Jornais espanhóis cravam acerto entre Carlo Ancelotti e CBF; entidade projeta data de estreia

Ainda não há um contrato assinado entre CBF e Carlo Ancelotti (65), mas a entidade, otimista com as últimas conversas entre interlocutores das partes, já começa a projetar datas para o ainda técnico do Real Madrid chegar ao Brasil e assumir a Seleção Brasileira a um ano da Copa do Mundo de 2026. O trabalho nos bastidores é para que o treinador chegue ao Rio de Janeiro em 26 de maio, dois dias depois do que deve ser sua despedida do Real, após o fim do Campeonato Espanhol.

O fato é que, na noite desta segunda-feira (28), os principais jornais da Espanha colocaram em suas manchetes que Carlo Ancelotti e a CBF estão acertados. O italiano será técnico da Seleção, com contrato até a Copa do Mundo do ano que vem.

A confederação já trabalha com a próxima convocação, para a Data Fifa que terá jogos contra Equador e Paraguai, no início de junho, seja feita por Ancelotti. A tendência é que o técnico italiano se despeça do Real Madrid na partida contra a Real Sociedad, em 24 de maio.

Segundo o jornal Marca, da Espanha, o treinador já tem um acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para dirigir a Seleção. Fontes afirmaram que até o Real Madrid já está ciente que Ancelotti trabalharia para fechar esta lista ainda na Espanha, já que a convocação deve ser feita justamente até o dia 26 de maio.

O Brasil entra em campo contra o Equador, no que deverá ser a estreia de Ancelotti, no dia 5 de junho, fora de casa. A CBF precisa entregar à Fifa uma pré-lista de convocados até 18 de maio, e fechar os nomes finais para o compromisso até o dia 26.

Os contatos entre CBF e Ancelotti se intensificaram nas últimas semanas, com pessoas trabalhando pelo acerto diretamente em Madri, ainda que todas partes neguem qualquer contato. Oficialmente, a confederação nega qualquer acordo com o técnico e diz que só o presidente Ednaldo Rodrigues e o diretor de seleções Rodrigo Caetano conduzem a escolha do novo treinador.

A derrota do Real para o Barcelona no último sábado (26), por 3 a 2, na prorrogação da final da Copa do Rei, acabou contribuindo para a saída de Ancelotti, já que o Real deve fechar a temporada sem títulos importantes – a não ser que o time tire 4 pontos de desvantagem em LALIGA.

Já o primeiro jogo com Ancelotti em terras brasileiras seria o duelo contra o Paraguai, em 10 de junho, em partida marcada para a Neo Química Arena, casa do Corinthians, em São Paulo.

Um personagem teve destaque para que o Ancelotti e Seleção Brasileira se acertassem: Diego Fernandes. O empresário foi peça-chave nas negociações e foi o emissário da CBF, de acordo com a publicação do Marca. Diego Fernandes assistiu à final da Copa do Rei, no último sábado (26), e também esteve presente no jogo entre Real Madrid e Arsenal pela Champions League. O empresário tem ido com frequência à Europa e feito reuniões privadas com o técnico, agindo com discrição.

A saída de Ancelotti do Real Madrid deve ser feita de forma amigável e tratada com respeito mútuo, até por isso o treinador evita tocar no tema Seleção Brasileira quando é questionado nas entrevistas coletivas.

Inicialmente, o estafe de Ancelotti achava difícil que o treinador saísse antes do Mundial de Clubes, que acontece em junho, nos Estados Unidos. No entanto, os resultados recentes, especialmente a derrota na final da Copa do Rei, trouxeram um indicativo de que o treinador deve ser desligado da equipe antes do início da competição.

Nas eliminatórias para a Copa do Mundo, o Brasil ocupa a quarta colocação, com 21 pontos, mesma marca de Uruguai (terceiro lugar) e Paraguai (quinto). A liderança da classificação é da Argentina, já assegurada no Mundial, com 31 pontos, seguida do Equador, que tem 23.

O Brasil está sem técnico desde a demissão de Dorival Júnior, após o revés para a Argentina, por 4 a 1, em Buenos Aires, no final de março.

Próximos jogos da Seleção:

Equador (F) – 04/06, a definir – Eliminatórias para a Copa do Mundo

Paraguai (C) – 09/06, a definir – Eliminatórias para a Copa do Mundo

(Com informações de Marca, ESPN, UOL e CNN)

Faltou caprichar um pouco mais

POR GERSON NOGUEIRA

O empate em 1 a 1 aparentemente não foi bom para o PSC, que está na parte inferior da classificação, mas nas circunstâncias o resultado foi até interessante. Os gols foram marcados na etapa inicial, quando o ritmo da partida foi mais forte, mas os 30 minutos finais favoreceram o CRB, que jogou com um homem a mais – Leandro Vilela foi expulso.

Com cerca de 27 mil torcedores nas arquibancadas, o PSC entrou forçando o jogo sobre a defensiva do CRB. Criou várias chances, como no cabeceio de Borasi que o goleiro Matheus Albino espalmou no susto, aos 8 minutos. O mesmo Borasi finalizou cruzado, para nova defesa Albino, aos 12’.

Benítez também desperdiçou dois bons lances de área. O problema é que, mesmo com oportunidades claras, o time não acertava nas finalizações. Faltava um capricho mais, um encaixe melhor na hora de chutar para o gol.

O CRB ameaçava pouco, embora desenvolvesse um jogo de qualidade na troca de passes. Metódico, parecia satisfeito com o empate, mas criava problemas quando acelerava para cima da defesa do PSC.

Aos 40 minutos, o CRB abriu o placar. Thiaguinho invadiu pelo lado esquerdo, levou vantagem sobre Martinez (que estava lesionado) e Luan Freitas. Diante da aproximação de Novillo, chutou rasteiro entre o goleiro Matheus Nogueira e o poste direito da trave.

Apenas três minutos depois, em avanço rápido pelo meio, Matheus Vargas achou Reverson entre os zagueiros e o lateral bateu na saída do goleiro Albino, empatando o placar e voltando a colocar o Papão no jogo.

Na segunda etapa, o PSC voltou a cercar a área do CRB. Matheus Vargas quase desempatou em chute alto que o goleiro espalmou espetacularmente. Logo em seguida, aos 14 minutos, o volante Leandro Vilela atingiu por trás com violência o atacante Breno Herculano e levou o cartão vermelho, após o árbitro consultar o VAR.

Com 10 homens, o PSC fechou mais a zaga e fez o que era possível fazer em termos ofensivos. Nicolas teve excelente chance aos 24’, mas raspou de cabeça uma bola que podia ter sido testada para o gol.

O CRB cadenciou o jogo, avançava pouco, mas esteve perto da vitória em cabeceio de Mikael de cima para baixo, que Matheus Nogueira defendeu brilhantemente, à la Gordon Banks, junto ao pé da trave, aos 48’.

A torcida saiu frustrada, mas o resultado não foi totalmente negativo. Podia ter sido pior. A equipe conquistou o segundo ponto e segue em 18º lugar, sem vencer há sete partidas – duas pela Copa Verde e cinco na Série B.

Gol salvador reforça o papel de Reynaldo

Reynaldo não era o zagueiro mais festejado pela torcida do Remo desde que ganhou a condição de titular ainda sob o comando de Rodrigo Santana. Despertava desconfianças porque parecia excessivamente lento. Parecia inferior a Lucão, mas o técnico o manteve no time.

Quando Daniel Paulista chegou, Reynaldo foi mantido na zaga, ao lado de William Klaus. O período de treinos em Barcarena durante a paralisação do Parazão se encarregou de consolidar a parte atlética do elenco e o zagueiro foi um dos mais beneficiados pela nova condição.

Durante toda a boa campanha do Remo na Série B, Reynaldo tem se destacado ao lado de Klaus pela segurança e participação efetiva nas bolas aéreas, tanto defensivas quanto ofensivas.

O Criciúma sentiu na própria pele a qualidade de Reynaldo quando se lança ao ataque. Nos instantes finais da partida de sexta-feira, no estádio Heriberto Hulse, em Criciúma, Reynaldo venceu a marcação dos zagueiros catarinenses e desviou para as redes o cruzamento de Sávio.

A reação heroica do Remo em busca do empate, atuando com 10 homens desde a contusão sofrida por Maxwell a 15 minutos do final, foi coroada pelo cabeceio do zagueiro central. Um gol que traz ainda mais confiança a um jogador que evoluiu muito desde a chegada de Daniel Paulista.

Em baixa, Ancelotti fica perto de acerto com a CBF

Em seu melhor momento na temporada, quando o Real Madrid havia acabado de conquistar a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes, o italiano Carlo Ancelotti não deu muita importância ao convite da CBF para assumir o comando da Seleção Brasileira.

Colocou até em dúvida as palavras do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, que garantiu ter uma espécie de acordo firmado com o treinador. No começo deste ano, voltou a falar sobre o assunto e aí desmentiu mesmo, garantindo que não tinha sido nem procurado.

Repentinamente, os ventos mudaram, o Real entrou numa espiral de maus resultados – eliminado da Liga dos Campeões – e os entendimentos com a CBF ganharam fôlego. Ancelotti, segundo jornalistas italianos e espanhóis, estaria disposto a fechar contrato para dirigir a Seleção Brasileira.

Teria até decidido não ficar mais no Real para a disputa do Mundial da Fifa. A notícia, obviamente, ainda carece de confirmação, mas representa uma mudança importante no rosário de incertezas que ronda o comando do escrete canarinho em meio às Eliminatórias. 

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 28)