Depois de anunciar Matheus Davó, Remo mira em Paulinho Boia

O Remo anunciou na terça-feira (27) a contratação do atacante Matheus Davó, que defendia o Mirassol. Sua apresentação deve ocorrer ainda nesta semana em Belém para realizar exames e assinar contrato para a sequência da Série B. O Remo adquiriu 60% dos direitos federativos do jogador, que pertencia ao Cruzeiro. Ele assinará contrato com validade até abril de 2026, com possibilidade de ampliação do vínculo em caso de acesso à Primeira Divisão.

O interesse na contratação de Davó havia sido admitido tanto pelo técnico Daniel Paulista, em entrevista coletiva no último dia 23, como pelo executivo de futebol Sérgio Chapelin, que havia revelado que o negócio estava bem adiantado.

Atacante habilidoso e que atua pelos lados do campo, Matheus Davó estava no Mirassol, disputando a Série A do Brasileiro. No clube paulista, ele fez 10 jogos e marcou um gol. Acumula passagens por América-MG, Cruzeiro, Bahia, Corinthians, São Bernardo, Guarani (na base e profissional) e Philadelphia Union, dos Estados Unidos.

O novo contratado azulino poderá estrear a partir do dia 2 de julho, quando abre a janela de transferências do Mundial de Clubes, e irá reforçar o setor ofensivo, que já conta com Adailton, Felipe Vizeu, Gabryel Martins, Maxwell (lesionado), Pedro Rocha, PH e Ytalo.

PAULINHO BOIA NA MIRA

Outro nome que está próximo de acordo com o Remo é o atacante Paulinho Bóia, que no ano passado defendeu o PSC. Ele estava no Nacional da Ilha da Madeira (Portugal) e é disputado também por outras equipes da Série B, casos do PSC e Avaí. A proposta azulina foi oficializada junto aos empresários do atleta.

Aos 26 anos, Bóia acumula experiências no futebol brasileiro, europeu e asiático. No primeiro semestre, realizou 15 jogos, marcou 1 gol e deu 1 assistência pelo Nacional-POR.

Genocídio em Gaza: ataques de Israel já mataram mais de 54 mil

Anúncio marca 600º dia de massacre no enclave desde 7 de outubro de 2023; Hamas convoca ‘ações globais’ para condenar Tel Aviv

Do Opera Mundi

O número de palestinos mortos em decorrência do massacre promovido por Israel na Faixa de Gaza, iniciado em 7 de outubro de 2023, ultrapassou a marca de 54 mil nesta terça-feira (27/05), data que também marca o 600ª dia do genocídio em curso no enclave. 

Em comunicado, o Ministério da Saúde local divulgou que 79 corpos foram transferidos para hospitais nas últimas 24 horas, enquanto 163 ficaram feridos em ataques israelenses. No total registrado, pelo menos 54.056 pessoas foram assassinadas pelo exército de Tel Aviv, enquanto 123.129 ficaram feridas, desde o início das operações de ocupação.

“Muitas vítimas ainda estão presas sob os escombros e nas estradas, pois as equipes de resgate não conseguem alcançá-las”, acrescentou a pasta.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) retomaram seus ataques a Gaza em 18 de março, após violarem o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns estabelecido com o Hamas, que entrou em vigor em janeiro. Desde então, as tropas intensificaram suas ofensivas e mataram ao menos 3.901 pessoas, além de ferir mais de 11 mil.

Nesta terça-feira, o Hamas pediu a organizações e instituições em todo o mundo que “intensifiquem todas as formas de ações globais” para condenar Israel, no âmbito do 600ª dia do genocídio conduzido por Tel Aviv no enclave. Em comunicado, o grupo palestino acusou o regime de Benjamin Netanyahu de estar realizando um “Holocausto sionista” contra os palestinos em Gaza, e convocou protestos na esfera global entre sexta-feira (30/05) e domingo (01/06).

“A ocupação sionista continua sua guerra brutal de genocídio e fome contra civis, crianças e mulheres indefesos”, afirma a nota, pedindo “indignação global” por meio de marchas, manifestações e mobilização pública em cidades de todo o mundo.

No dia anterior, o Hamas concordou com uma proposta apresentada pelos Estados Unidos para um cessar-fogo de 70 dias em Gaza, que prevê também a libertação de 10 prisioneiros israelenses em troca de uma suspensão temporária dos ataques sionistas e a libertação de reféns palestinos. Entretanto, Israel rejeitou o plano, segundo o jornal The Times of Israel, citando uma autoridade próxima às negociações.

COP30: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação apresenta propostas estratégicas

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, se reuniu na sexta-feira (23) com o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), para discutir a participação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no evento, marcado para ocorrer em novembro deste ano, em Belém (PA).

Durante a reunião, a ministra Luciana Santos apresentou diversas iniciativas e projetos em que a pasta está investindo na região amazônica como o programa Pró-Amazônia, um dos eixos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

“Na próxima reunião do FNDCT, que vai acontecer este mês, será aprovado mais um eixo estratégico, o de mudança do clima e aquecimento global”, acrescentou a ministra. Entre outros investimentos também estão as pesquisas em rede, as pesquisas com os países amazônicos e as Infovias de integração de cabos subterrâneos de fibra óptica feitas pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

Também foi apresentado ao embaixador o AmazonFace, experimento realizado em parceria com Reino Unido, que está previsto para ser inaugurado em outubro de 2025. O objetivo do projeto é investigar como a floresta amazônica irá responder ao aumento do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, previsto para o futuro.

“É um experimento único no mundo. É um trabalho muito meticuloso para simular o aumento de CO₂ na floresta e fazer a avaliação de como o bioma vai reagir no futuro”, explicou a ministra.

Luciana Santos também ressaltou o programa de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para pesquisadores da Amazônia, por meio de chamadas públicas visando apoiar projetos que abordem questões locais e globais relacionadas ao meio ambiente e mudanças climáticas.

Ações do MCTI para a COP30 

A pasta está preparando uma série de iniciativas focadas na contribuição científica do Brasil para o enfrentamento das mudanças climáticas. A ministra detalhou a criação de um Grupo de Trabalho que já recebeu mais de 600 propostas a serem debatidas na COP30, provenientes de unidades de pesquisa, instituições vinculadas e departamentos finalísticos do MCTI.

As propostas foram agrupadas em eixos temáticos que farão parte do evento “Espaço da Ciência do Brasil”, que será realizado no Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) durante o evento da ONU. O local contará com reuniões, mesas-redondas e discussões sobre setores estratégicos das mudanças climáticas, como o uso sustentável da Amazônia, o papel da ciência e da tecnologia no combate ao aquecimento global e as políticas públicas necessárias para enfrentar os desafios ambientais.

“São muitas contribuições para mostrar como a ciência está contribuindo para o enfrentamento das mudanças do clima”, disse Luciana.

Além disso, o MCTI lançará um livro que vai destacará as contribuições da ciência na identificação dos impactos das mudanças climáticas no Brasil e projetar os efeitos futuros. O livro também servirá como um guia para a formulação de políticas públicas eficazes para mitigar os impactos ambientais nas próximas décadas.

O embaixador André Corrêa do Lago explicou como será o espaço brasileiro no pavilhão da COP30. Ele acredita que o MCTI terá um espaço amplo no debate dentro da agenda oficial do evento. “Teremos um pavilhão brasileiro na área Azul, um pavilhão brasileiro na área verde, que será aberto ao público. E estamos criando salas temáticas (energia, floresta, agricultura, cidades e temas transversais) que estarão relacionados aos estudos científicos relacionados ao ministério”, finalizou o embaixador.

Também participaram da reunião a secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Andrea Latgé, o diretor do Departamento de Clima e Sustentabilidade, Osvaldo Moraes, o subsecretário de Ciência e Tecnologia para a Amazônia, Eliomar da Cunha, e o chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais da pasta, Carlos Matsumoto.

Eletrobras paga cerca de R$ 200 milhões ao Pará em royalties pelo uso da água na geração hidrelétrica

As usinas operadas pela Eletrobras destinaram, em um ano, aproximadamente R$ 200 milhões ao Estado do Pará. Deste montante, R$ 143,5 milhões foram repassados a municípios e R$ 55,2 milhões ao governo estadual. Os recursos, referentes ao ano de 2024, são referentes à chamada Compensação Financeira pela utilização dos Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia Elétrica, a CFURH. O pagamento funciona como uma espécie royalty pelo uso da água na geração de energia elétrica.
As cidades mais beneficiadas foram Novo Repartimento que recebeu R$ 39,6 milhões, Altamira com R$ 21 milhões, Vitória do Xingu com R$ 20,3 milhões, Tucuruí com R$ 17 milhões e Goianésia do Pará que recebeu R$ 15 milhões dos recursos. Os valores são provenientes da geração de energia das usinas de Tucuruí e Teles Pires, operadas integralmente pela Eletrobras, além de Belo
Monte e São Manoel, onde a empresa tem participação.
De acordo com o vice-presidente de Regulação, Institucional e Mercado da Eletrobras, Rodrigo Limp, a distribuição de recursos contribui com as regiões em que a empresa atua. “A Eletrobras, além de ser a maior geradora e transmissora de energia elétrica do país, tem um papel fundamental no desenvolvimento do Brasil. Nossas operações garantem segurança energética
e, por meio da CFURH, contribuímos diretamente com os estados e municípios que estão nas áreas de influência das nossas usinas. Essa compensação fortalece os orçamentos locais, permitindo investimentos que impactam positivamente a vida da população”, afirma o executivo.
A legislação estabelece que parte da receita gerada pela produção de energia elétrica seja repassada a estados e municípios com reservatórios de usinas hidrelétricas. Do total arrecadado, 65% são destinados aos municípios impactados pelos reservatórios, conforme a área alagada, enquanto 25% vão para os estados. Os 10% restantes são distribuídos a órgãos federais para
aplicação em políticas de meio ambiente e ciência e tecnologia. O recurso é utilizado para reforçar o orçamento público e pode ser aplicado em áreas como infraestrutura, educação e saúde.
Em 2024, a Eletrobras destinou mais de R$ 930 milhões a essa compensação. O Pará foi o Estado mais beneficiado com esses recursos da empresa.