Botafogo demite técnico após eliminação no Mundial de Clubes

A forma recuada e até medrosa de atuar contra o Palmeiras nas oitavas do Mundial de Clubes causou a demissão do técnico Renato Paiva pela diretoria do Botafogo. O comunicado veio na madrugada desta segunda-feira (30). O português foi informado da decisão na noite do domingo. A diretoria já está na busca por um novo comandante. O clube carioca informou a demissão por meio das redes sociais. O clube agradeceu pelos serviços e destacou a vitória contra o PSG.

“O Botafogo informa que Renato Paiva não é mais o técnico da equipe principal. A decisão foi comunicada ao profissional na noite deste domingo (29). O Clube agradece Paiva e seus auxiliares pelos serviços prestados ao Glorioso nos últimos meses – com destaque para a vitória histórica contra o Paris Saint-Germain, na Copa do Mundo de Clubes, e a classificação para as oitavas de final da Libertadores e Copa do Brasil”, diz parte da nota.

A direção da SAF Botafogo, à frente o norte-americano John Textor, ficou inconformada com a atuação do time contra o Palmeiras. Cauteloso em demasia, o Botafogo foi pressionado ao longo dos 90 minutos e só reagiu depois de sofrer o gol palmeirense na prorrogação. Nem a histórica apresentação contra o PSG ajudou a salvar Paiva. Fontes da delegação alvinegra revelaram que Textor ficou profundamente irritado com a estratégia adotada pelo técnico no jogo de sábado.

O último jogo de Paiva à frente do Botafogo foi a derrota por 1 a 0 diante do Palmeiras, no sábado (28), pelas oitavas de final do Mundial de Clubes. O técnico português foi contratado em fevereiro. Renato Paiva finaliza a passagem no Botafogo com 12 vitórias, três empates e oito derrotas em 23 partidas. Paiva foi escolhido para substituir o compatriota Artur Jorge, que deixou o Glorioso para comandar o Al Rayyan-CAT.

O próximo técnico do Botafogo será o 11º na era SAF – considerando também os interinos que comandaram o time no período. No início do ano, o Alvinegro conversou com nomes como André Jardine, Tite, Roberto Mancini, Tata Martino, Rafa Benítez, Vasco Matos e Hernán Crespo antes de acertar com Renato Paiva.

Após a eliminação no Mundial, o Botafogo vai se preparar para a retomada do Campeonato Brasileiro e a disputa da Libertadores e da Copa do Brasil.

A NOTA OFICIAL DO BOTAFOGO

O Botafogo informa que Renato Paiva não é mais o técnico da equipe principal. A decisão foi comunicada ao profissional na noite deste domingo (29). O Clube agradece Paiva e seus auxiliares pelos serviços prestados ao Glorioso nos últimos meses – com destaque para a vitória histórica contra o Paris Saint-Germain, na Copa do Mundo de Clubes, e a classificação para as oitavas de final da Libertadores e Copa do Brasil.

John Textor e a diretoria do Departamento de Futebol estão no mercado em busca de um novo técnico para o desafio de continuar no caminho dos títulos, lutando pelos bicampeonatos da Libertadores e do Brasileiro e pelo inédito título da Copa do Brasil.

Decisão do Congresso que aumentou conta de luz equivale a 6 anos de bandeira vermelha

“Foram decisões políticas, súbitas e contrárias a todas as expectativas da população”, diz a FNCE sobre o Congresso

A Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) confirmou o aumento na conta de luz causado pela derrubada dos vetos presidenciais no Marco Regulatório de Energia Offshore por parte do Congresso. Segundo a entidade, a decisão dos deputados e senadores equivale à decretação da bandeira vermelha patamar 1 na conta de luz por seis anos, além de 19 anos subsequentes com bandeira amarela.

A informação foi dada em resposta a manifestação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que tentou negar o impacto da da decisão dos congressistas sobre o gasto com energia. Na sessão de quarta-feira (25), Alcolumbre (foto) repudiou “com veemência os ataques levianos” dirigidos ao Congresso após a derrubada dos vetos.

“O objetivo, lamentavelmente, parece ser um só: espalhar o pânico e a confusão entre os consumidores brasileiros, atribuindo ao Congresso Nacional a responsabilidade por um falso aumento da tarifa energética”, declarou.

A FNCE argumenta, em texto publicado em seu site, que Alcolumbre “demonstra o tamanho do desconhecimento do Parlamento acerca dos aspectos técnicos e regulatórios do setor elétrico”. “Ao contrário do que o senador declarou, as decisões tomadas no Congresso acerca da derrubada dos vetos não foram técnicas, nem tampouco transparentes e muito menos voltadas ao interesse público”, critica a nota.

O projeto de lei 576/2021, que estabelecia o marco regulatório, teve acréscimos feitos por parlamentares sem relação com o tema original ao passar pela Câmara dos Deputados. São os chamados “jabutis”, que atendem a lobbies do setor elétrico e oneram a população.

CRÍTICAS AO CONGRESSO

No dia 17, os parlamentares derrubaram oito dos 24 vetos feitos pelo presidente Lula no PL das eólicas “offshore”. Os vetos atingiram a contratação obrigatória de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s), usinas de hidrogênio no Nordeste e parques eólicos na região Sul mesmo sem demanda, além da extensão de contratos do Proinfra, o Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica.

A FNCE apontou que a decisão de senadores e deputados custará aos brasileiros R$197 bilhões até 2050, com aumento aproximado de 3,5% na conta de luz, o que também provocará “impacto no preço dos produtos e serviços, e consequente alta na inflação”.

“Não há como negar a realidade. Foram decisões políticas, súbitas e contrárias a todas as expectativas da população. O aumento do custo da energia será inevitável como demonstram os estudos técnicos, posto que consumidores livres e regulados serão afetados. Não podemos mais normalizar a prática dos jabutis, fielmente descritos na doutrina corrente como ‘contrabando legislativo’, nem aceitar declarações de autoridades sem fundamento técnico consistente”, observa a nota. (Do ICL Notícias)