Música de lançamento do álbum triplo ao vivo “Wings Over America”, gravado durante a perna americana da turnê “Wings Over The World”, de 1975, destacando a canção “Letting Go”, com imagens do primeiro show, em Londres. Paul está acompanhado por Linda McCartney, Denny Laine, Jimmy McCulloch e Joe English. Wings era uma super banda com um líder bem definido: Paul comandava e controlava tudo pela primeira vez, depois de mais de uma década submetido ao sistema compartilhado com John Lennon nos Beatles.
A turnê foi um grande sucesso, tanto na Europa como nos Estados Unidos, confirmando a popularidade e o talento de Paul como melodista e hitmaker. “Letting Go”(Deixando ir) foi um dos hits do super álbum dos Wings, ao lado de “Jet”, “Maybe I’m Amazed”, “My Love”, “Live andLet Die”, além de alguns clássicos dos Beatles, como “Blackbird” e “Yesterday”, ambas compostas por Macca.
Remo do começo do Campeonato Brasileiro tinha peças muito bem definidas para sustentar um sistema de jogo baseado em jogadas pelos lados e transições rápidas. Foi a forma encontrada por Daniel Paulista para injetar competitividade a um time com sérias limitações em alguns setores. Deu certo enquanto durou a permanência do técnico.
Os laterais Marcelinho e Sávio eram responsáveis pelas ações engendradas nos corredores laterais, dando suporte e trocando passes com Janderson e Pedro Rocha, respectivamente. No meio, Caio Vinícius era a peça de proteção à defesa na condição de primeiro volante.
Jaderson e Pavani ajudavam na marcação e cuidavam da movimentação de arrasto rumo ao ataque, cobrindo as subidas dos laterais. O esquema se mostrou eficiente o bastante para garantir ao Remo vitórias seguidas em Belém e uma invencibilidade que perdurou pelas 11 rodadas iniciais.
A partir da entrada em cena de Antônio Oliveira, substituto de Daniel Paulista, o Remo mudou de configuração. Sobrou muito pouco do time impetuoso e intenso nas transições. A preocupação era fustigar a zaga adversária, sem preocupação em reter a bola.
Desde a estreia no clássico, a equipe passou a cadenciar os movimentos, buscando ter mais controle das ações, mas perdendo força e presença no ataque. Essa mudança foi mal assimilada diante do maior rival e prevaleceu até o 1º tempo do confronto com o Athletic.
A partir da 2ª etapa, o Remo mudou de atitude em campo. O time avançou suas linhas, com Jaderson e Marrony atacando a defesa adversária, conseguindo com isso construir a primeira vitória fora de casa.
Não é tarefa simples implantar um novo modelo de jogo. O Remo ainda tentando ser mais consistente nos três setores voltou a ter problemas diante do Cuiabá, situação que gerou um frustrante 0 a 0 diante do Fenômeno Azul.
Mais confusa ainda foi a apresentação diante da Chapecoense, embora o placar de 1 a 1 tenha sido um excelente resultado. O mesmo escore aconteceu na rodada seguinte, em Belém, diante do Novorizontino.
É claro que todos esses adversários – Cuiabá, Chapecoense e Novorizontino – estão naquela faixa de competidores diretos pelo G4, como a coluna observou antes.
A boa notícia é que diante do Avaí já surgiram os primeiros sinais de êxito nas tentativas de reconstrução, com a entrada em cena de novos atletas no corredor direito – Natan Santos e Marrony – e um meio-campo renovado com a presença de Cantillo.
Para os próximos jogos, que marcam a virada de turno, o Remo passará a ter um jogador mais agressivo pelos lados. O uruguaio Diego Hernandez, que teve passagem pelo Botafogo, é a bola da vez para adicionar intensidade ofensiva ao time idealizado por Antônio Oliveira.
Baixas forçam Claudinei a mexer na articulação
Sem poder contar com Leandro Vilela, novamente suspenso, e diante da incerteza quanto ao aproveitamento de Rossi, o técnico Claudinei Oliveira terá que fazer mudanças no setor de articulação do PSC para o estratégico confronto com o Athletic, segunda-feira (28), na Curuzu.
Ronaldo Henrique, que tem sido aproveitado em todas as partidas desde que Claudinei assumiu, será o substituto de Vilela no meio. Anderson Leite tem boas possibilidades de entrar, com Denner completando o trio de meia-cancha.
Caso Rossi não possa jogar, o ataque segue com o trio responsável pelo alto rendimento ofensivo da equipe nas seis últimas rodadas: Marlon, Diogo Oliveira e Garcez.
A defesa, porém, terá que seguir com Thalison e Maurício, já que Novillo (expulso em Manaus) cumprirá suspensão. Quintana é outra alternativa. Thiago Heleno, vetado nas últimas partidas, continua de fora.
Bola na Torre
Guilherme Guerreiro apresenta o programa, a partir das 23h, na RBATV. Participações de Valmir Rodrigues e deste escriba de Baião. Em pauta, a 19ª rodada para os clubes paraenses na Série B.
Refeição pós-jogo é inspirada em ideia de Guardiola
Depois da festejada vitória sobre o Avaí, na quinta-feira (24) à noite, o jantar dos atletas do Remo foi servido em espaço montado dentro dos vestiários do Mangueirão. Ideia do Departamento de Nutrição do clube, em conexão direta com a comissão técnica de Antônio Oliveira.
Os responsáveis pela iniciativa são o coordenador Pedro Bastos, o nutricionista Rodrigo Pamplona e o chef de cozinha Danniel Skyrme. O jantar pós-partida visa contribuir para a recuperação física e metabólica dos atletas, diante do calendário intenso, com dois jogos por semana.
A notícia causou surpresa, mas não é exatamente nova. Quando treinou o Bayern de Munique, de 2013 a 2016, Pep Guardiola provocou uma pequena revolução no clube, implantando novos horários e hábitos. Entre outras coisas, introduziu as refeições servidas após as partidas.
Pep não aprovava a saída dos atletas para jantar na noite germânica, sempre com o risco de excessos prejudiciais ao condicionamento físico. Por isso, fez o Bayern montar um restaurante dentro da Allienz Arena para que todos jantassem ali, após os jogos, sob suas vistas. Os sete títulos que conquistou provam que estava certíssimo.
(Coluna publicada na edição do Bola de sábado/domingo)