o processo criminal contra a cúpula da República de Curitiba tiver início, estes que fizeram da operação um instrumento de poder darão valor ao direito à intimidade, à presunção de inocência.

Que não lhe falte oxigênio

“Bolsonaro em entrevista diz que o STF o sufoca aos poucos. Felizmente, ele terá acesso a oxigênio, para não morrer como os mortos por Covid em Manaus que ele negou assistência”.

Carolina Botelho, cientista política

Lula defende soberania nacional e critica “traidores da pátria”

Em pronunciamento em rede nacional nesta quinta-feira (17), o presidente Lula (PT) disse que o tarifaço anunciado pelos EUA é uma “chantagem inaceitável” e criticou políticos “traidores da pátria” que apoiaram a decisão americana. Lula classificou a taxação como uma ameaça ao país e criticou apoiadores. “Minha indignação é ainda maior por saber que esse ataque ao Brasil tem o apoio de alguns políticos brasileiros. São verdadeiros traidores da pátria. Apostam no quanto pior, melhor. Não se importam com a economia do país e os danos causados ao nosso povo.”

Ele lembrou que o governo brasileiro enviou proposta para negociar tarifas há dois meses, mas não obteve resposta. “Esperávamos uma resposta, e o que veio foi uma chantagem inaceitável, em forma de ameaças às instituições brasileiras, e com informações falsas sobre o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos”.

O presidente disse que a tentativa de interferir na Justiça brasileira é “um grave atentado à soberania nacional”. Ao anunciar as taxas de 50% sobre os produtos brasileiros, Trump criticou o julgamento do STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe, que chamou de “caça às bruxas”.

Lula também defendeu regras para a atuação das big techs – outro motivo citado por Trump para a taxação. O petista ressaltou que, para operar no país, todas as empresas nacionais e estrangeiras são obrigadas a cumprir as leis do Brasil.

No pronunciamento, Lula ainda citou o Pix. A investigação comercial contra o Brasil anunciada pelos Estados Unidos mencionou o sistema de pagamentos. “Não aceitaremos ataques ao Pix, que é um patrimônio do nosso povo. Temos um dos sistemas de pagamento mais avançados do mundo, e vamos protegê-lo.”

Por fim, o presidente disse que usará todos os instrumentos legais para defender a economia. Isso inclui, segundo ele, recursos à Organização Mundial do Comércio e a Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso Nacional.

“A primeira vítima de um mundo sem regras é a verdade. São falsas as alegações sobre práticas comerciais desleais brasileiras. Os Estados Unidos acumulam, há mais de 15 anos, robusto superávit comercial de US$ 410 bilhões de dólares”, disse Lula.

“Não há vencedores em guerras tarifárias. Somos um país de paz, sem inimigos. Acreditamos no multilateralismo e na cooperação entre as nações. Mas que ninguém se esqueça: o Brasil tem um único dono — o povo brasileiro”, finalizou.

Mais cedo, Lula disse que Trump “não foi eleito para ser imperador do mundo”. Ele concedeu uma entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, e criticou Trump.

A Casa Branca rebateu. “O presidente certamente não está tentando ser o imperador do mundo”, disse a secretária de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt. Mas ele é “o líder do mundo livre”, afirmou ela.

O presidente também disse que “gringo não vai dar ordem” no país. Durante o 60º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), em Goiânia, ele voltou a reclamar da postura do presidente dos EUA e disse que Trump “não se dignou nem sequer a mandar uma carta”.

Lula também prometeu taxar e regulamentar as big techs, debate que não tem avançado no governo. “Eu queria dizer para vocês que a gente vai julgar e vai cobrar imposto das empresas americanas digitais. Nós não aceitamos, em nome da liberdade de expressão, você ficar utilizando [as redes] para fazer agressão, para fazer mentira, para prejudicar”, disse.

Dia Nacional do Futebol: ídolos estrangeiros viram referência no país pentacampeão mundial

Em tempos de globalização, futebol europeu cresce como inspiração para jovens jogadores; especialistas comentam 

O dia nacional do futebol, criado para celebrar o futebol brasileiro, reconhecido globalmente como celeiro de craques e pelos cinco títulos mundiais, é comemorado neste sábado (19). Reconhecido pela excelência e pelo jogo bonito, o futebol nacional naturalmente proporcionou ídolos ao longo dos anos, os quais inspiraram gerações, desde Pelé, Garrincha, Zico, Ronaldo, Ronaldinho, Kaká e muitos outros.

Ao longo dos anos, o Brasil se acostumou a ter grandes atletas tanto em clubes brasileiros quanto na Seleção. Na Copa do Mundo de 1962, por exemplo, os times nacionais tinham os principais craques da Seleção Canarinha, a exemplo do Botafogo, que contava com os titulares Nilton Santos, Didi, Garrincha, Zagallo e Amarildo, e o Santos, com nomes como Mengálvio, Coutinho, Pepe, Gylmar, Mauro, Zito e Pelé. 

Já na última das conquistas, em 2002, a presença de atletas que atuam no Brasil ainda era majoritária (13 dos 23 convocados jogavam no Brasil), embora as principais estrelas já atuassem no exterior, casos de Roberto Carlos (Real Madrid), Cafu (Roma), Ronaldo (Inter de Milão) e Ronaldinho (PSG).

Atualmente, entretanto, diante do cenário econômico, os principais craques nacionais vão para a Europa cada vez mais novos, a exemplos de atletas como Endrick e Estêvão (foto acima), negociados pelo Palmeiras com Real Madrid e Chelsea, respectivamente, antes mesmo de completarem 18 anos.

“O futebol na América do Sul ainda está muito abaixo do nível europeu, especialmente em termos de treinamento e exigências. Como resultado, os clubes europeus buscam negociar com jovens atletas antes dos dezoito anos, para integrá-los às suas estruturas assim que atingem a idade legal. Para um jogador de elite, limitar seu desenvolvimento ao cenário sul-americano por uma década ou mais não é vantajoso”, explica Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, agência norte-americana que gerencia as carreiras de atletas como Endrick e Vinicius Jr.

Ídolos e inspirações surgem no exterior

Como se já não bastasse a migração dos principais talentos brasileiros para a Europa, atualmente os olhares para competições do velho continente são cada vez mais frequentes em solo nacional. Um estudo do ano passado feito pela CLV Group, intitulado Global Fan Report, por exemplo, apontou que atualmente um em cada cinco brasileiros tem como time principal uma equipe de fora do país, sendo grande parcela das preferências representada por Real Madrid (30,48%) e Barcelona (16,05%).

Diante da saída precoce dos craques do país e a crescente identificação dos brasileiros com equipes europeias, Fábio Wolff, sócio-diretor da agência de marketing esportivo Wolff Sports, indica que tal conjuntura, além de dificultar a criação de uma conexão sólida dos atletas com seu país e com os clubes em que surgiram, também estimula a criação de ídolos estrangeiros para o futebol nacional. 

“O interesse do mercado europeu em adquirir atletas de futebol sul-americanos cada vez mais jovens pode impedir que os jogadores alcancem o status de ídolos e o reconhecimento pleno dos torcedores em seus países de origem. Com isso, o futebol europeu tem concentrado os principais craques e, naturalmente, tem atraído ainda mais a preferência até mesmo dos brasileiros, que também passaram a assistir mais atletas estrangeiros e tê-los como grande inspiração”, explica Wolff.

Nesse contexto, entre os principais jogadores que dominaram o futebol nos últimos anos, faltam brasileiros e sobram atletas nascidos na Europa ou que fizeram a carreira no continente europeu, a exemplo de Cristiano Ronaldo, Modric, Neuer, Messi, Suárez, entre outros.

Talvez um dos principais exemplos, tanto pelos recordes conquistados quanto pela identificação com o público, seja o argentino Lionel Messi, sucesso dentro de campo e admirado por todo o mundo, superando inclusive rivalidades históricas como entre Brasil e Argentina.

Como a volta triunfal do Oasis expõe a má fase pop rock atual

O crítico musical Régis Tadeu, famoso por opiniões polêmicas, celebra a belíssima volta do Oasis aos palcos e analisa o quanto isso é revelador da estagnação do rock atual. O nível das performances da banda inglesa tem provocado uma onda de elogios e reconhecimento da importância histórica do grupo.

Abaixo, a íntegra do show realizado pelo Oasis na quarta-feira, 16, em Heaton Park (Manchester):

Bolsonaro é alvo de operação da PF e vai passar a usar tornozeleira eletrônica

A Polícia Federal (PF) cumpre mandados contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta sexta-feira (18). Advogados de defesa do ex-presidente confirmaram a operação. Ele é alvo de medidas restritivas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os mandados estão sendo cumpridos na casa do ex-presidente, em Brasília, e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.

Entre as restrições, Bolsonaro passará a usar tornozeleira eletrônica e não poderá acessar redes sociais. Ele também terá de permanecer em casa entre 19h e 7h da manhã, e foi proibido de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros (não podendo se aproximar de embaixadas), nem com outros réus e investigados pelo Supremo.

Os agentes da corporação apreenderam cerca de 14 mil dólares e R$ 8 mil na casa do ex-presidente, em Brasília. A ação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), também teve como objetivo a aplicação de medidas cautelares. A PF encontrou na casa cópia de uma ação movida nos Estados Unidos contra o ministro.

Segundo apurou a CNN, por determinação de Moraes, Jair Bolsonaro passará a usar tornozeleira eletrônica, ficar em recolhimento domiciliar noturno e aos finais de semana. O ex-presidente também está proibido de usar as redes sociais e de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros e com os outros réus e investigados.

A operação da PF, teve o aval do STF após parecer favorável da PGR (Procuradoria-Geral da República), pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução a Justiça e ataque a soberania nacional. O objetivo óbvio é adotar cautelas diante da possibilidade de fuga do ex-presidente, situação esboçada após a manifestação pública de Donald Trump.

A ação da PF está diretamente relacionada à pressão do governo norte-americano, através de ameaças do presidente Donald Trump, tentando forçar uma anistia a Bolsonaro, que é réu no processo que tramita no STF pela trama golpista de 2022/2023.

(Com informações da CBN, CNN, g1 e Folha de S. Paulo)

Apesar da posse de bola, Remo não consegue vencer o Novorizontino

A insatisfação da torcida azulina com o técnico Antônio Oliveira ganhou mais um capítulo na noite desta quinta-feira (17), pela 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O Remo empatou com o Novorizontino por 1 a 1, no estádio do Mangueirão, em Belém, frustrando a expectativa dos torcedores. Na saída das equipes, Oliveira foi bastante vaiado por trocas que comprometeram o desempenho da equipe no 2º tempo.

O início foi favorável ao Leão, que conseguiu atacar seguidamente e chegou ao gol logo aos 9 minutos, com Matheus Davó, após forte pressão na área adversária. Aos 17′, quase veio o segundo gol em chute de Jaderson. Depois dos 20 minutos, o Novorizontino cresceu de produção.

O empate veio quase ao final do 1º tempo. Em chute de fora da área de Matheus Frizzo, a bola resvalou em Robson e enganou o goleiro Marcelo Rangel, igualando o marcador.

No 2º tempo, o jogo foi mais truncado, com o Remo tendo a bola, mas sucesso prático nas tramas ofensivas. A saída do volante Cantillo, que fazia boa atuação, desarticulou a organização ofensiva azulina e fez diminuir o potencial ofensivo do time. Por seu turno, o Novorizontino passou a explorar os espaços (e o desespero) do Remo, criando duas boas chances. Na jogada mais aguda, Frizzo disparou para uma excelente defesa de Marcelo Rangel.

Quanto às atuações individuais, o atacante Pedro Rocha, artilheiro da Série B, que voltava ao time depois de se recuperar de lesão, não atuou bem. Janderson e Davó tiveram movimentação mais interessante na fase inicial. Caio Vinícius e Jaderson tiveram acentuada queda de rendimento, assim como Sávio. O desgaste físico também contribuiu para a atuação confusa do Leão nos 15 minutos finais da partida.

O resultado fez o Novorizontino chegar aos 31 pontos, consolidando o terceiro lugar. O Remo foi aos 26 pontos, assumindo provisoriamente o 4º lugar. Corre o risco de perder até quatro posições no desdobramento da rodada.

Problemas geram oportunidades

POR GERSON NOGUEIRA

Sem poder contar com jogadores importantes, normalmente utilizados como titulares, o técnico Antônio Oliveira tem a necessidade e a oportunidade de lançar um time bastante modificado hoje à noite (21h35) contra o Novorizontino, um confronto de seis pontos dentro do estádio Jornalista Edgar Proença.

Sem Luan Martins, Pavani e Klaus, o Remo encara a sexta partida sob o comando de Oliveira sem repetir escalações. Do time que enfrentou a Chapecoense, domingo, estão em condições de atuar Marcelo Rangel, Marcelinho, Kayky, Sávio, Jaderson, Janderson, Adailton e Marrony.

É improvável, porém, que Oliveira mantenha Pedro Castro na equipe, bem como Adailton, que cumpriu seu segundo jogo com baixo rendimento. A meia-cancha, setor essencial e mais complexo do Remo atual, deve ter mudanças importantes.

Um trio formado por Caio Vinícius, Jaderson (Natan Camargo) e Régis (Cantillo), inédito até agora na Série B, pode ser escalado para começar a partida. As equipes costumam ser montadas com base na forma de atuar do adversário. O Novorizontino, terceiro colocado, é um time que atua fechado como visitante e com poucas variações nas tentativas de ataque.  

Diante disso, o Remo deverá ter um meio-campo mais voltado para atacar e contribuir com as subidas dos laterais Marcelinho e Sávio, que não apareceram tanto na parte ofensiva desde que Antônio Oliveira assumiu o time. Nos tempos de Daniel Paulista, os laterais eram decisivos e participavam de praticamente todos os lances de gol.

Com dúvidas quanto à presença de Pedro Rocha, que não atuou em Chapecó, o Leão pode ter Marrony novamente. O jogador se recuperou dos problemas apresentados contra a Chapecoense e deve ser uma das peças do setor de ataque, ao lado de Matheus Davó e Janderson.

O fato é que, para seguir firme na linha de projeções para o acesso, é fundamental que o Remo consiga uma vitória nesta noite. Com 28 pontos, o Leão se aproximará dos líderes Coritiba e Goiás, com chances de ampliar a pontuação na partida com o Avaí, na semana que vem, no Mangueirão.

No setor defensivo, sem Klaus e Reynaldo, Oliveira terá que lançar mão de Camutanga, Kayky, Alvariño ou Kawan, que ainda não estreou. É um Remo que terá que se adaptar às circunstâncias e intempéries de uma Série B que testa constantemente a capacidade de resiliência física dos times.

Dal Pozzo arma barraco e perde a compostura

As cenas deploráveis que marcaram o pós-jogo entre Chapecoense x Remo, domingo, na Arena Condá, deveriam ser analisadas detalhadamente pela Justiça Desportiva. O técnico Gilmar Dal Pozzo teve uma atitude completamente insana, correndo em direção aos jogadores do Remo e chamando para briga.

O alvo da ira era, aparentemente, o meia Régis. A não ser que tenha havido algum incidente entre ambos que as câmeras não mostraram, Dal Pozzo estava furioso porque Régis foi o autor do belíssimo cruzamento em arco para o cabeceio certeiro de Luan Martins, empatando a contenda.

Lance normal, mas o técnico parece não ter assimilado a decepção de sofrer um gol nos acréscimos, quando seu time parecia ter o controle da situação. Ocorre que, com um jogador a menos (Bruno Matias foi expulso por um carrinho violento em Pavani), os donos da casa resolveram apelar para o antijogo, retardando cobranças e caindo a todo instante.

Caso sofrer gol no final fosse motivo justificado para puxar briga, o Remo teria motivos de sobra para ficar saindo no tapa, visto que é um dos times que mais sofreu gols nos instantes derradeiros dos jogos. Dal Pozzo, normalmente pacífico, se descontrolou sem motivo. Precisará de muito equilíbrio para suportar as pressões que o campeonato ainda vai oferecer.

Reverson vira opção preferencial pela esquerda

A boa atuação contra o Atlético Goianiense, no sábado (12), praticamente garantiu a Reverson a condição de titular inquestionável da lateral-esquerda do Papão para a sequência do campeonato. Além de um desempenho seguro na cobertura defensiva, transformou-se em ala ofensivo no 2º tempo, fazendo o cruzamento na medida para o gol salvador de Anderson Leite.

Reverson cumpre uma trajetória curiosa no elenco bicolor. Sob o comando de Luizinho Lopes experimentou altos e baixos, nem sempre por culpa sua. O técnico chegou a inventar uma posição diferente para o lateral contra o Bahia, pela Copa do Brasil: Reverson entrou como meia-esquerda, com a missão de se aproximar dos atacantes Rossi e Benítez.

Chegou a ser improvisado no meio-de-campo e teve que se virar nos 30 para jogar como um terceiro zagueiro improvisado em algumas partidas. É preciso contextualizar o drama que Luizinho Lopes encarava àquela altura, precisando inventar novas funções para driblar a falta de atletas em condições de jogo.

O fato de ter encarado bem esse período de sacrifícios parece ter contado pontos a favor de Reverson. Claudinei Oliveira tem prestigiado o lateral, colocando-o sempre para atuar na sua posição, com funções que conhece bem. Diante do Atlético, essa nova realidade contribuiu para o bom desempenho de Reverson, afastando-se da imagem de instabilidade.   

(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 17)