Leão marca no começo, mas sofre virada do Furacão

O Remo sofreu sua segunda derrota no Campeonato Brasileiro, sofrendo uma virada (2 a 1) diante do Athletico-PR, neste sábado à noite, na Ligga Arena, em Curitiba. O Leão começou melhor, abrindo o placar aos 50 segundos, com Adailton, mas recuou muito e acabou dominado pelo rubro-negro paranaense. Na etapa final, apesar de o time ter melhorado, sofreu dois gols: Giuliano (pênalti) e Alan Kardec.

A partida teve um início auspicioso para o Remo. O lateral-direito Pedro Costa foi lançado por Pedro Castro e cruzou para Adailton, que fechava pelo centro do ataque. Ele desviou para as redes, sem chances para o goleiro Mycael. Dois minutos depois, Adailton teve uma nova chance, mas errou o arremate.

No restante da etapa inicial, o Athletico foi dominante, atacando sempre e empurrando o Remo para o seu campo de defesa. Alan Kardec desviou de cabeça e acertou o travessão. Aos 20′, o próprio Kardec mandou por cima. Aos 27′, Patrick finalizou com perigo e Marcelo Rangel espalmou. Esquivel, aos 31′, e de Luiz Fernando, aos 41′, também ameaçaram.

Com um ataque improdutivo e errando muitos passes, o Remo custou a reagir. O auxiliar técnico Flávio Garcia podia ter modificado a equipe já no primeiro tempo. Preferiu esperar o 2º tempo para fazer substituições. Logo no início, o meia Giuliano, de frente para o gol, bateu com perigo e Marcelo Rangel fez grande defesa. Minutos depois, o árbitro marcou pênalti de Janderson sobre Tévis. Giuliano cobrou e marcou.

Desesperado em busca do empate, o Athletico seguiu pressionando. Aos 16′, o meia Giuliano disparou por cima do gol. No minuto seguinte, Marcelo Rangel (lesionado, foi substituído por Ygor Vinhas) teve que sair. O Remo havia melhora com a entrada de Régis na meia-cancha, conseguindo valorizar mais a posse de bola, mas o Athletico continuou mais presente no ataque. Para piorar, aos 28′, Régis se contundiu e precisou sair.

Depois de muito insistir no ataque, aos 45′, o Furacão chegou ao segundo gol. Esquivel, sem marcação, cruzou a bola na área. O centroavante se livrou da marcação de Reynaldo e tocou de cabeça, de cima para baixo, desempatando o jogo.

Com o resultado, o Remo caiu para o 6º lugar na classificação. Pela 13ª rodada, no sábado (21), haverá o clássico Re-Pa, no Mangueirão, às 18h30.

E a montanha pariu um rato

Jair Bolsonaro paz-e-amor e Alexandre de Moraes cordial frustram quem esperava a briga do ano. Incluindo eu.

Por Paulo Silber (*)

Não vou mentir: eu queria ver sangue. Não literalmente, claro. Mas acreditei mesmo que o caldo ia entornar e o pau ia comer. Até me preparei para virar testemunha ocular da história: caneta, papel, laptop, Coca-Cola, CNN e dois salgadinhos de frango com catupiry lá do Seu Coxinha, o melhor do Conjunto Maguary. 

Eu estava pronto para assistir ao maior confronto ao vivo da política brasileira, desde o “pugilato” entre Jáder Barbalho e Antônio Carlos Magalhães no Congresso Nacional, há 25 anos. Por coincidência, foi também num 10 de junho, como este, mas em 1940, que Mussolini declarou guerra à França e à Inglaterra. Era esse o calibre da minha expectativa para ver o combate entre Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes no STF.  

De um lado, o ex-presidente que não tem papas na língua. Entre muitas polêmicas, já disse que a ditadura devia ter feito pior (“O erro da ditadura foi torturar e não matar”). Prometeu aniquilar os petistas (“Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre”). E xingou o ministro do STF (“Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha!”).

Do outro, um ministro do Supremo que não costuma fugir da briga e também cunhou suas frases de efeito. “Gostaria de lembrar que em Nárnia não há democracia, porque Aslan, que é o leão, que é o rei”, ironizou, a ser acusado de viver no mundo Nárnia. “Impressionante como o comunismo dá Ibope, né? 99% das pessoas que falam nem sabem o que é comunismo”, rebateu, ao responder às acusações da direita. “Vestido com sua tradicional vestimenta de periquito verde”, afirmou, referindo-se ao bolsonarista dono da Havan. 

Acontece que, parodiando o Barão de Itararé, de onde mais se esperava, não saiu coisa nenhuma. Surpreendendo a todos, durante as mais de duas horas da oitiva, o ministro Alexandre de Moraes foi cordial como um lorde. Dizem que ele quer apagar a má imagem de ranzinza. Já Bolsonaro, assumindo uma postura quase cândida, até pediu desculpas ao arqui-inimigo por tê-lo acusado de receber R$ 50 milhões para fraudar urnas eleitorais. Foi como se o Batman tirasse o Coringa para dançar quadrilha numa festa junina. Imaginei Moraes e Bolsonaro de braços dados no Arraial do Centur, enquanto o animador gritava: “Olha a cobra! É mentira!”, depois girando lado a lado ao comando: “Balancê!”.

No final das contas, além da cara de mau nas fotos, Bolsonaro negou todas as acusações feitas pelo Procurador-Geral da República. Admitiu que falou algumas bobagens, por causa do seu temperamento, voltou a pedir desculpas (“exagerei na retórica, o senhor sabe como eu sou”), jurou que nunca pensou em golpe, chamou os bolsonaristas-raiz de malucos, disse que jamais alterou a minuta golpista e praticamente acusou Mauro Cid de mentiroso. Parecia aqueles meninos que, para fugir da confusão, ficam repetindo: “Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe”.

Agora, o jeito é guardar um salgadinho do Seu Coxinha e o resto da Coca-Cola para o próximo capítulo. En arrière!…

(*) Publicado originalmente no blog O Amazônico

Um Furacão na rota do Leão

POR GERSON NOGUEIRA

Com desfalques nas laterais – Marquinhos e Sávio –, o Remo tem neste sábado o maior desafio deste 1º turno da Série B: enfrentar o Atlético-PR dentro de seus domínios. É verdade que o rubro-negro paranaense vem frustrando sua torcida com uma colocação (12º lugar, 14 pontos) abaixo do esperado para o time que era o mais credenciado ao acesso.

Em 5º lugar, com 20 pontos, o Remo cumpre uma trajetória inversa. É uma das gratas surpresas do campeonato. Oriundo da Série C, faz uma campanha segura e posiciona-se no pelotão de cima da tabela.

Por isso mesmo passou a ser mais observado pelos adversários, que procuram mapear as principais virtudes da equipe. A participação ativa dos laterais na construção de lances ofensivos, que contribui para o desempenho do ataque, tem sido alvo de maior vigilância.

Contra Volta Redonda, CRB e Operário, o Remo teve sérias dificuldades para romper o bloqueio nos corredores laterais. Diante do Furacão, em Curitiba, os problemas se ampliam pela ausência de duas peças fundamentais, Marquinhos na direita e Sávio na esquerda.

Sem eles, o auxiliar técnico Flávio Garcia terá que apostar em Kadu (ou Pedro Costa) e Alan Rodriguez, jovens jogadores que não têm exibido o mesmo rendimento dos titulares. Para contrabalançar, o time terá o retorno de Caio Vinícius ao meio-de-campo. Titular e uma das referências da equipe, o volante estava ausente há duas rodadas.

A crise que envolve o Atlético não diminui o grau de dificuldades que o Remo terá pela frente. A pressão da torcida vai obrigar o Furacão a se lançar ao ataque. Sinal de perigo no caminho do Leão. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

Com gol salvador de Vilela, Papão quebra jejum

Um gol no apagar das luzes, aos 45 do 2º tempo, quando o desespero já batia na porta, deu ao Papão a primeira vitória na Série B 2025, quebrando um jejum de 11 partidas. O equilíbrio foi dominante na etapa inicial, quando o Botafogo incomodou em vários momentos, mas na segunda etapa a situação mudou e o PSC passou a pressionar de forma mais intensa na busca pelo gol.

O jogo começou com a torcida empurrando o time. Ronaldo Henrique deu um belo chute logo nos primeiros minutos, dando trabalho ao goleiro Victor Souza. Benítez recebeu cruzamento de Rossi, mas cabeceou mal. O Botafogo foi se organizando e, por volta dos 15 minutos, tomou o controle das ações e chegou a acuar o PSC em seu campo, cercando a área e obtendo escanteios seguidos.

Na etapa final, com mudanças de posicionamento e troca de jogadores, o time do PSC mudou para melhor. Passou a investir no ataque a partir das entradas de Dener, Diogo Oliveira, Garcez e Marcelinho.

Avançou suas linhas, arriscou mais, perseguiu o gol e a vitória finalmente veio pelos pés do volante Leandro Vilela, que recebeu bola limpa na área e mandou um tiro forte e rasteiro para espantar a má fase para longe.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro apresenta o programa, a partir das 23h, na RBATV, com participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, os resultados da 12ª rodada da Série B. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.

Mundial tem desafios para Palmeiras e Botafogo

Palmeiras e Botafogo abrem a participação brasileira no Mundial de Clubes neste domingo, 15, contra adversários de calibres diferentes. O time de Abel Ferreira encara o FC Porto, em Nova Jersey, cercado de expectativa positiva. É o grande clássico do Grupo A, que conta com a participação de Al-Ahly e Inter Miami, dois azarões.

Já o Alvinegro campeão da América e do Brasil joga às 23h contra o Seattle Sounders, da Major League Soccer, um franco-atirador dentro do Grupo B, que tem também o campeão europeu PSG e o Atlético de Madri. Por estar no “grupo da morte”, o Botafogo de Renato Paiva já estreia com a obrigação de vencer para brigar pela classificação.

A despedida de um fidalgo botafoguense

Ranulfo Vital, embaixador botafoguense no bairro do Umarizal, partiu para outro plano na última quinta-feira (12). Sua morte causou comoção entre desportistas e gente do samba. Tinha o talento especialíssimo de bem receber todos que iam acompanhar jogos e bater papo em seu bar-templo da Estrela Solitária, colado à sede do Quenzão.

Ao longo de mais de 30 anos, Ranulfo pontificou como o principal representante do Botafogo em Belém, com a fidalguia de quem tinha a alegria como credencial maior. Afortunadamente, viveu em 2024 a imensa alegria de ser anfitrião das festas pelos títulos históricos do Glorioso.

(Coluna publicada na edição do Bola de sábado/domingo, 14/15)

Comitiva de prefeitos e vereadores passa sufoco e paga mico na terra de Netanyahu

Uma situação vexatória e ridícula envolve o ‘trem da alegria’ de prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais, um governador (de Rondônia) e assessores brasileiros, ora retido em Israel. Desde quinta-feira (12), todos estão escondidos em abrigos com medo dos bombardeios do Irã sobre Tel Aviv. Na falta de algo mais útil para fazer, gastam dinheiro público para prestigiar o governo sionista de Netanyahu. A ironia da coisa é que o suposto objetivo da visita é discutir modernos sistemas de segurança.

De repente, os folguedos turísticos foram interrompidos pelos impactos da guerra declarada por Israel contra o Irã. Mais de 60 políticos estão recolhidos ao bunker, com medinho das bombas. Enquanto isso, culpam Lula por não ter mandado resgatá-los, como se isso fosse obrigação do governo brasileiro. Já que idolatram o governo de Israel deveriam pedir ajuda a Netanyahu.

Por outro lado, os alegres viajantes podem aproveitar o súbito aperreio em terras israelenses para aprender a ter mais empatia pelo povo palestino, este sim sufocado e massacrado pelos ataques do Exército de Netanyahu – mais de 73 mil mortos em Gaza, segundo estimativas conservadoras.

Tirando a óbvia demonstração de bizarrice, a prolongada permanência por lá não deve causar nenhum abalo extra às administrações de prefeituras e governos, visto que essa gente prefere passear (bancados pelo erário, claro) a trabalhar.

(A foto, postada no Instagram, mostra um punhado de políticos no bunker usando camiseta, bermuda e sandálias, bucólico traje de turistas)

A frase do dia

“Banqueiros, a Faria Lima toda e as famílias mais ricas do Brasil controlam a mídia burguesa. É claro que os serviçais do jornalismo vão dizer que o Haddad está errado em querer cobrar mais impostos de quem tem mais dinheiro. É luta de classes, não jornalismo”.

Ricardo Pereira, professor e jornalista

Papão quebra jejum de vitórias com um gol no apagar das luzes

Com o incentivo da torcida e a estreia do técnico Claudinei Oliveira, o PSC fez as pazes com a vitória, na noite desta sexta-feira (14), na Curuzu, superando o Botafogo-SP. Um gol do volante Leandro Vilela, aos 45 minutos do 2º tempo, quebrou o jejum de 11 jogos sem vencer na Série B. O resultado deixa o Papão com 7 pontos, deixando a lanterna do campeonato com o Athletic.

O Papão teve muitos problemas na etapa inicial, chegando a permitir que o Botafogo tivesse mais volume ofensivo. Ronaldo Henrique, Benitez e Leandro Vilela tiveram chances de gol, mas erraram nas finalizações.

No 2º tempo, a partir de mudanças pontuais efetivadas pelo técnico Claudinei Oliveira, o PSC passou a ter mais presença ofensiva. As entradas de Diogo Oliveira, Garcez, Marcelinho e Dener foram determinantes para fazer a equipe crescer em campo.

Sob chuva, o Papão foi à frente e empurrou o Botafogo para a defesa. Um único lance assustou os bicolores: em chute de fora da área, o atacante tricolor Alexandre Jesus criou problemas para o goleiro Gabriel Mesquita. A bola escorregou das mãos dele, que deu um salto para trás a fim de evitar o gol.

Aos 45 minutos, uma bola cruzada pelo atacante Marcelinho chegou ao interior da área e o volante Leandro Vilela aproveitou para tocar no canto direito de Victor Souza. Gol do Papão, vitória importantíssima dentro da competição.

No próximo sábado, pela 13ª rodada, o PSC terá pela frente o Remo no clássico-rei da Amazônia.