Com dois bonitos gols de fora da área, o Remo conquistou um empate importante em 2 a 2 na noite desta quinta-feira (17) diante do Botafogo-SP, em Ribeirão Preto, pela 3ª rodada da Série B. O time paraense agora ocupa a 7ª colocação na tabela, com 5 pontos.
A atuação da equipe foi prejudicada por duas falhas de marcação que originaram os gols do Botafogo logo no início da partida e após o intervalo. O gol inaugural da noite foi aos 9 minutos do 1º tempo. Jefferson Nem aproveitou um rebote do goleiro Marcelo Rangel após Maciel cobrar falta em jogada ensaiada.
O lance surpreendeu o Remo, que demorou alguns minutos para se reorganizar. Luan Martins era o homem da saída de bola e compensava a atuação pouco participativa de Jaderson. No final do 1º tempo, Pedro Rocha acertou um certeiro disparo de fora da área, vencendo o goleiro João Carlos.
Na reta final, o zagueiro Rafael Milhorim botou a mão na bola e recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso de campo. Quando se esperava um Remo mais dominante na etapa final, o Botafogo surpreendeu logo a 1 minuto de partida.
O volante Alejo Dramisino aproveitou o rebote da defesa azulina para encaixar um belo chute, rasteiro, recolocando o Botafogo em vantagem no placar. A jogada nasceu de um arremesso lateral cobrado por Jefferson, que a zaga afastou em direção à entrada da área.
Depois de fazer 2 a 1, o Botafogo se acautelou e o Remo partiu com tudo em busca do gol de empate. Adailton, Pedro Rocha e Maxwell quase conseguiram marcar, mas foi Giovanni Pavani o autor do gol salvador, batendo do meio da rua, de curva, aos 39 minutos, sem chances para o goleiro João Carlos.
O Remo ainda insistiu em busca do terceiro gol, mas a zaga botafoguense resistiu e abusou das quedas em campo para fazer o tempo escorrer. Final: 2 a 2. O próximo compromisso do Leão será na segunda-feira, 21, às 21h30, no Mangueirão, contra o Coritiba.
Nas últimas semanas, a organização Médicos Sem Fronteiras testemunhou diversos ataques a profissionais humanitários e médicos em Gaza
Vidas palestinas estão sendo sistematicamente destruídas, à medida em que as forças israelenses retomam e expandem a ofensiva militar por ar, terra e mar na Faixa de Gaza, deslocando pessoas à força e bloqueando deliberadamente a ajuda essencial. Uma série de ataques letais recentes realizados por forças israelenses demonstrou o total desprezo pela segurança dos profissionais humanitários e médicos em Gaza.
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) fez um apelo às autoridades israelenses para que suspendam imediatamente o cerco desumano e letal a Gaza, protejam as vidas dos palestinos, dos profissionais humanitários e médicos, e que todas as partes restabeleçam e sustentem o cessar-fogo.
“Gaza foi transformada em uma vala comum de palestinos e daqueles que vieram ajudá-los. Estamos testemunhando em tempo real a destruição e o deslocamento forçado de toda a população de Gaza”, alerta Amande Bazerolle, coordenadora de emergências de MSF em Gaza.
“Sem nenhum lugar seguro para os palestinos ou para aqueles que tentam ajudá-los, a resposta humanitária está severamente comprometida pelo peso da insegurança e da escassez crítica de suprimentos, deixando as pessoas com poucas ou mesmo nenhuma opção de acesso aos cuidados.”
Mais de 50 mil pessoas foram mortas em Gaza desde outubro de 2023, sendo quase um terço delas crianças, segundo o Ministério da Saúde local. Desde a retomada das hostilidades, em 18 de março, mais de 1.500 pessoas foram mortas, segundo autoridades locais.
De acordo com as Nações Unidas, pelo menos 409 trabalhadores humanitários, a maioria profissionais da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (principal agência de ajuda humanitária em Gaza), foram mortos desde outubro de 2023. Onze profissionais de MSF, alguns enquanto estavam em serviço, também foram mortos desde o início da guerra – dois deles nas últimas duas semanas.
No exemplo mais recente de um ataque implacável das forças israelenses contra profissionais humanitários, os corpos de 15 socorristas de emergência e as ambulâncias em que viajavam foram encontrados em uma vala comum no dia 30 de março, em Rafah, sul de Gaza. O grupo foi morto pelas forças israelenses enquanto tentava ajudar civis atingidos por bombardeios em 23 de março. Evidências publicamente divulgadas mostram que os profissionais e seus veículos estavam claramente identificados, contestando as alegações iniciais das autoridades israelenses.
“Esses terríveis assassinatos de trabalhadores humanitários são mais um exemplo do desprezo flagrante das forças israelenses pela proteção de profissionais humanitários e médicos. O silêncio e o apoio incondicional dos aliados mais próximos de Israel apenas encorajam essas ações,” reitera Claire Magone, diretora-geral de MSF-França.
O MSF considera que apenas investigações internacionais e independentes podem esclarecer as circunstâncias e as responsabilidades por esses ataques contra trabalhadores humanitários.
Embora a situação já fosse catastrófica há mais de 18 meses, nas últimas três semanas MSF testemunhou diversos incidentes envolvendo a morte de profissionais humanitários e médicos. A coordenação dos movimentos humanitários com as autoridades israelenses, conhecida como Sistema de Notificação Humanitária (HNS), já era falha e se tornou ainda mais instável, praticamente sem oferecer garantias de proteção. Locais onde Israel era notificada sobre a presença de profissionais humanitários — como instalações de saúde, escritórios e casas de MSF — foram atingidos por tiros ou bombardeios. Áreas próximas a unidades de saúde também foram alvo de ataques, combates e ordens de evacuação.
Instalações médicas não estão isentas de ataques ou ordens de evacuação por parte das forças israelenses. As equipes de MSF tiveram que deixar muitas unidades, e outras seguem operando com profissionais e pacientes encurralados dentro, sem poder sair em segurança por horas.
Em 7 de abril, equipes e pacientes de MSF ficaram encurralados no hospital de campanha da organização em Deir Al-Balah, no centro de Gaza. Foguetes foram lançados pelo Hamas nas proximidades do hospital de campanha, colocando pacientes e profissionais em risco e levando a uma ordem de evacuação da área pelas forças israelenses, que também realizaram ataques próximos aos hospitais Al Aqsa e Nasser.
Desde 18 de março, MSF não consegue retornar ao hospital indonésio no norte de Gaza, onde nossas equipes estavam prestes a iniciar cuidados pediátricos, mas tiveram que fugir do hospital. As clínicas móveis de MSF no norte de Gaza foram suspensas, e no sul as equipes não conseguiram retornar à clínica Al-Shaboura, em Rafah.
O cerco total a Gaza esgotou os estoques de alimentos, combustível e suprimentos médicos. O MSF enfrenta especialmente escassez de medicamentos para controle de dor e doenças crônicas, antibióticos e materiais cirúrgicos essenciais. A falta de reabastecimento de combustível em toda a Faixa de Gaza inevitavelmente levará à paralisação das atividades, já que os hospitais dependem de geradores para manter vivos pacientes em estado crítico e realizar operações vitais.
“As autoridades israelenses têm bloqueado deliberadamente toda a ajuda humanitária para Gaza por mais de um mês. Os trabalhadores humanitários têm sido forçados a assistir as pessoas sofrerem e morrerem enquanto carregam o fardo impossível de oferecer alívio com os suprimentos esgotados — tudo isso enfrentando as mesmas condições de risco de vida,” diz Bazerolle.
“Não há como cumprir essa missão nessas circunstâncias. Isso não é um fracasso humanitário — é uma escolha política e um ataque deliberado à capacidade de um povo de sobreviver, realizado com total impunidade”, afirma Claire Magone.
O jogo só foi interessante para o PSC nos primeiros 20 minutos, quando teve a posse de bola e criou duas situações perigosas no ataque, com Matheus Vargas e Nicolas. Depois disso, a Chapecoense saiu do sufoco e inverteu o cenário. Acertou a marcação e soube explorar as deficiências defensivas do time de Luizinho Lopes, marcando 2 a 0 ainda na primeira etapa. O resultado deixa o Papão na lanterna da Série B.
Os gols nasceram da combinação de esforço da Chape e das facilidades permitidas pelo PSC. Aos 25 minutos, Mailton chutou forte após entrar na área e a bola passou por baixo do goleiro Matheus Nogueira. Percebendo a fragilidade do sistema defensivo do Papão, que errava todas as tentativas de desarme, os visitantes continuavam pressionando.
Aos 35 minutos, após cruzamento de Mailton na área, Matheus Nogueira voltou a aparecer mal: deu um soco para a entrada área, a bola voltou ao gol e o goleiro deu rebote nos pés do zagueiro João Paulo, que aproveitou o rebote para estufar o barbante.
O lance foi analisado pelo VAR e o gol foi confirmado, para desespero da torcida presente ao Mangueirão – 11 mil espectadores. O 1º tempo terminou com lampejos do PSC, principalmente através do estreante Eliel, que fez duas boas finalizações, mas ficou nisso.
Vaiado no intervalo, o PSC voltou para a etapa final sem o atacante Rossi. Lesionado, ele foi substituído por Benítez, que inicialmente deu novo ímpeto ao ataque. O time tentou impor uma blitz sobre a defesa da Chape, mas não conseguiu acertar o pé nas finalizações.
O panorama favoreceu o PSC por cerca de 20 minutos. A Chapecoense parecia assustada e não encontrava jeito de sair da defesa. A pressão bicolor, porém, se mostrou improdutiva, apesar de lances agudos com Benítez, aos 14’, e Nicolas, aos 18’.
Para controlar as ações e acalmar o jogo, o técnico Gilmar Dal Pozzo promoveu mudanças no setor defensivo e no ataque. Por seu turno, Luizinho Lopes substituiu Marlon e Matheus Vargas por Giovanne e Borasi. Não funcionou, apesar dos esforços de Borasi.
A partida se arrastou sem maiores chances para o Papão, mas a torcida protestou muito diante da terceira derrota consecutiva na competição.
Ameaçado, Luizinho bota culpa no desgaste
O técnico Luizinho Lopes voltou a usar o excesso de jogos como argumento para o terceiro tropeço do PSC na Série B. Desta vez, porém, admitiu que o time atuou mal e se descontrolou após tomar o segundo gol. Só não explicou a razão de tantas falhas de marcação mesmo atuando com tantos volantes.
Diante das cobranças em relação ao ataque, avaliou que faltou apuro nas finalizações e baixa produtividade. O crônico problema de criação no meio não chegou a ser abordado pelo treinador, apesar de ser a fonte de boa parte do baixo rendimento do time.
Luizinho utiliza muito a justificativa de que a queda de desempenho só aflige o PSC agora, na terceira rodada da competição. Não é bem assim. Diante do Atlético-PR, o time jogou razoavelmente bem, embora sem qualidade nas ações ofensivas.
Na segunda rodada, sábado, diante do Vila Nova, a atuação foi pífia, a partir da escalação equivocada de Bryan Borges e Giovanne. A derrota foi consequência direta dos erros de posicionamento do time.
Ontem à noite, além dos erros individuais – o goleiro falhou nos dois gols da Chape –, o PSC não demonstrou capacidade coletiva de reagir à situação desfavorável. É um problema que precisa ser resolvido a tempo de evitar novo revés diante do Operário, em Ponta Grossa (PR), no sábado.
Desafio de peso para o Remo em Ribeirão
Depois de garantir a primeira vitória, jogando bem diante do América-MG, o Remo enfrenta o Botafogo-SP, hoje à noite, em Ribeirão Preto. Um tremendo desafio contra um adversário que sempre impõe dificuldades quando joga dentro de seus domínios.
A novidade no Leão é o retorno do meia-atacante Jaderson, que estava lesionado e não atuou contra o América. Principal jogador da equipe, ele exerce um papel importante na conexão entre meio e ataque.
Na partida de domingo, Jaderson foi substituído por Pedro Castro, que integrou o meio-campo ao lado de Caio Vinícius e Pavani (substituído no intervalo por Luan Martins). Apesar da grande atuação coletiva, Castro destoou justamente por não ter a mesma movimentação de Jaderson.
Ponto alto do time, o ataque permanece com Janderson, Felipe Vizeu e Pedro Rocha. O entrosamento demonstrado nos dois primeiros jogos na Série B, contra Ferroviária e América, faz crer que o técnico Daniel Paulista vai tentar fazer um jogo reativo em Ribeirão Preto.
Em casa, domingo passado, o Remo soube jogar sem a bola, esperando o momento certo de dar o bote sobre a defesa do América, que teve 74% de posse de bola e não conseguiu criar situações de perigo.
Um triunfo diante do Botafogo-SP pode confirmar a ascensão técnica do time e colocar o Remo entre os primeiros colocados do Brasileiro.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 17)
Arthur Lee será lembrado por todos que amam boas canções roqueiras. “Always See Your Face” (Sempre vejo seu rosto), do álbum Four Sail (1969) é uma dessas músicas que grudam inapelavelmente na memória e no coração e pertence à lavra criativa do líder e criador do grupo californiano Love, que já pontificou neste espaço.
Lee morreu cedo demais (aos 61 anos, em 2006), tinha provavelmente muito a contribuir e desbravar. Felizmente, teve a oportunidade de conviver com gênios do porte de Jimi Hendrix. Fez canções maravilhosas ao longo da curta carreira, experimentou ritmos e combinações, com inquietude e fervor.
Um dos últimos românticos do rock, Arthur Lee fez do Love um catalizador de ritmos – rock básico, psicodelia, folk e rhythm and blues. A formação original tinha Lee como cantor e guitarrista, acompanhado por Bryan MacLean (guitarra, vocal), Johnny Echols (guitarra), Ken Forssi (baixo) e Alban “Snoopy” Pfisterer (bateria). Ao longo dos anos, a banda sofreu várias mudanças de integrantes, mas Lee permaneceu sempre.
A letra de “Always See Your Face”, abaixo, é um bom exemplo do estilo singular de Lee, que compunha versos confessionais em cima de melodias brilhantes.
Alguém, por favor, não Me ajude com minhas misérias Alguém não consegue ver, sim O que este mundo fez comigo E eu sei, eu sei E eu digo, oh, eu digo Que não importa onde eu vá Eu sempre verei seu rosto Alguém, por favor, não Me ajude com minhas memórias Alguém não consegue ver, sim O que este mundo fez comigo E eu sei, eu sei E eu digo, oh, eu digo Que não importa onde você vá, vá Você sempre verá meu rosto (x2) Não importa onde você vá, vá Você sempre verá meu rosto